Cochabamba, 22 jun (RV) - Um grupo de bispos, empresários, sacerdotes e leigos, convocados pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM e pela UNIAPAC (Associação de Dirigentes de Empresários cristãos) latino-americana se reuniu em Cochabamba - Bolívia, nos dias 17 e 18 de junho de 2010.
Participaram convidados do México, República Dominicana, Haiti, Colômbia, Equador, Bolívia, Peru, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai e Brasil.
Em um comunicado final, publicado pelo Conselho Episcopal Latino-americano, pastores e empresários informam que o objetivo foi identificar os desafios da empresa hoje, no bicentenário da independência na América Latina e no Caribe. Como referência para esta pesquisa, foi escolhida a Encíclica do Papa Bento XVI Caritas in Veritate.
Nos últimos 200 anos, notou-se a transição da economia agrária para um modelo industrial de substituição de importações. A década de 80 registrou a crise da dívida externa e a de 90, a abertura dos mercados e a concorrência internacional. As empresas começaram a treinar o pessoal, investir em tecnologia, aumentar a produtividade e eficiência.
O debate centrou também temas como a globalização, acesso ao mercado, protecionismo, solidariedade com os pobres e excluídos; dignidade humana, esperança, oportunidade, kairós e economia solidária.
Para os expoentes latino-americanos, o desafio principal é promover e desenvolver a empresa no compromisso ético e social, para que seja mais próxima dos seus trabalhadores e da comunidade.
A ideia é promover o contacto e a comunhão entre os empregadores com o Estado e a sociedade civil, conseqüentemente, influir mais nas políticas públicas para promover e salvaguardar a liberdade, a justiça, a solidariedade e o bem comum.
Livrar-se da lógica da venda, exortar o cuidado com os seres humanos e suas comunidades; defender os direitos humanos fundamentais, a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos os homens, incluindo as gerações futuras; enfrentar e superar com coragem e força de situações de injustiça, assegurando economias saudáveis e solidárias, de amor e caridade também são objetivos.
Enfim, empresários e pastores se concentraram no zelo pastoral a nível diocesano, no compromisso dos leigos, construtores de uma sociedade justa solidariedade fraterna, para incentivar o conhecimento e a difusão da Doutrina Social da Igreja.
Fonte - Radio Vaticano