terça-feira, 7 de julho de 2015

Assembleia vota documento que reafirma a confiança dos adventistas nos escritos de Ellen White

Há dez dias do centenário da morte de Ellen G. White, co-fundadora da Igreja Adventista, os 2.570 delegados que representam os 18,5 milhões de adventistas votaram um documento em que reafirmam a confiança da denominação nos escritos da mensageira do Senhor. A decisão foi tomada nesta tarde, dia 7, em San Antonio, no Texas (EUA).

Basicamente, a declaração trata de cinco pontos: (1) reconhecimento de que esse dom é um presente de Deus para seu povo; (2) alegria de ver esse material traduzido e divulgado ao redor do mundo; (3) convicção de que esses escritos foram divinamente inspirados e de que têm valor normativo para a igreja hoje; (4) compromisso de estudá-los e; (5) incentivo para que novas estratégias sejam elaboradas para ampliar o acesso a esse legado, dentro e fora da igreja.

Até o próximo sábado, dia 11, os delegados estarão envolvidos em outros debates e decisões administrativas, doutrinárias e de aplicação prática para a denominação. Leia a seguir a declaração na íntegra.

DECLARAÇÃO DE CONFIANÇA NOS ESCRITOS DE ELLEN G. WHITE

Nós, delegados da assembleia da Associação Geral de 2015 em San Antonio, Texas, expressamos profunda gratidão a Deus pela presença contínua dos diversos dons espirituais em meio a seu povo (1Co 12:4-11; Ef 4:11-14), sobretudo pela orientação profética que recebemos por meio da vida e do ministério de Ellen G. White (1827—1915).

No ano do centenário de sua morte, alegramo-nos porque seus escritos foram disponibilizados ao redor do planeta em muitos idiomas e em vários formatos impressos e eletrônicos.

Reafirmamos nossa convicção de que seus escritos são inspirados por Deus, verdadeiramente cristocêntricos e fundamentados na Bíblia. Em lugar de substituir as Escrituras, eles exaltam seu caráter normativo e corrigem interpretações imprecisas derivadas de tradições, da razão humana, de experiências pessoais e da cultura moderna.

Comprometemo-nos com o estudo dos escritos de Ellen G. White em atitude de oração e com o coração disposto a seguir os conselhos e as instruções ali encontrados. Seja em oração, em família, em pequenos grupos, em sala de aula ou na igreja, o estudo combinado da Bíblia e de seus escritos proporciona uma experiência transformadora e edificadora da fé. Incentivamos o desenvolvimento continuado de estratégias tanto mundiais quanto locais para promover a circulação de seus escritos dentro e fora da igreja. O estudo de tais escritos consiste em um meio poderoso de fortalecimento e preparo do povo de Deus para a vinda gloriosa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Fonte - Revista Adventista

Criacionismo ou evolucionismo: adventistas não têm opção

Há três anos, os adventistas do sétimo dia ao redor do mundo foram estimulados a ler um capítulo da Bíblia por dia, no projeto que ficou conhecido como “Reavivados Por Sua Palavra”. Nesse passeio pelas Escrituras, recordamos o relato da criação, a história do primeiro casal, a triste queda deles no pecado, a necessidade de um dilúvio purificador, os apelos dos profetas, os esforços de Deus, a vinda do Messias como o segundo Adão, a comparação que Ele fez de Sua segunda vinda com o tempo de Noé, a pregação dos apóstolos e, neste mês de julho, chegamos ao livro do Apocalipse, que completa o quadro afirmando que voltaremos ao paraíso perdido, conclamando o povo de Deus a anunciar a crença criacionista bíblica num mundo cada vez mais cético.

No capítulo 13, o Apocalipse apresenta as duas bestas, uma das quais tem sua marca identificadora, o sinal de seu pretenso poder. Como o selo de Deus é o sábado (Isaías 8:16; Ezequiel 20:20), o “anti-selo”, a marca do anticristo só pode ser outro dia da semana que se oponha ao dia que Deus estabeleceu como memorial de Sua criação em seis dias literais de 24 horas (Gênesis 2:1-3). Indo ao ponto: a besta defende o evolucionismo teísta e o domingo. O povo de Deus tem a missão de proclamar as três mensagens de Apocalipse 14:6-12, nas quais estão “embutidos” o criacionismo e o sábado, uma vez que há um chamado para que as pessoas voltem a adorar o Criador, aquele que “fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas [que se romperam por ocasião do dilúvio]”. Essa fraseologia é praticamente um Ctrl C, Ctrl V de Êxodo 20:8-11. A polarização final é clara: criacionismo ou evolucionismo; sábado ou domingo; adoração a Deus ou adoração à besta. Não há possibilidade de simbiose. Não existe área cinzenta. O que devemos fazer como igreja?

A resposta é simples: devemos nos posicionar pela verdade bíblica, custe o que custar. Devemos promover a boa ciência e a boa teologia. Portanto, devemos reafirmar nossa crença criacionista e nos afastar da tentação do evolucionismo teísta, pois essa cosmovisão “politicamente correta” é formada pela amalgamação de má teologia com péssima ciência.

Por que má teologia? Porque, se adotarmos o evolucionismo teísta, teremos de admitir que mesmo antes de haver pecado a morte já existia como elemento constitutivo da criação. Assim, Deus teria criado a vida e a morte. A saúde e a doença. Predadores e predados. A injusta, triste e bárbara sobrevivência do mais apto. E esse tipo de deus leva os mais pensantes, finalmente, ao ateísmo.

É má teologia, também, porque torna a história da redenção e a morte de Cristo quase uma piada. Se o relato da queda registrado em Gênesis 3 faz parte de um mito, uma alegoria, para que Jesus morreu na cruz? E mais: Se a árvore da vida mencionada em Gênesis igualmente faz parte de uma lenda, o que dizer da árvore da vida mencionada no Apocalipse à qual novamente o ser humano redimido terá acesso? É mito também?

Se o relato da criação e a história de Adão e Eva compõem um “conto da carochinha”, por que Jesus teria Se referido a ambos como literais, sustentando, inclusive, a santidade do casamento como uma instituição edênica (Marcos 10:6-8)?

Por que Jesus teria relacionado Sua vinda com a história alegórica de um dilúvio que nunca aconteceu (Mateus 24:37-39)?

Os profetas eram criacionistas. Jesus é criacionista. Os discípulos eram criacionistas. A igreja deve ser diferente?

E por que o evolucionismo teísta se trata de péssima ciência? Porque a hipótese da macroevolução é filosófica e não pode ser demonstrada de maneira empírica, como manda a boa ciência. Porque, no fundo, o evolucionismo se assenta sobre o naturalismo filosófico (ideia que não pode ser submetida ao método científico) e, como já vimos, não faz “liga” com a Bíblia – a menos, é claro, que se adote uma interpretação liberal de seu conteúdo, cometendo violência aos seus autores. A macroevolução despreza a dificuldade de se explicar a origem da vida a partir da não vida, a origem da informação genética e a complexidade irredutível.

Ellen White escreveu que, “corretamente entendidas, tanto as revelações da ciência como as experiências da vida se acham em harmonia com o testemunho das Escrituras relativo à constante operação de Deus na natureza” (Educação, p. 130). E a crença número 6 dos adventistas do sétimo dia expressa exatamente isso.

Fonte - Adventistas.org

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Ecologia: Papa Francisco é um «embaixador da causa da conservação da natureza»

Responsável em Portugal do World Wild Fund for Nature falou sobre encíclica «Laudato si»

Sines, Setúbal, 06 jul 2015 (Ecclesia) – A diretora do “World Wild Fund for Nature” em Portugal, uma organização não-governamental de defesa do ambiente que opera em mais de 100 países, destacou a importância da nova encíclica do Papa dedicada à Ecologia.

Em entrevista concedida à Agência ECCLESIA, Ângela Morgado classificou Francisco como um “embaixador da causa da conservação da natureza”, num documento que conjuga “a parte espiritual” com o que de “mais básico” a humanidade tem, “que é a parte natural”.

“Penso que o Papa considerou muito bem todas as componentes e fez um apelo claro para que os líderes de opinião se concentrem nos problemas naturais que são base de toda a vida humana e da qualidade de vida na terra”, salientou aquela responsável, sobre a encílica "Laudato si", recentemnte publicada.

Ângela Morgado esteve este sábado no Centro de Artes de Sines, no âmbito da entrega dos prémios da edição deste ano do festival “Terras Sem Sombra”, certame que a Diocese de Beja promove desde 2003.

O “World Wild Fund for Nature” foi um dos distinguidos, na categoria da salvaguarda da Biodiversidade.

Os outros galardoados foram o Centro Nacional de Cultura e o musicólogo espanhol Ismael Garcia de la Cuesta, respetivamente na categoria da Música e da valorização do Património Cultural.

Criado em 1961, o WWF tem atualmente em marcha um projeto em vários países da bacia mediterrânica, incluindo Portugal, que visa a conservação da biodiversidade desta macrorregião e a utilização sustentável dos recursos naturais em benefício de todos.

“A WWF tem quatro prioridades em termos de trabalho, uma é o programa florestal, que tem a ver com a conservação de tudo o que é terrestre; outra é o programa de água doce, que tem a ver com o clima e o consumo excessivo que fazemos; por outro lado a componente das alterações climáticas e o programa marinho que visa combater a pesca insustentável e chamar a atenção para um consumo mais responsável de peixe”, explicou.

Presente em Portugal desde 1995, a organização esteve entre outros projetos envolvida na constituição do Parque Natural do Vale do Guadiana, na iniciativa “Um Cordão Verde para o Sul de Portugal”, na área da conservação de ecossistemas e no Programa Sobreiro, que visa a proteção, recuperação e gestão dos montados de Sobreiro no Mediterrâneo.

Destaque também para a ação da WWF – Portugal para a defesa e preservação do lince ibérico, espécie que há bem pouco tempo corria sérios riscos de extinção.

Fonte - Ecclesia

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Autoridade dos Escritos de Ellen White



Saiba por que cremos que Ellen White tem a mesma autoridade dos profetas verdadeiros não canônicos.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Libéria anuncia volta do vírus Ebola ao país

A Libéria anunciou, nesta terça-feira, um novo caso de Ebola, seis semanas depois de a doença ter sido oficialmente erradicada do país.

– Um novo caso de Ebola foi registado no condado de Margibi, o paciente morreu e os testes confirmaram a doença antes da morte – afirmou o ministro adjunto da Saúde, Tolbert Nyensuah.

O ministro informou que todas aspessoas que tiveram contatos com a vítima foram identificados e estão em quarentena.

– Estamos investigando para saber a origem desse novo caso. Pedimos a todos os cidadãos na Libéria que continuem a respeitar as medidas preventivas – disse.

Os vizinhos da Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri continuam a combater a epidemia de febre hemorrágica que já matou mais de 11 mil pessoas desde o início de 2014. O porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Tarik Jasarevic, disse aos jornalistas em Genebra que a agência da Organização das Nações Unidas foi informada do novo caso.


Fonte - Zero Hora

Papa recebe tchecos e recorda Huss, que a igreja matou

Huss morreu como mártir

No final da manhã [de] segunda-feira (15/6), o papa Francisco recebeu em audiência uma delegação da República Tcheca por ocasião dos 600 anos da morte de Jan Hus [John Huss]. Hus foi um teólogo e reformador religioso da Boêmia, além de Reitor da Universidade Carolina de Praga. No seu discurso aos ilustres representantes da Igreja tcheco-eslovaca hussita e da Igreja evangélica dos Irmãos tchecos, Francisco afirmou que o encontro oferecia a oportunidade para renovar e aprofundar as relações entre as comunidades. Muitas disputas do passado – continuou o Santo Padre – pedem para serem revistas à luz do novo contexto no qual vivemos; acordos e convergências serão alcançados se afrontarmos as tradicionais questões que provocam conflitos com um olhar novo, acrescentou o papa. Sobretudo, não podemos esquecer que a compartilhada profissão de fé em Deus Pai, no Filho e no Espírito Santo, na qual fomos batizados, já nos une em vínculos de autêntica fraternidade.

O Santo Padre recordou em seguida que já em 1999, São João Paulo II, falando durante um Simpósio internacional dedicado a este nobre personagem, expressou a sua “tristeza pela cruel morte a ele infligida e o inseriu entre os reformadores da Igreja”. À luz de tal abordagem, exortou o papa, é necessário continuar o estudo sobre a pessoa e a atividade de Jan Hus, que por muito tempo foi objeto de conflito entre cristãos, enquanto hoje se tornou motivo de diálogo. Essa pesquisa, conduzida sem condicionamentos de tipo ideológico, será um importante serviço à verdade histórica, a todos os cristãos e a toda a sociedade, também para além das fronteiras da nação.

O papa, depois de citar o Concílio Vaticano II, que afirmou que a “renovação da Igreja” é sem dúvida a razão do movimento em direção da unidade, fez votos de que “respondendo ao chamado de Cristo a uma contínua conversão, da qual tanto necessitamos, possamos progredir juntos no caminho da reconciliação e da paz. Ao longo desta estrada aprendemos, por graça de Deus, a nos reconhecermos uns aos outros como amigos e a considerar as motivações dos outros na melhor luz possível.

(News.va)

Nota: Ironicamente, John Huss foi queimado vivo há 600 anos pelo poder perseguidor de Roma papal. É como se tem dito entre muitos cristãos: o protesto terminou, o que abre ainda mais o caminho para a prevista união das igrejas. Ocorre que continuam aí as falsas doutrinas às quais se opuseram John Huss e tantos outros reformadores. A Igreja de Roma não mudou nesse aspecto, apenas adotou uma face conciliadora. Se estivessem vivos, homens como Huss certamente ficariam de queixo no chão com o desprezo dos crentes pelas verdades bíblicas em nome da união ecumênica (como já fizeram os valdenses).

“Sendo de novo exortado [pelos bispos] a retratar-se, replicou [Huss], voltando-se para o povo: ‘Com que cara, pois, contemplaria eu os Céus? Como olharia para as multidões de homens a quem preguei o evangelho puro? Não! aprecio sua salvação mais do que este pobre corpo, ora destinado à morte.’ [...] Quando estava atado ao poste, e tudo pronto para acender-se o fogo, o mártir uma vez mais foi exortado a salvar-se renunciando aos seus erros. ‘A que erros’, disse Huss, ‘renunciarei eu? Não me julgo culpado de nenhum. Invoco a Deus para testemunhar que tudo que escrevi e preguei assim foi feito com o fim de livrar almas do pecado e perdição; e, portanto, muito alegremente confirmarei com meu sangue a verdade que escrevi e preguei.’ Quando as chamas começaram a envolvê-lo, pôs-se a cantar: ‘Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim’, e assim continuou até que sua voz silenciou para sempre” (Ellen G. White, O Grande Conflito, capítulo 6).

Fonte - Michelson Borges

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vaticano assina primeiro acordo histórico com a Palestina

E cresce o poder de influência 


A Santa Sé e o “Estado da Palestina” assinaram [na] sexta-feira (26) no Vaticano um histórico acordo sobre os direitos da Igreja Católica nos territórios palestinos, anunciou o Vaticano em um comunicado. A preparação desse texto por uma comissão bilateral levou 15 anos. Embora o Vaticano se refira ao “Estado da Palestina” desde o início de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado, o que irrita Israel. Israel lamentou o acordo e advertiu que isso pode ser nocivo para os esforços para a paz na região. O ministério israelense das Relações Exteriores “lamentou a decisão do Vaticano de reconhecer oficialmente a Autoridade palestina como um Estado no acordo assinado hoje”, afirmou o porta-voz da chancelaria, Emmanuel Nahshon, citado em um comunicado.

O acordo foi assinado no Palácio pontifício pelo secretário para as relações com os Estados (ministro das Relações Exteriores), pelo prelado britânico Paul Richard Gallagher e pelo ministro palestino de Relações Exteriores, Riyad al-Maliki.

O acordo expressa o apoio do Vaticano a uma solução “do conflito entre israelenses e palestinos no âmbito da fórmula de dois Estados”, havia explicado em maio o monsenhor Antoine Camilleri, chefe da delegação da Santa Sé.

Para a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), esse acordo converte o Vaticano no 136º país a reconhecer o Estado da Palestina. Para Israel, por sua vez, “uma decisão como essa não faz o processo de paz avançar e afasta a direção palestina das negociações bilaterais”.

A Santa Sé tem relações com Israel desde 1993. Negocia desde 1999 um acordo sobre os direitos jurídicos e patrimoniais das congregações católicas no Estado hebreu, mas cada reunião semestral termina com um fracasso.

(G1 Notícias)

Nota Michelson Borges: Agora imagine se Francisco consegue negociar a paz e interferir positivamente nas relação entre Israel e a OLP, como fez com Cuba e EUA... Sua influência global cresceria estratosfericamente, e todo mundo sairia anunciando “paz, paz” (1Ts 5:3). [MB]

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Tribunais dos EUA viram cortes internacionais

Estendendo as garras

Ao mesmo tempo em que o papa Francisco apresenta uma face bondosa e estende o abraço ao mundo, inclusive procurando curar feridas históricas, como a infligida contra os valdenses (confira), os Estados Unidos, que serão o grande apoiador do Vaticano em suas pretensões (leia o livro O Grande Conflito para entender o que estou dizendo aqui), estendem o poder de seus tribunais, tornando-os cortes internacionais (confira aqui). Isso ficou muito claro no mês passado, com o indiciamento por promotores do Brooklin de dirigentes da Fifa de outros países, acusados de corrupção. Conforme destaca a matéria da Folha de S. Paulo, os EUA vêm convertendo seus tribunais federais em “arenas de aplicação internacional das leis”. Em processos por terrorismo, a ampliação de uma lei de 2004 permitiu ao país levar estrangeiros para seu solo e julgá-los lá.

Os EUA se tornaram “carcereiro, frente militar e agora promotor” que indicia acusados de crimes globais, disse Karen Greenberg, diretora do Centro Sobre Segurança Nacional da Escola de Direito da Universidade Fordham, em Nova York.

De acordo com Apocalipse 13, os Estados Unidos estão, aos poucos, mostrando as garras do dragão em que estão se convertendo. Num comentário a uma postagem minha replicada no Facebook, um leitor escreveu: “Levando em consideração o fato de os Estados Unidos apoiarem a encíclica papal de proteção ao planeta e essa própria encíclica defender diretamente o domingo como dia de descanso, como um meio de combater as mudanças climáticas, quanto tempo levará para que aqueles que não aderirem a essa encíclica – quando ela virar uma lei americana e mundial, por a considerarem contrária à Palavra de Deus, que ordena a guarda do sábado bíblico e não do domingo católico – sejam criminalizados por essa decisão? Quanto tempo levará para que estes, que serão considerados fundamentalistas por acreditar no Gênesis bíblico e na iminente volta de Jesus, sejam arrastados para esses tribunais, julgados e encarcerados? Só o tempo dirá... Despertemos e estejamos preparados, pois o momento é solene.”

Realmente, precisamos estar atentos aos eventos que estão ocorrendo bem diante de nossos olhos e atentos, principalmente, à nossa condição diante de Deus.

Fonte - Michelson Borges

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Um antigo poder começa a ressurgir no mundo

“E não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz” (2 Coríntios 11:14).

A famosa rede de televisão norte-americana Fox anunciou o lançamento da série “Lúcifer”, que provocou controvérsia, precisamente, por essa “maquiagem” que fazem ao príncipe das trevas. Uma organização cristã chamada “One Million Moms” (Um Milhão de Mães), que trabalha para proteger as famílias, tem denunciado os ataques à infância provenientes principalmente dos meios de comunicação; assim foi escrito em um portal cristão na internet. A organização afirma que a série “glorificará a Satanás como um ser em carne humana, simpático e solidário. As prévias do programa desfiguram a Satanás e se afastam dos verdadeiros ensinamentos bíblicos a respeito dele e refletem de forma inadequada as crenças da fé cristã. Ao apresentar essa série, a Fox deprecia o cristianismo e zomba da Bíblia”.

E isso não é tudo. A trama da série apresenta Lúcifer como “encantador, carismático e diabolicamente bonito. Lúcifer está desfrutando sua aposentadora, permitindo-se desfrutar de alguns de seus prazeres favoritos (vinho, mulheres e música) quando uma linda estrela da música pop é assassinada às portas de Lux. Pela primeira vez, em dez milhões de anos, sente que algo nele é despertado em decorrência desse crime. Compaixão? Simpatia?”

Mas quem é Lúcifer?

Lúcifer foi criado por Deus, assim como os outros anjos (Efésios 3:9). Lúcifer era um “querubim cobridor”. Em ambos os lados do trono de Deus se encontram dois importantes anjos (Salmo 99:1). Lúcifer era um desses anjos de proeminente autoridade. Sua beleza era sem defeito e assombrosa. Sua sabedoria era perfeita. Seu brilho era admirável e inspirador.

Não obstante, na vida de Lúcifer surgiram o orgulho, o ciúmes, o descontentamento e a exaltação própria. Decidiu tentar destituir a Deus e assim exigir que todos o adorassem. Era uma traição do pior grau. Devido a seus atos, foi expulso do Céu. Ezequiel 28:14-16 descreve a cena: “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras”.

Então, por que a adoração é tão importante no grande conflito entre Cristo e Satanás? E por que os meios de comunicação o estão considerando abertamente? A adoração é um fator-chave no conflito entre Deus e Satanás. Os seres humanos foram criados para se sentirem felizes e realizados apenas se adorassem exclusivamente a Deus. Nem mesmo os anjos do céu, que não caíram, podem ser adorados (Apocalipse 22:8-9). Satanás tentou ser adorado desde o princípio. Séculos depois, quando tentou a Jesus no deserto, a adoração ainda foi o tema central de suas tentações (Mateus 4:8-11). Nestes últimos dias, Deus chama a todos para que Lhe prestem adoração (Apocalipse 14:6-7). Isso enfurece Satanás de tal forma que ele tentará obrigar as pessoas a adorá-lo ou sofrerão a pena de morte (Apocalipse 13:15).

Em nossos dias, os meios de comunicação não mais apresentam Satanás como ele realmente é: cheio de ódio contra a raça humana; agora, ele está sendo apresentado como compassivo e simpático. Essa é a armadilha principal de Satanás nessa época. Ele deseja ser adorado, assim como diz Apocalipse 13:15; deseja tomar o lugar de Deus no coração dos seres humanos.

O propósito deste artigo é que despertemos do sono no qual Satanás nos fez cair e vejamos como ele, por meio das séries de televisão, dos livros, filmes, etc., está preparando o caminho para ser adorado pelos habitantes deste planeta; como ele está se apresentando com uma personalidade diferente da que realmente tem.

Incrível! Em que tempo estamos vivendo!

Outra série que foi lançada no início deste ano, pelas empresas Netflix e Marvel, é a Daredevil. Mas o que significa esse nome? De acordo com o Wikipédia, a série Daredevil recebe o nome de “Diabólico” em alguns países de fala hispana da América Latina. [Em português, “Demolidor”.]

Investigando a produção, cujo protagonista é Matt Murdock, e que também é um super-herói que tem seus sentidos ampliados ao se tornar o Daredevil, vi que se trata de um personagem católico que com frequência é visto no confessionário ou falando com sacerdotes. A fé lhe dá consolo e, com frequência, reza na igreja … ou sobre o telhado da igreja, com seu traje vermelho, como o do diabo, e abraçado a uma cruz.

É preocupante ver jovens e crianças que estão caindo sutilmente nas redes satânicas, deixando-se levar pela letargia espiritual, apresentado nos meios de comunicação de massa, que envenenam a alma e a levam a seu fim. A série está sendo ampliada, inclusive para pessoas cegas!

É necessário que se conheça melhor quem é Satanás ou Lúcifer. É fundamental estudar com diligência a Palavra de Deus porque o diabo enganará até mesmo, se for possível, aos escolhidos. E ele usa muito bem alguns meios de comunicação para alcançar seu propósito!

A Bíblia nos diz: “Por isso, festejai, ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Apocalipse 12:12).

Graças a Deus, diante de tanta maldade, imoralidade e confusão, a Bíblia nos dá a bendita esperança da volta de Cristo. “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima” (Lucas 21:28).

Fonte - Adventistas.org

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Papa pede “perdão” aos valdenses

Um abraço emblemático 

O papa Francisco visitou hoje a Igreja Valdense em Turim, tornando-se o primeiro pontífice a entrar num templo dessa denominação cristã nascida no século XII, e pediu “perdão” pelos confrontos do passado. “Da parte da Igreja Católica, peço-vos perdão pelas atitudes e comportamentos não cristãos, por vezes não humanos, que tivemos contra vós, na história. Em nome do Senhor Jesus Cristo, perdoai-nos”, apelou, neste segundo dia de visita à cidade do norte da Itália. Francisco recordou que ao longo da história tem acontecido que “os irmãos não aceitem a sua diversidade e acabem por fazer guerra uns contra os outros”. “Refletindo na história das nossas relações, não podemos deixar de nos entristecermos perante os conflitos e as violências cometidas em nome da própria fé”, realçou. Nesse sentido, o papa convidou todos a reconhecer-se como “pecadores” e a saber perdoar.

Os valdenses tiveram sua origem entre os seguidores de Pedro Valdo na Idade Média e estão presentes sobretudo na Itália e no Uruguai. Francisco evocou os “amigos” da Igreja Evangélica Valdense do Rio da Prata, dos quais lembrou “a espiritualidade e a fé” e com os quais, disse, pôde aprender “tantas coisas boas”. Segundo o papa, o diálogo ecumênico tem permitido uma “redescoberta da fraternidade” entre os cristãos e a valorização do que têm em comum, apesar das suas “diferenças”. “A unidade que é fruto do Espírito Santo não significa uniformidade”, prosseguiu.

O discurso apontou depois campos de ação comum face a desafios globais, como a “evangelização” de uma humanidade “distraída e indiferente” ou o serviço “a quem sofre, aos pobres, aos doentes, aos migrantes”. “A escolha dos pobres, dos últimos, daqueles que a sociedade exclui, aproxima-nos do próprio coração de Deus”, precisou o papa.

Francisco reconheceu que persistem “importantes” diferenças sobre questões antropológicas e éticas entre católicos e valdenses, antes de propor “um novo modo de estar um com os outros” que coloque em primeiro lugar a “grandeza da fé comum”.

No final do encontro, o papa recebeu uma cópia da primeira Bíblia em francês encomendada pelos valdenses quando, em 1532, aderiram à Reforma de Genebra (Calvinismo).

(Agência Ecclesia)

Nota Michelson Borges: “Se o Papa reconhece o erro e pede perdão pela terrível perseguição e morticínio aos quais Roma sujeitou o povo valdense, logicamente que será de esperar que a Igreja Romana jamais se aventure novamente em atitudes e comportamentos desse tipo, certo? Errado! Por muito que possamos, e provavelmente até devamos, elogiar a postura do papa em reconhecer falhas, não podemos ao mesmo tempo esquecer que Roma sabe se mover muito bem, em todos os terrenos e circunstâncias, no sentido de agir para favorecer unicamente seus intentos de domínio universal. Recordemos: ‘A Igreja de Roma apresenta hoje ao mundo uma fronte serena, cobrindo de justificações o registro de suas horríveis crueldades. Vestiu-se com roupagens de aspeto cristão; não mudou, porém. [...] Seu espírito não é menos cruel e despótico hoje do que quando arruinou a liberdade humana e matou os santos do Altíssimo. O papado é exatamente o que a profecia declarou que havia de ser: a apostasia dos últimos tempos (2Ts 2:3, 4). Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o invariável veneno da serpente’ (O Grande Conflito, p. 571). Outro detalhe importante: essa notícia mostra – mais uma vez! – que quando a Bíblia afirma em Apocalipse 13:3 que ‘toda a terra se maravilhou’ (ou maravilhará) diante de Roma, isso quer mesmo dizer TODA A TERRA, incluindo aqueles que anteriormente foram massacrados pela força romana. A cura da ferida (Ap 13:3) passa muito por esforços diplomáticos; isso quer dizer que muitos cederão a Roma não tanto pela força, mas de livre e espontânea vontade. Saibamos estar atentos para os movimentos de Roma. Como fazê-lo? Desta forma: ‘Um estudo da Escritura Sagrada, feito com oração, mostraria aos protestantes o verdadeiro caráter do papado, e os faria aborrecê-lo e evitá-lo’ (O Grande Conflito, p. 572)” (nota de Filipe Reis, postada no Facebook).


Ellen White também registrou o seguinte no livro O Grande Conflito: “Mas dentre os que resistiram ao cerco cada vez mais apertado do poder papal, os valdenses ocuparam posição preeminente. A falsidade e corrupção papal encontraram a mais decidida resistência na própria terra em que o papa fixara a sede. Durante séculos as igrejas do Piemonte mantiveram-se independentes; mas afinal chegou o tempo em que Roma insistiu em submetê-las. Depois de lutas inúteis contra a tirania, os dirigentes dessas igrejas reconheceram relutantemente a supremacia do poder a que o mundo todo parecia render homenagem. Alguns houve, entretanto, que se recusaram a ceder à autoridade do papa ou do prelado. Estavam decididos a manter sua fidelidade a Deus, e preservar a pureza e simplicidade de fé. Houve separação. Os que se apegaram à antiga fé, retiraram-se; alguns, abandonando os Alpes nativos, alçaram a bandeira da verdade em terras estrangeiras; outros se retraíram para os vales afastados e fortalezas das montanhas, e ali preservaram a liberdade de culto a Deus.

“A fé que durante muitos séculos fora mantida e ensinada pelos cristãos valdenses, estava em assinalado contraste com as falsas doutrinas que Roma apresentava. Sua crença religiosa baseava-se na Palavra escrita de Deus - o verdadeiro documento religioso do cristianismo. Mas aqueles humildes camponeses, em seu obscuro retiro, excluídos do mundo e presos à labuta diária entre seus rebanhos e vinhedos, não haviam por si sós chegado à verdade em oposição aos dogmas e heresias da igreja apóstata. A fé que professavam não era nova. Sua crença religiosa era a herança de seus pais. Lutavam pela fé da igreja apostólica - a ‘fé que uma vez foi dada aos santos’ (Jd 3). ‘A igreja no deserto’ e não a orgulhosa hierarquia entronizada na grande capital do mundo, era a verdadeira igreja de Cristo, a depositária dos tesouros da verdade que Deus confiara a Seu povo para ser dada ao mundo.”

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Obama elogia atitude do papa e apela aos líderes mundiais

Apoiador do papa

A propósito da divulgação da encíclica papal Laudato Si, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, publicou a seguinte nota no site oficial da Casa Branca:

“Congratulo-me com Sua Santidade o papa Francisco pela encíclica, e admiro profundamente a decisão do papa em tratar sobre o tema – de forma clara, poderosa e com a autoridade moral completa de sua posição – pela ação com respeito à mudança climática global. Como o papa Francisco tão eloquentemente afirmou nesta manhã [ontem], temos uma profunda responsabilidade de proteger nossos filhos e os filhos dos nossos filhos dos impactos nocivos das alterações climáticas. Acredito que os Estados Unidos devem ser um líder nesse esforço, e que por isso estou comprometido a tomar ações ousadas no país e no exterior para reduzir a poluição por carbono, para ampliar a energia limpa e a eficiência energética, para garantir a resistência em comunidades vulneráveis e para encorajar a gestão responsável dos nossos recursos naturais. Temos também que proteger os pobres no mundo, que têm feito o mínimo para contribuir com esta crise iminente e são os que mais estão perdendo. Estou ansioso para discutir essas questões com o papa Francisco quando ele visitar a Casa Branca em setembro. E enquanto nos preparamos para as negociações climáticas globais em Paris, em dezembro, é minha esperança que todos os líderes mundiais – e todos os filhos de Deus – reflitam sobre o chamado do papa Francisco a se unirem para cuidar de nossa casa comum.”

Nota: É muito interessante ver esses dois poderes – o Vaticano (papa) e os EUA – liderando os esforços para salvar o mundo das consequências do aquecimento global. E mais interessante ainda é ver o presidente dos EUA sugerindo que “o mundo inteiro se maravilhe” diante de Francisco... (está na hora de darmos atenção redobrada ao capítulo 13 do livro do Apocalipse).

Fonte - Michelson Borges

Papa e Obama: unidos para salvar a Terra


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Laudato Si e o erro do papa Francisco

Apoio e admiração totais 

Hoje pela manhã, o papa Francisco saudou seus mais de seis milhões de seguidores no Twitter com a seguinte conclamação: “Convido a todos para fazer uma pausa para pensar sobre os desafios que enfrentamos em relação aos cuidados com a nossa casa comum.” Pouco mais de uma hora depois, outro tweet foi divulgado: “A cultura do descartável de hoje apela a um novo estilo de vida.” Sempre com a hashtag #LaudatoSi, que, na verdade, é o título da encíclica que o Vaticano divulgará oficialmente hoje. Conforme destacaram Bruno Calixto e Marina Ribeiro, em artigo publicado ontem no site da revista Época, hoje um bispo católico, um ortodoxo e um cientista ateu sentarão juntos na Sala do Sínodo, no Vaticano, e apresentarão aos jornalistas a primeira encíclica escrita exclusivamente pelo papa Francisco. “A escolha das pessoas que apresentarão o documento não é aleatória. O papa quer que sua encíclica – uma carta de ensinamento aos católicos – ultrapasse as fronteiras do catolicismo, chegue às ‘pessoas de boa vontade’ e influencie as decisões internacionais sobre o meio ambiente e o clima. A encíclica de Francisco, que empresta do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis seu título Laudato Si (‘Louvado sejas’, em português), fala especificamente sobre o impacto do homem no meio ambiente – ou na ‘Criação’ – e mostra como os homens podem viver em harmonia com a natureza, de acordo com a moral e a ética da Igreja.”

Obviamente que é louvável a iniciativa de um líder religioso como o papa de encabeçar um movimento ecológico com o objetivo de proteger a Terra da degradação que ela vem sofrendo ao longo dos anos. É evidente que os religiosos podem e devem dar sua parcela de contribuição para criar uma mentalidade de cuidado com a criação de Deus. O problema são as motivações, os argumentos, os objetivos e os erros por trás de todo esse discurso ecológico.

Não quero aqui me deter na ideia de que o ser humano seja o verdadeiro culpado pelo aquecimento global. Há cientistas que, embora não neguem esse aquecimento, não creem que a causa dele seja antropogênica. Poderíamos estar atravessando um novo ciclo de calor; a causa poderia ser outra, como a atividade solar; ou mesmo, como escreveu Ellen White, no livro O Grande Conflito, páginas 589 e 590: “[Satanás] estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto o permite Deus. [...] Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo o seu poder. [...] Essas visitações devem se tornar mais e mais frequentes e desastrosas. [...] E então o grande enganador persuadirá as pessoas de que os que servem a Deus estão motivando esses males. [...] Será declarado que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que esse pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta.”

E é exatamente sobre isso que eu quero falar aqui. Quero me deter num erro típico do romanismo, presente na encíclica Laudato Si: o erro de confundir deliberadamente o sábado com o domingo.

No capítulo II, seção 71 (a encíclica está disponível aqui), referindo-se à destruição do mundo por um dilúvio no tempo de Noé e sua posterior restauração, Francisco escreveu: “A tradição bíblica estabelece claramente que esta reabilitação implica a redescoberta e o respeito dos ritmos inscritos na natureza pela mão do Criador. Isto está patente, por exemplo, na lei do Shabbath. No sétimo dia, Deus descansou de todas as suas obras. Deus ordenou a Israel que cada sétimo dia devia ser celebrado como um dia de descanso, um Shabbath (cf. Gn 2, 2-3; Ex 16, 23; 20, 10).”

É bom deixar claro logo de início que, ao contrário do que afirma o papa, o sábado não foi dado a Israel apenas. Na verdade, o sábado foi dado à humanidade, no Éden, quando havia apenas um casal sobre a Terra (Gn 2:2, 3), e Jesus confirma isso ao dizer que o “sábado foi feito por causa do homem” (Mc 2:27), não do judeu ou de qualquer outro povo.

Embora cite o mandamento do sábado conforme está na Bíblia, no capítulo VI, seção 237 da encíclica, Francisco se permite reinterpretar o mandamento:

“A participação na Eucaristia é especialmente importante ao domingo. Este dia, à semelhança do sábado judaico, é-nos oferecido como dia de cura das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da Ressurreição, o ‘primeiro dia’ da nova criação, que tem as suas primícias na humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de toda a realidade criada. Além disso, este dia anuncia ‘o descanso eterno do homem, em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do repouso e da festa. [...] A lei do repouso semanal impunha abster-se do trabalho no sétimo dia, ‘para que descansem o teu boi e o teu jumento e tomem fôlego o filho da tua serva e o estrangeiro residente’ (Ex 23, 12). O repouso é uma ampliação do olhar, que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim o dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, difunde a sua luz sobre a semana inteira e encoraja-nos a assumir o cuidado da natureza e dos pobres.”

Conforme observou Filipe Reis, de Portugal, “não precisamos de muito esforço para perceber que o papa confunde o Shabbat bíblico do sétimo dia com o domingo, primeiro dia da semana, atribuindo a este a importância e solenidade que, biblicamente, apenas o sábado do sétimo dia possui. Ou seja, a validade do sábado do sétimo dia parece ter sido mudada para o domingo, primeiro dia da semana”.

Curiosa e e contraditoriamente, na secção 68 do capítulo II, Francisco escreve, citando os Salmos:

“‘Ele [ndr: Deus] deu uma ordem e tudo foi criado; Ele fixou tudo pelos séculos sem fim e estabeleceu leis a que não se pode fugir!’ (Sl 148, 5b-6).” O papa está correto aqui. Não podemos fugir das leis de Deus, muito menos alterá-las. O sábado faz parte dessa lei e é tão eterno que continuará sendo observado na Nova Terra (Is 66:23). Daniel 7:25, escrito cerca de 500 anos antes de Cristo, previu que no futuro haveria um poder religioso que se atreveria a mudar os tempos e a lei de Deus. A profecia, pra variar, estava corretíssima...

Em seu artigo na revista Época, Bruno Calixto e Marina Ribeiro captaram com precisão a intenção do papa com essa encíclica: “Francisco escolheu com cuidado o momento da publicação e de seu ativismo ambiental. Em setembro, a Assembleia Geral da ONU se reunirá para aprovar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Ele pessoalmente discursará em Nova York. Depois, em novembro, haverá a Conferência do Clima em Paris, onde se espera que governos assinem um acordo global contra as mudanças climáticas. Segundo o secretário-geral do WWF-Brasil, Carlos Nomoto, o papa poderá desempenhar um papel importante nessas reuniões internacionais, aumentando a pressão para que governos enfim assumam compromissos nas negociações climáticas.”

Para Eduardo Felipe Matias, autor de A Humanidade Contra as Cordas: A luta da sociedade global pela sustentabilidade, as questões ambientais exigem a mobilização de todos os atores da sociedade, não apenas governos (num programa da rádio CBN, dois jornalistas também falam sobre isso). “Os efeitos que a encíclica papal pode ter sobre a comunidade internacional e sobre os católicos seriam ampliados se outras instituições religiosas se somassem a esse esforço. Não iremos alcançar um mundo mais sustentável sem mudar radicalmente a mentalidade das pessoas, e as diferentes religiões podem contribuir para essa mudança”, diz.

Felipe resume bem um assunto sobre o qual tenho falado em meu blog há quase dez anos: o ECOmenismo. Trata-se de um movimento de união de esforços que extrapola os limites das religiões e tem o potencial de coligar religiosos, místicos, cientistas, ativistas, ateus e outros grupos.

Estamos vivendo dias solenes. Deus nos ajude a estar firmados na verdade bíblica, cumprindo nosso papel, assim como o papa e outros estão cumprindo o deles.

Fonte - Michelson Borges

terça-feira, 16 de junho de 2015

Papa vira herói da guerra contra as mudanças climáticas

Todos os holofotes estão sobre ele 

O papa Francisco vai se colocar nesta semana no centro da batalha épica entre os defensores de ação imediata para combater as mudanças climáticas e o exército de céticos e negadores que lutam de forma muito arraigada para negar a existência do fenômeno ou a ação dos homens para causá-lo. O papa recorreu então ao santo que lhe emprestou o nome para batizar a tão esperada encíclica [leia mais aqui] sobre o papel da humanidade em sua relação com o meio ambiente. Do “Cântico das Criaturas”, uma belíssima oração escrita por São Francisco de Assis em 1224 vem a estrofe “Laudato Si” (Louvado Seja), que dá nome ao documento. Encíclicas são cartas pessoais escritas pelos papas para dar orientação aos fiéis católicos sobre temas doutrinários nos campos da fé, costumes, culto, doutrinas sociais. Os temas tratados não se tornam objeto de fé, mas norteiam a atuação dos religiosos e leigos católicos. Laudato Si será a primeira encíclica escrita totalmente pelo papa Francisco. Ele já havia publicado uma anterior, Lumen Fidei, sobre a fé, mas essa na verdade foi em grande parte redigida pelo papa Bento XVI. Além disso, tratava de um tema efetivamente restrito aos interesses dos fies católicos.

[Clique aqui e leia até o fim esse artigo do jornalista Renato Guimaraes, membro do Global Strategic Communications Council. O texto foi publicado no site da revista Época e é uma ótima análise deste momento interessante. Um texto quase profético...]

Ouça este programa da CBN sobre a encíclica (clique aqui) e assista também ao vídeo abaixo (está em inglês).



Fonte - Michelson Borges

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Encíclica papal trata da “lei do descanso semanal”

Recado aos líderes mundiais 

Na próxima quinta-feira, o papa Francisco vai divulgar oficialmente sua encíclica ECOmênica (tão aguardada) intitulada Laudato Si que, segundo ele, é direcionada a toda a humanidade, não apenas ao seu rebanho católico (confira). Nesse documento oficial, o papa faz propostas de contenção do aquecimento global e sugere que ele sirva de base para reflexão por parte dos líderes mundiais aos quais falará em setembro, na sede da ONU. O amigo Filipe Reis, de Portugal, traduziu algumas partes interessantes de uma versão preliminar da encíclica (aliás, veja que interessante o print do jornal Washington Examiner, abaixo, em que Francisco e Ben Carson aparecem na mesma página, algo que eu já havia destacado aqui). As partes traduzidas por Filipe são relacionadas com o domingo como dia de repouso. Leia os trechos a seguir, extraídos do capítulo 237 de Laudato Si:

“O domingo, a participação na Eucaristia tem importância especial. Esse dia, bem como o sábado hebraico, oferece-se como dia de restauração das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O domingo é o dia da ressurreição, o ‘primeiro dia’ da nova criação, cujo primeiro fruto é a humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de todo o mundo criado. Além disso, esse dia anuncia ‘o repouso eterno do homem em Deus’. Assim, a espiritualidade cristã integra o valor do descanso e da celebração.

“O ser humano tende a reduzir o repouso contemplativo ao âmbito do inútil e estéril, esquecendo que assim lhe retira da obra realizada a coisa mais importante: o seu significado. Somos chamados a incluir no nosso trabalho uma dimensão confortável e gratuita, que é diferente de uma simples inatividade. Trata-se de uma outra forma de atuar que faz parte da nossa essência. Dessa forma, a ação humana é preservada não só de um ativismo vazio, mas também da ganância desenfreada e do isolamento de consciência que leva a procurar exclusivamente o benefício exclusivo.

A lei do descanso semanal requer abster-se de trabalho no sétimo dia, para que ‘descansem o teu boi e o teu jumento, e respirem o filho de tua escrava e o estrangeiro’ (Êxodo 23:12). O repouso é um vislumbre alargado que permite voltar a reconhecer os direitos dos outros. Assim, o dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, espalha a sua luz por toda a semana, e nos encoraja a cuidar de nossa natureza e dos pobres.”

Como era de se esperar, o papa apresenta o domingo como dia de restauração das relações do ser humano com Deus, consigo mesmo e com a natureza, reforçando a dimensão ecológica do domingo. E o iguala ao sábado hebraico, como se a bênção que Deus atribuiu ao verdadeiro sétimo dia pudesse ser estendida a outro dia da semana. Para o papa, o domingo é o “primeiro dia da nova criação”, deixando de lado o último dia da criação (na qual Bergoglio não crê, pois considera Adão e Eva mitológicos), memorial da verdadeira criação divina. Assim, o que o papa faz (à semelhança do que fez João Paulo II) é se apropriar de conceitos relacionados ao sábado e reaplicá-los ao domingo.

Aguardemos o lançamento oficial da encíclica, na quinta-feira, e os desdobramentos do estudo e da divulgação desse documento.

Fonte - Michelson Borges


Encíclica do papa Francisco será dirigida a todas as pessoas

Um apelo às nações

O santo padre Francisco rezou a oração Ângelus dominical a partir da janela de seu apartamento com vista para a Praça de São Pedro, diante de milhares de fiéis, peregrinos ali reunidos. “Como já foi anunciado”, disse o papa, “na quinta-feira será emitida uma Carta Encíclica sobre o cuidado da criação”, e convidou “a acompanhar esse evento com uma renovada atenção para a situação de degradação ambiental, mas também recuperação dos próprios territórios.” O Bispo de Roma recordou que essa encíclica “se destina a todos”. Por essa razão, ele pediu orações para que sua mensagem chegue a todos: “Rezemos para que todos possam receber sua mensagem e crescer em responsabilidade para com a casa comum que Deus nos confiou”, disse. [...]

(Zenit)

Nota 1: Historicamente, as encíclicas papais são dirigidas ao rebanho católico. Por isso, é significativo o fato de o papa Francisco afirmar que sua encíclica se destina a todos. E, considerando-se que líderes mundiais como Vladimir Putin, da Rússia (até ele!), o presidente cubano e vários outros tem buscado o apoio de Francisco, não resta dúvida de que o líder católico será levado em consideração em seus apelos ECOmênicos. [MB]

Nota 2: Se você tem alguma dúvida do poder dessa encíclica que será lançada no dia 18, assista a este vídeo (extraoficial, em inglês) divulgado pelo Observatório do Clima. Atente especialmente para a última frase: “To change everything, we need everyone”, ou seja, “para mudar tudo, precisamos de todos”.

Fonte - Michelson Borges

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Campanha da Fraternidade 2016: ecumênica e ambiental

Em busca da grande união

O Vaticano anunciou para o dia 18 deste mês a divulgação da encíclica papal na qual Francisco trata do tema “aquecimento global”. Como tenho dito aqui no blog há alguns anos, essa é uma bandeira capaz de unir movimentos, religiões e governos (veja o vídeo abaixo). Segundo matéria publicada no Estadão, o papa consultou o brasileiro Frei Betto antes de publicar sua encíclica que tratará do cuidado com a criação. E o tema da Campanha da Fraternidade (CFE) do ano que vem não poderia ser outro (embora vá repetir em parte o de 2011: meio ambiente. “A CFE do próximo ano, como nas três edições anteriores, será coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), caracterizada pela ecumenicidade, ou seja, reunirá outras igrejas cristãs, além da católica, para debater temas importantes referentes à nação brasileira”, explica o site da TV Canção Nova.

Conforme o site A12, “a Campanha de 2016 reunirá outras igrejas cristãs além da católica. Tal como nas três versões anteriores, a ação será coordenada pelo Conic. Uma das maiores novidades para esta 4ª edição é que ela deverá transpor fronteiras nacionais, já que contará com a participação da Misereor – entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina”.

O papa Francisco vem batendo nessa tecla ambiental há algum tempo e conquistando respeito e autoridade, por esse e outros motivos. Exemplo disso foi o recente pedido de apoio por parte do presidente russo Vladimir Putin. Leia a seguir trechos da notícia publicada no G1:

“O presidente russo Vladimir Putin se reunirá nesta quarta-feira no Vaticano com o papa Francisco, para discutir o conflito na Síria e na Ucrânia e tentar sair de seu isolamento internacional. Defensor de um modelo alternativo ao Ocidental, baseado em grande parte em valores conservadores, Putin espera encontrar apoio do pontífice argentino. ‘Putin quer deixar seu status de pária, e espera alcançar isso com o papa’, com quem se reunirá pela segunda vez, explica Boris Falikov, do centro de estudos religiosos da Universidade de Ciências Humanas de Moscou. [...]

“O Vaticano mantém há décadas um diálogo com o patriarcado russo, que considera de suma importância. A aproximação entre as duas igrejas atingiu tal ponto que se chegou a planejar uma visita do papa a Moscou. Essa visita foi um evento histórico, tendo sido a primeira viagem de um papa à Rússia desde a separação das igrejas do Oriente e do Ocidente, durante o cisma de 1054. [...]

“A Santa Sé também pode encontrar um aliado na Rússia, em sua tentativa de se aproximar da China, de acordo com vários observadores da diplomacia do Vaticano.”

Mas o poder de influência papal será testado mesmo em setembro, quando ele terá três grandes audiências atentas: a ONU, a Casa Branca e o Senado norte-americano.

Fonte - Criacionismo

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Apocalipse 21 - Diário da Profecia (por seu editor)


Próxima Quarta-feira, 05 de Junho de 2.015 às 20 horas.
Igreja Adventista do Juvevê - Curitiba - PR
Rua Prof. Arthur Loyola, 70 - Cabral
www.tvjuveve.com.br

Movimento Católico Climático Global

Papa intenta liderar movimento global pela preservação do meio ambiente.


#ECOmenismo #Vaticano

Posted by Diário da Profecia on Sexta, 5 de junho de 2015

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Bono Vox diz que papa tem a solução para acabar com a corrupção e a fome

Sempre envolvido em causas sociais, o cantor Bono Vox, líder da banda irlandesa U2, pediu para que os poderosos da Terra ouçam o que diz o papa Francisco sobre corrupção e fome para que esses problemas sejam resolvidos.

Escutem o Papa Francisco, acabem com a corrupção”, afirmou o cantor durante um evento em Milão onde o cardeal Peter Turkson, residente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, também estava.

Se estivermos juntos, unidos como um só mundo, uma só família humana, esquerda e direita, ricos e pobres, juntos todos os povos, todas as religiões; assim, poderemos trabalhar este objetivo: uma família humana, com comida para todos”.

Nesse discurso, que foi filmado e divulgado na internet, o cantor irlandês ainda fala que admira o líder católico e que se inspira com a solidariedade do religioso. Bono ainda disse que está disposto a trabalhar com o papa e enfrentar a pobreza, a indiferença e a fome.

“O Papa Francisco, sua solidariedade com os mais vulneráveis inspirou a mim e a muitos outros, muito além das palavras, muito além da música, e queremos trabalhar com Sua Santidade neste campo. Estou pronto para arregaçar as mangas, estou pronto para caminhar, estou pronto para enfrentar as estruturas de pobreza e de indiferença que fecham os mais pobres na miséria, na injustiça, na fome”.

Fonte - Gospel Prime
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