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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Papa pede nova ordem social e lamenta sistema vigente

O Papa Francisco pediu nesta quarta-feira às autoridades de todo o mundo que se comprometam a criar "uma nova ordem social para quebrar o círculo vicioso da família e da pobreza" que afeta muitos países.

Ao fazer o pedido durante a audiência geral de quarta-feira na Praça de São Pedro, o Papa lamentou o sistema econômico vigente que "se especializou no gozo dos bens individuais, e que explora amplamente os laços familiares."

O pontífice falou aos milhares de peregrinos que participaram da audiência sobre a pobreza que assola muitas famílias "nas periferias das grandes cidades e em algumas áreas rurais", onde "é exacerbada pela guerra, mãe de todas as pobrezas, predatória de vidas, almas e afetos mais queridos", acrescentou.

"A pobreza coloca à prova a família e a torna mais vulnerável", disse ele.

"Muitas famílias tentam viver com dignidade, contando com a bênção de Deus, tornando-se assim uma verdadeira escola de humanidade para salvar a sociedade da barbárie", reconheceu.

"Mas este reconhecimento não dispensa-nos de nossa obrigação de assegurar, através de oração e ação, que não falte a ninguém pão, trabalho, educação e saúde", insistiu.

"A Igreja mãe não deve nunca se esquecer deste drama de seus filhos. Ela também é chamada a ser pobre, praticando a simplicidade em suas vidas, para que se torne fértil e capaz de responder a tal miséria", disse ele.

"Peço a Deus que sustente as famílias submetidas à prova da pobreza, para que elas possam permanecer no mundo sendo lugar de acolhida e escola de verdadeira humanidade. Que Deus os abençoe", concluiu.

Fonte - Exame

domingo, 19 de abril de 2015

Vaticano se alinha com a ONU sobre governança mundial


Vaticano se alinha com a ONU sobre "governança mundial"#Vaticano #ONU #NOMhttp://www.wnd.com/2015/04/author-vatican-aligns-with-u-n-on-world-governance/

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 27 de março de 2014

Crise na Crimeia pode originar nova ordem mundial?

O G7 está de volta depois que os países mais industrializados do mundo, agrupados no chamado G8, decidiram excluir a Rússia na última segunda-feira. Sob a liderança do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, os presidentes do grupo - que também inclui Alemanha, Canadá, França, Japão, Itália e Reino Unido - se reuniram em Haia, na Holanda, sem a delegação russa, em represália à anexação da Crimeia por Moscou. O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, assegurou que a decisão é uma “grande tragédia” para seu país. Os acontecimentos na Ucrânia mudaram profundamente as percepções ocidentais em relação à Rússia, e é muito difícil imaginar uma volta rápida à normalidade. Ao chegar à Holanda para a reunião, Obama disse que os EUA e a Europa haviam se unido na imposição de sanções que trariam “consequências significativas para a economia russa”.

O ex-embaixador da ONU em Moscou, Michael McFaul, escreveu que o presidente russo, Vladimir Putin, “se aproveita do embate com o Ocidente... (e) mudou sua estratégia”. Mesmo assim, o ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, disse no Twitter que o prognóstico sombrio de McFaul subestima o problema já que o presidente russo estava “se baseando em ideias ortodoxas profundamente conservadoras”. Quando os responsáveis pelas boas relações entre Oriente e Ocidente falam dessa forma, não é um bom sinal.

Será que isso é uma segunda Guerra Fria ou apenas um reajuste na política mundial? A resposta dependerá em boa parte das decisões que serão tomadas nos próximos dias: uma invasão do leste da Ucrânia poderia gerar uma grande guerra, mas a consolidação da mão firme russa na Crimeia, com ações secretas de apoio a grupos militares russos em Donetsk ou Jarkov, criaria um dilema ainda mais difícil para os governos ocidentais.

Mesmo assim, como o Kremlin parece não ter intenção de mudar de posição quanto à Crimeia e abriu a possibilidade de uma intervenção para apoiar os russos na Moldávia ou nas repúblicas do mar Báltico (que são membros da OTAN), é evidente que o novo clima de tensão não vai ser atenuado rapidamente e ainda pode se agravar.

Até agora, a percepção pública da dependência europeia em relação ao comércio com a Rússia levou muitas pessoas a considerarem improvável que sejam impostas sanções significativas. Mas quem tem essa opinião pode estar subestimando o quanto os líderes europeus estão em acordo (até o momento de forma privada) sobre tomar medidas mais duras. Ou o quanto de culpa sentem por não ter agido com mais eficiência há anos.

As “medidas específicas” promulgadas até o momento pelos EUA e a União Europeia (UE) simplesmente penalizam alguns amigos de Putin e seus aliados políticos. As sanções que foram a princípio combinadas entre os líderes da UE na semana passada contra empresas russas poderiam levar a uma verdadeira guerra comercial.

Também na semana passada, a Comissão Europeia se comprometeu a intensificar seu esforço em reduzir a dependência energética em relação à Rússia. E é nesta área que os líderes europeus têm mostrado seu ressentimento por terem sido enganados por Putin e terem permitido que as coisas voltassem ao normal.

A interrupção do fornecimento de gás russo em 2006 e a guerra de 2008 com a Geórgia já haviam levado a promessas de reduzir a dependência energética. Mas, na época, muitos culparam a Geórgia por provocar os militares russos e queriam rapidamente voltar a fazer negócios com os países do bloco conhecido como BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que estavam em seu auge.

Agora, a possibilidade de reduzir as importações de gás russo vem sendo levada a sério, destacando-se a capacidade da Ucrânia de fazer o mesmo, e de tomar essas medidas antes da próxima movimentação russa, não depois.

Como disse o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, ao programa Newsnight da BBC, no início do mês, uma guerra comercial pode ferir mais à Rússia que à UE. A Rússia representa 7% das exportações europeias, mas o que o país importa do resto do continente representa 21% de seu comércio.

Angela Merkel é quem personifica mais essa sensação de querer evitar ser enganada de novo pelo Kremlin. Sua posição política se endureceu nos últimos dias. Não está claro até onde vai isso, inclusive se medidas militares serão tomadas pela Rússia contra a Ucrânia ou a Moldávia.

Se o projeto da UE de reduzir sua dependência da Rússia der frutos, é possível que o recente crescimento do comércio que atravessa a antiga cortina de ferro retroceda. Outros debates ainda dominarão as conversas dos líderes do G7 nos corredores do edifício Berlaymont, sede da Comissão Europeia e da OTAN: Em que medida os compromissos diplomáticos firmados anteriormente com Putin agora são prejudiciais? Como é possível reforçar a aliança com a Ucrânia? A grande queda com gastos de defesa pela Europa deve ser revista?

Algumas das respostas são cada vez mais claras. Não haverá reunião do G8 em Sochi, já que a Rússia não faz mais parte desse clube exclusivo, que se tornou, assim, o novo G7. Poderá haver novas medidas contra o círculo próximo de Putin e se manterá o aumento das forças levadas pela OTAN às repúblicas bálticas.

Mas existe muita incerteza, inclusive no patamar mais extremo dessas conjecturas, sobre se uma ação militar russa poderia levar a sanções em grande escala, a um aumento das tropas americanas na Europa e a uma nova era de gelo da diplomacia internacional.

(BBC Brasil)

Nota Michelson Borges: Em pouco tempo, a atitude de um único líder pode redirecionar a História...

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Papa pede uma nova ordem econômica e política mundial

Cidade do Vaticano (RV) - Encerra-se esta quarta-feira, 5, no Vaticano, 27ª Assembleia Plenária do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. Os membros e consultores deste dicastério foram recebidos pelo Papa Bento XVI na última segunda-feira. Analisando as principais problemáticas sociais de seus continentes, os 40 participantes debateram sobre a criação de uma nova ordem política e econômica mundial, o acesso ao trabalho para todos e a prioridade do ser humano sobre o capital.

A RV contatou Pe. Thierry de Guertechin, jesuíta nascido na Bélgica e residente no Brasil desde 1975. Especialista em Demografia, Professor de Sociologia e Ciências Políticas, é pesquisador e professor no Centro de Investigação e Ação Social e no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento – CIAS/IBRADES desde 1980.

Segundo ele, a criação desta nova ordem, já proposta por João XXIII e defendida hoje por Bento XVI; "é imprescindível hoje, quando quem detém o capital ‘manda no mundo’". Nesta entrevista, Pe. Thierry afirma que a sociedade, ao se deixar dominar pelo capital, se transforma em um sistema antidemocrático e contrário aos direitos humanos. Para ouvir, clique acima.



"Houve ainda uma troca de opiniões sobre a situação internacional e sobre a atual crise econômica, especialmente em relação às suas consequências na Europa, além da contribuição que a Igreja Católica pode oferecer."

De ser lembrado, que a última encíclica papal "sugere" um líder de consenso para todo o plano político econômico mundial.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

A religião global da URI

Um claro exemplo da multiplicidade unitária da URI e de seus tentáculos está na relação próxima que têm com acionistas majoritários das Organizações Ford e ex-dirigentes da KGB, políticos do partido republicano dos EUA e militantes socialistas na América Latina.

Em outubro de 2010, em Florianópolis, foi realizado o Seminário Internacional de Tecnologia para a Mudança Social [1], promovido por diversas organizações nacionais e regionais, entre elas o ICom (Instituto Comunitário Grande Florianópolis), além de grandes empresas como o Grupo RBS, Fundação Social Itaú, Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, UN Volunteers, entre outras. Sob o slogan “Together is better”, o evento propunha-se a:

“construir uma presença digital relevante e aproveitar os meios tecnológicos disponíveis para propagar sua causa social".

“As organizações da sociedade civil devem utilizar as tecnologias como um meio de mobilizar recursos, atrair e gerenciar voluntários e prestar contas para todos os seus públicos. A internet é hoje o meio mais rápido e efetivo de estabelecer relacionamentos e formar redes sociais”.[2]

A causa social, neste caso, é o grande mote. A mensagem do evento é um resultado da apropriação empresarial da proposta da mudança social e promoção de uma nova cidadania com ênfase na utilização da tecnologia para melhorar as relações sociais e, com isso, angariar mais negócios dinamizando a economia. Este é um perfeito exemplo de ação positiva de empresas, ongs e instituições públicas, unidas para uma causa aparentemente única e benéfica para todos. A mensagem principal da campanha, dessa forma, aparenta não só uma proposta inofensiva mas algo natural e de um elevado grau de boa intenção. É necessário, porém, que analizemos profundamente as relações por trás de toda essa benevolência apostolar.

Não há novidade nenhuma nesta retórica. Toda essa argumentação está presente na maioria dos movimentos sociais influenciados pela filosofia humanista e os seus descendentes, mais precisamente pelo novo humanismo promovido por intelectuais e políticos globalistas como Salvatore Puledda e Mikhail Gorbachev.

O destaque do seminário foi a presença de um palestrante internacional, o professor Emmet D. Carson, presidente e fundador da Sillicon Valley Community Foundation, considerado uma das principais lideranças do terceiro setor (ongs) nos Estados Unidos. Carson é responsável pela gestão de mais de 1500 fundos de investimento social de empreendedores da área de tecnologia e de empresas como eBay, Google e Sun Microsystems.

A Sillicon Valley Community tem publicado a lista das doações que faz em seu Relatório Anual. Eis um dado revelador, descoberto pelo jornalista americano Lee Penn [3]: no ano de 2000, consta a doação de cerca de US$1 milhão para uma organização chamada United Religions Initiate (URI). A Sillicon Valley Community não é a única organização empresarial que faz doações à URI. Descendo ainda mais os degraus do intrincado mundo oculto das finanças e ONGs, encontramos enfim, o fundo falso que há no subterrâneo das relações institucionais vigentes, até nos depararmos com o sinistro significado por trás das belas palavras ditas nas palestras do Sr. Carson.

É possível que Emmett Carson nem desconfie, mas a organização que ele preside faz anualmente doações milionárias para uma organização com objetivos macabros e, como mostrarei a seguir, realmente satânicos.

Muitos dizem que a URI busca ter o status da ONU. Ora, mas ela é parte dessa grande rede de ONGs que formam a mais cara das ONGs, nas palavras de Heitor de Paola. As ideias difundidas pela URI vêm se espalhando pelo mundo desde o século XIX, mas só na década de 1990 é que surgiu como entidade jurídica. Desde então a organização tem arrecadado todos os anos somas milionárias por meio de 72 organizações diretas e mais de 500 Círculos de Cooperação fixados em 167 países. No livro False Dawn, ainda não publicado no Brasil, o jornalista Lee Penn desmembra toda a teia de relações envolvendo essa grande ONG.

Essa organização gigantesca tem entre seus objetivos públicos o relacionamento e a integração entre as várias religiões afim de criar uma “cultura de paz, justiça e igualdade para todos os seres vivos”. Entre as ações propostas pelo grupo para chegar a esse objetivo, Lee Penn lista as seguintes:

1. Limitar a evangelização cristã em nome da promoção interreligiosa da paz;

2. Marginalizar os cristãos conservadores como intolerantes e fundamentalistas;

3. Preparar o caminho para uma nova espiritualidade global que possa acomodar formas mais domésticas das atuais religiões e movimentos espirituais;

4. Promover uma nova “ética global” coletivista;

5. A idéia de que o principal objetivo da religião é a reforma social a serviço de Deus;

6. A idéia de que todas as religiões e movimentos espirituais são iguais, verdadeiros, e igualmente eficazes como caminho para a comunhão com Deus;

7. Controle populacional – especialmente no Terceiro Mundo;

8. Elevar a respeitabilidade de cultos como ocultismo, bruxaria, theosofia, e outras formas discriminadas de religião
[4];

A URI foi fundada pelo bispo episcopal da Califórnia William Swing, em 1995, e suas idéias têm atraído um número gigantesco de grupos ativistas dos mais diversos. Por mais diversos que sejam, entretanto, têm demonstrado uma impressionante capacidade de desarmar conflitos entre eles em prol de objetivos comuns. Entre os tipos de grupos apoiadores da URI estão:

Dalai Lama e religiosos apoiadores do regime chinês;

pró-gays e anti-gays seguidores da Revolução Chinesa;

muçulmanos radicais e feministas radicais;

fundações capitalistas e partidos comunistas;

entidades de George Soros e George W. Bush.

Não é preciso dizer que grupos como estes dificilmente se entendem em suas zonas de influência. Mas a URI tem uma estranha capacidade para agregar acólitos dos mais díspares. Essa propensão à “diversidade para a unidade” demonstrada pela URI, é fruto de uma articulação e conciliação entre diferentes objetivos em comum. Trata-se de um grupo que vê a multiplicidade de religiões como um fator de exclusão e de divisão dos seres humanos. Para minimizar os efeitos nocivos da separação entre as pessoas, a URI milita em uma causa que, em última instância, promove uma religião internacional, uma fé única e universalista a ser imposta para todo o Planeta.

A forma mais fácil de fazer isso, segundo a maioria dos religiosos que pertencem a entidades ligadas a este grande grupo, seria mesclar os conhecimentos adquiridos pelas várias religiões de modo que se crie um “conhecimento único”, uma “multi-fé”, sem dogmas e de um certo modo planetária, que una os homens em uma cultura de paz independente de denominações religiosas. A URI não prega somente um sincretismo religioso tal como o Brasil conhece, nomeadamente, entre catolicismo e umbanda. Busca uma mudança muito mais profunda no entendimento do que seja religião. Mostraremos como por diversos motivos a URI trabalha para a extinção de todas as religiões atuais, mediante o esvaziamento do seu conteúdo simbólico, descaracterização de dogmas e desvinculação das almas aos seus lugares de origem, para enfim criar dentro do espírito humano uma necessidade vazia de fé, cuja mais nobre forma reside em uma crença relativista na universalidade e multiplicidade do cosmos.

A origem, porém, deste pensamento, está longe de ter motivações pacíficas e de união das religiões. Entre os principais teóricos orientadores e fundadores de grupos pertencentes a URI estão ocultistas e satanistas como Helena Blavatsky, Alice Bailey, Aleister Crowley, entre muitos outros. E seus continuadores têm relacionamentos tão promíscuos com sociedades secretas (ou meramente discretas) que aliam-se desde a poderosas organizações capitalistas a perigosos grupos revolucionários e comunistas; em todos os países do mundo, sua causa é compartilhada tanto entre partidos de direita quanto de esquerda. Um claro exemplo dessa multiplicidade unitária da URI e de seus tentáculos está na relação próxima que têm com acionistas majoritários das Organizações Ford e ex-dirigentes da KGB, políticos do partido republicano dos EUA e militantes socialistas na América Latina. Essa teia de relações, como veremos, é um emaranhado de convivências tenebrosas entre o pior do conhecimento que o homem já produziu e a tentativa de perpetuação dos maiores erros da humanidade.

A origem da URI
A United Religions Initiate foi fundada oficialmente pelo bispo episcopal da Califórnia, William Swing, em 1995. A iniciativa da organização existia já há cinco anos e cerca seus primeiros fundadores foram não mais do que 55 pessoas. Mas o fundamento principal, motivo verdadeiramente fundador da URI teve início ainda no século XIX, no I Parlamento Mundial das Religiões, um encontro que ocorreu na cidade de Chicago, em setembro de 1893 [5]. O evento marcou o início do diálogo entre as religiões de todo o mundo e deu origem a uma agenda que iria ter continuidade pelos próximos séculos. Cem anos depois, em 1993, o Parlamento reuniu-se novamente, também na cidade de Chicago, quando já havia sido formado o Conselho do Parlamento das Religiões. Em 1993, o evento contou com cerca de 8 mil pessoas e tem sido organizado sem periodicidade certa, em diversas cidades pelo mundo.

O principal objetivo desse parlamento fora a elaboração da Declaração das Religiões para a Ética Global. Em uma introdução explicativa à sua proposta para essa declaração, o teólogo ecumênico holandês Hans Küng, autor do livro Projeto de Ética Mundial, escreveu em 1992 [6]:

Depois de duas guerras mundiais, do colapso do fascismo, nazismo, comunismo e colonialismo, e do fim da guerra fria, a humanidade entrou numa nova fase de sua história. Ela tem hoje suficientes recursos econômicos, culturais e espirituais para instaurar uma ordem mundial melhor. Mas novas tensões étnicas, nacionais, sociais e religiosas ameaçam a construção pacífica de um mundo assim. Nossa época experimentou um progresso tecnológico nunca antes ocorrido, e, no entanto ainda somos confrontados pelo fato de que a pobreza, a fome, a mortalidade infantil, o desemprego, a miséria e a destruição da natureza, em âmbito mundial, não diminuíram, mas aumentaram. Muitas pessoas estão ameaçadas pela ruína econômica, desordem social, marginalização política e pelo colapso nacional.

Em outro ponto, ele sustenta ainda:

Nosso planeta continua a ser impiedosamente pilhado. Um colapso dos ecossistemas nos ameaça. Repetidamente, vemos líderes e membros de religiões incitar a agressão, o fanatismo, o ódio e a xenofobia – e até inspirar e legitimar conflitos violentos e sangrentos. A religião é muitas vezes usada apenas para fins de poder político, incluindo a guerra.

O Parlamento Mundial das Religiões, ou das Religiões do Mundo, defende, portanto, a co-existência entre as religiões e a paz entre os seres humanos. Propõe que o mundo caminha para uma época próspera, devido os avanços científicos e tecnológicos, e que esta nova era seria incompatível com antigas visões de mundo que mais separam os homens do que unem.

Daqui para frente, as soluções para os novos problemas devem ser, por sua vez, igualmente novas.

Novamente temos afirmações claramente bem intencionadas e, em certa medida, acalentadoras para a humanidade. Mas, como já disse antes, a mensagem verdadeira está oculta entre verbos e adjetivos, entre nomes e sobrenomes, dilemas e soluções. O parágrafo anterior bem que poderia ser dito de outra forma, sem tantas benesses ou agrados ao gênero humano. No jargão acadêmico e científico de nosso tempo, a expressão “mudança de paradigma”, possivelmente tirada de Thomas Kuhn, ganhou uma nova feição, esotérica, mística e existencial. Tal expressão cabe perfeitamente na crença alegada pelos teóricos do Parlamento das Religiões de que um novo período se aproxima e de que as antigas soluções não podem mais resolver os supostos novos impasses. Nem o mundo empresarial ficou livre desse jargão que em toda parte ecoa, como um mantra, nos corredores das corporações, órgãos públicos, terceiro setor, etc.

Poucos se atém, porém, à origem desse termo, ou ainda, a origem da idéia que o termo enceta. Há muitos escritores que admitem que o começo disso tudo está no esoterismo de inspiração oriental que tão rapidamente tem tomado de assalto o mundo cultural do Ocidente.

O chamado Movimento Nova Era, do qual a URI se apropria do conteúdo,constitui-se hoje de um emaranhado de seitas e grupos esotéricos que crêem em uma mudança astral que daria início à Era de Aquários. Esse novo período, segundo a profecia astrológica, irá trazer paz e prosperidade à humanidade como nunca houve. A Nova Era e todas as suas subdivisões, é uma fusão de crenças e teorias metafísicas que mistura influência oriental, crenças espiritualistas, animistas e paracientíficas. Sua proposta é a criação de um modelo de consciência moral e social, mediante orientações psicológicas, resultando no amálgama entre Natureza, Cosmos e o Homem.

Não é coincidência o fato de que muitos princípios dos movimentos Nova Era tenham íntima concordância com as idéias propostas pelo Parlamento das Religiões, que culminaram na fundação da URI, pois ambos defendem uma nova ética global e universalista. Além de reunir as principais religiões do mundo, o Parlamento, assim como o Conselho das Religiões formado por ele, integrou, desde sua origem, teóricos fundadores das principais seitas esotéricas e ocultistas do século XIX. Não podemos esquecer que muitas dessas seitas participantes, ainda hoje ativamente dos movimentos que orientam o Conselho das Religiões e a URI, objetivavam em seu início a inversão das crenças cristãs.

A URI não cessa de trabalhar para implantar a sua religião global. Desde o início de suas atividades, tem arrecadado dinheiro e acólitos no serviço ao qual se propôs. Em fevereiro de 1996, o bispo William Swing iniciou uma longa jornada ao redor do mundo, onde se encontrou com lideranças religiosas que incluem a Madre Teresa de Calcutá, o Dalai Lama, o arcebispo anglicano de Canterbury, o arcebispo Fittzgerald, o cardeal Arinze do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e o próprio papa João Paulo II.

Vejamos então, o que mais diz a URI sobre si mesma:

Em junho de 1996, aconteceu a I Conferência Mundial da URI, com 55 pessoas. A partir daí, seu crescimento tem sido vertiginoso. Hoje, está presente em mais de 167 países. Um mutirão de líderes religiosos dos cinco continentes escreveu sua Carta Fundacional. Em julho de 2000, a Carta da Iniciativa das Religiões Unidas foi assinada, com peregrinações de caminhadas e celebrações da paz entre as religiões, nas vilas, cidades e metrópoles em todo o mundo, marcando o início oficial da URI. A Iniciativa das Religiões Unidas é uma rede global dedicada à promoção permanente da cooperação inter-religiosa.

Seu objetivo é colocar um fim à violência por motivos religiosos, cultivar culturas de paz e cura para a Terra e todos os seres vivos. A cura da terra traz em si todo o desafio da questão ecológica, da necessidade do uso sustentável dos recursos do planeta, ameaçados pelo mau uso. Diz respeito, também, às relações injustas entre países e povos e à distribuição desigual das riquezas.


Sendo “uma iniciativa global por mudanças, a URI é um convite à participação de todos, procurando trazer as religiões e as tradições espirituais a uma mesa comum, a um encontro global permanente e cotidiano, no qual, a partir das peculiaridades de cada um, seja possível buscar a paz entre as religiões e trabalhar juntos pelo bem de toda a vida e para a cura do mundo”.

Ela não quer se tornar uma espécie de nova religião mundial ou a porta-voz única das religiões. Faz parte de seus princípios, estimular cada pessoa a enraizar-se profundamente em sua própria identidade religiosa. O seu fundador argumenta que, “da mesma forma que as Nações Unidas não são uma nação, as Religiões Unidas não serão uma religião”.

Dela podem fazer parte todas as pessoas e grupos que aceitam o Preâmbulo, o Propósito e os Princípios da Carta de Fundação, assinada no Encontro Estadual de URI dia 01/06 2000, por meio um Círculo de Cooperação (CC) que a partir do Preâmbulo, do Propósito e dos Princípios, tem autonomia e responsabilidade de condução e escolha de atuação.

As condições de criação de um CC são, ao menos, reunir sete membros, representando no mínimo três religiões, expressões espirituais ou tradições indígenas. Como a URI é auto-organizativa, cada CC pode escolher a forma de agir na sociedade e determinar o que quer fazer. Há grupos que trabalham das mais variadas formas e na mais diversas atividades: AIDS, mulheres, direitos humanos, meio-ambiente, justiça e paz… tudo o que contribua para a segurança, a felicidade e o bem estar de toda a vida.
...Entre as quase centenas de entidades parceiras comuns estão grupos que vão desde os internacionais como a União Européia, IANSA – International Action Network on Small Arms, IBM International Newcomers Club Knoll, USAID – United States Agency for International Development, Embaixada Britânica; até os mais atuantes órgãos e empresas do Brasil como o SESC, SESI, Banco do Brasil, Instituto Moreira Salles, Instituto Ayrton Senna, Fundação Roberto Marinho e muitas outras. Além disso, conta com o apoio institucional do estado brasileiro por meio dos Ministério da Justiça e da Cultura, OAB, INSS, Polícia Militar do Rio de Janeiro e secretarias estaduais por onde tem atividades.

Lendo e relendo os sites deste emaranhado de relações entre ongs nacionais e internacionais, passando por esta infinidade de entidades e grupos privados, já é possível compreendermos o tamanho do problema. Ocorre que, por trás das belas palavras, encontramos o alçapão que permeia todo o fundamento ou os fundamentos que regulam as Cartas da URI e, por meio delas, milhares de mentes pelo mundo. Desde os primórdios da proposta interreligiosa, as principais fontes teóricas e inspirações para o mundo de maravilhas almejado pela URI, são nomes como Crowley, Blavatsky, Bailey, Leary e tantos outros que, como sabemos, fazem parte do covil de culpados pelos maiores erros da humanidade. Alguns deles, porém, passam por processo de grande aceitação pública, embora quem as estude a fundo saiba exatamente do que se trata. Ao que tudo indica, o pior nos espera.

Notas:

[1] Site oficial do evento: http://seminariotib.org.br/
[2] Lucia Dellagnelo, coordenadora geral do ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis, um dos realizadores do seminário”. http://seminariotib.org.br/release-florianopolis-promove-seminario-internacional-sobre-tecnologia-para-mudanca-social/
[3] PENN, Lee. False Dawn. 2009.
[4] www.uri.org
[5] Site official do Parlamento Mundial das Religiões: http://www.parliamentofreligions.org
[6] Texto na íntegra pode ser lido em http://www.comitepaz.org.br/religioes_1.htm


Fonte - Mídia Sem Máscara

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rio+20 e a Nova Ordem Mundial

De 13 a 22 de junho de 2012, o Rio de Janeiro abrigará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Por se tratar de um evento inserido em uma agenda que visa transformar a cosmovisão de toda humanidade, fundar uma nova economia e aprofundar a agenda da Nova Ordem Mundial, cabe aos conservadores e às pessoas dotadas de bom senso refletir sobre o mesmo.

O evento Rio+20 recebe esse nome porque marca os vinte anos da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a chamada Rio 1992.

O site da Rio+20 destaca que o evento “deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas”.
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De 13 a 22 de junho de 2012, o Rio de Janeiro abrigará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Por se tratar de um evento inserido em uma agenda que visa transformar a cosmovisão de toda humanidade, fundar uma nova economia e aprofundar a agenda da Nova Ordem Mundial, cabe aos conservadores e às pessoas dotadas de bom senso refletir sobre o mesmo.

O evento Rio+20 recebe esse nome porque marca os vinte anos da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a chamada Rio 1992.

O site da Rio+20 destaca que o evento “deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas”.

A Rio 92, por sua vez, resultou numa série de documentos e convenções, tais como a Carta da Terra, a Convenção Sobre Mudanças Climáticas e a Agenda 21. A Carta da Terra exulta o surgimento de uma sociedade civil global que servirá para “construir um mundo democrático e humano” e, alinhada com a espiritualidade da Nova Era, propõe a promoção de uma “cultura de tolerância, não-violência e paz” (para tanto, propõe, por exemplo, a desmilitarização dos sistemas de segurança nacional[8]). A Carta da Terra ainda enfatiza a necessidade de se “adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito” (quem definirá esse “estilo de vida”?). Já a Convenção Sobre Mudanças Climáticas preparou o terreno para a elaboração do Protocolo de Kyoto e para o fortalecimento da hipótese do aquecimento global antropogênico. E a Agenda 21, por sua vez, estabelece que o desenvolvimento sustentável deve ser arquitetado em âmbito global com o apoio dos países. Embora cada país tenha sua própria Agenda 21, as diretrizes para a elaboração da agenda vêm da cúpula globalista.

De certa forma, a construção teórica do desenvolvimento conseguiu neutralizar as propostas revolucionárias da teoria da dependência e o discurso anti-industrialização do Clube de Roma. Já o desenvolvimento sustentável, por ser parte de uma agenda globalista, dificilmente se afastará do radicalismo ambientalista, das pretensões novordistas e do seu elemento, por assim dizer, “espiritual”, o movimento da Nova Era.

A precariedade de abordagens sinceras sobre a relação entre economia, sociedade e meio ambiente e a preferência pelos referenciais teóricos globalistas e neopagãos torna a defesa do desenvolvimento sustentável uma mera engrenagem de um projeto globalista.

Os totalitaristas sabem que não podem implantar a Nova Ordem Mundial de supetão, por isso se valem de propostas aparentemente bem intencionadas para camuflar seus mais macabros projetos. O processo de justificação da Nova Ordem Mundial está em marcha e conta com o apoio da mídia, de governos, de diversas empresas, de ONGs e de inúmeras instituições renomadas de ensino superior.

O evento Rio+20 não é apenas a continuação da Rio-92. As raízes da Rio+20 são bem mais profundas; é a continuidade de uma estratégia lançada pelo Clube de Roma.

Embora a Rio+20 se proponha a “definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas”, cumpre destacar que essa agenda já existia e o evento, na verdade, é apenas mais um item dessa agenda. A agenda na qual a Rio+20 se insereé chamada de agenda do desenvolvimento sustentável, mas na verdade é a agenda da Nova Ordem Mundial, a qual propõe uma espiritualidade anti-cristã, o abortismo, a supressão gradual das liberdades civis e da soberania dos Estados.

Fonte - Mídia sem Máscara

quarta-feira, 16 de maio de 2012

'Estamos precisados de entrar numa nova ordem mundial'

O ex-Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas Diogo Freitas do Amaral considerou hoje que está para breve uma nova ordem mundial e defendeu que ela seja construída com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Ao participar num debate sobre direitos humanos promovido pela Amnistia Internacional e pela Universidade Lusófona, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros fez um resumo da história da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada pela ONU em 1948.

Referindo-se à atualidade, admitiu que, "a pretexto da luta contra a crise económica, [o mundo vive] outra vez uma fase baixa, uma fase difícil, quase de parêntesis" na DUDH, mas recordou, citando a história, que "uma vez aprovados, estes textos internacionais acabam por triunfar" quando as circunstâncias permitem "repensar tudo outra vez".

"O meu voto é de que nessa nova ordem mundial, em que não somos capazes de adivinhar como vai ser, a DUDH continue a ser uma peça fundamental porque é na base do respeito da dignidade do homem que se pode passar para um mundo melhor".

Para Freitas do Amaral, "a ordem mundial que resultou do final da II Guerra Mundial, que se corporizou na ONU e na DUDH, está a chegar ao fim ou pelo menos está no fim de um primeiro ciclo".

"O poder soviético desapareceu, está a emergir o poder chinês, os EUA estão a perder força e influência, a Europa está mergulhada numa crise da qual não consegue sair, ou pelo menos até agora não conseguiu e já lá vão três ou quatro anos, e por isso está tudo em causa", exemplificou o fundador do CDS-PP.

Referindo-se ainda ao "perigo nuclear no Irão e na Coreia do Norte", afirmou que o mundo se sente "um pouco impotente para resolver esses grandes problemas".

"Estamos precisados de entrar numa nova ordem mundial e já temos quase todos os elementos necessários para a construir, não vai tardar muito. Quer a Europa resolva a sua crise, quer não; quer o Euro se mantenha, como eu desejo, quer expluda, vamos ter uma nova ordem mundial muito em breve", antecipou.

Fonte - Diário de Notícias (Via @OTempoFinal)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Religiosos fazem apelo aos poderosos da terra

Bordeaux, 25 mai (RV) - Uma parceria mais transparente e mais forte entre os Chefes de Estado e de Governo dos países que fazem parte do G8 e do G20, a Assembléia Geral da ONU e a sociedade civil para responder juntos aos “desafios comuns” da economia, das mudanças climáticas, do desenvolvimento e sobretudo da paz. Assim começa um apelo lançado pelos participantes do Encontro de cúpula de líderes religiosos que teve início ontem, em Bordeaux, na véspera da cúpula do G8 prevista para os dias 26 e 27 de maio, na França.

Na declaração, os líderes religiosos pedem uma “reforma da governança mundial”. “Devem ser tomadas medidas – lê-se no documento citado pela agência SIR – para que o G8 e o G20 se insiram mais formalmente no quadro das Nações Unidas. O G20 deve abrir as suas portas para os países com rendas baixas, fornecendo pelo menos uma cadeira permanente à União Africana, à América Latina e aos organismos regionais da Ásia”.

Os vários representantes das religiões pedem também que “o funcionamento do G8 e do G20 seja mais transparente, para que a sociedade civil e os organismos religiosos possam participar dos seus trabalhos, influenciar suas decisões e garantir que os compromissos assumidos sejam mantidos”.

A declaração se divide em parágrafos. Naquele relativo à situação macro-econômica, os líderes afirmam que “é urgente e indispensável estabelecer um sólido quadro de regras para prevenir crises financeiras e proteger os mais vulneráveis”. No parágrafo reservado às mudanças climáticas, salienta-se que os países do G20 são responsáveis por 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa e no parágrafo dedicado ao desenvolvimento se pede aos países mais ricos para que honrem os compromissos assumidos de dedicar 0,7% do seu PIB para ajudar os países mais pobres na perspectiva de alcançar as Metas do Milênio estabelecidas pela ONU em 2015.

O último parágrafo é dedicado à paz. “Os investimentos mundiais em favor da paz, insignificantes em comparação com o orçamento militar - destaca a declaração - devem ser aumentados, bem como os instrumentos não-militares necessários para a manutenção da paz devem ser reforçados”. Os líderes religiosos pedem também “que sejam sempre preferidos os meios não-violentos na luta contra o terrorismo e nas discussões para promover a paz”.

Fonte - Radio Vaticano

Nota DDP: Religião e política sempre se demonstrou uma mistura infeliz. Religiosos deixam de apelar ao Poderoso dos céus, para apelar para os "poderosos" da terra, em temas que claramente mobilizam a atenção mundial. O fim disso já está previsto.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os donos do mundo

Pela primeira vez na história do mundo, as três modalidades essenciais do poder - político-militar, econômico e religioso - encontram-se personificadas em blocos supranacionais distintos, cada qual com seus planos de dominação mundial e seus modos de ação peculiares.

As forças históricas que hoje disputam o poder no mundo articulam-se em três projetos de dominação global: o "russo-chinês" (ou "eurasiano"), o "ocidental" (às vezes chamado erroneamente "anglo-americano") e o "islâmico". Cada um tem uma história bem documentada, mostrando suas origens remotas, as transformações que sofreu ao longo do tempo e o estado atual da sua implementação. Os agentes que os personificam são, respectivamente:

1) A elite governante da Rússia e da China, especialmente os serviços secretos desses dois países.
2) A elite financeira ocidental, tal como representada especialmente no Clube Bilderberg, no Council of Foreign Relations e na Comissão Trilateral.
3) A Fraternidade Muçulmana, as lideranças religiosas de vários países islâmicos e alguns governos de países muçulmanos.

Desses três agentes, só o primeiro pode ser concebido em termos estritamente geopolíticos, já que seus planos e ações correspondem a interesses nacionais e regionais bem definidos. O segundo, que está mais avançado na consecução de seus planos de governo mundial, coloca-se explicitamente acima de quaisquer interesses nacionais, inclusive os dos países onde se originou e que lhe servem de base de operações. No terceiro, eventuais conflitos de interesses entre os governos nacionais e o objetivo maior do Califado Universal acabam sempre resolvidos em favor deste último, que hoje é o grande fator de unificação ideológica do mundo islâmico.

As concepções de poder global que esses três agentes se esforçam para realizar são muito diferentes entre si porque brotam de inspirações heterogêneas e às vezes incompatíveis.

Embora em princípio as relações entre eles sejam de competição e disputa, às vezes até militar, existem imensas zonas de fusão e colaboração, ainda que móveis e cambiantes. Este fenômeno desorienta os observadores, produzindo toda sorte de interpretações deslocadas e fantasiosas, algumas sob a forma de "teorias da conspiração", outras como contestações soi disant "realistas" e "científicas" dessas teorias.

Boa parte da nebulosidade do quadro mundial é produzida por um fator mais ou menos constante: cada um dos três agentes tende a interpretar nos seus próprios termos os planos e ações dos outros dois, em parte para fins de propaganda, em parte por genuína incompreensão.

As análises estratégicas de parte a parte refletem, cada uma, o viés ideológico que lhe é próprio. Ainda que tentando levar em conta a totalidade dos fatores disponíveis, o esquema russo-chinês privilegia o ponto de vista geopolítico e militar; o ocidental, o ponto de vista econômico e o islâmico, a disputa de religiões.

Essa diferença reflete, por sua vez, a composição sociológica das classes dominantes nas áreas geográficas respectivas:

1) Oriunda da Nomenklatura comunista, a classe dominante russo-chinesa compõe-se essencialmente de burocratas, agentes dos serviços de inteligência e oficiais militares.
2) O predomínio dos financistas e banqueiros internacionais no establishment ocidental é demasiado conhecido para que seja necessário insistir sobre isso.
3) Nos vários países do complexo islâmico, a autoridade do governante depende substancialmente da aprovação da umma - a comunidade multitudinária dos intérpretes categorizados da religião tradicional. Embora haja ali uma grande variedade de situações internas, não é exagerado descrever como "teocrática" a estrutura do poder dominante.

Assim, pela primeira vez na história do mundo, as três modalidades essenciais do poder - político-militar, econômico e religioso - encontram-se personificadas em blocos supranacionais distintos, cada qual com seus planos de dominação mundial e seus modos de ação peculiares. Isso não quer dizer que cada um não atue em todos os fronts, mas apenas que suas respectivas visões históricas e estratégicas são delimitadas, em última instância, pela modalidade de poder que representam. Não é exagero dizer que o mundo atual é objeto de disputa entre militares, banqueiros e pregadores.

Praticamente todas as análises de política internacional hoje disponíveis na mídia do Brasil ou de qualquer outro país refletem a subserviência dos "formadores de opinião" a uma das três correntes em disputa, e portanto, o desconhecimento sistemático de suas áreas de cumplicidade e ajuda mútua. Esses indivíduos julgam fatos e "tomam posições" com base nos valores abstratos que lhes são caros, sem nem mesmo perguntar se suas palavras, na somatória geral dos fatores em jogo no mundo, não acabarão concorrendo para a glória de tudo quanto odeiam.

Os estrategistas dos três grandes projetos mundiais estão bem alertados disso, e incluem os comentaristas políticos, jornalísticos ou acadêmicos, entre os mais preciosos idiotas úteis a seu serviço.

Fonte - Mídia sem Máscara

Nota DDP: O articulista deixa de considerar os dois expoentes envolvidos diretamente com o segmento religioso (Vaticano) e também com o aspecto político (EUA), que em realidade permeiam as considerações ao longo do arrazoado.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Planejamento familiar é eficiente contra aquecimento

Thomas Wire, autor de um novo estudo sobre aquecimento global, afirma que planejamento familiar pode ter um custo-benefício cinco vezes maior que investir em tecnologias não-poluentes, como energia solar e eólica. “O tabu que existe em mencionar este fato tornou todo o debate sobre a mudança climática um tanto irreal”, afirmou Roger Martin, presidente do grupo que financiou a pesquisa.

Políticas de controle populacional são tabu porque são normalmente relacionadas a governos autoritários, como o da China. Ou pior, a políticas racistas, como campanhas de esterilização forçada que ocorreram durante o século XX.

No entanto, estudos importantes, como o documento sobre o clima da Organização das Nações Unidas, mostra que controle populacional está relacionado à emissão de CO2. Um estudo da Organização Mundial de Saúde afirma que apesar da interseção que existe entre crescimento demográfico e emissão de gases poluentes, poucos estudos foram feitos focando no assunto.

Fonte - Opinião e Notícia

Nota DDP: Muitas perguntas, nenhuma certeza, mas o ataque às liberdades individuais tendem a se intensificar com rapidez nestes dias em que vivemos.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vaticano pede acordo em Copenhagen

O Vaticano deixou votos de que as nações desenvolvidas e os países emergentes se “encontrem” na Cimeira de Copenhaga sobre alterações climáticas, em vez de se “confrontarem”.

Apresentando a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2010, centrada na actual crise ecológica, o Cardeal Renato Martino, prefeito emérito do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP), pediu uma “maior generosidade por parte dos países ricos, para que ajudem os outros a ser mais ecológicos”.

Na sua mensagem, o Papa afirma que é “importante reconhecer, entre as causas da crise ecológica actual, a responsabilidade histórica dos países industrializados” e que “os países menos desenvolvidos e, de modo particular, os países emergentes, não estão dispensados da sua própria responsabilidade para com a criação”.

O novo secretário do CPJP, D. Mario Toso propôs uma “autoridade mundial” que esteja acima de cada uma das partes presentes na Cimeira de Copenhaga e que, “com o envolvimento da sociedade civil, possa fazer valer as decisões tomadas durante a Cimeira e controlar se os fundos colocados à disposição são bem utilizados e não desviados para outros fins”.

Em conferência de imprensa, o Cardeal Martino lembrou os cidadãos do Norte do Brasil que foram obrigados a emigrar por causa da seca, sublinhando que “a água é um bem inegociável”.

Este responsável repetiu ainda a posição da Santa Sé em relação ao uso da energia nuclear para fins pacíficos, considerando-a um “recurso maravilhoso”, apesar das dificuldades que ainda coloca.

Na apresentação da mensagem papal, o presidente cessante do CPJP evocou a figura de São Francisco de Assis, do qual se celebrará, em 2010, o 30.º aniversário da proclamação como padroeiro dos ecologistas.

Fonte - Ecclesia

Nota DDP: Veja também "Aquecimento global, responsabilidade de todos".


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Presidente tcheco diz ser 100% contra acordo sobre aquecimento global

O presidente da República Tcheca, Václav Klaus, disse nesta quarta-feira (25), durante visita a São Paulo, ser 100% contra o acordo de aquecimento global que será discutido na próxima Conferência de Copenhague. Segundo ele, muitos dos aspectos do "discurso verde" são uma forma de "escapismo".

"Devo dizer que sou 100% contra o acordo de Copenhague. Não devemos concordar que um acordo nos diga como viver, o que fazer, como se comportar, o que consumir, o que comer ou como viajar. O que precisamos é de cooperação, flexibilidade, avanço técnico e mercados livres. Em outras palavras, o que precisamos é liberdade e temo que isso esteja em perigo em Copenhagem", disse durante conferência na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado).

Klaus disse que as opiniões que defende estão no seu livro "Blue Planet in Green Shackles" (Planeta Azul em Algemas Verdes, em tradução livre, inédito em português). De acordo com ele, não há argumentos convincentes sobre o aquecimento global, a mudança do clima não é grande e vem sendo usada politicamente como um "escapismo".
...
Último presidente dos 27 países que compõem a União Europeia a assinar o Tratado de Lisboa, que deve entrar em vigor em 1º de dezembro, Klaus disse discordar também da idéia dominante de integração na Europa.

De acordo com ele, a idéia original de integração amigável, de remoção de barreiras vem se transformando numa “centralização de decisões”.

Assinado na capital portuguesa em 13 de dezembro de 2007, o Tratado de Lisboa prevê criar um cargo de presidente estável, mecanismos para facilitar a tomada de decisões entre os membros do bloco e reforçar o Europarlamento.

Fonte - G1

Nota DDP: Algumas nuances a serem consideradas, como de costume:

Não há dúvidas sobre as mudanças de ordem climática no planeta. Existe sim dúvidas sobre as suas reais causas. As últimas notícias veiculadas, nos dão conta que mesmo os defensores da idéia dominante, assim o sejam por motivos "equivocados".

- Não há dúvidas que o tema vem sendo utilizado de forma política. Existe sim dúvidas sobre onde esta realidade nos levará. O ceticismo que envolve o assunto e as já citadas denúncias demonstram que a eventual tomada de medidas que reflitam as palavras do presidente tcheco ("como viver, o que fazer, como se comportar, o que consumir, o que comer ou como viajar"), apontarão estarmos diante de algo que não parará até atingir seus plenos objetivos.

- Não há duvidas que o Livro de Daniel no Capítulo 2 continua atualíssimo, a Europa continua longe de uma bandeira única. Não há dúvidas também sobre quem está nos bastidores da tentativa de "centralização de decisões", assim como quem está para se levantar, voltar e colocar um ponto final nesta história de horror.
Maranata!

[Colaboração - Marcos Silva]


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Desafio é mudar o mundo

A conferência sobre mudanças climáticas, que será realizada em dezembro em Copenhague, visa mudar a forma como o mundo é administrado.

O presidente Barack Obama diminuiu as expectativas quando disse durante a sua viagem a Ásia que um tratado não seria fechado durante a conferência de Copenhague. Logo depois ele deu esperanças quando sinalizou que os Estados Unidos talvez avancem nas negociações na Dinamarca, apesar do atraso da legislação norte-americana.

Segundo a analista climática Jennifer Morgan, as maiores economias esperam saber o que os Estados Unidos têm a dizer durante a reunião em Copenhague. A delegação norte-americana poderia sugerir um corte de no mínimo 17% nas emissões de gases para a próxima década.

Fonte - Opinião e Notícia


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lei Patriota tem prorrogação questionada

Nova York, 05/11/2009 – Algumas das mais controvertidas cláusulas da Lei Patriota, aprovada apressadamente após os atentados de setembro de 2001 para reprimir o terrorismo, expiram no próximo mês, a menos que o Congresso prorrogue sua vigência. Tudo parece indicar que a maioria dos legisladores decidirá pela ratificação da lei, que dá ao Executivo amplos poderes de controle e vigilância para espionar cidadãos inocentes. A iminente prorrogação conta com aval do presidente Barack Obama e é fortemente questionada por organizações de defesa dos direitos humanos e das liberdades civis.

O Comitê Judicial do Senado aprovou na semana passada o projeto chamado Lei de Extensão da Lei Patriota, que supõe emendas menores à norma original. “O Comitê tinha a oportunidade de frear uma lei que permite invasões sem controle do governo na vida privada. Não o fizeram: aprovaram um projeto que não limita os poderes dados ao Executivo pela Lei Patriota”, disse a União para as Liberdades Civis dos Estados Unidos (Aclu), a mais antiga das organizações de direitos humanos do país.
...
Fonte - Envolverde


quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tratado de Lisboa entra em vigor em dezembro

O tratado de Lisboa, aprovado na tarde desta terça-feira, 3, pelo governo da Tchecoslováquia deve entrar em vigor no dia 1º de dezembro, informou a Suíça, que ocupa a presidência rotativa da União Europeia.

Entre as mudanças que devem acontecer com o tratado está a eleição de um presidente para o bloco e a nomeação de um ministro de Relações-Exteriores.

Entre a assinatura do tratado e sua implementação se passaram dois anos. O presidente tcheco, Václav Klaus, era o último opositor ao tratado, mas, após mudanças no texto, decidiu aprovar.

Fonte - Opinião e Notícia

Nota DDP: Ver também "Gorbachev 'orgulhoso' do papel da queda do Muro de Berlim" (Inglês). Destaque:

Gorbachev criticou as "linhas divisórias" que, segundo ele, reapareceram no mundo e convidou os Estados Unidos, Rússia e Europa para cooperarem na criação de uma ordem mundial justa.

"Não deve haver paredes. Agora, a propósito, linhas divisórias estão começando a aparecer novamente. Precisamos viver em paz nesta casa chamada Europa, com todas as suas portas e janelas", disse Gorbachev.

"Somente em cooperação com a Rússia e os Estados Unidos, a Europa pode desempenhar o seu papel no processo global de criação de uma nova ordem mundial", disse ele, acrescentando que isso tinha sido um sonho do "bom amigo", o falecido papa João Paulo II.


Ainda "Gorvachov defende desarmamento de potências nucleares para dar exemplo". Destaque:

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, introduziu a conferência de Gorbachev, ao que qualificou de visionário e gigante no esforço global por conseguir um mundo livre de armas nucleares.


"O mundo é um teatro; os atores, seus habitantes, estão-se preparando para desempenhar sua parte no último grande drama. Entre as grandes massas da humanidade não há união, a não ser quando os homens se aliam para realizar seus propósitos egoístas. Deus está observando. Seus propósitos a respeito de Seus súditos rebeldes se cumprirão. O mundo não foi entregue às mãos dos homens, embora Deus esteja permitindo que os elementos de confusão e desordem dominem por algum tempo. Um poder de baixo está atuando para desenvolver as últimas grandes cenas do drama - Satanás apresentando-se como Cristo e atuando com todo o engano da injustiça naqueles que se estão unindo em sociedades secretas. Os que estão cedendo à paixão por confederar-se, ESTÃO EXECUTANDO OS PLANOS DO INIMIGO. A causa será seguida pelo efeito." (E. G. White, Maranata, pág. 136)


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Toda unanimidade é burra

O aforismo de Nélson Rodrigues tem se revelado verdadeiro nessa questão que a mídia divulga de forma massiva e dogmaticamente, sem nenhum debate, sobre o CO2 ser a principal causa do chamado aquecimento planetário. Às vésperas da conferência de Copenhague, em dezembro próximo, já se cunhou e consagrou a expressão "economia de baixo carbono". Ora, nem a própria ciência tem essa certeza da unanimidade expressa pela mídia, pois vários cientistas registram que teremos resfriamento ao invés de aquecimento.

Não pretendo escrever aqui nenhum tratado científico ou tese de doutoramento, mas um argumento fundamentado em uma série de questões lógicas que tenham premissas científicas inquestionáveis, e esse parece ser o problema, pois são raras essas unanimidades na ciência. A mídia, por simplificar a informação, juntamente com a publicidade comercial das empresas "verdes", banaliza o assunto e confunde quem deseja conhecer a fundo as causas do problema. Pesquisei dados sobre a proporção de CO2 na chamada camada de gases de efeito estufa (GEE) e na atmosfera. A conclusão a que cheguei é de que o que há de informação e desinformação na mídia e na internet é patético. Confunde-se atmosfera com camada de GEE...
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Fonte - Observatório da Imprensa

Nota DDP: Leia também "O fim da soberania americana?". Destaque:

Na [Conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas em 2009 em] Copenhagen, em dezembro próximo, daqui a algumas semanas, um tratado será assinado. Vosso presidente [Barack Obama] vai assiná-lo. A maioria dos países do terceiro mundo vai assiná-lo, pois acreditam que vão ganhar dinheiro com ele. A maior parte do regime esquerdista da União Européia vai carimbá-lo. Virtualmente não haverá ninguém que não o assinará.

Eu li esse tratado. E o que ele diz é que um governo mundial será criado. A palavra "governo" na verdade aparece como o primeiro de três objetivos da nova entidade. O segundo objetivo é a transferência de riqueza dos países ocidentais para os do terceiro mundo, para atender ao que é chamado discretamente de "dívida climática" - porque nós temos queimado CO2 e eles não; nós bagunçamos o clima e eles não. E o terceiro objetivo dessa nova entidade, desse governo, é aplicação [enforcement].
...
E o problema é o seguinte: se esse tratado for assinado, se a vossa Constituição diz que ele tem precedência sobre a Constituição[sic; quis dizer "sobre a lei interna"], e se só se pode deixar o tratado com a concordância de todos os outros membros estatais, e como os EUA são o maior pagador, não vão deixá-lo sair.

Então, obrigado, América! Tu foste o farol da liberdade para o mundo. É já um privilégio apenas pisar neste solo de liberdade enquanto ele ainda é livre. Mas nas próximas semanas, a menos que o impeçais, vosso presidente vai abrir mão de vossa liberdade, de vossa democracia, de vossa humanidade para sempre. E nem vós, nem qualquer governo futuro que elejais terá a menor condição de tomá-los de volta. É tão sério assim. Eu li o tratado. Eu vi esse negócio do governo [mundial] e da dívida climática e da aplicação [do tratado]. Eles vão fazer isso convosco, quer gostais, quer não.

Mas eu acho que é aqui, aqui na vossa grande nação, que eu tanto amo e tanto admiro - é aqui que talvez, à undécima hora, no qüinquagésimo nono segundo do qüiquagésimo nono minuto, havereis de vos erguer e de impedir vosso presidente de assinar esse tratado terrível e sem sentido. Pois não há problema algum com o clima e, mesmo que houvesse, um tratado econômico em nada o [ajudaria].



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por uma nova ordem mundial

O descontrole climático chegou a tal nível que os impactos da irresponsabilidade já são sentidos por todos os povos do planeta: derretimento das geleiras, elevação do nível dos oceanos, secas extremas, aumento da frequência e da intensidade dos tornados e furacões, alterações no regime de chuvas, perdas agrícolas, surgimento de novas doenças e a possível extinção de inúmeras espécies da fauna e da flora.

Urge a necessidade imediata da incorporação do senso de urgência ao enfrentamento deste problema, o qual é, sem dúvida, o maior e mais desafiador de todos os tempos. E esta questão só poderá ser enfrentada com união de todos – governo, setor empresarial e sociedade civil.

Exatamente por isso, a próxima Cúpula sobre o Clima que se realizará no mês de dezembro em Copenhague torna-se tão importante. É crucial a mobilização de cada um, visto que a nossa espécie encontra-se em risco de ser exaurida da Terra.
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O fato é que já passou a hora de discutir quem polui mais, quando o que está em jogo é a possibilidade de vida na Terra para as futuras gerações. Não há mais tempo! É preciso agir agora!
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Além de ser um imenso desafio, esta situação exige de todos nós cidadãos planetários, a construção de uma nova cidadania, na qual direitos e deveres precisam estar muito bem relacionados e articulados. Somos todos seres cósmicos, portanto devemos agir em cadeia, uns dependendo dos outros, em ajuda mútua, assim como a rede natural que rege o equilíbrio da natureza. Esta cidadania planetária reside no fato de que todos os indivíduos estejam cientes das responsabilidades de suas ações.

Há de se fazer um enorme esforço no sentido de diminuir a ignorância do cidadão comum em relação às questões ambientais, tornando-se imprescindível ações criativas que permitam um maior engajamento de todos os atores sociais com a finalidade de enfrentar este momento crucial, transformando a cidadania em uma prática social, política e ecológica.

Faz-se necessária uma nova ordem, uma mudança de paradigma. Cabe a nós promover valores alternativos de uma nova utopia, ampliando a luta para que os países adotem outro modelo de governança e desenvolvimento, onde novos valores éticos sejam estimulados. O ponto crucial está no fato de que, pela primeira vez, o resultado das ações inconsequentes dos habitantes deste planeta está ameaçando sua própria condição de sobrevivência.
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Fonte - Envolverde

Nota DDP: Ver também "Faltam apenas 10 dias para acordo climático, alerta ONU". Destaque:

"Agora não é a hora de se olhar para desafios domésticos, nós devemos olhar para desafios globais que irão ter impacto no mundo todo", disse o secretário-geral.

Ban afirmou que o sucesso depende dos Estados Unidos, apesar de reconhecer que o presidente Barack Obama poderá ter dificuldade em ter toda a legislação necessária pronta até o encontro em dezembro.



quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vaticano deixa alertas na ONU

Crise internacional, ecologia, nova ordem mundial e conflito nas Honduras entre os temas abordados

O representante do Vaticano na ONU, D. Celestino Migliore, discursou na 64ª assembleia-geral das Nações Unidas, deixando uma série de alertas sobre temas como a actual crise económica e financeira, a ecologia ou o conflito nas Honduras.

O Arcebispo italiano começou por defender a necessidade de “legitimar os compromissos políticos assumidos” pelo G8 e o G20, para que as soluções tomadas “reflictam pontos de vista e expectativas dos povos de todos os continentes”.

Neste contexto, a ONU é chamada a ser “uma organização capaz de responder aos obstáculos e à crescente complexidade das relações entre os povos e as nações”.

O Observador permanente da Santa Sé disse ainda que “o verdadeiro desenvolvimento implica necessariamente o respeito integral da vida humana, que não se pode desligar do desenvolvimento dos povos”.

Para este responsável, é de lamentar que algumas ajudas ao desenvolvimento “pareçam estar ligadas à disponibilidade em aceitar programas que desincentivam o crescimento demográfico de algumas populações”.

O reconhecimento da dignidade de “cada homem e mulher”, prosseguiu, “implica que os Estados usem todos os meios ao seu alcance para evitar e combater os crimes de genocídio, limpeza étnica e qualquer outro crime contra a humanidade”.

D. Migliore falou também do sistema comercial internacional e da arquitectura financeira mundial, deixando votos de que se evitem “ciclos da economia” que venham a resultar em “novas crises mundiais, ainda mais graves”.

Em relação às alterações climáticas, o representante da Santa Sé entende que “a protecção do ambiente continua a ser o fulcro das actividades multilaterais, porque se refere ao destino de todas as nações e de todos os seres humanos”.

Outro tema abordado foi a situação de “sofrimento e frustração” do povo das Honduras, atingida por uma “longa crise política”. O Vaticano pede às partes envolvidas que façam “todos os esforços possíveis para chegar a uma rápida solução”.

Fonte - Ecclesia


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Obama pede nova era de cooperação em discurso na ONU

Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que é tempo de o mundo se mover em direção a uma nova era de respeito mútuo e interesses comuns e que seu país está pronto para iniciar um novo capítulo em termos de cooperação internacional.

Segundo Obama, o sentimento antiamericano foi usado muitas vezes no passado por outros países como desculpa para não agirem. O presidente disse que aqueles que criticaram os Estados Unidos por agir sozinhos no passado não podem agora ficar parados e esperar que o país resolva os problemas do mundo sozinho.

"Nada é mais fácil do que culpar os outros pelos nossos problemas e nos absolver de nossas responsabilidades", afirmou.

O presidente disse que os argumentos do século 20 devem ser deixados no passado e que as nações devem buscar construir novas coalizões e trabalhar em conjunto.

"Nenhuma ordem mundial que eleva uma nação acima das outras pode ser bem-sucedida", disse Obama, que falou na ONU logo após o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Devemos construir novas coalizões que superem antigas divisões. Todas as nações têm direitos e responsabilidades."

Obama listou o que considera os quatro pilares que englobam os principais desafios enfrentados pelo mundo hoje: o fim da proliferação de armas nucleares; paz e segurança; preservação do planeta e combate às mudanças climáticas; e uma economia global em que haja oportunidades para todos.

O presidente americano disse ainda que esses quatro temas estão interligados.
...
Fonte - BBC

Nota DDP: Trago os comentários do blog "Questão de Confiança", que em realidade se relacionam com o pronunciamento do Presidente brasileiro, mas que se aplicam "ipsis literis" aos termos da notícia supra transcrita. Primeiro a manifestação presidencial, depois o comentário:

"Os temas que estão no centro das nossas preocupações, a crise financeira, a nova governança mundial, e a mudança de clima têm um forte denominador comum. Ele aponta para a necessidade de construir uma nova ordem internacional sustentável, multilateral, menos assimétrica, livre de hegemonismos e dotada de instituições democráticas. Esse mundo novo é o imperativo político e moral.” (G1)

Essa combinação entre "nova ordem internacional" (ainda vista como "multilateral"), "crise financeira" e "mudança de clima" apontam para o cumprimento das profecias apocalípticas. (Pr. Douglas Reis)

Não é de surpreender a identidade de mensagem. Finalizo ainda com um ponto sustentado pelo presidente americano:

O líder dos Estados Unidos disse que não haverá paz no século 21 a não ser que todos assumam suas responsabilidade pela preservação do planeta. (BBC)

A pedra de toque dos últimos eventos será o Sábado do Senhor, mas as acusações estarão lastreadas em outros argumentos, dentre eles, o fundamentalismo daqueles que serão perseguidos como "inimigos da paz".


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