III - PARA O POVO DOS ÚLTIMOS DIAS
Em rápida recapitulação do quanto até aqui exposto, percebemos que a visão de liberdade religiosa pregada pelo mundo é diferente das orientações Divinas, o que indica que, em algum momento e em algum lugar, estes conceitos se tornarão completamente incompatíveis.
Tal realidade foi profeticamente antecipada:
Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. (Ap 13:17)
É certo que o texto alinhado se refere a um conceito mais amplo, inclusive da impossibilidade de se realizar qualquer ato da vida civil para aqueles que estiverem entricheirados no povo de Deus e que estarão completamente desalinhados com as diretrizes de um mundo que jaz no maligno (I Jo 5:19). No entanto, não é difícil de se perceber que os conceitos da Babilônia mística que se espalham sorrateiramente e de forma lenta, mas progressiva, têm enredado as forças políticas e eclesiásticas ao final alinhamento também Divinamente antevisto:
Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. (Ap 18:3-4)
A pergunta que emerge naturalmente do pleno conhecimento deste estado de coisas que se abaterá sobre o mundo nos últimos dias de sua história, tal qual conhecemos, é: “Quanto tempo mais?” Diz a Bíblia:
Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. (Mt 24:46)
Também fixou o Senhor Jesus:
Propôs-lhes então uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores;quando começam a brotar, sabeis por vós mesmos, ao vê-las, que já está próximo o verão. (Lc 21:29-30)
Não temos portanto como prever o tempo, mas temos como identificá-lo. Não temos como fixar os acontecimentos, mas temos como vislumbrar seus contornos. E não temos outra alternativa senão ouvirmos a voz do Senhor, nos colocarmos em Seus braços e estarmos ao Seu lado no que se desenha em nossos horizontes. Mas o que estaria se “desenhando”? Vejamos algumas nuances:
Concordata Brasil x Vaticano (07/Out/09)
Documento firmado entre o Estado brasileiro e a Santa Sé, que fixa direitos para o Vaticano e obrigações para o Brasil, o que desnatura por completo a sua premissa de ser bilateral. Versa sobre interessantes temas, inclusive trazendo para status constitucional uma ambígua proteção aos interesses particulares da igreja romana de “toda forma de violação, desrespeito e uso ilegítimo”, podendo ser “complementado por ajustes concluídos entre as Altas Partes”. Importante ainda sublinhar que acordos assemelhados a estes foram firmados com mais de 100 estados nos últimos anos. Já pensou você neste quadro, como se configuraria no particular a pregação calcada em Apocalipse 13 e 17?
ONU aprova resolução sobre liberdade religiosa (27Mar/09)
Diretriz encampada pelo maior órgão político de representação internacional, que vem sendo apoiado por Vaticano e EUA no sentido de aumentar seu campo de atuação como uma órgão supra estatal. O texto versa sobre “agressões psicológicas” que as pessoas podem sofrer no exercício de seus credos, o que foi veiculado em linguagem inclusive bem parecida com os termos constantes do acordo entre o Brasil e o Vaticano. Duas perguntas: Coincidência? Seria a pregação do Evangelho Eterno e seus traços particulares enquadrada como “agressão psicológica” pelo seu chamado inequívoco ao abandono de Babilônia?
Código de conduta ou mordaça? (06/Set/07)
A despeito desta notícia ser um pouco mais antiga, não deixa de ser menos importante, uma vez que fecha o ciclo com as duas anteriores aqui consideradas. Nesta temos a liderança das demais igrejas cristãs condenando o proselitismo (palavra pejorativa para se opor à pregação do Evangelho), o que pretendem seja implementado a partir de 2010. É de se observar que o Conselho Mundial de Igrejas é apoiado abertamente pela igreja romana. As perguntas tendentes à meditação são válidas ainda por outra oportunidade: Qual será a reação do mundo quando um pequeno grupo de guardadores de Sábado não quiserem se alinhar ao ecumenismo e possam assim ser declarados inimigos da paz? Teriam que ser silenciados?
Salvo melhor juízo, poderíamos inclusive dizer que temos as “três rãs” (Ap 16:13) representadas nas notícias retro indicadas. Por todos estes fatores é que devemos voltar a Lucas 21:
Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima elevantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima. (v. 28)
Certamente quando proferiu estas palavras, o Senhor Jesus não estava tratando de liberdade religiosa, mas dada a luz que misericordiosamente recebemos diretamente do céu, antecipando todas estas coisas, nada nos impede de dizer:
Maranata!
Parte 1
Parte 2
Parte 3
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Liberdade Religiosa – “Até quando?” - III
II - PARA DEUS (2ª Parte)
Muito se tem ouvido falar - notamente em nosso tempo - onde há uma explosão de vertentes ideológicas, sobre a liberdade de crença.
Como visto em considerações anteriores, ao passo em que para os homens a liberdade religiosa se estabeleça no direito de crer ou deixar de crer nas formas e condições que melhor convierem ao homem, para Deus há livre arbítrio para escolher ou não seguí-Lo, uma vez que inexiste “liberdade religiosa” que permita se escolher o caminho para a eternidade.
Da observação destas duas vertentes, encontramos o direcionamento que deve nortear o caminho do Adventista do Sétimo Dia, tanto na forma de se adequar às leis temporais, quanto no empreender a missão que Deus confiou ao povo dos últimos dias:
"A questão da liberdade religiosa é muito importante, e deve ser tratada com grande sabedoria e discrição. A menos que isso se faça, há o perigo de pelo nosso próprio procedimento trazermos sobre nós mesmos uma crise, antes de para ela estarmos preparados. O peso de nossa mensagem deve ser: "Os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12. Devem nossos irmãos ser aconselhados a agir de maneira que não desperte e provoque as autoridades constituídas, de modo que façam mudanças capazes de limitar a obra, e nos impedir de proclamar a mensagem em diferentes localidades. Precisamos mais da atuação do Infinito, e muito menos confiança nos instrumentos humanos." (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 219/220)
A liberdade religiosa tal como entendida pela orientação profética, é o meio necessário para que a mensagem de Deus continue sendo pregada até que venha o fim. Não portanto para resolver nossas pequenas causas temporais, não portanto para conceder-nos qualquer tipo de conforto nos sistemas deste mundo, mas para que a verdadeira liberdade, Cristo, seja apresentado para um mundo a perecer.
O direito a ser defendido portanto, a todo custo, é o de poder continuar pregando a verdade. Tal verdade é imprescindível para que todo o aparato de comunicação do Evangelho possa ser implementado e esteja disponível para a operação do Espírito, levando-o até os confins desta Terra, para que o fim venha, segundo vaticinado pelas próprias Escrituras:
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim" (Mt.24:14)
Pregar o Reino Eterno, não construir um “reino”. Este é o chamado de Deus para os Adventistas do Sétimo Dia e para todo o sincero adorador do Senhor. Em não se observando esta tão simples diretiva, haveremos de nos deparar com uma dura realidade que nos aguarda:
"O trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade, terá de realizar em terrível crise, sob as circunstâncias mais desanimadoras, proibitivas." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 164)
A nossa “resistência” deve ser empreendida de tal forma que não nos misturemos a suplicar ao poder temporal aquilo somente Deus pode nos conceder. As “armas” dos Filhos de Deus não estão nas casas legislativas, onde somos orientados a não buscar a solução de nossas necessidades:
"Toda lei civil tem o poder da espada sobre si. É seu direito fazer vigorar a lei, então, é seu direito executá-la. Ao negar à Igreja o poder da espada, Jesus, portanto, proibiu-a de pedir ao estado leis que forcem as crenças religiosas e a sua observação. (Liberdade Religiosa, p. 5)
As “armas” dos Filhos de Deus se constituem da oração intercessórias, pregação do Evangelho e amor sacrifical pelos irmãos. Estes componentes abrirão as Portas do Céu em nosso favor.
Não por outro motivo, Jesus fixou:
"O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus;
mas agora o meu reino não é daqui." (Jo 18:36)
Se teremos um tempo de “terrível crise”, para se completar o que estamos deixando de fazer em “tempo de prosperidade”, onde estaríamos no relógio profético para que esta realidade venha a se consumar? O tempo e a hora é certo que ninguém sabe, mas podemos “observar a figueira” e perceber o que mundo vem preparando para estes dias? É o que veremos na parte final destas linhas.
Parte 1
Parte 2
Parte 4
Muito se tem ouvido falar - notamente em nosso tempo - onde há uma explosão de vertentes ideológicas, sobre a liberdade de crença.
Como visto em considerações anteriores, ao passo em que para os homens a liberdade religiosa se estabeleça no direito de crer ou deixar de crer nas formas e condições que melhor convierem ao homem, para Deus há livre arbítrio para escolher ou não seguí-Lo, uma vez que inexiste “liberdade religiosa” que permita se escolher o caminho para a eternidade.
Da observação destas duas vertentes, encontramos o direcionamento que deve nortear o caminho do Adventista do Sétimo Dia, tanto na forma de se adequar às leis temporais, quanto no empreender a missão que Deus confiou ao povo dos últimos dias:
"A questão da liberdade religiosa é muito importante, e deve ser tratada com grande sabedoria e discrição. A menos que isso se faça, há o perigo de pelo nosso próprio procedimento trazermos sobre nós mesmos uma crise, antes de para ela estarmos preparados. O peso de nossa mensagem deve ser: "Os mandamentos de Deus e a fé em Jesus." Apoc. 14:12. Devem nossos irmãos ser aconselhados a agir de maneira que não desperte e provoque as autoridades constituídas, de modo que façam mudanças capazes de limitar a obra, e nos impedir de proclamar a mensagem em diferentes localidades. Precisamos mais da atuação do Infinito, e muito menos confiança nos instrumentos humanos." (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 219/220)
A liberdade religiosa tal como entendida pela orientação profética, é o meio necessário para que a mensagem de Deus continue sendo pregada até que venha o fim. Não portanto para resolver nossas pequenas causas temporais, não portanto para conceder-nos qualquer tipo de conforto nos sistemas deste mundo, mas para que a verdadeira liberdade, Cristo, seja apresentado para um mundo a perecer.
O direito a ser defendido portanto, a todo custo, é o de poder continuar pregando a verdade. Tal verdade é imprescindível para que todo o aparato de comunicação do Evangelho possa ser implementado e esteja disponível para a operação do Espírito, levando-o até os confins desta Terra, para que o fim venha, segundo vaticinado pelas próprias Escrituras:
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim" (Mt.24:14)
Pregar o Reino Eterno, não construir um “reino”. Este é o chamado de Deus para os Adventistas do Sétimo Dia e para todo o sincero adorador do Senhor. Em não se observando esta tão simples diretiva, haveremos de nos deparar com uma dura realidade que nos aguarda:
"O trabalho que a igreja tem deixado de fazer em tempo de paz e prosperidade, terá de realizar em terrível crise, sob as circunstâncias mais desanimadoras, proibitivas." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 164)
A nossa “resistência” deve ser empreendida de tal forma que não nos misturemos a suplicar ao poder temporal aquilo somente Deus pode nos conceder. As “armas” dos Filhos de Deus não estão nas casas legislativas, onde somos orientados a não buscar a solução de nossas necessidades:
"Toda lei civil tem o poder da espada sobre si. É seu direito fazer vigorar a lei, então, é seu direito executá-la. Ao negar à Igreja o poder da espada, Jesus, portanto, proibiu-a de pedir ao estado leis que forcem as crenças religiosas e a sua observação. (Liberdade Religiosa, p. 5)
As “armas” dos Filhos de Deus se constituem da oração intercessórias, pregação do Evangelho e amor sacrifical pelos irmãos. Estes componentes abrirão as Portas do Céu em nosso favor.
Não por outro motivo, Jesus fixou:
"O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus;
mas agora o meu reino não é daqui." (Jo 18:36)
Se teremos um tempo de “terrível crise”, para se completar o que estamos deixando de fazer em “tempo de prosperidade”, onde estaríamos no relógio profético para que esta realidade venha a se consumar? O tempo e a hora é certo que ninguém sabe, mas podemos “observar a figueira” e perceber o que mundo vem preparando para estes dias? É o que veremos na parte final destas linhas.
Parte 1
Parte 2
Parte 4
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Liberdade Religiosa – “Até quando?” - II
II - PARA DEUS (1ª Parte)
Em relação a Deus, a Liberdade Religiosa se estabelece em uma de duas possibilidades: confessá-Lo ou negá-Lo. Como seres criados à imagem e semelhança do próprio Criador e, neste contexto moralmente livres, o Senhor nos conferiu a dádiva do livre arbítrio:
“E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2:16-17)
Isso não quer dizer que Deus permite que escolhamos entre Ele e “outros deuses”, até pela inexistência destes últimos, mas que nos é disponibilizada a prerrogativa de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo, ativa ou passivamente, sendo Ele próprio o responsável pela iniciativa deste convite ao relacionamento:
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap 3:20)
Ao ser humano criado e caído, longe do convívio do Seu Criador pela existência do pecado e destinado à morte, é realizado o maravilhoso convite de abrir as portas de sua existência para a salvação que lhe concede vida. Mais uma vez, assim como em relação aos dotes conferidos pela criação, a liberdade de aceitar o convite para a vida eterna continua nos domínios do homem.
Mas existe outro caminho viável para o homem, que não a abertura da porta? Vejamos mais uma vez o que dizem as Escrituras:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:6)
Deus portanto concede ao homem livre arbítrio para escolher entre a vida e a morte, mas em última instância, o Senhor não nos concedeu liberdade religiosa, uma vez que somente há “o” caminho, “a” verdade e “a” vida. O uso do artigo definido é simplesmente inequívoco. Não há outro meio, não há outra possibilidade e não há outra alternativa.
Jesus é a única opção para que possamos nos reconectar ao Doador da vida e, através do Seu conhecimento, ter a verdadeira liberdade:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8:32)
O exercício de abertura da porta ao Doador da vida, leva o ser humano ao único conhecimento que realmente lhe traz liberdade. E esse conhecimento se resume no nome de uma pessoa: Jesus.
Temos apenas uma de duas opções: Vida ou morte. Tal condição não se estabelece por qualquer tipo de arbitrariedade por parte do Senhor Deus, mas decorre da impossibilidade do Eterno negar-se a Si mesmo.
O Senhor é a própria vida e na sua condição de Criador e Mantenedor de todas as coisas, impossível se faz que possamos viver sem aceitar o convite de estarmos em comunhão com Ele:
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenhoproposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19)
Escolhe pois a vida, diz o Senhor.
Não é um convite simples da parte de Deus. A manutenção desta possibilidade custou a vida do Senhor Jesus na cruz do Calvário, custou o abandono temporário de Seu Trono de Glória para vir sofrer na mão do pecador, mas é a maior prova de Sua infinita Misericórdia e maravilhosa Graça.
Não é uma escolha fácil por parte do pecador. Aceitar o convite à salvação implica automaticamente na renúncia do eu, no abandono das práticas comuns ao mundo subjugado pelo mal, mas implica no recebimento da maior dádiva que o infinito poderia nos conceder, a vida Eterna.
O que vem então a seguir?
No próximo texto poderemos ver o propósito de Deus em nos conceder liberdade em Cristo e, principalmente, quais são as orientações do Senhor acerca do que seja, além do para que serve, a chamada liberdade religiosa.
Parte 1
Parte 3
Parte 4
Em relação a Deus, a Liberdade Religiosa se estabelece em uma de duas possibilidades: confessá-Lo ou negá-Lo. Como seres criados à imagem e semelhança do próprio Criador e, neste contexto moralmente livres, o Senhor nos conferiu a dádiva do livre arbítrio:
“E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2:16-17)
Isso não quer dizer que Deus permite que escolhamos entre Ele e “outros deuses”, até pela inexistência destes últimos, mas que nos é disponibilizada a prerrogativa de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo, ativa ou passivamente, sendo Ele próprio o responsável pela iniciativa deste convite ao relacionamento:
“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap 3:20)
Ao ser humano criado e caído, longe do convívio do Seu Criador pela existência do pecado e destinado à morte, é realizado o maravilhoso convite de abrir as portas de sua existência para a salvação que lhe concede vida. Mais uma vez, assim como em relação aos dotes conferidos pela criação, a liberdade de aceitar o convite para a vida eterna continua nos domínios do homem.
Mas existe outro caminho viável para o homem, que não a abertura da porta? Vejamos mais uma vez o que dizem as Escrituras:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:6)
Deus portanto concede ao homem livre arbítrio para escolher entre a vida e a morte, mas em última instância, o Senhor não nos concedeu liberdade religiosa, uma vez que somente há “o” caminho, “a” verdade e “a” vida. O uso do artigo definido é simplesmente inequívoco. Não há outro meio, não há outra possibilidade e não há outra alternativa.
Jesus é a única opção para que possamos nos reconectar ao Doador da vida e, através do Seu conhecimento, ter a verdadeira liberdade:
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8:32)
O exercício de abertura da porta ao Doador da vida, leva o ser humano ao único conhecimento que realmente lhe traz liberdade. E esse conhecimento se resume no nome de uma pessoa: Jesus.
Temos apenas uma de duas opções: Vida ou morte. Tal condição não se estabelece por qualquer tipo de arbitrariedade por parte do Senhor Deus, mas decorre da impossibilidade do Eterno negar-se a Si mesmo.
O Senhor é a própria vida e na sua condição de Criador e Mantenedor de todas as coisas, impossível se faz que possamos viver sem aceitar o convite de estarmos em comunhão com Ele:
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenhoproposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Dt 30:19)
Escolhe pois a vida, diz o Senhor.
Não é um convite simples da parte de Deus. A manutenção desta possibilidade custou a vida do Senhor Jesus na cruz do Calvário, custou o abandono temporário de Seu Trono de Glória para vir sofrer na mão do pecador, mas é a maior prova de Sua infinita Misericórdia e maravilhosa Graça.
Não é uma escolha fácil por parte do pecador. Aceitar o convite à salvação implica automaticamente na renúncia do eu, no abandono das práticas comuns ao mundo subjugado pelo mal, mas implica no recebimento da maior dádiva que o infinito poderia nos conceder, a vida Eterna.
O que vem então a seguir?
No próximo texto poderemos ver o propósito de Deus em nos conceder liberdade em Cristo e, principalmente, quais são as orientações do Senhor acerca do que seja, além do para que serve, a chamada liberdade religiosa.
Parte 1
Parte 3
Parte 4
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Liberdade Religiosa: “Até quando?” - I
I - PARA OS HOMENS
“Direito, que envolve o de crer e o de não crer, de manifestar o credo (culto)
e de formar grupamentos religiosos.”
A liberdade religiosa se estabelece como sendo um dos direitos da personalidade outorgados pelo ordenamento jurídico em grande parte do mundo civilizado, exceptuando-se os estados ditos “confessionais”. Embora no plano teórico existam regras que em tese deveriam garantir quase na totalidade das nações do globo as liberdades individuais, dentre elas a religiosa, vemos que na prática tal condição não se estabelece e, muito ao contrário, recrudesce no tempo, a despeito de vivermos na chamada era pós-moderna, já um tanto distantes dos novos ventos da razão proclamados pelo Iluminismo francês, em sua pretensiosa declaração humanista do fim das trevas perpetradas pela religião.
A título de exemplo, temos que em Agosto de 2008, extremistas hindus atacaram violentamente uma Escola Adventista em Orissa, na Índia. Tal situação se consumou após a morte de um líder religioso hindu local e mais quatro pessoas, sendo que tais fatos foram imputados aos cristãos.
Paka Jesurathanam, dirigente adventista em Orissa, relatou que possivelmente milhares de casas e trinta templos adventistas, foram destruídos por vândalos: “Avaliar a real perda de vidas e propriedades, residências e locais de cultos, é impossível neste momento”. “Ouvir... relatos das pessoas, provocam dor em nossos nervos e faz secar nosso sangue”.
Possivelmente, se calcula que uns 50.000 cristãos da região de Kandhamal, no estado de Orissa, estiveram espalhados por sete acampamentos de refugiados dirigidos pelo governo e pela selva circundante. Estes extremistas hindus foram acusados de decapitar um pastor Adventista de Phulwani e sua mãe, que foram assassinados durante a violência anticristã que dominou essa região da Índia. Pelo menos 27 adventistas morreram em Orissa, nas últimas semanas de agosto.
Os fatos aqui narrados, aparentemente longe talvez da realidade no Brasil, são comuns em muitos países no mundo. A perseguição religiosa ocorreu no passado, permanece em nossos dias e, na forma do quanto profeticamente antecipado, voltará a ocorrer de forma mais consistente nos dias que antecederão a volta de Cristo a esta terra, sendo este o objeto principal das considerações que haveremos de tecer nestas linhas.
Por questão de proximidade, tomemos o exemplo de como a linha entre a liberdade e o controle estatal é fina, inclusive no Brasil.
Em sua tese de dissertação “Laico, mas nem tanto: cinco tópicos sobre liberdade religiosa e laicidade estatal na jurisdição constitucional brasileira”, Letícia de Campos Velho Martel tratou de algumas interessantes vicissitudes do sistema jurídico de um dos países mais tolerantes do globo. Alguns destaques interessantes:
- Os tribunais nacionais não têm nenhum tipo de uniformidade em suas decisões sobre liberdade religiosa, o que cobre de incertezas o trato de quaisquer questões relacionadas a este tema;
- A Constituição Federal brasileira fixa logo em seu preâmbulo que foi promulgada “sob a proteção de Deus”, o que em si já seria um contrasenso à admissão de um estado dito laico;
- A maioria dos feriados religiosos, 7 em 11, estão ligados à religião majoritária;
- A legislação brasileira reconhece o domingo em sede constitucional como dia de repouso.
Percebe-se portanto que embora o Brasil possa ser entendido como um estado laico, nas palavras do importante jurista Ives Gandra da Silva Martins, o mesmo não é “pagão ou ateu”. Esta situação fica ainda mais clara quando, diante da ameaça perpetrada pela recente intervenção do Ministério Público Federal acerca dos símbolos religiosos em órgãos públicos, rechaçada inclusive antecipadamente por um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, vimos interessantes manifestações contrárias, dentre as quais a de que “o ataque ao crucifixo é um insulto a este povo e a esta sociedade que legitimam o poder.”
Obviamente o povo e a sociedade insultados e que legitimam o poder correspondem, mais uma vez, à religião majoritária. Como se vê, a linha entre a liberdade e o controle é extremamente tênue, mesmo em países ditos tolerantes, como o Brasil.
Pelo todo quanto exposto, resta claro que a liberdade religiosa para o homem em realidade encontra-se subordinada aos interessantes dos jogos de poder, o que já estava profeticamente previsto e, neste quadro temos como certo que a estrutura para deflagração dos eventos finais por este prisma encontra-se em avançado estado de construção. Passaremos a analisar na segunda parte destas considerações, como funciona a liberdade religiosa para Deus.
Parte 2
Parte 3
Parte 4
“Direito, que envolve o de crer e o de não crer, de manifestar o credo (culto)
e de formar grupamentos religiosos.”
A liberdade religiosa se estabelece como sendo um dos direitos da personalidade outorgados pelo ordenamento jurídico em grande parte do mundo civilizado, exceptuando-se os estados ditos “confessionais”. Embora no plano teórico existam regras que em tese deveriam garantir quase na totalidade das nações do globo as liberdades individuais, dentre elas a religiosa, vemos que na prática tal condição não se estabelece e, muito ao contrário, recrudesce no tempo, a despeito de vivermos na chamada era pós-moderna, já um tanto distantes dos novos ventos da razão proclamados pelo Iluminismo francês, em sua pretensiosa declaração humanista do fim das trevas perpetradas pela religião.
A título de exemplo, temos que em Agosto de 2008, extremistas hindus atacaram violentamente uma Escola Adventista em Orissa, na Índia. Tal situação se consumou após a morte de um líder religioso hindu local e mais quatro pessoas, sendo que tais fatos foram imputados aos cristãos.
Paka Jesurathanam, dirigente adventista em Orissa, relatou que possivelmente milhares de casas e trinta templos adventistas, foram destruídos por vândalos: “Avaliar a real perda de vidas e propriedades, residências e locais de cultos, é impossível neste momento”. “Ouvir... relatos das pessoas, provocam dor em nossos nervos e faz secar nosso sangue”.
Possivelmente, se calcula que uns 50.000 cristãos da região de Kandhamal, no estado de Orissa, estiveram espalhados por sete acampamentos de refugiados dirigidos pelo governo e pela selva circundante. Estes extremistas hindus foram acusados de decapitar um pastor Adventista de Phulwani e sua mãe, que foram assassinados durante a violência anticristã que dominou essa região da Índia. Pelo menos 27 adventistas morreram em Orissa, nas últimas semanas de agosto.
Os fatos aqui narrados, aparentemente longe talvez da realidade no Brasil, são comuns em muitos países no mundo. A perseguição religiosa ocorreu no passado, permanece em nossos dias e, na forma do quanto profeticamente antecipado, voltará a ocorrer de forma mais consistente nos dias que antecederão a volta de Cristo a esta terra, sendo este o objeto principal das considerações que haveremos de tecer nestas linhas.
Por questão de proximidade, tomemos o exemplo de como a linha entre a liberdade e o controle estatal é fina, inclusive no Brasil.
Em sua tese de dissertação “Laico, mas nem tanto: cinco tópicos sobre liberdade religiosa e laicidade estatal na jurisdição constitucional brasileira”, Letícia de Campos Velho Martel tratou de algumas interessantes vicissitudes do sistema jurídico de um dos países mais tolerantes do globo. Alguns destaques interessantes:
- Os tribunais nacionais não têm nenhum tipo de uniformidade em suas decisões sobre liberdade religiosa, o que cobre de incertezas o trato de quaisquer questões relacionadas a este tema;
- A Constituição Federal brasileira fixa logo em seu preâmbulo que foi promulgada “sob a proteção de Deus”, o que em si já seria um contrasenso à admissão de um estado dito laico;
- A maioria dos feriados religiosos, 7 em 11, estão ligados à religião majoritária;
- A legislação brasileira reconhece o domingo em sede constitucional como dia de repouso.
Percebe-se portanto que embora o Brasil possa ser entendido como um estado laico, nas palavras do importante jurista Ives Gandra da Silva Martins, o mesmo não é “pagão ou ateu”. Esta situação fica ainda mais clara quando, diante da ameaça perpetrada pela recente intervenção do Ministério Público Federal acerca dos símbolos religiosos em órgãos públicos, rechaçada inclusive antecipadamente por um dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, vimos interessantes manifestações contrárias, dentre as quais a de que “o ataque ao crucifixo é um insulto a este povo e a esta sociedade que legitimam o poder.”
Obviamente o povo e a sociedade insultados e que legitimam o poder correspondem, mais uma vez, à religião majoritária. Como se vê, a linha entre a liberdade e o controle é extremamente tênue, mesmo em países ditos tolerantes, como o Brasil.
Pelo todo quanto exposto, resta claro que a liberdade religiosa para o homem em realidade encontra-se subordinada aos interessantes dos jogos de poder, o que já estava profeticamente previsto e, neste quadro temos como certo que a estrutura para deflagração dos eventos finais por este prisma encontra-se em avançado estado de construção. Passaremos a analisar na segunda parte destas considerações, como funciona a liberdade religiosa para Deus.
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