
Em sua homilia, o pontífice argentino elogiou a convicção e a força do “grito da liberdade” durante a luta independentista da região contra as potências europeias 200 anos atrás.
“Mas a história nos ensina que ela só progrediu uma vez que as diferenças pessoais foram postas de lado”, disse o papa à multidão reunida no Parque Bicentenário de Quito, diante do panorama das montanhas dos Andes, em seu terceiro dia de visita ao Equador.
O pontífice exortou os povos do continente a usarem o Evangelho “como maneira de unir nossas esperanças, preocupações, ideais e até visões utópicas”.
Dezenas de milhares de pessoas enfrentaram o vento e a chuva para acamparem no local da missa do papa de segunda para terça-feira. Mais tarde o clima mudou, e o serviço foi realizado debaixo de um sol forte.
Isabel Pavon, de 55 anos, foi com os dois filhos pequenos, um menino e uma menina que levavam pequenas cruzes de madeira. “É uma enorme alegria estar aqui”, disse ela, apertada junto a uma cerca de segurança. “Ele é o nosso papa, o papa do povo”.
Francisco está visitando três das menores e mais pobres nações de sua nativa América do Sul durante a turnê de uma semana.
Protestos políticos vinham abalando o Equador, país de 15 milhões de habitantes presidido pelo esquerdista Rafael Correa, antes da chegada do pontífice, mas sua presença acalmou temporariamente as manifestações.
Correa, que compareceu à missa desta terça, teve uma conversa particular com o papa na noite de segunda-feira no palácio presidencial, depois que Francisco voltou da cidade costeira de Guayaquil, onde rezou uma missa para 800 mil pessoas.
Fonte - Exame