segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Judeus, muçulmanos e cristãos se unem pela paz no Oriente Médio

Grupo de 45 pessoas passará pela Palestina, Israel, Jordânia e Roma mostrando que é possível viverem juntos sem guerras

Representantes argentinos das três maiores religiões monoteístas do mundo se uniram e foram até o Oriente Médio mostrar que é possível conviver pacificamente.

A delegação formada por 15 judeus, 15 muçulmanos e 15 cristãos deixou a Argentina e chegou nesta quinta-feira (19) na Palestina para mostrar o modelo de respeito e convivência pacífica entre as religiões.

O primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, recebeu a delegação e destacou a presença das três religiões em seu território. “Palestina é a terra das três religiões: cristianismo, judaísmo e islã. E, para mim, a religião é tolerância”.

Ele também citou a paz dizendo que o acordo com Israel é o destino das nações. “Somos vizinhos, temos que viver juntos um ao lado do outro em paz e harmonia”, completou Hamdala.

Em entrevista à agência EFE Claudio Epelman, diretor-executivo do ‘Congreso Judío Latinoamericano’, explicou que além da Palestina a delegação, organizada por ele, ainda passará por Israel, Jordânia e Roma. “Em vez de chamar atenção para o conflito do Oriente Médio, queremos mostrar que cristãos, muçulmanos e judeus podem viver juntos”, disse.

As reuniões com os líderes de cada estado já estão marcadas. Em Israel eles serão recebidos pelo presidente Shimon Peres, na Jordânia por um membro da dinastia hachemita, pois o Rei Abdullah II não poderá recebê-los e em Roma serão recebidos pelo próprio Papa Francisco no dia 27 deste mês.

O líder católico, que é natural da Argentina, é considerado como um grande exemplo para os líderes religiosos. Epelman chegou a dizer que Francisco teve “um papel muito significativo como arcebispo de Buenos Aires” ao criar um diálogo entre as religiões.

“O motivo da viagem não é apenas estar na terra palestina, mas também mostrar uma realidade que existe em uma parte do mundo, onde o diálogo religioso é uma construção”, disse Omar Ahmed Abboud, co-fundador e presidente do Instituto do Diálogo inter-religioso da Argentina.

Quem também faz parte dessa delegação é o rabino Sergio Bergman, deputado por Buenos Aires, que acredita na mensagem de coexistência entre as três religiões.

Fonte - Gospel Mais

Papa Francisco afirma que Deus vai concluir o milagre “de unificação das Igrejas cristãs”

Em uma mensagem gravada para uma comunidade pentecostal norte americana, o papa Francisco falou sobre a unidade dos cristãos, e afirmou sua vontade de que os cristãos ultrapassem as suas diferenças de modo a se tornar uma única comunidade religiosa.

O vídeo foi gravado de forma amadora, e foi dirigida a um encontro pentecostal nos Estados Unidos, realizado pela igreja dirigida pelo pastor Kenneth Copeland. Durante os cerca de cinco minutos da mensagem, o líder católico falou sobre sua fé de que Deus conclua bem o “processo de unificação das Igrejas cristãs”.

De acordo com o papa Francisco, as divisões entre os cristãos são fruto de um legado de pecado que é comum a todos e recorre à história de José, filho de Jacó, que foi vendido pelos seus irmãos como escravo, e acabou trabalhando para o Faraó, no Egito.

- Eles tinham dinheiro, mas não podiam comer o dinheiro. Foram ao Egito comprar comida, mas encontraram mais que comida, encontraram o irmão. Nós também temos dinheiro, o dinheiro da cultura, o dinheiro da nossa história, tantas riquezas culturais, riquezas religiosas, e temos diversas tradições. Mas temos de nos encontrar como irmãos. Temos de chorar juntos, como fez José. Estas lágrimas unir-nos-ão, as lágrimas do amor – afirmou o papa.

Citando o famoso autor italiano, Manzoni, o papa afirmou que a obra de unidade das igrejas cristãs está nas mãos do Senhor e que aos cristãos resta colaborar e confiar.

- Nunca vi Deus iniciar um milagre que não concluísse bem – afirmou.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ucrânia: Da batalha à guerra de Kiev

Regressaram os confrontos à Praça da Independência, em Kiev, na Ucrânia. Os radicais tentaram tomar o controlo da situação e obrigaram as forças antimotim, que cercavam esta histórica praça, a recuarem.

Um grupo de opositores, usando armas artesanais e escudos improvisados, carregou sobre a polícia e recuperou o controlo do local. O Kiev Post diz que há entre 15 a 50 polícias capturados pelos opositores do regime.

O número de mortos continua a subir. Um fotógrafo da Reuters afirma ter visto 15 civis mortos, esta manhã. A agência francesa, France Press, forneceu um balanço de 25 vítimas mortais, mas o jornal ucraniano, Kiyv Post, referiu já pelo menos 35 mortos.

Uma fonte da presidência dizia ao final da manhã que várias dezenas de pessoas tinham já sido mortas, entre as quais numerosos polícias, sem avançar números.

Esta discrepância de informações dá uma ideia do caos e da situação dramática que se vive na capital ucraniana e pode ser o reflexo daquilo que muito se tem temido: o ponto de viragem em que a batalha de Kiev se esteja a transformar em guerra civil.

A diplomacia tenta um último esforço para evitar o pior. A delegação dos três ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia conseguiu, apesar de tudo, encontrar-se com o presidente Viktor Ianukovich e com os líderes da oposição.

O fim dos encontros é aguardado com grande espetativa mas com otimismo moderado.

Fonte - Euronews

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Trabalho aos domingos

O repouso aos domingos é um preceito de direito divino

São Paulo, 14 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Edson Sampel | 224 visitas

De uns tempos para cá, é comum a abertura do comércio aos domingos nas grandes cidades do país. Na verdade, cada município legisla sobre este tema, podendo ou não autorizar o funcionamento das lojas.

Em São Paulo, boa parte do comércio abre aos domingos. Este procedimento já vem sendo observado há alguns anos, ininterruptamente. Principalmente os shopping centers ficam abarrotados nesses dias. A coisa piora quando se está próximo de uma data comemorativa, como Natal, dia das mães, dia dos pais, dia dos namorados etc.

O bem-aventurado João Paulo II e o papa emérito, Bento XVI, alertaram os católicos a propósito da necessidade de guardar o domingo. Na memorável encíclica Dies Domini, João Paulo II afirma que o domingo (palavra que quer dizer “dia do Senhor”) deve ser dedicado ao culto a Deus, através da participação na missa e também em atividades caritativas, como, por exemplo, visitar um doente, uma família necessitada. Além disso, explica o sumo pontífice, o domingo tem de ser reservado ao legítimo repouso e à recuperação das forças vitais. A doutrina de João Paulo II decerto se baseia no terceiro mandamento do Decálogo: guardar domingos e festas. Bento XVI ratificou este ensinamento, enfocando rapidamente o problema na exortação apostólica Sacramentum Caritatis, na qual assevera a urgência de se resgatar o verdadeiro sentido do domingo para o cristão-católico.

O argumento de que o desemprego exige o trabalho aos domingos é deveras falacioso. Não creio que haja mais postos de trabalho em razão dessa conduta. São os mesmos empregados da semana que se revezam aos domingos.

A guarda do domingo, que consiste principalmente em não trabalhar nesse dia, é um dever de direito divino, e não simplesmente canônico ou humano. “É particularmente urgente no nosso tempo lembrar que o dia do Senhor é também o dia de repouso do trabalho”, ensina Bento XVI ( Sacramentum Caritatis, n.º74).

O domingo é o primeiro dia da semana. Viver intensa e cristãmente o preceito dominical é encarar o resto da semana “segundo o domingo”, para usar uma expressão de santo Inácio de Antioquia (iuxta dominicam viventes), ou seja, os outros dias não serão mais fardo pesado, fastio, mas se transformarão em dádivas divinas, incentivo para a prática do evangelho e nosso coração estará preenchido de alegria imensa.

Fonte - Zenit

Degelo do Ártico abre caminho a perigosa migração microbiana

Cepa do parasita "Sarcocystis pinnipedi", até agora sequestrada no gelo, emergiu causando uma ampla mortalidade em em focas cinzas e outros mamíferos

O acelerado degelo do Ártico, em consequência do aquecimento global, abre caminho a inéditos movimentos migratórios de agentes patogênicos, que representam um risco para os mamíferos marinhos e, potencialmente também, para os seres humanos, alertaram os cientistas.

"Com as mudanças climáticas, percebemos que existe uma possibilidade sem precedentes de que os agentes patogênicos migrem para novos ambientes e causem doenças", disse Michael Grigg, parasitólogo do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

"O gelo é uma enorme barreira ecológica para os patógenos, que ao aumentar as temperaturas no Ártico conseguem sobreviver e acessar novos anfitriões vulneráveis que não desenvolveram imunidade contra estes micróbios e parasitas por não ter ficado expostos anteriormente", disse nesta quinta-feira, durante conferência anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), celebrada em Chicago entre 13 e 17 de fevereiro.

Uma nova cepa do parasita "Sarcocystis pinnipedi", até agora sequestrada no gelo, emergiu recentemente, causando uma ampla mortalidade em em focas cinzas e outros mamíferos ameaçados no Ártico, como leões marinhos, morsas, ursos polares e ursos pardos no Alasca e até no sul da província canadense da Columbia Britânica.

Outro parasita que está comumente nos gatos, chamado "Toxoplasma gondii", foi encontrado em baleias brancas (belugas) em águas do Ártico, algo nunca visto, disse o cientista.

A descoberta, há alguns anos, provocou um alerta sanitário nas populações de esquimós que tradicionalmente comem a carne destas baleias, acrescentou.

"Trata-se de um novo patógeno endêmico no Ártico que matou 406 focas cinzas em bom estado físico no Atlântico Norte em 2012", disse Grigg, indicando que este parasita é inofensivo para os humanos.

Este é o primeiro exemplo de um parasita que migra do norte para o sul, segundo o especialista, que fez uma comparação com a peste negra na Europa da Idade Média, que matou um terço da população que nunca tinha estado exposta ao patógeno.

A toxoplasmose, a infecção causada pelo "Toxoplasma gondii" é a principal causa de cegueira infecciosa em humanos e pode ser fatal para o feto, assim como para as pessoas e animais com um sistema imunológico debilitado.

Este parasita é transmitida principalmente pelo consumo de carne mal cozida ou de água que esteve em contato com solos contaminados com fezes de gato.

"Os mamíferos marinhos podem ser bons sentinelas do ecossistema no Ártico", afirmou Sue Moore, bióloga oceanógrafa da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), na conferência da AAAS.

"Estes animais emitem sinais do que está acontecendo e temos que melhorar a nossa interpretação", disse, destacando que o Ártico perdeu cerca de 75% de seu gelo permanente nos últimos anos.

"Sabemos muito pouco sobre a capacidade das plantas, animais e humanos para responder ao ritmo incrivelmente rápido do aquecimento global", disse Christopher Field, professor de biologia da Universidade de Stanford (Califórnia, oeste).

Segundo o especialista, a velocidade desse ritmo é incomensurável com relação à da maior mudança climática precedente, o esfriamento do planeta registrado há mais de 50 milhões de anos.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O papa da moda

Francisco é o equivalente a um artista que lança um sopro de vida nova em uma empresa que está ruindo, diz colunista do 'NYT'

O Papa João Paulo II foi muitas vezes chamado de uma estrela do rock, mas é o Papa Francisco que acaba de sair na capa da Rolling Stone, como se ele fosse Jagger, Springsteen ou Spears. Para Frank Bruni, articulista do New York Times, o papa está mais “in” do que nunca, e a Igreja, voltando a ter espaço, principalmente entre as gerações mais jovens.

Recentemente, o papa ganhou de presente uma motocicleta Harley Davidson, que ele nunca dirigiu, mas autografou e vendeu em um leilão em Paris por US$ 327 mil (ela foi avaliada entre US$ 16 mil e US$ 22 mil). O dinheiro foi doado a uma instituição de caridade em Roma. Francisco também ganhou uma estátua de si mesmo em tamanho natural toda feita de chocolate. Aparentemente, o comando da Igreja passou das mãos do “Rottweiler de Deus”, como Bento XVI era conhecido, à sua sobremesa.

Bruni diz que de todas as coisas que pensou que poderiam voltar à moda, o papado nunca esteve presente. O colunista cobriu o Vaticano entre 2002 a 2004, e estava convencido de que a morte de João Paulo II era também a morte da instituição, pelo menos nos EUA e boa parte da Europa.

Mas mesmo nos recintos mais ateus do mundo ocidental parece existir empenho em dar ao novo papa o benefício da dúvida. A ONU emitiu na semana passada um relatório sobre a Igreja Católica e sacerdotes envolvidos em acusações de abuso sexual e, em nenhum momento, a cobertura jornalística colocou Francisco na berlinda. Parece haver uma noção implícita de que a confusão é anterior e tem pouco a ver com ele, o que é ridículo: ele tem sido parte da Igreja por um longo tempo, e se ele estivesse lutando pela reforma e transparência todos esses anos, nunca teria subido até o topo.

Francisco não é um renegado. Mas ele é o equivalente a um artista ou a um estrategista político que habilmente lança um sopro de vida nova em uma empresa que está ruindo. O papa está fazendo uma reforma, pedindo menos investimentos em calçados festivos e mais na lavagem dos pés de outras pessoas. Ele não está dizendo para os sacerdotes deixarem de ser padres, mas para não serem tão ríspidos e rígidos.

Ele entende que o tom supera o conteúdo. Os críticos afirmam que a Igreja não mudou seu ensinamento sobre a homossexualidade, a ordenação de mulheres, o celibato ou outra mudança significativa desde que Francisco assumiu o papado. Verdade. Mas o que as pessoas precisam perceber é a diferença entre um sorriso e um dar de ombros. Francisco não vai pedir para a Igreja abrir mão de seus dogmas, mas para respeitar outros, e isso é de extrema importância – e ineditismo. Um papa que diz “quem sou eu para julgar?”, quando tem todo esse poder na mão não se encontra todos os dias.

Fonte - Opinião e Notícia

Os EUA devem controlar a internet?

Após os vazamentos de Edward Snowden, Comissão Europeia lança plano para globalizar várias funções da internet atualmente controladas pelo governo dos EUA

A Comissão Europeia, braço executivo da UE, está aumentando a pressão para reduzir a influência dos EUA sobre a Internet após a descoberta de que o governo americano monitora o tráfego de informações na rede secretamente.

A Comissão irá propor nesta quarta-feira, 12, a adoção de “medidas concretas e factíveis” para globalizar algumas funções essenciais da internet, incluindo a atribuição dos chamados nomes de domínio de nível superior, como “.com” ou “.org “, que permanecem contratualmente ligados ao governo dos EUA, de acordo com um projeto de lei obtido pelo Wall Street Journal.

O órgão europeu deve propor também uma agenda para a internacionalização plena da ICANN, a Corporação da Internet para Nomes e Números, que supervisiona aspectos-chave da infraestrutura da internet, para garantir que todo o tráfego virtual seja direcionado para seu legítimo destinatário, diz a proposta.

“Atividades de vigilância e inteligência de larga escala … levaram a uma perda de confiança na Internet e seu atual sistema de governança”, afirma o documento.

A proposta europeia posiciona o bloco como um mediador importante nas próximas negociações sobre as normas técnicas que regem a internet, preenchendo uma lacuna entre os EUA e países como Rússia e China, que têm pressionado por mais controle de governos sobre a Web.

A proposta também alinha o bloco europeu com o Brasil, que adotou um tom particularmente estridente sobre a governança da internet após reportagens alegando que os EUA espionaram a presidente Dilma Rousseff terem enervado autoridades e cidadãos brasileiros. O Brasil pediu na ONU mais controle internacional sobre a internet e vai hospedar uma conferência importante sobre o futuro da rede em abril.

Fonte - Opinião e Notícia

Com Francisco, para promover diálogo e paz contra as violências e extremismos

O embaixador iraniano junto da Santa Sé, no aniversário da Revolução do 79, recorda a necessidade de uma "diplomacia religiosa" e deseja um encontro entre o Papa e o presidente Hassan Rouhani
Roma, 11 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org) Federico Cenci | 110 visitas

Hoje, no dia do 35 º aniversário da Revolução que levou o Irã a transformar-se de uma monarquia na República Islâmica, o embaixador iraniano junto da Santa Sé, Mohammad Taher Rabbani, encontrou-se com a imprensa italiana para discutir as relações com o Vaticano e outras questões de instante atualidade.

Na breve apresentação do seu país, o embaixador lembrou que durante estes 35 anos o povo iraniano têm demonstrado grande maturidade democrática constantemente indo às urnas: "caso único em todo o Golfo Pérsico". Último testemunho a este respeito foram as eleições presidenciais, que em maio passado levaram ao governo Hassan Rouhani. O rumo tomado pelo novo líder está na linha de um desenvolvimento das relações diplomáticas com os países estrangeiros. Especialmente, com a Santa Sé, o objetivo que se propõe é o de "trabalhar nos campos de interesse comum". Um deles é a resolução da crise da Síria. A este respeito, o embaixador confirmou que a Santa Sé é “um ótimo interlocutor para o Irã”.

"Grande atenção", disse o embaixador, "o povo e os intelectuais iranianos estão tendo com relação ao Papa Francisco, por causa da sensibilidade mostrada pelo Santo Padre pelos indigentes e pelo seu forte sentido de justiça”. Por isso no Irã se alimenta uma grande confiança com relação ao Papa Francisco, “uma personalidade cheia de moralidade e modéstia”, o definiu o embaixador Rabbani. Papa Bergoglio “procura no seu caminho e no seu magistério dar justiça e combater a discriminação entre os povos, substituindo a liberdade e o bem-estar pelo autoritarismo; a paz ,o desenvolvimento e o progresso à guerra e ao derramamento de sangue; a tolerância à violência. Tudo isso em nome do bem-estar do mundo e no respeito pela dignidade humana".

"Em cerca de um ano da minha missão junto da Santa Sé - continuou -, tendo tido a oportunidade de conhecer de perto o Papa Francisco, posso dizer que ele representa um precioso patrimônio de conhecimento e de ciência religiosa no mundo contemporâneo”. O embaixador afirmou portanto que cotidianamente reza pelo Papa Francisco, “para que Deus lhe conceda saúde e longa vida”. O seu desejo, além do mais, é que “em um circunstância favorável se possa programar um encontro entre o Santo Padre o presidente iraniano Hassan Rouhani”.

Além disso, no quadro de uma assim chamada "diplomacia religiosa", o Irã de Rouhani tem todo o interesse de reforçar ainda mais as relações com a Santa Sé. Os dois Estados, explicou o embaixador, “podem planejar um programa mundial contra a violência e o extremismo, a fim de fazer prevalecer o diálogo e a paz”. A “diplomacia religiosa”, esclareceu em seguida, “se inspira nos ensinamentos das religiões monoteístas para ter sempre aberto o canal da esperança”. O mundo contemporâneo, que, na opinião do embaixador está passando por "condições muito críticas”, tem necessidade deste tipo de diplomacia. O embaixador recordou que uma demonstração prática deste modus operandi a nível diplomático “houve no passado mês de novembro, quando se chegou ao acordo entre o Irã e os Países do grupo 5+1”. Em um arco mais longo, com a boa vontade", outros resultados nesse sentido poderão ocorrer, graças ao apoio divino”.

Falando sobre a situação dos cristãos na República Islâmica do Irã, o embaixador disse que "com base nos artigos 12 e 13 da Constituição iraniana, todas as minorias religiosas têm certos direitos; a liberdade de culto nos edifícios religiosos, a liberdade de associação, a possibilidade de ser julgados de acordo com as suas normas religiosas”. O embaixador lembrou que no Irã há cinco arcebispos e que os cristãos têm dois representantes (um da Igreja caldéia e outro da comunidade Armênia) dentro do Parlamento iraniano.

Por fim, o embaixador explicou que neste momento no Irã está se construindo a Carta de cidadania, “que Rouhani falou em campanha eleitoral, na qual se consagram de modo claro os direitos de todas as minorias”.

Eventos Finais #1

VI então o terceiro anjo. (Apoc. 14:9-11.) Disse meu anjo acompanhante: "Terrível é sua obra. Tremenda sua missão. Ele é o anjo que deve separar o trigo do joio, e selar, ou atar, o trigo para o celeiro celestial. Essas coisas devem absorver toda a mente, a atenção toda."
Primeiros Escritos, pág. 118 - EF, 14

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"Eventos Finais" - Pr. Samuel Ramos

Papa Francisco retoma controle da Igreja em todas as frentes

Um ano depois da renúncia de Bento XVI, o Papa Francisco abriu várias frentes para reformar a Igreja, imprimiu ao papado um novo estilo, mais próximo, e segue de perto o que ocorre no mundo.

A imagem do Vaticano se deteriorou muito pelos escândalos de pedofilia e por diversas polêmicas, mas isso está mudando graças à popularidade do Papa argentino, inclusive entre os que não são fiéis.

No dia 13 de março, o arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, foi eleito com dois objetivos claros: reformar as estruturas da Igreja, sobretudo o governo central - a chamada Cúria romana -, e impulsionar o caráter missionário em uma época de forte secularização.

Francisco dá prioridade ao segundo ponto. "Para ele, o que realmente importa é que o Evangelho seja levado a cada pessoa, independentemente de sua situação concreta: o que se chama misericórdia, abertura incondicional", explica à AFP o padre Antonio Spadaro, diretor da revista jesuíta Civilta Cattolica.

A revolução levada adiante por ele é, sobretudo, de gestos. Lavando os pés de presos muçulmanos, beijando pessoas com deficiência física, afirmando que não é ninguém para julgar os homossexuais, o Papa comoveu a opinião pública. E também voltou suas críticas aos clérigos "carreiristas" ou "mundanos".

Telefona, escreve, usa o Twitter

Francisco não permanece passivo diante dos acontecimentos no mundo. Diante de uma inundação, um drama familiar ou uma catástrofe, telefona, quando não escreve ou tuíta. O Papa, com sua espontaneidade, é um grande comunicador, e foi designado "homem do ano" por várias revistas.

Faz isso sem se esquecer de seu objetivo mais importante: reformar a Igreja. Em um primeiro momento mostrou-se prudente e não fez grandes mudanças no organograma de seu antecessor. Mas quando se sentiu mais seguro começaram a chegar as nomeações e as destituições com a intenção de afastar os responsáveis por intrigas e os corruptos.

Em sua residência de Santa Marta realiza reuniões, nomeia comissões para refletir sobre a reforma do banco ou da administração vaticana e ordena auditorias. E, sobretudo, designou um "G8", um conselho consultivo de oito cardeais dos cinco continentes para assessorá-lo durante vários anos.

Francisco é um "general" jesuíta, determinado, exigente, às vezes com pouco tato. A Cúria, outrora todo-poderosa, algumas vezes se sente maltratada. É possível sentir no ar um certo desconforto.

Decide sozinho. Sua primeira eleição de novos cardeais foi muito pessoal, com preferência por "homens terrenos", às vezes desconhecidos, em detrimento dos príncipes da Cúria.

Uma de suas metas para a Igreja do futuro é a aplicação dos princípios de colegialidade, que se baseia na consulta regular dos bispos, e da subsidiariedade, que faz com que não seja necessário que tudo chegue a Roma.

Mas manteve intacta a doutrina nos temas quentes, como o aborto, a eutanásia, o casamento entre homossexuais ou as mudanças bioéticas. Este Papa, que não pode ser classificado de progressista ou de conservador, também se opõe à ordenação de mulheres.

Para Francisco, a família é o ponto central de sua ação e por isso convocou um consistório para fevereiro e dois sínodos. Parece consciente da necessidade de fornecer respostas a realidades concretas dos cristãos, como os divorciados, as mães solteiras e os homossexuais.

Seu compromisso em nível social e humanitário é impressionante. Seu lema é "uma Igreja pobre e para os pobres" e, em nome dela, trava uma guerra contra o gasto excessivo de dinheiro, o tráfico e a exploração. Denuncia a "cultura do desperdício" que marginaliza os imigrantes clandestinos, os idosos e os mais frágeis.

Também não fica calado quando se trata de política externa. "Seu discurso contra uma intervenção estrangeira na Síria significou o retorno" da Santa Sé ao cenário internacional, afirmou à AFP um embaixador da Ásia.

Fonte - UOL

Conversações Santa Sé-Palestina: satisfação pelos progressos sobre Acordo Global

Cidade do Vaticano (RV) – A Comissão Bilateral entre a Santa Sé e o Estado da Palestina – que é responsável pela finalização do texto de um Acordo Global sucessivo ao Acordo de Base assinado em 15 de fevereiro de 2000 -, concluiu em 6 de fevereiro uma Sessão Plenária no Quartel Geral da OLP, em Ramallah, com o objetivo de revisar e aprovar o trabalho desenvolvido a nível de grupo técnico conjunto, após a última Plenária realizada no Vaticano em 26 de setembro de 2013.

Os colóquios – desenvolvidos numa atmosfera cordial e construtiva - foram coordenados pelo Membro do Comitê Executivo da OLP e Chefe do Alto Comitê Presidencial para os Assuntos Eclesiástico do Estado da Palestina, Hanna Amireh, e por Dom Antoine Camilleri, Sub-Secretário para as Relações da Santa Sé com os Estados.

Tratando dos temas já examinados a nível técnico, a Comissão ressaltou com grande satisfação o progresso realizado na elaboração do esboço final do texto do Acordo, que trata dos aspectos essenciais da vida e da atividade da Igreja Católica na Palestina. As duas partes concordaram em continuar os esforços para completar os procedimentos internos e constitucionais em vista da assinatura do Acordo. A parte Palestina expressou desde já as boas-vindas a Sua santidade o Papa Francisco, por ocasião da sua visita a Terra Santa.

A delegação da Santa Sé era formada por Dom Antoine Camilleri, Sub-Secretário para as Relações com os Estados; Dom Giuseppe Lazzarotto, Delegado Apostólico em Jerusalém e Palestina; Dom Antonio Franco, ex-Delegado Apostolico em Jerusalém e Palestina; Dom Maurizio Malvestiti, Sub-Secretário da Congregação para as Igrejas Orientais; Dom Alberto Ortega, Oficial da Secretaria de Estado, Seção para as Relações com os Estados; Dom Matteo De Mori, Conselheiro da Delegação Apostólica em Jerusalém e Palestina; Pe. Emil Salayta, Vigário Judicial do Patriarcado Latino di Jerusalém; Pe. Ibrahim Faltas, Administrador Geral da Custodia da Terra Santa e Pe. Pietro Felet, Secretario Geral da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa.

A Delegação Palestina era composta, por sua vez, por Hanna Amireh, Membro do Comitê Executivo da OLP e Chefe do Alto Comitê Presidencial para os Assuntos Eclesiásticos do Estado da Palestina, Sr. Ziad Bandak, Ministro, Conselheiro do Presidente, Membro do Comitê Presidencial para os Assuntos Eclesiásticos; Sr. Bernard Sabella, Membro do Conselho Legislativo Palestino; Emb. Rawan Sulaiman, Ministro Adjunto dos Assuntos Exteriores e para Assuntos Multilaterais; Emb. Issa Kassissieh, Rapresentante do Estado da Palestina junto à Santa Sé; Sig. Ammar Hijazi, Vice-Ministro Adjunto dos Assuntos Exteriores e Sr. Azem Bishara, Conselheiro Jurídico da OLP.

Fonte - Rádio Vaticano

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Papa Francisco: É muito importante ir à Missa aos domingos e receber a Eucaristia que é fonte da vida

VATICANO, 05 Fev. 14 / 02:03 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua catequese na manhã de hoje na Praça de São Pedro a qual assistiram milhares de fiéis apesar do intenso frio e da chuva que há vários dias cai em Roma, o Papa Francisco explicou a importância vital da Eucaristia para todo fiel, que deve ser recebida aos domingos na missa, porque é o coração e a fonte da vida da Igreja.

A seguir a íntegra da catequese do Santo Padre:

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje falarei a vocês da Eucaristia. A Eucaristia coloca-se no coração da “iniciação cristã”, junto ao Batismo e à Confirmação, e constitui a fonte da própria vida da Igreja. Deste Sacramento de amor, de fato, nasce cada autêntico caminho de fé, de comunhão e de testemunho.

Aquilo que vemos quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, a Missa, já nos faz intuir o que estamos para viver. No centro do espaço destinado à celebração encontra-se um altar, que é uma mesa, coberta por uma toalha e isto nos faz pensar em um banquete. Na mesa há uma cruz, a indicar que sobre aquele altar se oferece o sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual que ali se recebe, sob os sinais do pão e do vinho. Ao lado da mesa há o ambão, isso é, o lugar a partir do qual se proclama a Palavra de Deus: e isto indica que ali nós nos reunimos para escutar o Senhor que fala mediante as Sagradas Escrituras, e então o alimento que se recebe é também a sua Palavra.

Palavra e Pão na Missa tornam-se um só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus, todos os sinais que havia feito, condensaram-se no gesto de partir o pão e de oferecer o cálice, antes do sacrifício da cruz, e naquelas palavras: “Tomai, comei, isto é o meu corpo…Tomai, bebei, isto é o seu sangue”.

O gesto de Jesus cumprido na Última Ceia é o extremo agradecimento ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia. “Agradecimento” em grego se diz “eucaristia”. E por isto o Sacramento se chama Eucaristia: é o supremo agradecimento ao Pai, que nos amou tanto a ponto de dar-nos o seu Filho por amor. Eis porque o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é gesto de Deus e do homem junto, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Então a celebração eucarística é bem mais que um simples banquete: é propriamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério central da salvação. “Memorial” não significa somente uma recordação, uma simples recordação, mas quer dizer que cada vez que celebramos este Sacramento participamos do mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo.

A Eucaristia é o ápice da ação da salvação de Deus: O Senhor Jesus, se fez pão partido por nós, derrama sobre nós toda a sua misericórdia e seu amor, e assim renova o nosso coração, a nossa existência e a maneira como nos relacionamos com Ele e com os irmãos.

É por isto que sempre, quando nos aproximamos deste sacramento, se diz de: “Receber a Comunhão”, de “fazer a Comunhão”: isto significa que o poder do Espírito Santo, a participação na mesa eucarística se conforma de modo profundo e único a Cristo, nos fazendo experimentar já a plena comunhão com o Pai que caracterizará o banquete celeste, onde com todos os Santos teremos a alegria de contemplar Deus face a face.

Queridos amigos, nunca conseguiremos agradecer ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia! É um grande dom e por isto é tão importante ir à Missa aos domingos.

Ir à missa não somente para rezar, mas para receber a Comunhão, este pão que é o Corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos perdoa, nos une ao Pai. É muito bom fazer isto! E todos os domingos, vamos à Missa porque é o próprio dia da ressurreição do Senhor. Por isto, o domingo é tão importante para nós.

E com a Eucaristia sentimos esta pertença à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus Cristo. Nunca terminará em nós o seu valor e a sua riqueza. Por isto, pedimos que este Sacramento possa continuar a manter viva na Igreja a sua presença e a moldar as nossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o coração do Pai. E isto se faz durante toda a vida, mas tudo começa no dia da primeira comunhão.

É importante que as crianças se preparem bem para a primeira comunhão e que todas as crianças a façam, porque é o primeiro passo desta forte adesão a Cristo, depois do Batismo e da Crisma. Obrigado.

Fonte - ACI Digital

Nota DDP: Como recentemente comentado neste espaço, por ocasião das recentes manifestações do papa sobre a questão do ecumenismo e a intenção de avanço desse movimento para a celebração eucarística unificada entre os cristãos em seus diversos ramos, sonho do vaticano escancarado através dos últimos pontificados, caracteriza-se mais uma vez de forma absolutamente clara a intrínseca relação entre eucaristia e guarda do domingo. Quando os grupos atraídos por esse discurso de 'união' se derem conta do real pano de fundo que os aguarda, será tarde demais...

A Rainha Elizabeth II da Inglaterra visitará o papa Francisco no Vaticano

VATICANO, 05 Fev. 14 / 09:29 am (ACI/EWTN Noticias).- O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, confirmou ontem que o Papa Francisco receberá à Rainha Elizabeth II da Inglaterra no dia 3 de abril no Vaticano.

Faz alguns meses, o Palácio de Buckingham anunciou que a rainha visitaria o Vaticano em 2013, mas a viagem foi adiada para uma data prévia a 21 de abril de 2014, dia no qual a soberana inglesa faz 88 anos de idade.

A Rainha chegará ao Vaticano acompanhada pelo seu marido, o duque de Edimburgo e terá uma audiência privada no Palácio Apostólico do Vaticano com o Papa Francisco, conforme anunciou nesta terça-feira a coroa britânica. A viagem da rainha a Roma responde a um convite do presidente italiano, Giorgio Napolitano, com quem a monarca terá um almoço em privado esse mesmo dia.

Passaram 14 anos desde que Elizabeth II visitou por última vez o Vaticano em 17 de outubro de 2000, ocasião na qual foi acolhida em audiência privada pelo Beato João Paulo II.

A boa relação da coroa inglesa com o Vaticano também continuou durante o pontificado de Bento XVI, embora desta vez, o cenário do encontro entre ambos os líderes religiosos foi no Palácio Real de Holy Rood (Edimburgo), no dia 16 de setembro de 2010. A Rainha da Inglaterra recebeu o Bispo Emérito de Roma, com motivo de sua visita pastoral a seu país.

Além disso, a visita de Elizabeth II ao Vaticano se reveste de uma especial importância porque ela é a cabeça da Igreja Anglicana, fundada cismaticamente pelo rei Henrique VIII em 1534, depois de que o Papa Clemente VII se declarasse contrário a dar a nulidade de seu casamento com a rainha Catarina de Aragón.

Anteriormente, a rainha da Inglaterra visitou o Vaticano até em três ocasiões. No ano 1980 visitou a João Paulo II. Em 1961 foi recebida pelo Papa João XXIII, e sua primeira visita foi com o Papa Pio XII em 1951, quando ainda era princesa.

O reinado de Elizabeth II faz 62 este ano, no dia 6 de fevereiro e é o segundo mais longo da história britânica, foi superado apenas pelo de sua tataravó Vitória, que reinou durante 63 anos e 7 meses.

Por outro lado, o Papa Francisco já recebeu no dia 14 de junho de 2013 o arcebispo de Canterbury e primado da Igreja Anglicana, Justin Welby, rezaram juntos como sinal de unidade entre os cristãos.

Fonte - ACI Digital

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

É o coração versus a Bíblia

Recentemente, entrevistei uma estudante sueca de 26 anos a respeito de suas ideias sobre a vida. Perguntei se ela acreditava em Deus ou em alguma religião. “Não, isso é tolice”, ela respondeu. “Então como você sabe o que é certo e o que é errado?” perguntei. “Meu coração me diz”, ela replicou. Em poucas palavras, essa é a principal razão para a grande divergência que há na América, e também entre a América e boa parte da Europa. A maioria das pessoas usa o seu coração – incitado por seus olhos – para determinar o que é certo e o que é errado. Uma minoria usa sua mente e/ou a Bíblia para fazer essa determinação. Escolha quase qualquer assunto e essas duas maneiras opostas de determinar certo e errado se tornam evidentes. Aqui vão três exemplos.

Casamento entre pessoas do mesmo sexo: o coração favorece essa ideia. É preciso ter um coração endurecido para não ser comovido quando se veem muitos casais adoráveis do mesmo sexo que querem comprometer suas vidas mutuamente em casamento. O olho vê os casais; o coração se comove para redefinir o casamento.

Direitos dos animais: o coração os favorece. É difícil encontrar uma pessoa, por exemplo, cujo coração não se comova ao ver um animal sendo usado para pesquisas médicas. O olho vê o animal fofinho; o coração então equipara a vida animal e a vida humana.

Aborto: Como se pode olhar para uma menina de 18 anos, que teve relações sem proteção, e não ficar comovido? Que tipo de pessoa sem coração vai lhe dizer que ela não deveria abortar e que deveria dar à luz?

Os olhos e o coração formam uma força extraordinariamente poderosa. Eles só podem ser superados, na formulação de políticas, por uma mente e um sistema de valores que sejam mais fortes do que a dupla coração-olho.

Com o declínio das religiões judaico-cristãs, o coração, moldado pelo que o olho vê (aqui está o poder da televisão), tornou-se a fonte das decisões morais das pessoas. Esse é um problema potencialmente fatal para nossa civilização. O coração pode ser muito belo, entretanto, não é nem intelectualmente nem moralmente profundo.

Portanto, é assustador que centenas de milhares de pessoas não vejam problema algum em admitir que seu coração seja a fonte dos seus valores. Seu coração sabe mais do que milhares de anos de sabedoria acumulada; sabe mais do que religiões moldadas pelos melhores pensadores de nossa civilização (e, para o crente, moldadas por Deus); e sabe mais do que o livro que guiou nossa sociedade – dos Fundadores de nossa singularmente bem-sucedida sociedade, passando pelos militantes contra a escravidão e chegando até ao Rev. Martin Luther King Jr. e à maioria dos líderes da luta pela igualdade racial.

Essa exaltação do próprio coração vai bem além da autoconfiança – é a autodeificação. Uma das primeiras coisas que se aprende no judaísmo e no cristianismo é que os olhos e o coração são geralmente terríveis guias no que diz respeito ao bom e ao santo. “Não se prostituam nem sigam as inclinações do seu coração e dos seus olhos” (Números 15:39); “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa...” (Jeremias 17:9).

Os apoiadores do casamento do mesmo sexo veem o adorável casal homossexual e, portanto, não se interessam pelos efeitos das mudanças no casamento e na família sobre as crianças que não veem. E, como têm veneração pelos seus corações, o ideal bíblico de amor entre homem e mulher, casamento e família não têm importância nenhuma para eles.

Os corações dos defensores dos direitos dos animais estão profundamente comovidos pelos animais que veem submetidos aos experimentos, mas não pelos milhões de pessoas que não veem que vão sofrer e morrer se pararmos com esses experimentos.

Da mesma forma, os corações das pessoas que apoiam a Peta (People for the Ethical Treatment of Animals, Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais) estão tão comovidos pela condição dos frangos abatidos que a organização tem uma campanha intitulada “Holocausto no seu prato”, que compara o abate de galinhas com o massacre dos judeus pelos nazistas. [Uma coisa é triste, a outra é terrivelmente absurda. Mas é bom que se diga que são cometidos muitos excessos nas pesquisas com animais e crueldades desnecessárias são praticadas contra seres indefesos. Há que se ponderar esse ponto.]

Por 25 anos tenho perguntado a graduandos do ensino médio em toda a América se salvariam seu cão ou uma pessoa desconhecida, caso ambos estivessem se afogando. A maioria tem quase sempre votado contra a pessoa. Por quê? Porque, dizem sem hesitar, eles amam seu cão, não o estranho. Uma geração inteira foi criada sem referência a nenhum código moral acima dos sentimentos do seu coração. Não sabem, e não se importariam se soubessem, que a Bíblia ensina que os seres humanos, não os animais, foram criados à imagem de Deus.

Da mesma forma, aqueles que não conseguem chamar nenhum aborto de imoral estão comovidos pelo que veem – a mulher desolada que quer um aborto, não pelo feto humano que não veem. É por isso que os grupos pró-direitos abortivos são tão contra mostrar fotografias de fetos abortados – imagens assim podem comover o olho e o coração dos espectadores de maneira a julgar de outro modo a moralidade de muitos abortos.


É inegável que muitas pessoas usaram suas mentes e muitos usaram a Bíblia de maneiras que conduziram ao mal. E algumas dessas pessoas de fato não tinham coração. Mas nenhuma das grandes crueldades do século 20 – o Gulag, Auschwitz, Camboja, Coreia do Norte, a Revolução Cultural de Mao – veio daqueles que obtiveram seus valores da Bíblia. E o maior mal deste século 21, ainda que baseado numa religião, também não veio da Bíblia.

Enquanto isso, a combinação de mente, valores judaico-cristãos e coração produziu, ao longo dos séculos, o sucesso singular conhecido como América. Estribar-se no coração vai destruir essa diligente conquista em uma geração.

(Dennis Prager, Mídia Sem Máscara)

Nota Michelson Borges: Infelizmente, esses ventos pós-modernos e pós-cristãos têm afetado também um grupo de pessoas que antes era conhecido como “o povo da Bíblia”. Para quase qualquer dúvida ou dilema, eles abriam as Escrituras Sagradas em busca de respostas, pois criam serem elas a Verdade absoluta. Era um grupo de pessoas praticamente imbatível em qualquer discussão religiosa/teológica, pois o conhecimento que tinha da Palavra o colocava numa posição privilegiada (e não que os debates fossem o objetivo dessas pessoas; o sucesso neles apenas consequência de um estudo sistemático, contextualizado, profundo e apaixonado da Bíblia). Mas o relativismo bateu tanto à porta e a Palavra permaneceu por tanto tempo negligenciada (afinal, absorvido em suas ocupações seculares e em seu estilo de vida digitalmente frenético, pouco tempo lhe sobrava para estudar a Carta de Deus), que a dúvida e, pior, a indiferença começaram a contagiar um aqui, outro ali, numa triste reação em cadeia. Quer exemplos claros dessa “onda” em nossos arraiais? Tente falar sobre o uso exagerado da percussão ou da inapropriação de estilos como o rock no louvor... Haverá instantaneamente uma polarização, com muitos “eu acho”, “eu sinto que”, “eu gosto”, etc., e muitos poucos citando a Revelação – porque não a conhecem ou porque colocam sua opinião acima dela. Experimente falar da inadequação para os cristãos de ambientes como o cinema... Outra luta de “eu acho”, “nada a ver” e expressões afins terá início. Ou então tente falar sobre reforma de saúde, vegetarianismo, Coca-Cola, café, chimarrão... Outra confusão. O artigo acima, de Dennis Prager, acaba sendo um diagnóstico do cristianismo moderno – e os adventistas não estão imunes a essa doença. Muitos entre nós estão seguindo o coração (seus conceitos, preconceitos e sentimentos) em detrimento da clara Revelação de Deus. Preferem seguir as tendências em lugar dos mandamentos, e chegam a acusar de “fanáticos” aqueles que tentam se pautar pelas orientações divinas (e não quero dizer com isso que não existam os fanáticos). Aos poucos, uma clara polarização vai se formando: de um lado, ficarão aqueles que só ouvem o coração e seguem as tendências; de outro, aqueles que desconfiam do coração (sentimentos) e se pautam pela Revelação. De que lado estaremos? Creio que a sacudidura e o reavivamento já começaram. Nosso futuro dependerá da decisão que tomarmos hoje.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

European Sunday Alliance pressiona domingo sem trabalho na UE

A European Sunday Alliance é uma coligação de forças europeias, que integra entidades religiosas, sindicatos, associações cívicas e membros do Parlamento Europeu, que, nos últimos anos, tem tentado sem sucesso agendar a discussão e a votação de legislação ao nível europeu, no sentido de transformar o domingo num dia sem trabalho, ou seja, de descanso obrigatório.

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem estado atenta e demonstrado a sua preocupação com as consequências deste tipo de legislação sobre as minorias religiosas, neste caso aquelas que têm outros dias de descanso e de observância religiosa que não o domingo. No passado recente, tendo contactado os deputados portugueses ao Parlamento Europeu, a Igreja Adventista do Sétimo Dia viu ser-lhe respondido que o princípio vigente na União Europeia quanto a horários de trabalho é o da subsidiariedade, pelo que tal seria competência dos Estados e não da União Europeia, bem como que existem decisões judiciais ao nível europeu que se sobrepõem, por não considerarem provado ser o domingo um dia diferente ou melhor do que qualquer outro para o descanso religioso, à promoção desses projetos legislativos. A própria instituição que promove esta ação é praticamente desconhecida ou tem pouca relevância no nosso país e esta Conferência não contou com a presença de deputados portugueses.

No entanto, no momento de crise que vivemos e com a atenção redobrada que as questões de família e sociedade têm no espaço europeu, um impulso recente tem sido sentido quanto a esta questão, em especial pela aproximação das eleições para o Parlamento Europeu. Esse impulso faz-se sentir particularmente em países do Centro da Europa, países em que, inclusivamente, existem já grandes limitações à atividade laboral e comercial ao domingo.

Em Portugal, dando seguimento ao que tem vindo a ser feito, a União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia continuará a sensibilizar as autoridades nacionais sobre a necessidade de respeitar os superiores e fundacionais direitos humanos, em que se inclui o direito de liberdade de consciência, culto e religião, que, no caso adventista do sétimo dia, pressupõe como crucial o direito de descanso e adoração no dia de Sábado. Estamos, neste momento e na sequência da notícia da realização desta conferência e o compromisso dela saído, a considerar a possibilidade de, novamente, nos dirigirmos institucionalmente aos presentes e/ou futuros deputados portugueses ao Parlamento Europeu.

Abaixo fica a tradução da nota de imprensa do Dr. Liviu Olteanu, Diretor do Departamento de Liberdade Religiosa e Assuntos Públicos da Divisão Inter-Europeia, que esteve presente na Conferência referida.

Que possamos viver os tempos que se nos apresentam tendo presentes as inspiradas palavras de Paulo: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.”

Domingos sem trabalho para os cidadãos da UE

Comunicado de Imprensa sobre as aspirações à criação de uma lei dominical pela UE
Bruxelas, 21 de janeiro de 2014.
Liviu Olteanu
Diretor de Liberdade Religiosa e Assuntos Públicos da EUD

A Aliança Europeia para o Domingo (European Sunday Alliance) , juntamente com alguns membros do Parlamento Europeu, promoveu neste Parlamento, em Bruxelas, no dia 21 de janeiro, a Segunda Conferência destinada a enfatizar a importância de um domingo sem trabalho. Cerca de 120 participantes, vindos de muitos países da UE, sublinharam a importância de se estabelecer um domingo sem trabalho em todo o território da UE.

O mote oficial da Conferência foi: “Domingos sem trabalho e trabalho decente na UE. O que podem os membros do Parlamento Europeu fazer para promoverem esta ideia?” A atenção focou-se nos aspetos do equilíbrio entre a vida, por um lado, e o trabalho e a coesão social, por outro, de modo a “termos o tempo livre determinado por lei ao mesmo tempo”. Toda esta campanha está baseada, segundo as intervenções dos participantes, na “proteção da saúde dos cidadãos da UE”, na promoção de “horários de trabalho decentes”, “no respeito pela família e pela vida privada” e no desejo de “vivermos a vida juntos”.

A Aliança Europeia para o Domingo (AED) é uma rede de: (a) Alianças Nacionais para o Domingo de vários países europeus (A Áustria e a Alemanha são os principais fundadores da AED; recentemente outras organizações e Igrejas começaram a envolver-se, provenientes de países como a Eslováquia, a Itália, a Espanha, a Bélgica, a Polónia, a Suíça, a República Checa, a Eslovénia, a Holanda, a Roménia, a Estónia, a França, a Grécia, a Hungria, o Reino Unidos, etc); (b) Comunidades religiosas (Igreja Católica, diferentes Igrejas Protestantes e Ortodoxas, e outras); (c) Sindicatos; (d) Organizações da sociedade civil; (e) Alguns membros do Parlamento Europeu muito empenhados em alcançar este objetivo.

Liviu Olteanu, diretor do Departamento de Assuntos Públicos e Liberdade Religiosa da Divisão Inter-Europeia, que esteve presente na Conferência da Aliança Europeia para o Domingo, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, fez notar que a iniciativa suscita algumas preocupações. A questão do repouso ao domingo é altamente sensível e pode afetar certas minorias religiosas, incluindo a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Liviu Olteanu afirmou que, antes da Conferência por um “domingo sem trabalho” ter terminado, muitos membros do Parlamento Europeu assinaram, de modo público e oficial, o seu compromisso preparado pela Aliança Europeia para o Domingo e designado “Compromisso a favor de um domingo sem trabalho e de trabalho decente a estabelecer antes das eleições europeias de 2014”.

No começo do documento estava escrito: “Um domingo sem trabalho e horários laborais decentes são de suprema importância para os cidadãos e os trabalhadores espalhados por toda a Europa e não estão necessariamente em conflito com a competitividade económica. Especialmente na presente época de crise sócio-económica, a adoção de legislação que alargue os horários laborais até abrangerem as horas noturnas, os feriados e os domingos tem consequências diretas para a capacidade de trabalho dos empregados e para as pequenas e médias empresas. A competitividade exige inovação, a inovação exige criatividade e a criatividade exige recreação!

O Compromisso proposto pela Aliança Europeia para o Domingo afirma o seguinte: “Enquanto membro atual ou futuro do Parlamento Europeu, eu comprometo-me a (1) assegurar que toda a legislação relevante da UE respeita e promove a proteção de um dia semanal comum de repouso para todos os cidadãos da UE, que será, em princípio, o domingo, de modo a proteger a saúde dos trabalhadores e a promover um melhor equilíbrio entre a vida da família e a vida privada, por um lado, e o trabalho, por outro lado; (2) promover legislação na UE que garanta padrões de horário laboral sustentáveis, baseados no princípio da promoção de trabalho decente que beneficie a sociedade, bem como a economia no seu todo.

Foi também estabelecido que o dia 3 de março de 2014 passe a ser o Dia Internacional do Domingo Sem Trabalho.
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Paulo Sérgio Macedo (Departamento de Liberdade Religiosa e Assuntos Públicos) | Ad7news

Obama se impressiona com mensagem de fraternidade do Papa

O presidente americano, Barack Obama, expressou sua admiração pelo Papa Francisco, por promover "um verdadeiro sentimento de fraternidade e respeito por aqueles menos afortunados", em uma entrevista transmitida nesta sexta-feira.

"Fiquei realmente impressionado com a forma com que tem comunicado o que eu acredito ser a essência da fé cristã", disse Obama à CNN sobre o pontífice, muito elogiado por ter mudado a imagem da Igreja Católica Romana desde sua nomeação no ano passado.

O presidente dos Estados Unidos, que visitará o Vaticano em março, declarou que não acredita que Francisco está agindo para conquistar uma aprovação generalizada.

Em vez disso, "acredito que ele tem refletido muito sobre sua fé e sobre o que precisa fazer para garantir que as pessoas, e não apenas aqueles que professam a fé católica, mas todos - vivam segundo a mensagem que ele pensa estar de acordo com os ensinamentos de Jesus Cristo", insistiu Obama.

"Eu estou ansioso para esta reunião", disse sobre o encontro com o Papa agendado para 27 de março.

Obama fez da crescente desigualdade e dos problemas da classe média nos Estados Unidos os principais temas de seu segundo mandato.

Em um discurso em dezembro, Obama elogiou o argumento apresentado pelo Papa Francisco, o primeiro pontífice não-europeu em quase 1.300 anos, sobre o aumento da desigualdade em sociedades divididas entre os muito pobres e os super-ricos.

"Como pode ser, não virar notícia quando um velho morre sem-teto ao ar livre, mas é notícia quando o mercado acionário perde dois pontos?".

Francisco argumentou em seu apelo que estes valores em conflito são um "exemplo da exclusão" em uma sociedade desigual.

Em outubro, o presidente disse à CNBC que estava "imensamente impressionado" com a humildade do Papa e sua empatia com os pobres.

Obama visitou pela última vez o Vaticano em 2009, quando se encontrou com o Papa Bento XVII .

Fonte - Yahoo
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