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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Espresso Financista: Xangai despenca 8,5% e eleva temor de crise global

Em mais uma evidência do limite em liberalizar o mercado sem tirar de cima a mão do governo, a bolsa chinesa é protagonista de nova derrocada dos ativos globais. Acostumados com benesses estatais em forma de dinheiro fácil para comprar e vender ações, os investidores locais se decepcionaram com a ausência de estímulos nesta segunda-feira (24) após o tombo de 11% sofrido na semana passada.

Em resposta, o índice de Xangai despencou 8,5%, o que representa a maior queda desde a crise financeira em 2007. Temendo contaminação dos problemas na China em todo o mundo, perdas generalizadas dominam os mercados globais. O índice alemão Dax perde 3%, assim como os futuros em Wall Street. As cotações de commodities caem para mínimas em 16 anos.

Embora não haja consenso sobre o efeito do pânico financeiro na economia real chinesa, a cada dia crescem dúvidas sobre a atividade do gigante asiática. Nos últimos dias, Pequim, inclusive, deixou o iuane cair frente ao dólar para conseguir tornar seus produtos ainda mais baratos no exterior. Segundo a Bloomberg News, mais de US$ 5 trilhões em valor foram destruídos das bolsas globais desde que a China mexeu no iuane na segunda semana de agosto.

“O Ibovespa deve seguir em queda, com ‘’boas chances’’ de fechar o dia abaixo dos 45 mil pontos, acompanhando a piora do 'humor' externo e também prejudicada internamente pelo crescente aumento da tensão política e deterioração da economia brasileira (…) O dólar pode subir rumo aos R$ 3,60, influenciado pelos mesmos motivos que devem prejudicar bolsa brasileira e ainda seguindo a trajetória internacional da moeda norte-americana”, comenta Alfredo Sequeira Filho, sócio-presidente da DNAinvest.

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou aos 45.720 pontos, acumulando queda de 3,77% na semana e de 10,11% no mês. A análise técnica aponta que o principal índice de ações da Bolsa ainda pode cair para 44.100 pontos no curto prazo. O dólar subiu frente ao real, cotado a R$ 3,4960 na venda.
O mercado agora

A agenda do dia é fraca para indicadores e os investidores seguem de olho na economia chinesa e no ambiente político brasileiro, cada dia mais imprevisível. Pesam os rumores da saída do vice-presidente Michel Temer (PMDB) da articulação política e possíveis reações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), após ser denunciado por corrupção passiva na Lava Jato, mesmo que ele insista que não haverá retaliações. O pedido de investigação das contas da campanha de Dilma adiciona maior tensão.

Na sexta-feira (21), o principal índice da BM&FBovespa renovou o patamar mais baixo ao perder 10,12% no mês e encerrar aos 45.720 pontos. A tendência de curto prazo é de novas quedas, mas com as constantes perdas e ainda testando o importante suporte de 45.800 pontos, o mercado pode abrir espaço para alguma recuperação.

Para Luiz Felipe Lopes, analista financeiro sênior da Lopes Filho, se o Ibovespa perder o suporte de 45.800, o índice tende a buscar um nível ainda menor, de 44.100 pontos, no curto prazo, que é o fundo registrado em julho de 2013.

China - A segunda-feira se inicia muito tensa nos mercados. A bolsa de valores da China despencou mais de 8%, a maior queda diária desde o auge da crise financeira global em 2007, refletindo a frustração de investidores após Pequim não anunciar novos estímulos no fim de semana. No Japão, o índice Nikkei teve a maior baixa em 2 anos. Na Europa, a direção é de queda. Em Berlim, por exemplo, o índice DAX recua 3%.

No mercado de câmbio, a ausência de indicadores deve levar a moeda norte-americana a abrir por aqui seguindo as negociações nos mercados internacionais. Na sexta-feira, o dólar à vista encerrou em R$ 3,49, mas a tendência ante o real ainda é de alta no curto prazo e a divisa pode voltar a testar os R$ 3,51 dos últimos dias.

Cleber Alessie, operador de câmbio da H.Commcor, relata ainda o aumento das expectativas de a agência de classificação de risco Fitch finalmente divulgar sua revisão da nota soberana brasileira e “desempatar” a perspectiva para a avaliação brasileira.

A Standard & Poor’s (S&P) tem perspectiva negativa para o rating e a Moody’s estável, ambas colocaram o Brasil no último degrau de investimento. Entre as grandes agências, só falta a Fitch se pronunciar. “Isso tem força para fazer muito preço no mercado”, diz Alessie.
O poder e a economia

Sobe e desce - Parlamentares da base aliada querem manter a proposta original do governo de elevar a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% para as instituições financeiras, segundo o presidente da comissão mista que analisa a proposta, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). Membros da base de apoio da presidente pretendem votar a medida provisória 675, que trata da elevação da CSLL e é uma das medidas do governo para o ajuste das contas públicas, na próxima terça-feira na comissão, com a proposta original do Palácio do Planalto, e não com a elevação maior, para 23%, proposta pela relatora da MP, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Campanha em xeque - A decisão do ministro Gilmar Mendes de pedir a investigação de eventuais crimes cometidos na prestação de contas do PT na campanha presidencial de Dilma Rousseff pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República deve ser questionada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo Edinho Silva, ministro da secretaria de comunicação social da presidência da República. O TSE aprovou as contas em dezembro do ano passado.

Tombini fala – O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa hoje à noite da 15ª edição do Prêmio Valor 1000, promovido pelo jornal Valor Econômico, no Hotel Unique, em São Paulo.

Enquanto isso, na Fazenda – Já Joaquim Levy, ministro da Fazenda, tem agenda em Washington, nos EUA, mas sem compromissos oficiais. O secretário-executivo, Tarcísio José Massote de Godoy, tem reunião marcada com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), às 10h. À tarde é a vez do secretário da Receita Federal, Jorge Antonio Deher Rachid, se reunir com a Febraban.

Dilma tenta coordenar – O único compromisso que consta na agenda da presidente Dilma Rousseff é a reunião de coordenação política logo cedo, às 9h. Dilma já se reuniu ontem(domingo, 23) com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e com o titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio da Alvorada. A reunião antecede a semana que o governo tem de fechar a proposta de orçamento de 2016, que precisa ser enviada ao Congresso Nacional até 31 de agosto.
O que acontece no mundo corporativo

Com IPO em andamento - Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo aponta que uma auditoria da BR Distribuidora descobriu que a subsidiária da Petrobras direcionou licitações no valor de R$ 574 milhões vencidas pela construtora UTC Engenharia, em 2010.

Ovelha negra – A Petrobras teria desativado a unidade de gasolina em refinaria de Pasadena após incêndio, disseram fontes familiarizadas com as operações da fábrica à Reuters.

Uma nota – A Estácio Participações, que controla universidades como a Estácio de Sá, pretende captar R$ 250 milhões, por meio da emissão de debêntures simples. O dinheiro será usado para reforçar seus planos de expansão.

Pan de Azúcar – A colombiana Éxito concluiu a aquisição de 50% das ações ordinárias do Pão de Açúcar. A transação é uma etapa da reestruturação societária promovida pelo grupo francês Casino, que controla ambos. A partir de agora, o comando da maior varejista brasileira será compartilhado entre franceses e colombianos.

Mais um passo – A assembleia geral de acionistas aprovou a abertura de capital do IRB Brasil Resseguros. O IPO da resseguradora é uma das apostas do governo para engordar o caixa, neste ano de vacas magras.

Bônus – A Lojas Marisa aprovou uma bonificação de ações, equivalente a 10% de seu capital. Cada acionista receberá uma ação, para cada dez que já possuir até 25 de agosto. A operação faz parte do aumento de capital promovido pela varejista, ao incorporar parte da reserva de lucros.

Novos ventos – A empresa de energia renovável Statkraft conclui a venda de suas fatias na Goiás Transmissão (25%) e na MGE Transmissão (25%) para a Gebbras Participações. A Gebbras é controlada pela Empresa de Energia de Bogotá. A Statkraft afirmou que a venda representará “um importante evento de liquidez”. Traduzindo: significa uma boa entrada de dinheiro.
Para comentar mais tarde

O desktop já era. As empresas de mídia tradicionais e online estão enfrentando dificuldades para conseguir dinheiro com o rápido crescimento do tráfego "mobile" - por celulares e tabletes. Isso aumenta o questionamento sobre o crescimento futuro dessas companhias.

Fonte - Financista

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O pior está por vir: Bolsa chinesa se aproxima do crash de 1929

Um disparo nas operações de compra com margem ajudou a inflar a Bolsa chinesa nos últimos meses. Alimentada pela demanda dos investidores de varejo, o índice Xangai Composite saltou mais de 150% desde meados do ano passado até o início de junho de 2015. No mesmo período, o índice Shenzen subiu mais de 200%. Essa exuberância chegou a um fim violento, com índices abaixo, quase um terço do pico de 12 de junho, com mais de U$ 10 trilhões em capitalização de mercado.

Junto a esse salto das bolsas e posterior correção, as operações de compra com margem bateram 9,6% da capitalização do mercado acionário chinês de junho - nível alarmante, tanto na história chinesa como no mundo, e como pode ser visto no gráfico abaixo, colocou a China em um território inquietante. Segundo dados divulgados pelo diretor da Guggenheim, Scott Minerd, nesse patamar a China só perde para o nível atingido pelo mercado americano no crash de 1929, quando a margem alcançou 12% da capitalização das ações.




Para ele, se os responsáveis pela política chinesa não alterarem em breve o curso do mercado, a correção da Bolsa chinesa poderia se transformar em um mergulho do mercado semelhante ao que aconteceu em 1929 nos Estados Unidos. Para efeito de comparação, atualmente, a margem das operações nos EUA é menor do que 3%.

Minerd acredita que o melhor cenário para China pode ser o que ocorreu nos EUA em 1987, quando a forte queda do mercado estabeleceu as bases para o próximo grande rali.

"Se o atual momento da China vai se tornar uma versão da quinta-feira negra do crash de 1929 nos EUA ou um cenário mais saudável da segunda-feira negra de 1987, isso vai depender muito da estratégia que os responsáveis pelo mercado por lá adotarão nos próximos meses. Para a China, eu espero que seja o último mas, neste momento, os investidores devem ter em conta que a segunda maior economia do mundo poderia muito provavelmente encontrar-se no epicentro da maior correção do mercado de ações deste século", escreveu Minerd em artigo publicado no site da Guggenheim.

Fonte: InfoMoney

terça-feira, 4 de agosto de 2015

O pior está por vir: Bolsa chinesa pode estar se aproximando de seu 1929

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Como acabar com altos e baixos na economia: tornar ilegal o dinheiro em espécie

Uma nova lei proposta na Dinamarca poderia ser o primeiro passo para uma revolução econômica que vê moedas físicas e contas bancárias normais abolidas e dá a governos futuristas novas ferramentas para combater o ciclo de "altos e baixos" na economia.

A proposta dinamarquesa parece inócua o suficiente na superfície - seria simplesmente permitir que lojas recusem pagamentos em dinheiro e insistir que os clientes usem cartões de débito inteligente [que usa sinais de rádio para fornecer uma conexão sem fio com um leitor de cartão] ou alguns outros meios de pagamento eletrônico.

Oficialmente, o objetivo é aliviar "encargos administrativos e financeiros", tais como o custo de contratação de um serviço de segurança para enviar dinheiro para o banco, e é parte de um programa de reformas destinadas a impulsionar o crescimento - há evidências de que o uso de enormes quantias em espécie em uma economia age como um entrave.

Mas o movimento poderia ser um momento chave no advento de "sociedades sem dinheiro". E uma vez que todo o dinheiro exista apenas em contas bancárias - monitorado, ou mesmo diretamente controlado pelo governo - as autoridades serão capazes de encorajar-nos a gastar mais quando a economia desacelera, ou gastar menos quando se está superaquecendo.

Isso tudo pode parecer exagero, mas a ideia foi desenvolvida com algum detalhe pelo acadêmico norueguês, Trond Andresen.

Neste mundo futurista, todos os pagamentos são feitos através de cartão inteligente, aplicativos de celular ou outros meios eletrônicos, enquanto as notas e moedas são abolidas. Sua conta atual não será mais realizada com um banco, mas com o governo ou o banco central. Bancos ainda existem, e ainda emprestam dinheiro, mas eles obtêm os seus fundos do banco central, não a partir de depositantes.

Ter a conta de todos em uma única instituição central permite às autoridades encorajar ou desencorajar as pessoas a gastar. Para aumentar os gastos, o banco impõe uma taxa de juro negativo sobre o dinheiro na conta de todo mundo - na verdade, um imposto sobre a poupança.

Ao invés de ver seu dinheiro confiscado lentamente, as pessoas são mais propensas a gastar em bens e serviços. Quando esta mudança de comportamento ocorre em todo o país, a economia recebe um impulso significativo.

Os que lucram respondem do mesmo modo, e também gastam. O dinheiro circula mais rapidamente - ou, como dizem os economistas, a "velocidade do dinheiro" aumenta.

E quanto à situação oposta - quando a economia está superaquecendo? O banco central ou o governo certamente vai valorizar todo interesse sobre os saldos de crédito, mas poderia ir mais longe e impor um imposto sobre as transações.

Nesse caso, sempre que você usar o dinheiro em sua conta para comprar algo, você pagará uma pequena multa. Isso torna as pessoas menos inclinadas a gastar e mais inclinadas a poupar, reduzindo assim a atividade econômica.

[...]

Além do controle sobre a economia, haveria muitas outras vantagens de uma sociedade sem dinheiro. Tal sistema é muito mais barato para executar do que um baseado em notas e moedas. A falsificação é impossível, como também os roubos.

O dinheiro eletrônico é um sistema inclusivo e conveniente, dando às pessoas de áreas pobres e rurais de uma economia - onde as máquinas de caixa e agências bancárias podem ser poucas e distantes entre si e nem todas as pessoas têm contas - uma ferramenta para a participação fácil na economia.

Finalmente, a "economia informal" será extremamente reduzida e a evasão fiscal quase impossível.

Fonte: The Telegraph

NOTA Minuto Profético: Forçar as pessoas a usar apenas dinheiro eletrônico é o sonho dos construtores da Babilônia moderna. Esse totalitarismo econômico é passo prévio para a Lei Dominical. Fica fácil perceber que nesse mundo futurista, quem não receber a marca da besta (guarda do domingo) não vai poder comprar nem vender. Ap 13:15-17.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Mercados à beira do pânico com queda livre da Bolsa da China

Uma queda brusca e aparentemente sistêmica da Bolsa de Valores da China levou o Banco Central do país a intervir, suspendendo a negociações das ações de 1476 companhias, depois de chegar a operar em baixa de 8% e fechar em queda de 5.9%.

Para se ter uma idéia, as ações que tiveram negociação suspensa devido às quedas de valores formam, no total, um valor de US$ 2.6 trilhões (cerca de R$8.3 trilhões), o equivalente a 25% do PIB chinês ou pouco mais do que o PIB brasileiro num ano. Por conta do tamanho gigantesco de sua economia, uma queda violenta da bolsa chinesa espalha o terror ao redor do mundo pelo potencial de poder criar uma crise global. O país é o maior consumidor mundial de matérias-primas e produtos primários e uma crise severa em sua economia pode despencar mercados de inúmeros produtos e 'commodities' como minério de ferro e petróleo, por exemplo.

A queda da Bolsa depois de um pico em junho já fez com que as ações das empresas listadas em Xangai perdessem cerca de US$3 trilhões (R$9.5 trilhões). Para conter o pânico, além de uma injeção de cerca do equivalente a R$155 bilhões, também tomou medidas para que os maiores investidores chineses (as grandes redes de varejo) tirem seu capital da Bolsa.

Segundo o Financial Times, gigantes financeiros como o HSBC e a Goldman Sachs fizeram ligeiros rebaixamentos da avaliação dos títulos da China, mas a incerteza para os próximos dias permanece em alta.
As bolsas asiáticas fecharam em forte queda nesta quarta-feira, em meio a um temor generalizado dos investidores com o risco de uma bolha nos mercados, alimentado pela quebra de confiança na eficiência das medidas adotadas pelo governo chinês para estimular a economia do país.

Desde novembro do ano passado, a China tem adotado algumas medidas para reduzir os custos de financiamento e acelerar a economia. A taxa referencial de juros, por exemplo, foi reduzida quatro vezes, para 4,85%. Tais medidas levaram a Bolsa de Xangai a uma alta de mais de 100% entre novembro e junho. No entanto, como a economia real não reagiu com o mesmo entusiasmo, tornou-se crescente o temor de que o mercado acionário chinês esteja próximo de uma bolha.

Além disso, há preocupações de que as medidas cada vez mais "desesperadas" das autoridades para acalmar os investidores estão, na verdade, contribuindo para aumentar os riscos ao sistema financeiro do país.

"Inicialmente, a maior parte dos riscos dos mercados estava com as famílias, mas, com as tentativas de resgate da China, instituições sistematicamente importantes estão assumindo mais riscos", afirmam os economistas do banco Société Générale.

No fim de semana, o governo suspendeu o lançamento de algumas ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) e tornou mais fácil para os operadores pedir dinheiro emprestado para comprar ações. Em vez de um aumento nas compras, os investidores estão evitando investir no mercado de ações, que contém mais riscos, e migrando seus recursos para o mercado de títulos, considerado mais seguro. Como consequência disso, o juro do bônus de 10 anos do governo chinês caiu para 3,4% no pregão de hoje, de 3,6% no começo do mês.

No fechamento, o índice Xangai Composto caiu 5,9%, a 3.507,19, com queda acumulada de 32% desde meados de junho. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve recuo de 5,89%, a 23.516,56 pontos. Em Taiwan, o Taiex teve baixa de 2,96%, a 8.976,11 pontos. Na Coreia do Sul, a queda foi de 1,18%, a 2.016,21 pontos.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney caiu 2,0% e levou o índice S&P/ASX 200 a 5.469,50 pontos, pressionado principalmente pela queda do preço do minério de ferro, de 4,4% no fechamento de ontem, para US$ 49,7 por tonelada, e com preocupações relacionadas ao impasse entre Grécia e credores internacionais. Em meio a isso, as mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton tiveram baixas de 3,25% e 3,12%, respectivamente.

Fonte - Yahoo

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Economia americana se acelera, mas dá sinais preocupantes

O PIB americano teve no terceiro trimestre o crescimento mais rápido em um ano, mas os dados mostram ainda problemas na maior economia mundial e indicam por que o Fed (banco central dos EUA) ainda não começou a desmontar os estímulos iniciados há mais de um ano.

O primeiro é que os americanos estão freando suas compras. Os gastos dos consumidores cresceram 1,5% de julho a setembro ante os três meses anteriores (na taxa anualizada), o menor aumento desde o segundo trimestre de 2011.

Essa desaceleração é um sinal de que as discussões no Congresso que, ao final, levaram ao fechamento parcial do governo por mais de duas semanas no mês passado abalaram a confiança dos consumidores.

Desconfiança em relação ao futuro da economia significa segurar gastos porque não se sabe o que vem pela frente. Para uma economia tão dependente do consumo (representa cerca de dois terços do PIB), isso é um sinal nada estimulante.

Outro sinal negativo é que os investimentos das empresas em equipamentos (não inclui o setor imobiliário) recuaram 3,7% em relação ao segundo trimestre, a segunda queda em mais de quatro anos. Ou seja, as companhias também estão reticentes em relação ao futuro da economia.

Junte-se a esse caldo o fato de que o PIB do quarto trimestre dificilmente sairá ileso do fechamento parcial do governo e fica cada vez mais provável que caberá a Janet Yellen, a provável presidente do Fed em 2014, iniciar a retirar os US$ 85 bilhões despejados mensalmente na economia americana para estimulá-la e que tanto têm afetado as moedas dos países emergentes --com o Brasil incluído nessa lista.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Greenspan teme que haverá nova crise da dívida nos EUA

O ex-diretor do Federal Reserve (o banco central americano) Alan Greenspan disse que é "perfeitamente concebível" que os Estados Unidos voltem a ter em breve uma crise política com repercussões econômicas como a da semana passada, sobre o teto do endividamento do governo.

Greenspan foi o homem forte da política monetária americana entre 1987 e 2006, durante gestões democratas e republicanas.

Apesar de dizer que simpatiza com alguns dos objetivos do movimento Tea Party, uma facção do Partido Republicano que defende políticas mais liberais na economia, Greenspan criticou duramente as táticas do movimento na negociação do teto da dívida.

Em entrevista à BBC, ele disse que a atuação do Tea Party é "antidemocrática".

Na semana passada, a falta de um entendimento político entre democratas e republicanos quase levou o governo dos Estados Unidos a uma moratória da sua dívida pública – que poderia ter consequências graves na economia do país.

A legislação americana estabelece um limite para o endividamento do governo. A administração estava prestes a passar deste limite, e necessitava alterar a lei para permitir mais empréstimos e evitar o calote.

No entanto, essa lei só pode ser alterada pelo Congresso. Os oposicionistas do partido Republicano – fortemente influenciados pelo Tea Party – condicionavam mudanças na lei a um recuo do presidente democrata, Barack Obama, na sua reforma no setor de Saúde.

Obama não recuou. Os republicanos só desistiram dessa tática no último dia, e finalmente votaram a favor da mudança da lei.

"Isso não faz o menor sentido. Na verdade, eu concordo com uma boa parte do que o Tea Party tenta fazer, mas discordo completamente com suas táticas. Eu nunca vi nada disso, com toda a minha experiência em Washington ou até mesmo antes", diz Greenspan.

"Eu não sei para onde vamos agora. É perfeitamente concebível que daqui a três ou seis meses estejamos exatamente onde estávamos antes. E isso é inadmissível. Não se pode administrar uma sociedade assim."

Greenspan disse ser contra a legislação que impõe um limite à dívida do governo.

"Eu não entendo exatamente porque nós insistimos em ter um limite de endividamento, neste país e em outros países. Temos fundos que nos dizem quanto será nosso gasto. Tempos códigos fiscais que nos diz quanto arrecadaremos. Com um pouco de aritmética é possível tentar descobrir qual será o impacto na dívida", diz.

"Minha visão é: se você quer reduzir impostos, primeiro corte seus gastos. Se você quer reduzir o deficit [das contas públicas], controles os gastos antes."
Críticas à sua gestão

Na entrevista à BBC, Greenspan também falou sobre a economia europeia e a China e sobre as críticas à sua gestão. O economista de 87 anos hoje administra sua própria consultoria e está lançando um livro,The Map and the Territory (O Mapa e o Território), no qual analisa o porquê de as previsões econômicas serem tão falhas.

Ele defende sua gestão do Federal Reserve da crítica de que sua flexibilização das regras de crédito e baixo nível de regulação contribuíram substancialmente para a grande crise deflagrada em 2008.

"Uma coisa que me choca é que não foram só os modelos altamente sofisticados do Federal Reserve que fracassaram em antever [a crise de] 15 de setembro de 2008, mas também os do FMI, do (banco) J.P. Morgan, que previam crescimento econômico americano três dias antes de a crise ser deflagrada, com aumento nas previsões ao longo de 2009 e 2010."

Ele diz que existe uma diferença entre prever quando uma bolha econômica vai ocorrer e quando ela pode estourar.

Greenspan nega que não tenha sido claro o suficiente quanto aos perigos de um colapso dos mercados financeiros. Ele diz que suas palavras sempre precisaram ser medidas cuidadosamente.

"Eu ficava muito preocupado sobre o impacto que elas teriam", diz.

Sobre a China, ele disse que as taxas de crescimento podem começar a cair se o país não melhorar no quesito da inovação tecnológica.

"Um recente estudo da Reuters lista as cem empresas mais inovadoras. Quarenta são americanas e nenhuma é chinesa", diz.

"A produtividade chinesa é a maior do mundo, mas eles fazem isso tomando tecnologia estrangeira emprestada, com empreendimentos conjuntos ou por outros meios."

"O que eles vão acabar descobrindo – eu acho que antes que seja tarde demais – é que a não ser que eles melhorem no quesito inovação, seu crescimento vai desacelerar."
Europa

Sobre a economia europeia, ele disse que a crise na zona do euro deve continuar até que haja uma "consolidação política".

"A cultura da Grécia não é a mesma cultura da Alemanha, e fundir ambas em uma unidade é algo extremamente difícil", disse Greenspan.

"A única forma de fazer isso é através de uma união política, como (a que ocorreu) entre as Alemanhas Oriental e Ocidental, e nem isso está funcionando exatamente como deveria."

Greenspan se mostrou otimista com as tentativas do governo britânico de reanimar a sua economia.

"O que a Grã-Bretanha fez com seu programa de austeridade funcionou muito melhor do que eu imaginava", disse Greenspan.

"Até onde posso julgar, a economia está se desenvolvendo bastante em linha com o que o governo de coalizão esperava."

Fonte - BBC

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Abismo nos Estados Unidos II

Abismo fiscal foi evitado no último dia, mas novos problemas já estão surgindo

Foi por pouco. Apenas algumas horas separaram a grande nação, a maior do mundo economicamente falando, de um desastre. Trata-se do abismo fiscal, a entrada em vigor simultânea de cortes de gastos e aumentos de impostos. O efeito seria uma recessão, perda de empregos e quebradeira de empresas.

Um grande susto já houve em meados de 2011, quando por poucas horas, se o Congresso não aprovasse a permissão do aumento do endividamento federal, os Estados Unidos ficariam inadimplentes, não poderiam mais pagar suas contas, nem mesmo os salários do funcionalismo público. Assim como desta vez, naquela ocasião também a economia do mundo ficou com o coração na mão, e por uma questão de horas, evitou-se um desastre global. O que aconteceria se esta grande economia desse o calote?

Mas, infelizmente, a história de problemas ainda não terminou. Outra vez, em fevereiro de 2013 os Estados Unidos terão de aumentar o limite da dívida, como em 2011. Se não fizerem, o governo federal não poderá mais pagar suas contas, e se tornará inadimplente. Outra vez o mundo está de olho quanto a decisão que os políticos americanos deverão tomar. As negociações serão difíceis.

A pergunta é: até quando este país suportará aumentar o limite de sua dívida? Isso sem aumentar os impostos? Atualmente o teto da dívida chega a quase US$ 16,5 trilhões. E sem a possibilidade do país pagar suas contas, o impacto sobre a economia global seria pior que o impacto do abismo fiscal, que travaria o consumo no país e geraria desemprego em escala severa.

Diz o Globo que “a situação é tão preocupante que o Fundo Monetário Internacional fez um alerta. Em nota, o FMI informou que muito ainda precisa ser feito para que as finanças públicas voltem aos trilhos sem prejudicar a frágil recuperação da economia. E deu a receita: aumento de arrecadação e redução dos gastos.” Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/01/congresso-dos-eua-evita-abismo-fiscal-e-enfrentara-novos-problemas.html

O que significa isso? A última crise sobre o mundo se originará dos Estados Unidos da América. E será uma tragédia jamais vista. A Europa, maior aliado dos EUA, também está em grave crise. Para que se inicie a última crise, o que falta ser feito? Uma só coisa, um decreto, o da santificação obrigatória do domingo. Os países desenvolvidos já estão sendo preparados para a crise. Ou seja, eles estão indo de mal a pior, e quando o gatilho for acionado, eles serão os primeiros a quebrarem. Então é que os servos de DEUS viverão exclusivamente pela fé. E aqueles que confiaram no dinheiro, se o tiverem, nada haverá para comprar.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Abismo fiscal nos Estados Unidos

Para o dia primeiro de janeiro de 2013 está engatilhada uma nova crise nos Estados Unidos da América, conhecida por “abismo fiscal”. O presidente George Herbert Walker Bush, em 1991 estabeleceu um alívio fiscal para durar até 31 de dezembro de 2012. Portanto, no final deste ano esse alívio, ou desconto de impostos para muitas pessoas termina. Isso quer dizer que aumentarão os impostos a serem reconhecidos pelo governo federal. Parece bom para o Estado americano, porém, é exatamente o contrário.

Os EUA estão endividados e sua dívida só aumenta, principalmente por causa das guerras e do desembolso do estado para salvar bancos em 2008, evitando o colapso do efeito “suprime” de milhões de famílias endividadas. Há outros problemas drenando recursos públicos, como a previdência social. Então, o fim das isenções de alguns impostos parece coisa boa. No entanto, essa situação gerará um enxugamento de dinheiro para as pessoas gastarem em suas compras, da ordem de 600 bilhões de dólares. Se a economia do maior país do mundo não vai bem, esteve perto de graves problemas nos últimos anos que a poderiam levar ao colapso, agora, mais uma vez, se depara diante de outra possibilidade de recessão.

A gigantesca máquina de produção e consumo americana vem a cada poucos anos enfrentando desafios quase tão grandes quando seu poderio de superá-los. Aproxima-se o dia em que tal desafio, seja por causa de seu tamanho, seja por desavenças políticas, seja por causa do decreto dominical, tragará a economia desse país e do munto inteiro. É momento, não de consumismo, mas de alertar o mundo para o maior de todos os eventos, a volta de JESUS.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Credores recomendam que Grécia reduza fim de semana

A Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, os principais credores da Grécia, pediram que o governo reduza o fim de semana como parte do termo de resgate do país. A demanda por aumentar o número de dias trabalhados foi revelada ontem pelo jornal britânico The Guardian [o mesmo que apoia o domingo como solução para o aquecimento global] na noite [de] quarta, que teve acesso a um documento no qual os credores insistiam numa reforma radical do mercado de trabalho. Ela envolve aumento no número de horas trabalhadas, horários flexíveis e salários menores. Os credores devem entregar no próximo mês um veredito sobre se a Grécia deverá permanecer ou não na zona do Euro.

Enviado na semana passada aos ministros gregos das Finanças e do Trabalho, recomenda ao governo estender a semana de trabalho ao fim de semana, fazendo com que todos os setores trabalhem seis dias. Também diz que os trabalhadores devem ter o horário de trabalho flexibilizado e que o tempo de descanso deve ser reduzido a 11 horas diárias. As instruções contidas no documento mantêm o foco nas reformas do mercado de trabalho, exigindo que a inspetoria nacional de trabalho seja radicalmente reformada e colocada sob supervisão europeia. [...]

Segundo carta, “o desemprego está alto demais, e são necessárias políticas para impedir que isso se torne estrutural”. O documento também pede que os custos não trabalhistas sejam reduzidos, que os benefícios sociais dos empregados sejam cortados e que uma desregulação do mercado de trabalho. [...]

(iG Notícias)

Nota Michelson Borges: Imagine o que pode acontecer se a crise (não apenas na Grécia) se aprofundar e a ideia de estender a semana de trabalho pegar (outras ideias também são aplicadas em tempos de crise). Pelo visto, não faltarão argumentos para a observância unicamente do domingo como dia descanso.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Crise acentua desejo de independência na UE

'A atual crise económica na União Europeia está a despertar antigas aspirações independentistas em algumas regiões, aumentando as preocupações dos líderes políticos com o futuro do projeto europeu.

Reclamam independência política por considerarem que lhes está a ser exigido um enorme esforço financeiro ao mesmo tempo que os governos centrais cortam nos serviços que lhes prestam.

Catalunha (Espanha), Escócia (Reino Unido) e Antuérpia (Bélgica) são os casos mais recentes, mas é preciso também não esquecer a Irlanda do Norte e a região do Tirol do sul, em Itália, onde os cidadãos cada vez se sentem menos responsáveis pela crise que o país vive.

Josef Janning, diretor de estudos do Centro Europeu de Políticas Públicas, referiu ao jornal americano ""The New York Times" que, tradicionalmente, os líderes destas regiões veem com bons olhos a União Europeia. Mas a independência destas regiões coloca perguntas às quais os dirigentes europeus não sabem ainda o que responderFonte: Jornal de Notícias (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final: o idealizado federalismo europeu continua a não resistir à força profética de Daniel 2! E por aqui se prova que essa "união" na Europa funciona apenas ao nível das lideranças; quanto aos povos, acho que estão cada vez mais afastados...


Nota DDP: Veja também "Pés de barro: crise reanima separatismo na Europa".

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ecumenismo e a crise econômica mundial

Guarulhos (RV) – Uma nova ordem econômica é o tema em debate esses dias na cidade de Guarulhos, em São Paulo.

A Conferência ecumênica é promovida pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas, pretende evidenciar as preocupações de milhões de pessoas afetadas pela crise financeira mundial, e suas implicações éticas e ecológicas.

Em andamento desde sábado, especialistas no assunto estão reunidos até sexta-feira para, juntos, propor critérios para uma nova ordem financeira e econômica internacionais, baseada na justiça social e no respeito do meio ambiente.

A abertura do evento contou com a participação do Secretário-Geral do Conselho Mundial de Igrejas, Rev. Dr Olav Fykse Tveit. (BF)

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/bra/articolo.asp?c=625945

Comentário Cristo Voltará: Interessante essa notícia para quem está atento aos fatos do cumprimento das profecias do fim. Como já estamos anunciando desde por volta do ano 2.000, o Ecumenismo tem por objetivo popular e político, dar uma contribuição decisiva e incontestável para a melhoria das condições de vida no planeta. A Bíblia denomina isso de “paz e segurança” (I Tess. 5:3). O foco da união das igrejas é a santificação do domingo, para nesse dia realizar esforços por uma nova humanidade compatível com a “paz e segurança”. Agora que as condições econômicas se deterioram, ganha força a defesa dessa proposta das igrejas, que há algum tempo já encontrou aliados importantes na ONU, inclusive em seu secretário geral. A proposta, encabeçada pela Igreja Católica, parece bem bonita aos líderes políticos globais, mas eles não discernem as verdadeiras intenções: a santificação do domingo de Lúcifer em lugar do sábado de DEUS. É hora do povo de DEUS pregar com cada vez mais força, pois a grande controvérsia, ainda um tanto discreta, já está em andamento.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Crise na Europa é de “gravidade excepcional”

O presidente francês, François Hollande, declarou [na] sexta-feira que seu dever é dizer a verdade e que a crise atual tem uma gravidade excepcional. “Meu dever é dizer a verdade aos franceses. Estamos diante de uma crise de uma gravidade excepcional, uma crise longa que dura mais de quatro anos e nenhuma potência econômica, nem as emergentes, está a salvo”, disse Hollande em um discurso em Chalons-en-Champagne. “O crescimento desacelera em todas as partes e os preços das matérias-primas, dos cereais, por razões tanto climáticas como especulativas, mas também o petróleo, aumentam.” [...] As declarações do presidente francês acontecem no mesmo dia em que o Escritório de Estatísticas da Europa divulgou que houve aumento do desemprego [que já chegou a 11,3%] e da inflação na zona do euro. [...] Em números absolutos, são 18 milhões de pessoas que ficaram desempregadas nos países que usam a moeda única. [...]

(Folha.com)

Nota Michelson Borges:
A revista Exame deste mês traz uma entrevista com um dos maiores investidores do mundo, Mohamed El-Erian. Segundo ele, Estados Unidos e Europa acumularam dívidas gigantescas e perderam a capacidade de estimular o crescimento interno. Ele diz também que há o risco de uma recessão global, caso a crise financeira europeia e o endividamento norte-americano se agravem, o que parece ser o caso. A entrevista termina com uma predição nada otimista do especialista em mundo financeiro: “Nada sinaliza que o cenário mudará tão cedo. Teremos anos difíceis pela frente.” “Anos difíceis” representam instabilidades políticas e agitação social, agravamento do desemprego e da fome, medo e insegurança com relação ao futuro, depressão e insatisfação popular com a incompetência gestora de seus líderes, muitos dos quais só se preocupam com interesses pessoais. Cadê o século 21 cheio de glórias previsto por certas pessoas no fim do século passado? A verdade é que o cenário atual – com tantas e tão intensas tragédias “naturais”, instabilidade social, fome e doenças – está mais de acordo com as tristes previsões bíblicas para os dias que antecedem a volta de Jesus. Até mesmo a desagregação europeia estava prevista mais de 700 anos antes de a Europa despontar na história (confira lá em Daniel capítulo 2). Uma coisa está ficando mais do que clara: o ser humano teve tempo para provar que é incapaz de administrar este mundo e precisa desesperadamente de ajuda externa, uma ajuda do Alto.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"Troika" sugere aumento da semana de trabalho para seis dias à Grécia

'A "troika" internacional que supervisiona a economia grega sugeriu ao Governo de Atenas a flexibilização as relações laborais através de diversas medidas, onde se inclui o aumento da semana de trabalho de cinco para seis dias.

A informação está inserida numa mensagem de correio eletrónico enviado por representantes da "troika" - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - aos ministérios gregos das Finanças e do Trabalho, e que foi divulgado esta segunda-feira pelo diário económico "Imerisia".

A autenticidade do e-mail e do seu conteúdo foi confirmada à agência noticiosa Efe por uma fonte do ministério das Finanças, que não revelou mais detalhes.

Entre as propostas mais polémicas incluiu-se o aumento da semana laboral para seis dias e a redução para 11 horas do descanso mínimo entre turnos de trabalho, para além da eliminação das restrições às trocas dos turnos da manhã e de tarde, de acordo com as necessidades do empregador, precisa o diário "Imerisia".

A "troika" de credores internacionais exige ainda a redução para metade da indemnização por despedimento e do prazo de que dispõe o empresário para notificar a rescisão do contrato.

Pretende ainda que seja diminuída a contribuição das empresas para o Fundo de Segurança Social, apesar da crescente diminuição das receitas do Estado neste setor.

"Não são propostas novas, a 'troika' leva sempre algum tempo a formulá-las. Mas de momento são apenas propostas, não significa que sejam aceites pelo Governo grego", disse à Efe uma fonte ministerial.

A taxa de desemprego na Grécia situou-se em maio nos 23,1% (54,9% entre os menores de 25 anos) e o poder de compra dos trabalhadores recuou para o nível registado há três décadas, de acordo com os estudos dos sindicatos.

Em declarações à agência noticiosa AP, Savvas Rombolis, responsável da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE, que abrange o setor privado), admitiu que o desemprego no país atingirá 29% em 2013 caso o Governo aplique as novas medidas de austeridade exigidas pela "troika" e que implicam novos cortes avaliados em 11,5 mil milhões de euros em 2012-1013.

"A economia grega continua a decair. Em 2012, esperamos uma queda de sete por cento no PIB. Isso vai originar uma taxa de desemprego de 24%, 1,2 milhões de pessoas", alertou.

Os inspetores dos credores internacionais encontram-se em Atenas desde a semana passada, e na sexta-feira são separados os chefes da missão para negociar com o executivo de coligação de Antonis Samaras o novo plano de cortes orçamentais.

A aprovação das novas medidas, que estão a ser discutidas pelo Governo, é considerada decisiva para a concessão de uma nova fatia de 31 mil milhões de euros, provenientes do segundo memorando de entendimento negociado com Atenas em fevereiro passado.' Fonte: Jornal de Notícias (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final:
algo me diz que, caso o governo grego aceite a sugestão, não será o domingo o dia adicionado à semana de trabalho...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

EUA podem entrar em recessão em 2013

WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos vai cair em recessão em 2013 se o Congresso não agir na questão fiscal e evitar cortes mais profundos dos gastos governamentais, afirmou o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) em sua previsão econômica divulgada nesta quarta-feira, possivelmente a última antes das eleições de novembro.

Em sua previsão orçamentária divulgada duas vezes por ano, o Escritório disse que o crescimento da economia norte-americana vai cair 0,5% em 2013, enquanto a taxa de desemprego vai ficar ao redor dos 9%. Se a lei atual for mantida, o déficit orçamentário vai melhorar substancialmente no próximo ano como resultado de uma elevação programada das alíquotas fiscais e reduções nos gastos federais, caindo para US$ 641 bilhões, ou 4,0% do Produto Interno Bruto (PIB).

A perspectiva é menos sombria para o ano fiscal de 2012, que termina em cerca de seis semanas. A agência disse que o déficit orçamentário para o ano fiscal será de US$ 1,1 trilhão, uma leve melhora em relação à previsão de déficit de US$ 1,2 trilhão feita em janeiro. A taxa de desemprego vai ficar ao redor dos 8,2% no final do ano fiscal, abaixo dos 8,8% previstos em janeiro, enquanto o crescimento econômico vai totalizar 2,1% no ano, acima dos 2% de expansão econômica calculados no documento anterior.

O CBO reconhece que sua previsão para 2013 foi dificultada pelas incertezas sobre um série de faixas de tributação e políticas de gastos. O Escritório diz que se as alíquotas fiscais atuais forem renovadas indefinidamente e os cortes orçamentários não forem cumpridos, o déficit vai atingir US$ 1 trilhão no ano fiscal de 2013, mas o crescimento econômico chegaria a 1,7%, enquanto que a taxa de desemprego cairia para cerca de 8% até o final do ano.

Atualmente, as alíquotas de imposto de renda federais, bem como taxas incidentes sobre dividendos e ganhos de capital devem aumentar já que os cortes de impostos da era Bush terminam no final do ano. Os impostos estaduais também vão subir, o corte de impostos sobre a folha de pagamento será encerrado e a expansão dos benefícios federais para desempregados também chegará ao fim. Os gastos federais cairão em US$ 110 bilhões em 2013, como resultado de um acordo para a redução do déficit, feito no ano passado.

Ainda existe uma considerável divisão entre os partidos políticos sobre se a proporção dessas políticas deve ser renovada e analistas políticos preveem pouca ação nesse sentido antes do final do ano. As informações são da Dow Jones. 

Fonte - Estadão

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Fúria solar e caos na Terra

Na revista National Geographic Brasil do mês passado (páginas 66 a 81), a matéria de capa trata do aumento da atividade solar, cuja previsão é de intensificação até o ano que vem. O título é “Fúria solar”, e o olho de abertura do texto diz o seguinte: “Previsão do clima espacial para os próximos anos: intensa atividade do Sol, com catastróficos apagões na Terra. Estamos preparados para isso?” Depois de relembrar as consequências da megatempestade solar de 1859 (a maior já registrada), a matéria informa: “Como, desde 1859, não houve nenhuma outra megatempestade solar com a mesma intensidade, é difícil calcular o impacto que um evento similar teria em nosso mundo interconectado. Mas dá para fazer uma ideia do apagão ocorrido em Québec em 13 de maio de 1989, quando uma tempestade no Sol um terço mais fraca do que a observada por Carrington [em 1859] provocou, em menos de dois minutos, o desligamento da rede que fornecia eletricidade a mais de 6 milhões de pessoas. Uma tempestade como a de Carrington poderia queimar mais transformadores do que há no estoque das companhias de eletricidade, deixando milhões de pessoas sem luz, água potável, ar-condicionado, combustível, telefones ou alimentos e remédios perecíveis durante os meses que seriam necessários para fabricar e instalar transformadores novos. Segundo um recente relatório da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos, uma tempestade solar dessa magnitude acarretaria o mesmo prejuízo ocasionado por 20 furacões do tipo do Katrina, ou seja, algo entre 1 trilhão e 2 trilhões de dólares apenas no primeiro ano.”

Num mundo que já sofre os efeitos de uma grave crise financeira, imagine o que uma catástrofe como essa seria capaz de fazer... Imagine o caos acarretado pelo blecaute nas grandes metrópoles...

Segundo Karel Schrijver, do Laboratório Solar e Astrofísico da empresa Lockheed Martin, em Palo Alto, na Califórnia, a expectativa é de que neste ano tenha início o período de máxima atividade solar. Ele diz que “os centros de acompanhamento do clima espacial estão atentos”.

Outro pesquisador entrevistado pela revista é John Kappenman, da empresa de consultoria Storm Analysis. De acordo com ele, uma megatempestade tão forte quanto a de 1859 poderia levar ao colapso de toda a rede elétrica da América do Norte, obrigando centenas de milhões de pessoas a viver sem eletricidade durante semanas ou meses. Uma (pequena) amostra disso já está acontecendo nos Estados Unidos, como consequência de uma das piores tempestades ocorridas em nove Estados americanos (confira aqui e aqui).

Será que é com algo assim que a Nasa está preocupada?

Em Lucas 21:25-28, Jesus diz: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.”

Cerca de dez anos antes da megatempestade solar de 1859, Ellen White escreveu o seguinte: “A 16 de dezembro de 1848, o Senhor me deu uma visão acerca do abalo das potestades do céu. Vi que quando o Senhor disse ‘céu’, ao dar os sinais registrados por Mateus, Marcos e Lucas, Ele queria dizer céu, e quando disse: ‘Terra’, queria significar Terra. As potestades do céu são o Sol, a Lua e as estrelas. Seu governo é no firmamento. As potestades da Terra são as que governam sobre a Terra. As potestades do céu serão abaladas com a voz de Deus. Então o Sol, a Lua e as estrelas se moverão em seus lugares. Não passarão, mas serão abalados pela voz de Deus” (Primeiros Escritos, p. 41).

Mas a promessa também é certa: “O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas, conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 629).

“Será para nós então tempo de confiar inteiramente em Deus, e Ele nos sustentará. Vi que nosso pão e nossa água serão certos nesse tempo, e que não teremos falta nem padeceremos fome, pois Deus é capaz de estender para nós uma mesa no deserto. Se necessário, Ele enviaria corvos para nos alimentar, como fez com Elias, ou faria chover maná do céu, como fez para os israelitas” (Ellen White, Primeiros Escritos, p. 56).

“No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados pelo ministério de anjos celestiais” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, p. 256).

Fonte - Michelson Borges

segunda-feira, 2 de julho de 2012

A grande ilusão da Europa

Ao longo dos últimos meses tenho lido várias avaliações otimistas quanto às perspectivas da Europa. Um fato estranho é que nenhuma delas argumenta que a fórmula de redenção pelo sofrimento imposta à Europa pela Alemanha tem qualquer chance de funcionar. Ao invés disso, o argumento em favor do otimismo diz que o fracasso --em especial, a fratura do euro-- seria um desastre para todo o mundo, incluindo os alemães, e que, no final, essa perspectiva vai induzir os líderes europeus a fazerem o que for preciso para salvar a situação.

Espero que esse argumento tenha razão. Mas, cada vez que leio um artigo que segue esse raciocínio, me pego pensando em Norman Angell.

Norman quem? Em 1910, Norman Angell lançou um livro famoso intitulado "The Great Illusion" (A grande ilusão), no qual argumentou que a guerra se tornara obsoleta. O comércio e a indústria, ele observou, e não a exploração de povos sujeitados, eram as chaves da riqueza das nações; logo, nada se ganharia com os custos imensos exigidos pelas conquistas militares.

Angell argumentou ainda que a humanidade estava começando a apreciar essa realidade e que as "paixões do patriotismo" estavam declinando rapidamente. Ele não chegou a afirmar que não haveria mais grandes guerras, mas passou essa impressão.

Todos sabemos o que aconteceu depois disso.

A questão é que a perspectiva de desastre, por mais óbvia seja, não é garantia de que os países farão o que for preciso para evitar esse desastre. E esse é o caso especialmente quando o orgulho e o preconceito deixam os líderes pouco dispostos a enxergar algo que deveria ser evidente.

Isto me traz de volta à situação econômica da Europa, ainda extremamente grave.

Para aqueles de nós que estamos acompanhando a história desde o início, é assustador perceber que mais de dois anos já se passaram desde que os líderes europeus se engajaram com sua estratégia econômica atual --uma estratégia baseada na ideia de que a austeridade fiscal e a "desvalorização interna" (basicamente, cortes salariais) resolveriam os problemas dos países devedores. Durante todo esse período, a estratégia não rendeu nem uma história de sucesso; o máximo que os defensores da ortodoxia podem fazer é apontar para dois países bálticos pequenos que viveram recuperações parciais de recessões dignas da Grande Depressão, mas que, mesmo assim, ainda estão muito mais pobres do que estavam antes da crise.

Enquanto isso, ocorreu uma metástase da crise do euro, que se espalhou da Grécia para as economias muito maiores da Espanha e Itália, e a Europa como um todo está claramente escorregando de volta à recessão. No entanto, as prescrições de políticas emitidas por Berlim e Frankfurt praticamente não mudaram.

Mas alto lá, diz você --a cúpula da semana passada não gerou algum movimento? Sim. A Alemanha cedeu um pouco, concordando em facilitar as condições de empréstimos para a Itália e Espanha (mas não com a compra de obrigações pelo Banco Central Europeu) e com um plano de resgate a bancos privados que poderia realmente fazer algum sentido (embora seja difícil saber ao certo, em vista da escassez de detalhes fornecidos). Mas essas concessões ainda são minúsculas em comparação com a escala dos problemas.

O que seria necessário realmente para salvar a moeda única europeia? A resposta quase certamente teria que envolver tanto grandes aquisições de obrigações governamentais pelo banco central e uma disposição declarada desse banco central de aceitar um índice de inflação um pouco mais alto. Mesmo com essas políticas, boa parte da Europa enfrentaria a perspectiva de anos de desemprego muito alto. Mas pelo menos haveria um caminho visível para a recuperação.

No entanto, é realmente difícil enxergar como poderia acontecer uma mudança de posição como essa.

Parte do problema está no fato de que os políticos alemães passaram os dois últimos anos dizendo aos eleitores algo que não é verdade --ou seja, que a crise é inteiramente obra de governos irresponsáveis do sul da Europa. Aqui na Espanha, o atual epicentro da crise, o governo na realidade tinha dívida baixa e superávit orçamentário; se o país agora se encontra em crise, é em decorrência de uma enorme bolha imobiliária que bancos de toda a Europa, incluindo os alemães, ajudaram a inflar. Mas agora a narrativa falsa constitui um obstáculo que dificulta qualquer solução funcional.

No entanto, eleitores mal informados não constituem o único problema; mesmo a opinião da elite europeia ainda não encarou a realidade. A leitura dos relatórios mais recentes de instituições ditas "especialistas" da Europa, como o relatório lançado na semana passada pelo Banco de Compensações Internacionais, faz você sentir que mergulhou num universo alternativo em que nem as lições da história nem as leis da aritmética são válidas --um universo em que a austeridade ainda funcionará se todos tiverem fé, e em que todos poderão cortar gastos ao mesmo tempo sem produzir uma depressão.

A Europa poderá se salvar? Os trunfos em jogo são muito altos, e os líderes da Europa, em sua maioria, não são maus nem estúpidos. Mas, acredite se quiser, o mesmo poderia ter sido dito dos líderes da Europa em 1914. Resta esperar que desta vez seja diferente.

Fonte - BOL

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um novo resgate aos bancos

Nossa... Mais um resgate a bancos, desta vez na Espanha. Quem poderia ter previsto?

A resposta, claro, é "todo mundo". Na verdade, essa história toda começa a parecer uma cena de comédia: uma vez mais a economia está tropeçando, o desemprego dispara, os bancos se encrencam, os governos correm em socorro -mas de algum modo apenas os bancos são beneficiados pelo resgate, e não os desempregados.

É bom esclarecer que os bancos espanhóis de fato precisavam de resgate. A Espanha estava claramente à beira de um ciclo destrutivo, um processo bem conhecido sob o qual preocupações quanto à solvência dos bancos os forçam a vender ativos, o que causa queda nos preços dos ativos e assim gera ainda mais preocupação quanto à solvência das instituições. Os governos têm a capacidade de impedir que esses ciclos se desenvolvam por meio de injeções de capital; mas no caso a solvência do governo espanhol está em questão, e por isso o dinheiro precisa vir de um fundo europeu mais amplo.

Portanto, não há nada de necessariamente errado quanto ao mais recente resgate (se bem que muita coisa dependa dos detalhes). O que espanta, porém, é que no exato momento em que os líderes europeus estavam montando esse pacote de socorro estavam também sinalizando fortemente que não têm a intenção de mudar as políticas que conduziram quase um quarto dos trabalhadores espanhóis ao desemprego -o que sobe a mais de 50% entre os jovens.

O mais importante é que na semana passada o Banco Central Europeu se recusou a cortar as taxas de juros. Era uma decisão previsível, mas isso não deveria nos levar a ignorar que se trata de uma escolha profundamente bizarra. O desemprego na zona do euro disparou, e todos os indicadores apontam para uma nova recessão no continente. Enquanto isso, a inflação está em queda e as expectativas do mercado quanto à inflação futura despencaram. Sob as regras usuais de política monetária, a situação exigiria um corte agressivo nos juros. Mas o banco central se recusa a agir.

E não estou nem incluindo no cômputo o risco crescente de um racha no euro. Há anos a Espanha e os demais países em crise vêm ouvindo que só podem se recuperar por meio de uma combinação de austeridade fiscal e "desvalorização interna", o que significa basicamente um corte de salários. Agora está completamente claro que essa estratégia funcionará sem forte crescimento e, sim, uma dose moderada de inflação no "núcleo" europeu, especialmente a Alemanha -o que oferece motivação adicional para manter baixos os juros e imprimir muito dinheiro. Mas o banco central se recusa a agir.

Enquanto isso, autoridades governamentais vêm afirmando que austeridade e desvalorização interna funcionariam, desde que as pessoas acreditassem de verdade que são necessárias.

Considere, por exemplo, o que Jörg Asmussen, representante alemão no conselho executivo do Banco Central Europeu, acaba de declarar na Lituânia, que se tornou o grande exemplo de um programa de austeridade supostamente bem sucedido. (Até recentemente, o modelo era a Irlanda, mas a economia irlandesa continua recusando a se recuperar.) "A diferença essencial entre, digamos, a Lituânia e a Grécia", afirmou Asmussen, "está no grau de aceitação nacional do programa de ajuste -não apenas pelas autoridades do país mas entre a população em geral".

É o modelo Darth Vader de política econômica. Asmussen na verdade está dizendo aos gregos que "sua falta de fé me perturba".

Oh, e o suposto sucesso da Lituânia consiste de um ano de bom crescimento depois de um declínio digno da Grande Depressão nos três anos precedentes. Crescer 5,5% é de fato bem melhor que nada. Mas vale recordar que a economia dos Estados Unidos cresceu quase o dobro disso -10,9%!- em 1934, ao se recuperar do pior momento da Grande Depressão. No entanto, a Depressão estava longe de encerrada.

Se somarmos todos esses elementos, o quadro é o de uma elite política europeia sempre pronta a entrar em ação em defesa dos bancos mas completamente indisposta a admitir que suas políticas estão fracassando em socorrer o povo a que a economia supostamente deve servir.

Mas será que nossa situação é muito melhor? A perspectiva de curto prazo dos Estados Unidos é menos sombria que a da Europa, mas as projeções do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), indicam inflação muito baixa e desemprego muito elevado pelos próximos anos -exatamente as condições sob as quais o Fed deveria estar entrando em ação para estimular a economia. Mas o Fed não se mexe.

O que explica essa paralisia transatlântica diante do desastre econômico e humano que continua a se desenrolar? A política certamente é parte da explicação -não importa o que digam os dirigentes do Fed, eles foram claramente intimidados pela advertência de que adotar uma política expansiva seria visto como socorro ao presidente Barack Obama. Outro fator é uma mentalidade que vê o sofrimento econômico como redentor, algo que um jornalista britânico certa feita definiu como "sado-monetarismo".

Quaisquer que sejam as raízes profundas dessa paralisia, está se tornando mais claro que será necessária uma completa catástrofe para gerar ação política que vá além do resgate aos bancos. Mas não se desespere: ao ritmo atual, especialmente na Europa, a catástrofe pode estar bem próxima. 

Fonte - Folha

quinta-feira, 7 de junho de 2012

8 sinais de que estamos à beira do apocalipse econômico

Analista prevê colapso bancário e surgimento de um novo sistema financeiro até 2013

São Paulo – Não faltam visões pessimistas sobre os rumos da crise econômica, mas o ex-gestor de fundos hedge na GLG Partners e na Goldman Sachs e fundador do Global Macro Investor, Raoul Pal caprichou nas previsões tenebrosas.

Em uma apresentação compartilhada na internet, Pal prevê o colapso do sistema bancário mundial, com os governos das principais economias quebrando e o sistema financeiro passando por uma reorganização completa.

Quando isso vai acontecer? Para ele, entre 2012 e 2013. “Temos cerca de seis meses de negociação nos mercados ocidentais para fazer dinheiro suficiente para compensar as perdas futuras”, alerta Pal.

Na visão do analista, após o efeito dominó, que não pouparia Europa, Estados Unidos e China, o mercado de títulos morreria e só sobraria o ouro e o dólar.

“O colapso bancário e os calotes em massa trariam o maior choque econômico que o mundo já viveu”, diz Pal. “Gostaria de ver outro cenário com igual probabilidade, mas não consigo... Tudo que podemos esperar é que eu esteja errado, mas, de qualquer forma, um sistema completamente novo vai surgir e vai abrir uma série de oportunidades”, destaca o analista, em sua apresentação.

Veja, a seguir, trechos dos slides em que Pal explica por que, em sua visão, o fim está próximo: 

  • O mundo não tem um motor de crescimento, com todas as economias do G20 entrando em “velocidade de estol” (velocidade abaixo da qual um avião não se sustenta mais no ar e começa a cair) ao mesmo tempo.
  • O mundo está prestes a entrar em sua segunda recessão, com uma depressão em andamento. Pela primeira vez desde a década de 1930, estamos entrando em uma nova recessão antes que os índices de produção industrial, encomendas de bens duráveis, emprego e PIB do setor privado tenham voltado ao patamar anterior.
  • Este será o pico cíclico mais baixo de crescimento do PIB na história dos países do G7, ou seja, é o alicerce mais fraco para se entrar em uma recessão.
  • As 10 nações mais devedoras do mundo têm uma dívida superior a 300% do PIB mundial.
  • A história mostra que quando uma nação dá o calote na dívida soberana, outros calotes vêm em seguida. Um calote da União Europeia significaria um calote do Reino Unido, seguido por Japão, Coréia do Sul, China, Estados Unidos e, finalmente, a maior crise bancária da história.
  • Não sabemos exatamente o que está por vir, mas podemos ligar os pontos entre o ponto que estamos agora e o colapso do primeiro grande banco. Há pouco espaço para resgates governamentais, o que permite facilmente ligar os próximos pontos entre o primeiro banco fechado e o colapso de todo o sistema bancário europeu, e depois a quebra dos governos.
  • Praticamente não há freios para evitar essa situação e quase ninguém percebe a seriedade da situação.
  • O problema não são os 70 trilhões de dólares em dívida do G10. O problema é o colateral de 700 trilhões de dólares em derivativos associados a eles. Isso equivale a 1200% do PIB mundial e está apoiando em bases muito, muito fracas.

Confira a apresentação completa, em inglês:


Fonte - Revista Exame

(Via @MinutoProfético)
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