quarta-feira, 31 de julho de 2013

EUA podem vigiar 'quase tudo' o que um internauta faz

Edward Snowden, que revelou o esquema de monitoramento de telefones e dados de internet feito pelos EUA, colheu documentos sobre um programa que autoriza analistas da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, em inglês) a buscar conteúdo e informações específica sobre um usuário de internet.

Segundo reportagem do jornalista Glenn Greenwald publicada nesta quarta-feira pelo site do jornal britânico "Guardian", o programa XKeyscore pode ver o histórico de navegação e quase tudo o que os internautas fazem em diversos portais.

As informações podem ser obtidas através dos IPs (endereços de rede), telefones, nomes completos, apelidos de usuários e palavras-chave em diversas redes sociais e provedores de e-mail. O monitoramento ocorria em diversas centrais no mundo, uma delas em Brasília, segundo as apresentações da NSA.

Através de uma das funções do programa, os agentes são capazes de ver o conteúdo de um chat ou de uma mensagem privada na rede social Facebook. Para isso, basta digitar o nome de usuário e a data da conversa desejada.

De acordo com os documentos, todos esses dados confidenciais eram obtidos sem autorização judicial, com o preenchimento de um formulário on-line que poderia ser preenchido com uma justificativa vaga e autorizados por supervisores.

"É muito raro que nossas buscas sejam questionadas e, quando são, normalmente os supervisores pedem algo como: 'vamos aumentar essa justificativa'", disse Edward Snowden, em entrevista ao "Guardian" em junho, pouco após as revelações.

ACESSO LIVRE

Desse modo, os espiões obtinham dados confidenciais de monitoramento de informações, chamados de metadata, e também acesso aos conteúdos navegados pelos usuários.Do ponto de vista de armazenamento, o XKeyscore coletava as informações de forma contínua.

Os conteúdos ficavam no sistema entre três e quatro dias, enquanto o monitoramento das atividades eram armazenados por um mês. Nos documentos, a NSA explica que, em alguns sites, os conteúdos só poderiam ser guardados por 24 horas.

Qualificado pela NSA como parte de sua estratégia contra o terrorismo, a ferramenta foi útil para que os EUA prendessem 300 acusados de associação a grupos com planos contra os Estados Unidos. Não há informação sobre quantos usuários foram monitorados em todo o mundo.

OUTRO LADO

Em nota ao "Guardian", a NSA diz que a ferramenta faz parte de uma de suas estratégias no combate ao terrorismo e que só é aplicada apenas contra "alvos legítimos dos serviços de inteligência internacional em resposta à necessidade de nossos líderes de proteger nossa nação e nossos interesses".

O órgão nega qualquer uso amplo e irrestrito do programa e afirma que ele é limitado aos funcionários autorizados para fazer essa tarefa, que passam por "múltiplas checagens técnicas, manuais e de supervisores para evitar o uso indevido".

"Todas as buscas de um analista da NSA são completamente auditáveis para garantir que estão de acordo com a lei. Esse tipo de programas nos permitem coletar informações que nos levem a desenvolver de forma exitosa nossa missão de defender a nação e proteger os Estados Unidos e nossos aliados estrangeiros".

segunda-feira, 29 de julho de 2013

"Só o papa salva"?


Os 15 líderes globais com mais seguidores no Twitter

1 - Barack Obama
País: Estados Unidos
Seguidores: 33,5 milhões
2 - Papa Francisco
País: Vaticano
Seguidores: 7,2 milhões


Nota DDP: Coincidência?

Veja também "O Papa Francisco é o líder mais influente no Twitter". Destaque:

Segundo o estudo, os mais de 22 mil retweets (RTs) que recebe cada publicação do Santo Padre no Twitter, convertem-no "com muita diferença", no "líder com maior impacto e influência" nesta rede social.

"O segundo classificado, Nicolás Maduro, gera menos de 5.000 RT por tweet. Barack Obama, que era o líder indiscutível por popularidade (número de seguidores), fica em quarto lugar nesta classificação", assinalou o relatório do projeto da Universidade de Navarra.

Postura do papa Francisco é elogiada por líderes evangélicos: “Passou simplicidade, enquanto ‘apóstolos’ ostentam riquezas”

A passagem do papa Francisco pelo Brasil e seus discursos contra a corrupção e a pobreza chamaram a atenção da mídia como um todo, que destacou a fala ponderada do pontífice católico a respeito de tais questões.

O mestre em Direito e advogado Hélio Pariz publicou artigo no blog O Contorno da Sombra com uma breve análise a respeito da fala do papa, em comparação com algumas lideranças evangélicas.

No texto, Pariz ressalta a “notória capacidade de se comunicar com os mais diferentes estratos da sociedade”, dizendo que “o papa Francisco deu um show de comunicação, simpatia, empatia e simplicidade”.

O advogado menciona ainda que a comunicação de Francisco com o povo se deu não apenas através das palavras, mas também com gestos: “Fez a sua mensagem compassiva ser recebida mesmo através do silêncio de seu olhar contemplativo. Foi fiel, portanto, a pelo menos três preceitos neotestamentários (e paulinos) sobre como dialogar com um mundo não cristão”, afirmou, citando as passagens bíblicas de Filipenses 4:5; Colossenses 4:6 e Tito 2:7-8.

A crítica de Pariz a algumas lideranças evangélicas se deu justamente neste ponto: “Sem querer entrar nas diferenças doutrinárias aparentemente irreconciliáveis entre católicos e protestantes, foi inevitável comparar a postura papal com aquela de alguns expoentes evangélicos que usam e abusam cotidianamente de todas as formas de mídia. Os nomes desses nem precisam ser citados, pois a sua verborragia e seus interesses monetários invadem os lares brasileiros todos os dias pelas ondas do rádio e da TV”, opinou.
[...]

Para filósofo, Francisco fez questão de mostrar aos líderes políticos que ele tem mais militantes e mais poder que eles

[...]
Todo papa diz “quero trazer paz e conforto”. Mas um papa argentino jamais iria dizer isso de coração. É próprio do argentino trazer confusão. Esse papa gosta disso. Ele gosta de ser papa, de fustigar, de mostrar aos líderes políticos que ele tem mais militantes que eles. Ele gosta mesmo de mostrar que a Igreja Católica pode fazer um estardalhaço que outras forças, com mais dinheiro, armas, propaganda doutrinária e aparente abraço com a história, não conseguem nem iniciar. Durante todo o tempo aqui no Brasil, no encontro com políticos, Francisco fez questão de exibir-se assim, com poder. Dilma e sua colega Argentina perceberam isso. Também elas estão de ressaca.

*Paulo Ghiraldelli Jr., 55, filósofo, escritor, cartunista e professor da UFRRJ

domingo, 28 de julho de 2013

Pastor Adventista preso no Togo

Assine a petição em favor do Pastor injustamente preso no Togo por mais de 500 dias. 

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sábado, 27 de julho de 2013

"Ele é o cara", diz espírita ao se referir ao papa Francisco

Não são apenas os católicos que se emocionaram com a presença do papa Francisco durante sua visita ao Brasil. O argentino que ocupa o lugar mais importante da Igreja Católica também conquistou a graça de brasileiros de outras religiões. 

"Ele é o cara", disse a espírita Alessandra Viegas Josgrilbert, 43. A carioca mora atualmente em Mato Grosso do Sul, mas veio visitar a avó coincidentemente na semana em que o pontífice participa da Jornada Mundial da Juventude. "Não pelo cargo que ele ocupa, mas principalmente por suas atitudes e sua humildade", explica ela.

Opinião compartilhada pela estudante Maria Fernanda Pellon de Castro, 26, que também é espírita. Ela confessa ter ficado toda arrepiada quando o viu passar de papamóvel na evenida Atlântica, em Copacabana. "E olha que nem o vi de tão perto. Mas vou tentar ficar mais próxima da grade da próxima vez", conta ela, já fazendo planos para repetir a dose da experiência.

Segundo Maria Fernanda, seu apreço por Francisco começou desde sua eleição. "Me passa uma energia tão boa, e as mensagens deles são ainda mais entusiásticas", afirmou. O evangélico Ronaldo Sinquini, 49, também não disfarça a afeição pelo líder da Igreja Católica. "Muito mais do que ser uma figura importante, é tão carismático que me chamou a atenção. Tem mobilizado tanta gente, que é muito bonito de ver."

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Forte terremoto deixa mortos e feridos em zona rural na China

Tremor de 6,6 graus de magnitude deixou ao menos 75 mortos, 14 desaparecidos e 459 feridos perto de Dingxi
Um forte terremoto atingiu uma zona rural da China próxima à cidade de Dingxi na manhã desta segunda-feira, deixando ao menos 75 mortos, 14 desaparecidos e 459 feridos, informou o governo local.

O terremoto atingiu as localidades de Minxian e Zhangxian, cerca de 170 km a sudeste da capital provincial Lanzhou, às 7h45 desta segunda-feira (20h45 de domingo no horário de Brasília), informou a agência oficial de notícias Xinhua.

Segundo a agência Xinhua, entre os feridos, ao menos 296 estão em estado grave.

Residentes afirmaram que o tremor durou cerca de um minuto, mas foi forte suficiente para provocar estragos em áreas urbanas, onde prédios são construídos com materiais mais fortes. "Era possível ver os lustres e as janelas vibrando e fazendo barulho, mas não há rachaduras nas paredes. Assistentes de venda saíram correndo nas ruas quando o terremoto começou", disse uma recepcionista do Hotel Wuyang no condado Zhang, localizado a 40 km do epicentro.

Também foram sentidos tremores na capital da província de Lanzhou, 177 km ao norte, e em Xi'an, a 400 km ao leste. O centro de monitoramento de terremotos afirmou que o tremor teve início às 7h45 com uma magnitude de 6,6, seguido de outros com magnitude 5,6.

Segundo o centro, ele teve 20 km de profundidade, enquanto o centro Ganzu de terremotos afirma que esse número é de 6 km. O Serviço Geológico dos EUA mediu a magnitude do terremoto inicial em 5,9 e a profundidade em 10 km.

terça-feira, 16 de julho de 2013

"Reverência na igreja" - Pr. Ranieri Sales


1) Trabalho conjunto de toda Igreja em favor da reverência;
2) Pontualidade na chegada para o culto;
3) Não reserve lugares quando pessoas já estão de pé;
4) Evite movimentação atrás do púlpito;
5) Evite movimentação pela Igreja durante o culto;
6) Evite conversas dentro e na entrada Igreja;
7) Evite o uso de celulares e outros aparelhos eletrônicos dentro da Igreja;
8) Traga a Bíblia para a Igreja. A BÍBLIA.

A Lição da Escola Sabatina - "Reavivamento e reforma"

Esta área do blog concentra os links disponíveis e mais acessados para o estudo semanal da Lição da Escola Sabatina, o que é feito de forma a incentivar os que não têm o costume de estudá-la, a passarem a fazê-lo e, aos que já fizeram disso um hábito, continuar com esta excelente opção.

Os temas que temos estudado nos últimos trimestres demonstram de forma muito clara como Deus continua na condução de Seu povo e, especialmente, como é necessário estarmos atento às Suas mensagens.

"Os servos de Cristo não devem preparar determinado discurso para apresentá-lo quando forem levados a juízo por causa de sua fé. Devem preparar-se dia a dia, entesourando no coração as preciosas verdades da Palavra de Deus, alimentando-se dos ensinos de Cristo e fortalecendo sua fé pela oração; então, quando levados a juízo, o Espírito Santo lhes trará à lembrança as verdades que hão de alcançar o coração dos que as ouvirem. Qual relâmpago, trar-lhes-á Deus à memória, justo quando for necessário, o conhecimento obtido mediante diligente exame da Palavra divina." Conselhos Sobre a Escola Sabatina, pág. 41.








Tremor de 7.2 graus atinge a costa das Ilhas Sandwich do Sul

Um forte terremoto de 7.2 graus de magnitude atingiu a costa das Ilhas Sandwich do Sul, localizadas no sul do Oceano Atlântico, segundo informa o serviço geológico dos Estados Unidos, USGS. O tremor foi registrado a 185 km da ilha de Bristol. Nenhum alerta de tsunami foi emitido até o momento.

Segundo o USGS, o tremor foi registrado às 11h03 (horário de Brasília) e a uma profundidade de 30 km.

As Ilhas Sandwich do Sul, que são desabitadas, estão localizadas a cerca de 2,5 mil km do sul da Argentina.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Empresas da web permitirão a governos 'saber tudo' sobre internautas

O linguista americano Noam Chomsky, conhecido pelas críticas que faz à conduta das autoridades de seu próprio país, acredita que as grandes corporações da internet estão juntando dados diversos de usuários da internet com mais competência do que os governos, e que isso permitirá que as autoridades possam conhecer "tudo" a respeitos dos seus cidadãos.

Em entrevista à BBC Mundo, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) --no mesmo lugar onde, em 1962, John Carl Robnett Licklider concebeu pela primeira vez a ideia de uma rede global--, Chomsky opina que as revelações do ex-técnico da CIA Edward Snowden sobre a espionagem de cidadãos praticada pelos EUA são uma prova de que os governos podem se beneficiar de dados sobre usuários que são coletados pelas grandes corporações.

Chomsky, que revolucionou a linguística e escreveu mais de cem livros, reconhece que a web pode ser valiosa - ele mesmo a usa o tempo todo -, mas desmistifica seu impacto e questiona suas consequências.

O linguista argumenta que o advento do telégrafo e das bibliotecas públicas teve um impacto muito maior do que a rede mundial de computadores nas comunicações e no acesso ao conhecimento.

Além disso, ele considera o Google Glass - óculos inteligentes ainda em fase de testes - "orwelliano e ridículo" e acredita que a web pode isolar e radicalizar seus usuários.

"A internet representa uma mudança, mas houve mudanças maiores quando se observa o último século e meio.

A transição entre a comunicação viabilizada pela navegação à vela e a viabilizada pelo telégrafo foi muito maior do que (a transição) entre o correio tradicional e a internet.

Há 150 anos, se você mandasse uma carta à Inglaterra, a resposta poderia demorar dois meses, porque viajaria em um barco ou talvez não chegasse a seu destino.

Quando surgiu o telégrafo, a comunicação se tornou praticamente instantânea. Agora que temos a internet, ela apenas ficou um pouco mais rápida."

Internet x bibliotecas

"Há um século, quando foram criadas bibliotecas públicas na maioria das cidades americanas, a disponibilidade de informação e o incremento da riqueza cultural foi amplamente maior do que o gerado pela internet.

Agora você não precisa atravessar a rua para ir à biblioteca e pode acessar a informação em sua própria sala de estar. Mas a informação já estava lá, do outro lado da rua.

A diferença entre a internet e uma biblioteca é menor do que a diferença entre a ausência de uma biblioteca e sua existência (...). Além disso, na biblioteca pelo menos você pode confiar que o material terá certo valor, porque passou por um processo de avaliação.

A internet é um conjunto de ideias, e é difícil distinguir entre o que alguém pensou enquanto atravessava a rua ou algo que alguém de fato estudou com profundidade.

"Mais unidos ou mais separados?

"Caminhar falando ao telefone é uma forma de se manter em contato com os demais, mas será um passo adiante ou para trás?

Acho que provavelmente seja um passo para trás, porque separa as pessoas e constrói relações superficiais.

Em vez de falar com as pessoas cara a cara, conhecê-las pela interação, está se desenvolvendo uma espécie de caráter casual dessa cultura.

Conheço adolescentes que acham que têm centenas de amigos, quando na verdade estão muito isolados. Quando escrevem no Facebook que amanhã terão uma prova na escola, recebem uma resposta como "boa sorte" e concebem isso como amizade.

Ainda não vi nenhum estudo a respeito, mas acho que a nova tecnologia isola as pessoas em um grau significativo, separa-as umas das outras."

Mente mais aberta?

"A internet fornece acesso instantâneo a todo o tipo de ideias, opiniões, perspectiva, informações. Será que isso ampliou nossas perspectivas ou as estreitou?

Acho que as duas coisas. Para alguns, ampliou. Se você sabe o que está procurando e tem um senso razoável de como agir, a internet abre perspectivas. Mas se você chega à internet desinformado, pode acontecer o oposto.

A maioria das pessoas usa a internet como entretenimento, diversão. Mas entre a minoria que a usa para buscar informação, nota-se que elas identificam muito rapidamente seus sites favoritos e os visitam porque eles reforçam suas próprias ideias. Daí você fica viciado nesses sites, que dizem exatamente o que você está pensando e (você) não olha mais aos demais.

Isso tem um efeito cíclico; o site se torna mais radical, e você se torna mais radical e se separa dos demais."
Sem segredos

"Apenas por fins comerciais, Google, Amazon e etc. estão colecionando enormes quantidades de informação sobre as pessoas - informação que não acho que eles devessem ter.

Rastreiam os seus hábitos, suas compras, seu comportamento, o que você faz, e estão tentando controlá-lo direcionando você para determinado caminho.

Acho que isso é feito em níveis que superam o do governo. Por isso, o governo está pedindo ajuda (a essas corporações).

Os mais jovens muitas vezes não veem problema nisso. Vivem em uma sociedade e uma cultura de exibicionismo, em que tudo é colocado no Facebook, em que você quer que todo o mundo saiba tudo sobre você. Assim, o governo também saberá tudo sobre você."

Tecnologia neutra?

"Quando os meios para fazer algo estão disponíveis e acessíveis, são tentadores. E as pessoas, principalmente as mais jovens, tendem a usá-los.

A internet é uma tecnologia acessível, há muita pressão para o seu uso, todo mundo quer dizer 'eu fiz isso, eu fiz aquilo'. Há um componente de autoglorificação.

Mas também há toneladas de publicidade. A internet vende a si própria como um meio de comunicação e, até certo nível, isso é verdadeiro: posso conversar com amigos de verdade em diferentes partes do mundo e interagir com eles de uma maneira que seria difícil por correio.

Por outro lado, a internet tem o efeito oposto. É como qualquer tecnologia: é basicamente neutra, você pode usá-la de forma construtiva ou danosa. As formas construtivas existem, mas são poucas."

quarta-feira, 10 de julho de 2013

"Somos todos vigiados"

Nós já temíamos (1). Tanto a literatura (1984, de George Orwell), como o cinema (Minority Report, de Steven Spielberg) haviam avisado: com o progresso da tecnologia da comunicação, todos acabaríamos por ser vigiados. Presumimos que essa violação de nossa privacidade seria exercida por um Estado neototalitário. Aí nos equivocamos. Porque as revelações inéditas do ex-agente Edward Snowden sobre a vigilância orwelliana acusam diretamente os Estados Unidos, país considerado como “pátria da liberdade”. Aparentemente, desde a promulgação, em 2001, da lei Patriot Act (2), isso ficou no passado. O próprio presidente Barack Obama acaba de admitir: “Não se pode ter 100% de segurança e 100% de privacidade”. Bem-vindos, portanto à era do “Grande Irmão”.

O que revelou Snowden? Este antigo assistente técnico da CIA, de 29 anos, que trabalhava para uma empresa privada – a Booz Allen Hamilton (3) – subcontratada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA), revelou aos jornais The Guardian e Washington Post a existência de programas secretos que tornam o governo dos Estados Unidos capaz de vigiar a comunicação de milhões de cidadãos.

Um primeiro programa entrou em operação em 2006. Consiste em espiar todas as chamadas telefônicas feitas pela companhia Verizon, dentro dos Estados Unidos, e as que se fazem de lá para o exterior. Outro programa, chamado PRISM, foi posto em marcha em 2008. Coleta todos os dados enviados pela internet (e-mails, fotos, vídeos, chats, redes sociais, cartões de crédito), por (em princípio...) estrangeiros que moram fora do território norte-americano. Ambos os programas foram aprovados em segredo pelo Congresso norte-americano, que teria sido, segundo Barack Obama, “constantemente informado” sobre o seu desenvolvimento.

Sobre a dimensão da incrível violação dos nossos direitos civis e das nossas comunicações, a imprensa deu detalhes escabrosos. Em 5 de junho, por exemplo, o Guardian publicou a ordem emitida pelo Tribunal de Supervisão de Inteligência Externa que exigia à companhia telefônica Verizon entregar à NSA os registros de milhões de chamada dos seus clientes. O mandato não autoriza, aparentemente, saber o conteúdo das comunicações, nem os titulares dos números de telefone, mas permite o controle da duração e o destino dessas chamadas. No dia seguinte, o Guardian e o Washington Post revelaram a realidade do programa secreto de vigilância PRISM, que autoriza a NSA e o FBI acesso aos servidores das nove principais empresas da internet (com a notável exceção do Twitter): Microsoft, Yahoo, Gogle, Facebook (4), PalTalk, AOL, Skype, YouTube e Apple.

Por meio dessa violação, o governo dos EUA pode aceder a arquivos, áudios, vídeos, e-mails e fotografias de usuários dessas plataformas. O PRISM converteu-se, desse modo, na ferramenta mais útil da NSA para fornecer relatórios diários ao presidente Obama. Em 7 de junho, os mesmo jornais publicaram uma diretiva da Casa Branca que ordenava às suas agências (NSA, CIA, FBI) estabelecer uma lista de possíveis países suscetíveis de serem “ciberatacados” por Washington. E em 8 de junho, o Guardian revelou a existência de outro programa, que permite à NSA classificar os dados recolhidos na rede. Esta prática, orientada à ciberespionagem no exterior, permitiu compilar – só em março – cerca de 3 bilhões de dados de computador nos Estados Unidos.

Nas últimas semanas, ambos os jornais conseguiram revelar, sempre graças a Edward Snowden, novos programas de ciberespionagem e vigilância da comunicação em países no resto do mundo. Edward Snowden explica que “a NSA construiu uma infraestrutura que lhe permite interceptar praticamente qualquer tipo de comunicação. Com esta técnica, a maioria das comunicações humanas são armazenadas para servir em algum momento a um objetivo determinado”.

A NSA, cujo quartel-general fica em Fort Meade (Maryland), é a mais importante e mais desconhecida agência de informações norte-americana. É tão secreta que a maioria dos norte-americanos ignora a sua existência. Controla a maior parte do orçamento destinado aos serviços de informações e produz mais de cinquenta toneladas de material por dia. É ela – e não a CIA – a proprietária e operadora da maior parte do sistema de coleta de dados dos serviços secretos dos EUA. Desde uma rede mundial de satélites até as dezenas de postos de escuta, milhares de computadores e as florestas de antenas localizadas nas colinas da Virginia do Oeste. Uma das suas especialidades é espiar os espiões — ou seja, os serviços secretos de todas as potências, amigas e inimigas. Durante a guerra das Malvinas (1982), por exemplo, a NSA decifrou o código secreto dos serviços de espionagem argentinos, o que lhe permitiu transmitir aos britânicos informações cruciais sobre as forças argentinas.

O vasto sistema da NSA pode captar discretamente qualquer e-mail, qualquer consulta de internet ou telefonema internacional. O conjunto total da comunicação interceptada e decifrada pela NSA constitui a principal fonte de informação clandestina do governo dos EUA.

A NSA colabora estreitamente com o misterioso sistema Echelon. Criado em segredo, depois da II Guerra Mundial, por cinco potências anglo-saxônicas — Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia (os “cinco olhos”), o Echelon é um sistema orwelliano de vigilância global que se estende por todo o mundo, monitoriza os satélites usados para transmitir a maioria dos telefonemas, comunicação na internet, e-mails, redes sociais etc. O Echelon é capaz de capturar até dois milhões de conversas por minuto. A sua missão clandestina é a espionagem de governos, partidos políticos, organizações e empresas. Seis bases espalhadas pelo mundo recolhem informações e desviam de forma indiscriminada enormes quantidades de comunicação. Em seguida, os super-computadores da NSA classificam este material, por meio da introdução de palavras-chaves em vários idiomas.

Em torno do Echelon, os serviços de espionagem dos EUA e do Reino Unido estabeleceram uma larga colaboração secreta. E agora sabemos, graças às novas revelações de Edward Snowden, que a espionagem britânica também intercepta clandestinamente cabos de fibra ótica, o que lhe permitiu espionar as comunicações das delegações presentes na reunião de cúpula do G-20, em Londres, em abril de 2009. Sem distinguir entre amigos e inimigos (5).

Por meio do programa Tempora, os serviços britânicos não hesitam em armazenar enormes quantidades de informação obtidas ilegalmente. Por exemplo, em 2012, manejaram cerca de 600 milhões de “conexões telefônicas” por dia e puseram sob escuta, em perfeita ilegalidade, mais de 200 cabos. Cada cabo transporta 10 gigabites (6) por segundo. Em teoria, poderia processar 21 petabytes (7) por dia; equivalente a toda a informação da Biblioteca Britânica, enviada 192 vezes ao dia.

O serviços de espionagem constatam que a internet já tem mais de dois bilhões de utilizadores no mundo e que quase um bilhão utiliza o Facebook de forma habitual. Por isso, fixaram como objetivo, transgredindo leis e princípios éticos, controlar tudo o que circula na internet. E estão conseguindo: “Estamos começando a dominar a internet”, confessou um espião inglês, “e a nossa capacidade atual é bastante impressionante”. Para melhorar ainda mais esse conhecimento sobre a internet, o Quartel-Geral de Comunicações do Governo [Government Communications Headquarters, ou GCHQ, a agência de espionagem britânica] lançou recentemente novos programas: Mastering The Internet (MTI) sobre como dominar a Internet, e Programa de Modernização da Intercetação [Interception Modernisation Programme] para uma exploração orwelliana das telecomunicações globais. Segundo Edward Snowden, Londres e Washington já acumulam, diariamente, uma quantidade astronômica de dados, interceptados clandestinamente através das redes mundiais de fibra ótica. Ambos países dispõem de um total de 550 especialistas para analisar essa titânica informação.

Com a ajuda da NSA, a GCHQ aproveita-se de que grande parte dos cabos de fibra ótica por onde trafegam as telecomunicações planetárias passam pelo Reino Unido. Este fluxo é interceptado com programas sofisticados de informática. Em síntese, milhões de telefonemas, mensagens eletrônicas e dados sobre visitas na internet são armazenados sem que os cidadãos saibam, a pretexto de reforçar a segurança e combater o terrorismo e o crime organizado.

Washington e Londres colocaram em marcha o plano orwelliano do “Grande Irmão”, com capacidade de saber tudo que fazemos e dizemos nas nossas comunicações. E quando o presidente Obama menciona a suposta “legitimidade” de tais práticas de violação de privacidade, está a defender o injustificável. Além disso, há de se lembrar que, por interceptarem informação sobre perigosos grupos terroristas com base na Flórida – ou seja, uma missão que, segundo a lógica do presidente Obama seria “perfeitamente legitima” — cinco cubanos foram detidos em 1998 e condenados (8) pela Justiça dos EUA a largas e imerecidas penas de prisão (9).

O presidente Barack Obama está a abusar do seu poder e diminuindo a liberdade de todos os cidadãos do mundo. “Não quero viver numa sociedade que permite este tipo de ação”, protestou Edward Snowden, quando decidiu fazer as suas revelações. Divulgou os fatos e, não por acaso, exatamente quando começou o julgamento do soldado Bradley Manning, acusado de promover a fuga de segredos da Wikileaks, organização internacional que divulga informações secretas de fontes anônimas.

Enquanto isso, o ciberativista Julian Assange está refugiado há um ano na Embaixada do Equador em Londres. Snowden, Manning e Assange são defensores da liberdade de expressão, lutam em favor da democracia e dos interesses de todos os cidadãos do planeta. Hoje são assediados e perseguidos pelo “Grande Irmão” norte-americano (10).

Por que os três heróis do nosso tempo assumiram correr semelhante riscos, que podem custar a sua própria vida? Edward Snowden, obrigado a pedir asilo político no Equador e em vinte países, responde: “Quando se dá conta de que o mundo que ajudou a criar será pior para as próximas gerações, e que os poderes desta arquitetura de opressão se estendem, você entende que é preciso aceitar qualquer risco. Sem se preocupar com as consequências”.

(*) Ignacio Ramonet é jornalista. Foi diretor do Le Monde Diplomatique entre 1990 e 2008. Texto publicado em Carta Maior.

Notas:

1) Ver “Vigilância absoluta”, Ignacio Ramonet, na Biblioteca Diplô, agosto de 2003.
2) Proposta pelo presidente George W. Bush e adotada no contexto emocional que se seguiu aos ataques de 11 de setembro de 2001, a lei “Patriot Act” autoriza controles que interferem com a vida privada, suprimem o sigilo da correspondência e liberdade de informação. Não requer a permissão para escutas telefónicas. E os investigadores podem aceder a informações pessoais dos cidadãos sem mandado.
3) Em 2012, a empresa faturou 1,300 bilhão para “missões de assistência de informação.”
4) Recentemente, soube-se que Max Kelly, chefe de segurança no Facebook, encarregado de proteger as informações pessoais dos usuários da rede social contra ataques externos, deixou a empresa em 2010 e foi contratado pela NSA.
5) Espiar diplomatas estrangeiros é legal no Reino Unido: protegido por uma lei aprovada pelos conservadores britânicos, em 1994, que coloca o interesse económico nacional acima da diplomacia.
6) O byte é uma unidade de informação em computação. Um gigabyte é uma unidade de armazenamento cujo símbolo é GB, igual a mil milhões de bytes, o equivalentes a uma van repleta de páginas de texto.
7) Um petabyte (PT) é igual a um quatrilhão de bytes — ou um milhão de gigabyte.
8) A missão dos cinco (Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González) era infiltrar-se e observar o processo de grupos de exilados cubanos para evitar atos de terrorismo contra Cuba. Porém o juiz condenou eles à prisão perpétua, disse a Amnistia Internacional num comunicado que “durante o julgamento não mostrou qualquer prova de que os acusados tinham informações classificadas realmente tratado ou transmitida.”
9) Ler de Fernando Morais "Os últimos soldados da Guerra Fria", Companhia das Letras.
10) Edward Snowden corre o risco de ser condenado a 30 de prisão após ter sido formalmente acusado pelo governo dos EUA de “espionagem”, “roubo” e “uso ilegal de propriedade do governo”.


Tempestade recorde provoca inundações e caos nas estradas de Toronto

Centenas de pessoas ficaram ilhadas em estradas, ferrovias e edifícios de Toronto, no Canadá, depois de uma tempestade despejar entre 90 e 110 milímetros de água em duas horas no início da noite de ontem (8).

As autoridades disseram que a tempestade deixou cerca de 300 mil pessoas sem eletricidade, além de ter forçado o isolamento da Prefeitura da cidade e o cancelamento de dezenas de voos no aeroporto internacional Pearson.

A quantidade de água despejada é similar às precipitações do histórico dia 15 de outubro de 1954, quando o furacão "Hazel" despejou 121 milímetros de água na cidade.

As precipitações de ontem provocaram a inundação da estrada Don Valley, o principal corredor norte-sul, que conduz ao centro da cidade. Imagens transmitidas nas primeiras horas desta terça-feira na televisão local mostravam veículos praticamente submersos em plena estrada.

Uma das principais linhas do metrô de Toronto ficou parcialmente inundada, o que deixou a milhares de usuários sem ter como voltar a seus lares, já que a tempestade em questão foi registrada no final da jornada de trabalho ontem.

Nos arredores de Toronto, a situação era similar nas linhas ferroviárias do sistema de cercanias. As inundações das vias fizeram com que os passageiros de um dos trens tivessem que ser resgatados com embarcações pela polícia.

Apesar da gravidade das inundações em grande parte da cidade, a polícia não registrou nenhuma vítima até o momento.

Fonte - Folha

Terremoto de magnitude 5,8 causa alarme em El Salvador

Um terremoto de magnitude 5,8 atingiu neste domingo o litoral do oceano Pacífico de El Salvador e gerou alarme em vários setores do país, sem que por enquanto tenham sido registradas vítimas ou danos materiais, informou uma fonte oficial.

O terremoto foi registrado às 20h52 locais (23h52 de Brasília), no litoral do departamento (estado) de La Libertad, no centro do país, segundo um relatório do Observatório Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais.

O tremor foi localizado a uma profundidade de 59 quilômetros e em San Salvador atingiu uma intensidade de entre cinco e seis, segundo a escala modificada de Mercalli, que chega até 12.

A força do terremoto gerou alarme entre muitos habitantes de San Salvador e de outras regiões do país, segundo informações da imprensa local.

"Concluindo a missão" - Pr. Alberto Timm



"Nós precisamos, desesperadamente, que uma geração com esse perfil surja em nosso meio, que estejam mais dispostos a se sacrificar pela causa, do que buscar os direitos e privilégios que tem. Será que nunca mais se levantarão em nosso meio, homens e mulheres, jovens e mesmo crianças com esse perfil? Nunca mais teremos um J. N. Andrews, um Tiago White, um Guilherme Miller, um José Bates, que se sacrificaram completamente pela causa? Sem reservas? O tempo mudou, mas o espírito deve permanecer o mesmo." (Pr. Alberto Tim)

terça-feira, 9 de julho de 2013

"Crave"


"Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação"
(Desejado de Todas as Nações, pág. 83)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

"Reavivamento e reforma"

“Reavivamento e reforma são duas coisas diferentes. Reavivamento significa renovação da vida espiritual, vivificação das faculdades da mente e do coração, ressurgimento da morte espiritual. Reforma significa reorganização, mudança de ideias e teorias, hábitos e práticas. A reforma não produzirá os bons frutos da justiça a menos que esteja ligada a um reavivamento do Espírito. Reavivamento e reforma devem fazer a obra que lhes é designada e, ao fazerem essa obra, têm de se unir” (Ellen G. White, Serviço Cristão, p. 42).

terça-feira, 2 de julho de 2013

"Apoiamos a lei de descanso dominical"


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Uma repreensão amorosa

A mensagem laodiceana aplica-se ao povo de Deus que professa crer na verdade presente. A maior parte deles são professos mornos, tendo nome, mas não zelo. Deus deu a conhecer que queria que os homens localizados no grande coração da obra corrigissem o estado de coisas ali existente, e se mantivessem como fiéis sentinelas em seu posto de dever. Deu-lhes luz acerca de todos os pontos, para instruir, animar e confirmar esses homens segundo o caso o exigisse. Mas, apesar de tudo isso, os que deviam ser fiéis e verdadeiros, fervorosos no zelo cristão, de temperamento benévolo, conhecendo e amando sinceramente a Jesus, encontram-se a ajudar o inimigo a enfraquecer e desanimar aqueles a quem Deus está usando para edificar a obra. Aplica-se a esta classe o termo “morno”. Professam amar a verdade, todavia são deficientes no fervor e no devotamento cristãos. Não ousam desistir inteiramente e correr o risco dos incrédulos; não se acham, no entanto, dispostos a morrer para o próprio eu e seguir exatamente os princípios de sua fé. (Testemunhos para a Igreja 4, 87)
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