sábado, 28 de fevereiro de 2015

"Lojas não podem abrir no domingo

Notícia publicada num jornal de Joinville, SC (Brasil), no dia 27 de fevereiro de 2015.


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Câmara de vereadores veta comércio aos domingos

Um projeto de lei da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, SC, que permitiria a abertura do comércio aos domingos, foi arquivado. Sob a ótica profética relacionada com o futuro decreto dominical, o que chama a atenção no vídeo abaixo são os motivos usados pela população (de maioria católica e luterana) para defender a ideia de que o domingo seja preservado. Note, também, o que dizem os cartazes. A preservação da família é uma causa muito forte. A justiça social (além da proteção ao meio ambiente), também. No fim da matéria, uma trabalhadora menciona a crise financeira para justificar o direito de trabalhar aos domingos, mas, como a legislação caminha cada vez mais no sentido de preservar esse dia, os outros seis dias da semana serão obrigatoriamente dedicados ao trabalho. Assim, os que guardam o sábado bíblico terão crescente dificuldade para ser fiéis aos mandamentos de Deus. Mas isso não é novidade para quem estuda a Bíblia.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

São as misteriosas crateras da Sibéria causadas pela mudança climática? Cientistas encontram quatro novos buracos enormes



Cientista que nega aquecimento global recebeu US$ 1,2 milhão de empresa de combustíveis fósseis

Segundo o New York Times, Wei-Hock Soon recebeu a quantia em dinheiro e não revelou o financimento em ao menos 11 de seus artigos

Apesar de ser algo difícil de acreditar, ainda há conservadores nos EUA que negam os efeitos de gases de efeito estufa no aquecimento global. As pesquisas realizadas por um cientista do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, que eram um dos principais argumentos para deter o avanço de uma legislação que ajude a controlar emissões, acabam de ficar sob suspeita após o jornal “The New York Times” afirmar que seu autor recebeu mais de US$ 1,2 milhão da indústria de combustíveis fósseis.

Segundo o jornal, Wei-Hock Soon, conhecido como Willie, recebeu a quantia em dinheiro e não revelou o financimento em ao menos 11 de seus artigos, além de ter violado guias éticos dos jornais onde oito deles foram publicados desde 2008.

O cientista, que alega que variações na energia do sol podem explicar grande parte do aquecimento global recente, dá entrevistas frequentemente a programas conservadores de notícias, já testemunhou perante o Congresso americano e deu palestras em conferências que negam os riscos das mudanças climáticas.

Soon não respondeu a pedidos de entrevistas do jornal americano, mas há tempos defende que o financiamento privado não afeta o resultado de suas pesquisas. A agência de notícias Reuters também afirma que o cientista recebeu US$ 131 mil da empresa de petróleo ExxonMobil pra estudar os efeitos do sol no aquecimento global.

Fonte - Isto É

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Arábia Saudita: pena de morte para quem carregar Bíblia

Caaba, em Meca, Arábia Saudita

A Arábia Saudita é o “berço” do Islamismo, tendo em Meca a cidade mais sagrada dessa religião. Já é proibido aos não muçulmanos entrar naquela cidade. De modo geral, a perseguição religiosa só aumenta. Não há igrejas conhecidas e a maioria dos cristãos naquela nação são imigrantes estrangeiros. Agora, o governo do país que já se diz regido pela lei sharia, anuncia modificações em uma lei sobre literatura. Isso poderá marcar o fim do cristianismo na região. O motivo é simples: está prevista pena capital para quem carregar Bíblias para dentro da Arábia. Ou seja, o que já era considerado contrabando, agora chega ao extremo. Não se pode comprar legalmente uma cópia das Escrituras por lá.

A missão Heart Cry [Clamor do Coração] divulgou em seu relatório mais recente que ao legislar sobre a importação de drogas ilegais, incluiu-se um artigo que aborda “todas as publicações de outras crenças religiosas não islâmicas e que tragam prejuízo”. Ou seja, na prática, entrar com uma Bíblia na Arábia Saudita será o mesmo que carregar cocaína ou heroína.

Segundo a lista publicada anualmente pelo Ministério Portas Abertas, em 2014 a Arábia Saudita figura como o 6º país que mais persegue cristãos. A conversão para outra religião já era proibida na Arábia Saudita, punida com a morte. Mesmo assim, existem relatos crescentes de que muçulmanos estão seguindo a Cristo após sonhos e visões.

O portal WND entrou em contato com a embaixada da Arábia Saudita para confirmar as mudanças na lei, mas a resposta oficial é que não haveria comentários. Por ser um importante parceiro comercial dos EUA, a Arábia raramente recebe cobertura negativa da imprensa.

O teólogo Joel Richardson, que tem escrito vários livros e produz documentários sobre o islamismo e o final dos tempos, afirmou: “Se os muçulmanos verdadeiramente tivessem confiança que sua religião é verdadeira, não teriam medo de pessoas que leem a Bíblia.” [...]

(Gospel Prime)

Nota Criacionismo: Os muçulmanos de todo o mundo, que desfrutam da liberdade de culto, que podem ler tranquilamente seu Corão e construir suas mesquitas, deveriam se manifestar contra essa barbaridade.

A Igreja Católica está em busca de vida extraterrestre?

É uma contradição a Igreja Católica Romana ter astrônomos dedicados a investigar o Universo? Para os sacerdotes envolvidos, não: é uma atividade que os ajuda a se conectarem com o Criador. A instituição conta com 10 astrofísicos em atividade, que estão preocupados em aprofundar nossos conhecimentos sobre o cosmo. E o que chama mais atenção nessa história é fato de eles, além de astrofísicos, serem também sacerdotes.

Diante das críticas costumeiras dos cientistas ateus, os especialistas do Observatório do Vaticano se defendem: na astrofísica, segundo eles, não há limites entre ciência e religião. “Acredito que as pessoas que fazem grandes perguntas sobre a fé também estão interessadas na astronomia, uma ciência que está sempre fazendo perguntas muito importantes”, explica Buell Jannuzi, diretor do Observatório Steward da Universidade do Arizona, que trabalha em colaboração com os sacerdotes espaciais.

O Observatório do Vaticano data de 1582, mas foi o Papa Leão XIII quem o estabeleceu oficialmente em 1891, para deixar claro que a Igreja Católica Romana não se opunha à ciência verdadeira e bem conduzida. Agora, esses cientistas religiosos avançam em seus estudos, mesmo correndo o risco de, chegando a “grande descoberta”, colocar em dúvida os alicerces de sua teologia.

Fonte - History Channel

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Angela Merkel é recebida pelo Papa Francisco no Vaticano

Angela Merkel fez uma doação para as crianças refugiadas e deu cd’s de Sebastian Bach ao Papa Francisco

A Chanceler alemã, Angela Merkel, foi recebida pelo Papa Francisco na manhã deste sábado, 21, em audiência no Vaticano. Durante o encontro que durou cerca de 40 minutos, a Chanceler fez uma doação para as crianças refugiadas e ofereceu ao Papa cd’s de Johann Sebastian Bach.

O Papa por sua vez a presenteou com uma medalha de São Martinho que retrata o santo oferecendo seu manto a um pobre. O Santo Padre também ofereceu a Exortação Apostólica“Evangelii Gaudium”, na sua versão alemã.

Após o encontro com o Santo Padre, a Chanceler Angela Merkel foi recebida pelo Secretário de Estado do Vaticano Cardeal Pietro Parolin.

Efeitos da Música no Corpo - Hélio Pothin

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Os Jesuítas e a Igreja Adventista Hoje


Uma visão histórico-profética de duas forças envolvidas no grande conflito entre Cristo e Satanás.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Lewandowski discute 'papel do Judiciário' com Papa Francisco

Presidente do STF e pontífice se reuniram nesta quarta no Vaticano. Em viagem à Europa, ele também terá audiência com rainha da Inglaterra.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, se reuniu na manhã desta quarta-feira (18) com o Papa Francisco, em uma audiência privada no Vaticano.

De acordo com a assessoria do STF, ao longo dos cerca de 20 minutos do encontro, os dois trocaram impressões sobre o papel do Judiciário na promoção da justiça e da paz social, na garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana e na realização de objetivos de desenvolvimento sustentável.

O convite para a reunião foi feita a Lewandowski pelo Vaticano. O ministro está na Itália desde a última quinta (12) para encontros com autoridades do Judiciário italiano. Nesta quinta (19), ele se reunirá com o presidente da Corte Constitucional da Itália, que equivale ao STF brasileiro.

Ainda conforme a assessoria do Supremo, o Papa e Lewandowski também trataram, na audiência, que ocorreu por volta de 9h no horário da Itália (6h no horário de Brasília), da conjuntura do Brasil e da região sul-americana.

Na conversa, o pontífice destacou a “necessidade se garantir a progressiva melhoria das condições de vida nos países da América Latina, sobretudo para os grupos sociais mais frágeis e desassistidos.”

O papa, de acordo com a assessoria do Supremo, ressaltou ainda a necessidade de se conciliar o desenvolvimento social com a proteção ao meio ambiente. Além da reunião com o pontífice, o presidente do STF se reuniu nesta quarta com o Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, com quem falou sobre a “importância da garantia ao pluralismo”, num momento em que a “radicalização social, política e religiosa” aflige a comunidade internacional.

Segundo o Vaticano, a reunião foi realizada nos moldes das reservadas a chefes de Estado.
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Fonte - G1

Obama não falou (ainda) em decreto dominical

Mais um boato infundado

Está circulando nas redes sociais um vídeo em que o presidente dos EUA supostamente faz um discurso convocando todos a descansarem no domingo. Em poucas horas, o vídeo teve milhares de compartilhamentos. Não dá para imaginar o que pode ter levado alguém a produzir esse material, já que a tradução está totalmente errada. O discurso não contém uma palavra sequer sobre a questão do dia de repouso. Só pode ser piada ou algum tipo de pegadinha de mau gosto. O pior é que muita gente acaba acreditando nessas coisas e deixa o bom ceticismo de lado. Ao espalhar conteúdos como esses, sem checar a procedência ou a veracidade, os incautos apenas lançam descrédito sobre a mensagem profética.

Essa situação é muito parecida com outras, que expus nas postagens “Papa NÃOpressionou Obama a assinar decreto dominical” e “Boataria internética”.

Avança projeto de fechamento dominical da CAME



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Vaticano apoia intervenção militar na Líbia com respaldo da ONU

VATICANO — O Vaticano apoiou abertamente uma possível intervenção internacional das Nações Unidas na Líbia, que está à beira de uma guerra civil. O Secretário de Estado da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, destacou na terça-feira que é necessária uma intervenção, mas “sob o respaldo da ONU”, depois que as decapitações de 21 cristãos coptas no país por extremistas do Estado Islâmico (EI) desencadearam uma série de bombardeios do Egito contra alvos do grupo.

“O avanço do Estado Islâmico na Líbia deve ser contido e, portanto, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, disse que é preciso intervir logo, mas sob a égide da ONU. — Ou seja, requer um amplo consenso internacional”, informou a Rádio Vaticano.

Diante de centenas de pessoas que compareceram à semanal audiência geral no Vaticano nesta quarta-feira, o Papa Francisco fez um apelo à comunidade internacional para que propicie “soluções pacíficas” na Líbia e mostrou também sua esperança de que “a paz duradoura” chegue em breve ao Oriente Médio, ao norte da África e à Ucrânia.

— Rezemos pela paz no Oriente Médio e no norte da África, recordando todos os mortos, feridos e refugiados. Que a comunidade internacional possa encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia — disse Francisco. — Também gostaria de pedir orações para os nossos irmãos egípcios que, há três dias, foram mortos na Líbia apenas pelo fato de serem cristãos.

O Conselho de Segurança da ONU discute nesta quarta-feira o pedido do presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, de uma resolução que permita a criação de uma coalizão internacional para intervir no território líbio, onde o EI decapitou 21 cristãos coptas. A Itália advertiu nesta quarta-feira para o risco de fusão de outras milícias com o EI.

Também na quarta-feira, o grupo de países árabes na ONU apresenta um projeto para levantar o embargo ao envio de armas para a Líbia. O Egito é o maior apoiador da medida.

Milícias têm lutado pelo controle na Líbia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, e dois governos rivais estão operando em Trípoli e em Tobruk. Sisi defendeu o envio de armas para o governo internacionalmente reconhecido da Líbia, que se instalou em Tobruk, após militantes rivais tomarem o poder na capital.

Fonte - O Globo

Discussão sobre descanso dominical no Chile



Hungria: lei proíbe comércio aos domingos

Pode ter passado despercebida ao público brasileiro, mas tem criado grande polêmica na Hungria a lei recentemente aprovada pelo governo de Viktor Orbán proibindo em todo o país, a partir de 1° de março de 2015, a abertura do comercio aos domingos.

Proposta pelos Cristãos Democratas, partido minoritário do primeiro ministro na sua coalizão com Fidesz, a lei foi descrita no site do governo como um meio para assegurar que as compras “não encurtem o tempo em que as famílias passam reunidas”.

Haverá algumas exceções. Pequenos comércios como farmácias, tabacarias, feiras e mercados em bases militares poderão abrir nesse dia. As padarias só poderão fazê-lo até às 17 horas. E os comércios em aeroportos e estações de trem, até às 22.

Também poderão abrir os comércios nos quais 20% dos empregados sejam membros da família do proprietário. Outra exceção é feita para o Advento, durante o qual o comerciante deverá pagar impostos extras para abrir nos quatros domingos que antecedem o Natal.

Opositores dessa lei pediram um referendo, mas o Ministério da Economia se opôs à medida publicando um estudo, no qual mostra que apenas um quinto dos húngaros faz suas compras semanais aos domingos.

A Hungria tem dez milhões de habitantes, 37% dos quais se declaram católicos, enquanto 16% se consideram apenas “cristãos”.

O governo de Viktor Orbán inscreveu na Constituição, recentemente aprovada, que casamento só pode ser entre homem e mulher. A nova Carta também contém referências a Santo Estêvão, Rei da Hungria e à chamada Santa Coroa, símbolo do poder no país. Tais atitudes agradam não só setores religiosos, mas também setores seculares da população.

Numa época na qual em nome do laicismo de Estado se aprovam as maiores aberrações, é animador tomar conhecimento deste tipo de legislação. Nela, princípios católicos tradicionais sobrepõem-se aos interesses econômicos.

Fonte - Campo Grande News

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Japão sofre forte tremor que gera um pequeno tsunami

Um pequeno tsunami foi gerado nesta terça-feira no nordeste do Japão depois de um violento terremoto nas águas do arquipélago, o que levou as autoridades a pedir que milhares de pessoas deixassem temporariamente seus lares no litoral do país.

O terremoto foi de 6,9 graus para a Agência Meteorológica Japonesa e 6,8 graus para o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS).

Milhares de moradores da prefeitura de Iwate, onde existe o risco de maremoto. A preocupação maior era com a cidade de Rikuzentakata, uma das mais afetadas pelo gigantesco tsunami de março de 2011.

Veículos oficiais com sirenes circularam pelas rudas das cidades para avisar a população e, em certos casos, ordenar uma evacuação imediata.

A primeira elevação do nível das águas foi de apenas 10 cm em Miyako e atingiu o dobro desse nível um em Kujiko (20 cm).

Uma célula de crise foi instalada no gabinete do primeir-ministro em Tóquio para acompanhar a situação.

O terremoto ocorreu no mar no início da manhã, hora local (21H06 de segunda-feira, horário de Brasília), 210 km a leste da cidade costeira de Miyako e com hipocentro a 10 km de profundidade.

"Trata-se de um tremor secundário ligado ao de março de 2011", explicou um sismólogo à imprensa.

Comparado com o de 11 de março de 2011, o tremor não foi muito violento para quem vive longe do litoral, mas foi sentido em um perímetro bem amplo do norte e leste, em particular em todas as prefeituras afetadas naquela ocasião: Iwate, Miyagi, Fukushima, Aomori, Akita, Hokkaido, Yamagata, Niigata, Ibaraki e Tochigi.

Os prédios de Tóquio e sua periferiam chegaram a balançar.

Até o momento, não foram assinaladas vítimas ou danos materiais.

Várias linhas férreas foram interrompidas brevemente.

Na zona afetada pelo tremor se encontram várias usinas e instalações nucleares, mas não foram assinaladas anomalis nos minutos que se seguiram ao tremor.

O Japão está situado na conjunção de quatro placas tectônicas e todos os anos registra 20% dos tremores mais violentos ocorridos no mundo.

Em 11 de março de 2011, o gigantesco tsunami deixou mais de 18.000 mortos no litoral nordeste do Japão e provocou o desastre nuclear de Fukushima.

Fonte - Yahoo

Líder muçulmano quer destruição de todas as igrejas cristãs

O sheik intolerante

O mundo ainda mal se recuperou das cenas horríveis da decapitação de 21 cristãos egípcios por membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e agora vem o maior líder muçulmano da Arábia Saudita pedir o fechamento de todas as igrejas cristãs! O sheik Abdul Aziz bin Abdullah, o grão-mufti da Arábia Saudita, maior líder religioso do país onde Maomé nasceu, declarou que é “necessário destruir todas as igrejas da região”. Tal comentário do líder muçulmano foi uma resposta ao questionamento de uma delegação do Kuwait, onde um membro do parlamento recentemente também pediu que igrejas cristãs fossem “removidas” do país. O grão-mufti salientou que o Kuwait era parte da Península Arábica, e por isso seria necessário destruir todas as igrejas cristãs de lá. “Como acontece com muitos muftis antes dele, o sheik baseou sua fala na famosa tradição, ou hadith, que o profeta do Islã teria declarado em seu leito de morte: ‘Não pode haver duas religiões na Península [árabe].’ Isso que sempre foi interpretado que somente o Islã pode ser praticado na região”, explicou Raymond Ibrahim, especialista em questões islâmicas.

A importância dessa declaração não deve ser subestimada, enfatiza Ibrahim: “O sheik Abdul Aziz bin Abdullah não é um líder muçulmano qualquer que odeia as igrejas. Ele é o grão-mufti da nação que levou o Islã para o mundo. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemás [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e Emissão de Fatwas. Quando se trata do que o Islã prega, suas palavras são imensamente importantes.”

No Oriente Médio, os cristãos já estão enfrentando perseguição maior, incluindo a morte, nos últimos meses. Especialmente nos países onde as facções militares islâmicas têm aproveitado o vácuo de poder criado pelas revoluções da chamada “Primavera árabe”, como Egito, Líbia e Tunísia, Jordânia, Marrocos, Síria e Iêmen.

Os cristãos coptas, por exemplo, que vivem no Egito há milênios estão relatando níveis mais elevados de perseguição de muçulmanos. No Norte de África, os muçulmanos prometeram erradicar o cristianismo em alguns países, como a Nigéria. No Iraque, onde os cristãos tinham algumas vantagens durante o governo de Saddam Hussein, populações cristãs inteiras fugiram. O Irã também tem prendido crentes e fechado igrejas mais do que de costume.

Ibrahim escreveu ainda em sua coluna: “Considerando a histeria que aflige o Ocidente sempre que um indivíduo ofende o Islã, por exemplo, uma pastor desconhecido qualquer, imagine o que aconteceria se um equivalente cristão do grão-mufti, digamos o papa, declarasse que todas as mesquitas da Itália devam ser destruídas; imaginem o frenesi da mídia ocidental. Imediatamente todos os veículos gritariam insistentemente ‘intolerância’ e ‘islamofobia’, exigiriam desculpas formais e apelariam para uma reação dos políticos.”

O estudioso acredita que uma onda de perseguição sem precedentes está prestes a ser iniciada na região, que ainda testemunha Israel e Irã viverem ameaçando constantemente fazer ataques. O resultado disso pode ser um conflito de proporções globais.

Os reféns cristãos foram forçados a se ajoelhar e então foram decapitados. O vídeo foi divulgado em perfis de jihadistas líbios que apoiam o Estado Islâmico nas redes sociais, com a seguinte legenda: “O povo da cruz, os seguidores da igreja egípcia hostil.”

Fonte - Gospel Prime

Nota Criacionismo: A tensão realmente vem aumentando no Oriente, com clara repercussão no Ocidente. Líderes políticos e religiosos estão discutindo o que fazer para conter a barbárie dos fundamentalistas radicais religiosos, e chegando à conclusão (correta) de que o terrorismo religioso é um mal que deve ser combatido. O grande problema é como vem sendo interpretado o conceito de “fundamentalismo” e “radicalismo”...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Papa Francisco pede a fiéis que orem para que Deus una os cristãos: “O diabo é o pai das divisões”

O papa Francisco voltou a falar sobre seu desejo de ver as diferentes tradições cristãs unidas em prol do Evangelho, e disse que as divisões são arquitetadas pelo diabo.

“Nós temos que orar para que o Espírito Santo nos una. Jesus queria a unidade de todos. O diabo é o pai das divisões, sempre divide, sempre faz guerras, faz muito mal”, afirmou o pontífice, de acordo com informações da agência EFE.

Antes de sua nomeação como papa, o cardeal Jorge Mario Bergoglio ficou conhecido em Buenos Aires, capital argentina, por seu bom diálogo com líderes evangélicos. Em alguns eventos, aceitou receber orações de pastores, num gesto simbólico de sua crença de que, apesar das diferenças, os cristãos católicos e evangélicos seguem ao mesmo Deus.

“[No coração de Cristo] se encontra desejo de unidade dos seus discípulos pertencentes a esta sede. O encontramos expresso na oração elevada ao Pai antes da Paixão. Porque nós todos somos um”, acrescentou Francisco.

Adiante, o papa voltou a pedir que os fiéis continuem intercedendo e se comprometendo com “a plena unidade dos discípulos de Cristo, sabendo que Ele está conosco e nos apoia com a força de seu Espírito, e que este objetivo está se aproximando”.

A união de cristãos católicos, protestantes, ortodoxos e coptas, entre outras tradições menores, é um objetivo que o papa frisa constantemente. Há um ano, Francisco gravou uma mensagem em vídeo para um congresso pentecostal nos Estados Unidos, organizado pelo pastor Kenneth Copeland.

Durante os cerca de cinco minutos da mensagem, o Francisco disse que tem fé de que Deus conclua bem o “processo de unificação das Igrejas cristãs”, pois nunca tinha visto Ele “iniciar um milagre que não concluísse bem”.

Fonte - Gospel Mais

Egito ataca aliados do Estado Islâmico após vídeo com decapitação de cristãos

O Exército do Egito lançou na madrugada desta segunda-feira (16) um ataque aéreo contra várias posições das milícias leais ao Estado Islâmico (EI) na Líbia após a divulgação de um vídeo no qual os jihadistas assassinam 21 cristãos coptas.

A chefia das Forças Armadas detalhou que os bombardeios foram "contra quartéis, posições, lugares de concentração e treinamento, e armazéns de armas" dos jihadistas leais ao EI em território líbio.

Pelo menos cinco civis, três crianças e duas mulheres morreram no ataque, que teve como alvo a cidade de Derna, a mil quilômetros de Trípoli. O Exército egípcio alegou que ataque cumpriu seus objetivos "com exatidão" e os aviões das Forças Aéreas egípcias "voltaram sãos e salvos para suas bases" no Egito.

As Forças Armadas advertiram que "esta resposta às ações criminosas de organizações terroristas dentro e fora do país é uma vingança ao sangue egípcio". "É nosso dever e direito e cumpriremos porque os egípcios têm um escudo que protege a segurança nacional e um espada que amputa o terrorismo e o extremismo", alertaram.

O Estado Islâmico divulgou no domingo um vídeo que mostra a execução de 20 coptas egípcios que foram sequestrados na cidade de Sirte, no norte da Líbia, por extremistas leais ao grupo jihadista.
Após o incidente, o presidente egípcio, Abdel Fattah al Sisi, advertiu que o Egito "se reserva ao direito de responder da maneira e no tempo que considerar adequados" ao assassinato.

O ministro egípcio das Relações Exteriores, Sameh Shukri, viajou no domingo à noite para Nova York para reuniões na ONU e no Conselho de Segurança para exigir uma reação internacional.

Fonte - Correio do Estado

Mudanças climáticas ameaçam segurança alimentar, alertam cientistas

São José, Estados Unidos, 16 Fev 2015 (AFP) - A aceleração das mudanças climáticas e seu impacto sobre a produção agrícola mundial exige que profundas mudanças sociais sejam implementadas nas próximas décadas para alimentar uma população mundial crescente, alertaram cientistas em uma conferência científica anual.

Segundo os cientistas, a produção alimentar terá que dobrar nos próximos 35 anos para alimentar uma população global de 9 bilhões de habitantes em 2050 contra os 7 bilhões atuais.

Alimentar o mundo "implicará algumas mudanças em termos de minimizar o fator climático", disse Jerry Hatfield, diretor do Laboratório Nacional para a Agricultura e o Meio Ambiente.

A volatilidade das chuvas, as secas frequentes e o aumento das temperaturas afetam as lavouras de grãos, razão pela qual será preciso adotar medidas, afirmou Hatfield neste domingo, durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência.

"Se avaliarmos a produção de 2000 a 2050, basicamente teríamos que produzir a mesma quantidade de alimentos que produzimos nos últimos 500 anos", previu.

Mas, globalmente, os níveis de uso da terra e a produtividade continuarão degradando o solo, advertiu.

"No que diz respeito à projeção para o Meio Oeste (dos EUA), estamos convencidos de que as temperaturas aumentarão bastante", afirmou Kenneth Kunkel, climatologista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica americana, referindo-se à região de maior produção de grãos, situada no centro do país.

Kunkel estudou o impacto do aquecimento global no Meio Oeste americano, onde a maior ameaça para a segurança alimentar é a seca.

A possibilidade é alta que esta região sofra com a pior seca no século XXI entre as registradas no último milênio, representando uma ameaça direta para os moradores da região, alertaram cientistas nesta quinta-feira, na abertura da conferência, celebrada em San José, na Califórnia (oeste).

As mudanças climáticas estão ocorrendo tão rapidamente que os seres humanos enfrentarão em breve uma situação sem precedentes, afirmou Kunkel.

Mas James Gerber, especialista em agricultura da Universidade de Minnesota, disse que reduzir o desperdício de alimentos e o consumo de carne vermelha ajudaria.

A redução do número de cabeças de gado diminui o impacto ambiental, inclusive as emissões de metano, um poderoso gás de efeito estufa.

Gerber disse que os cientistas identificaram "tendências bastante preocupantes", como a diminuição global das reservas de grãos, que dão à sociedade uma importante rede de segurança.

O cientista também expressou sua preocupação sobre o fato de que a maioria da produção de grãos está concentrada em áreas vulneráveis ao aquecimento global. Gerber não descartou um uso maior de organismos geneticamente modificados como forma de aumentar a disponibilidade de alimentos.

Paul Ehrlich, presidente do Centro para a Conservação Biológica, da Universidade de Stanford, disse que o problema requer "uma real mudança social e cultural em todo o planeta".

"Se tivéssemos mil anos mais para resolvê-lo, estaria muito tranquilo, mas podemos ter 10 ou 20 anos" apenas, advertiu.

Fonte - UOL

EUA correm risco de 'mega seca' inédita em mil anos

O sudoeste e as planícies centrais dos Estados Unidos correm o risco de enfrentar uma mega seca a partir de 2050 – a maior em mil anos, segundo pesquisadores. Algumas regiões, como a Califórnia, já enfrentam uma séria escassez de chuvas, mas a situação é branda se comparada com alguns períodos dos séculos 12 e 13. "Essas mega secas durante os anos 1100 e 1200 persistiram por 20, 30, 40, 50 anos de cada vez e foram secas que ninguém na história dos Estados Unidos jamais experimentou", disse Ben Cook, do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa.

São esses eventos climáticos sem precedentes no último milênio que podem vir a acontecer, segundo os novos modelos. "As secas que as pessoas conhecem – como a que foi chamada de dust bowl nos anos 1930 por causa das tempestades de areia, a seca dos anos 1950 ou mesmo a atual seca na Califórnia e no sudoeste – foram secas naturais que esperava-se que durassem apenas alguns anos ou talvez uma década", disse Cook. "Imagine se a seca atual na Califórnia continuasse por mais 20 anos", comparou.

Duplo efeito

O estudo reforçou um consenso sobre as secas que deverão afligir o sudoeste e as planícies centrais americanas (uma larga faixa de território do norte do Texas até as Dakotas do Norte e do Sul) em consequência das crescentes emissões de gases na atmosfera.

Elas serão causadas por um fenômeno duplo: a precipitação reduzida (redução da quantidade de chuvas e neve) e o aumento da evaporação (impulsionado pelas altas temperaturas, que deixará os solos mais ressecados).

Para o novo estudo, a equipe de Cook comparou reconstruções das condições climáticas do passado feitas a partir da análise dos anéis de crescimento das árvores – os anéis são mais largos em anos mais úmidos. Foram levados em conta também outros 17 modelos climáticos, além de índices diferentes usados para descrever a quantidade de umidade que se manteve nos solos.

Com estas informações, os pesquisadores conseguiram entender a variação natural do sistema climático, separando o que são situações normais e o que seriam situações extremas.

O que o grupo descobriu foi que, após 2050, o sudoeste e as planícies centrais provavelmente passarão por períodos de estiagem que ultrapassariam até mesmo a chamada "anomalia climática medieval" nos séculos 12 e 13.

"Tanto no sudoeste quanto nas planícies centrais, estamos falando de um risco de 80% de uma seca de 35 anos até o final do século, se a mudança climática se consumar", disse o coautor do estudo Toby Ault, da Universidade de Cornell.

"E esse é um ponto muito importante – não estamos necessariamente presos neste alto risco de uma mega seca se tomarmos providências para retardar os efeitos da emissão dos gases estufa nas temperaturas globais."

Vivendo em estiagem

Ault definiu as condições de uma mega seca usando o exemplo da cidade de Tucson, no Arizona, onde a precipitação está em 80% dos níveis esperados desde o final dos anos 1990. Se isso continuar por mais duas décadas, a situação se qualifica como mega seca.

Apesar do desafio, o pesquisador se disse otimista com a possibilidade de desenvolver estratégias para lidar com o problema.

"Os registros que temos de mega secas do passado são baseados em estimativas de anéis de crescimento. Se você pensar bem, isso é um pouco animador, porque significa que as secas não foram ruins a ponto de matar todas as árvores", disse Ault.

"Estou otimista porque uma mega seca não significa não ter água – significa apenas ter muito menos água do que nos acostumamos a ter no século 20."

O estudo, divulgado na publicação científica Science Advances, foi discutido no encontro anual da Associação Americana para o Avanço das Ciências, que acontece em San Jose, na Califórnia.

Fonte - UOL

Nota DDP: Veja também "EUA correm risco de uma "megasseca" que duraria 30 anos, aponta estudo".

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Um mundo em que cada eletrodoméstico se transforma num agente do Big Brother

As comparações à distopia 1984 de George Orwell não são exageradas. O mais recente caso dos televisores Samsung, que "ouvem" as conversas, é apenas um exemplo de como a tecnologia nos espia

É um dos maiores dilemas das sociedades desenvolvidas deste século: conveniência ou privacidade. Termos que não deveriam autoexcluir-se, mas que a realidade tecnológica pôs frente a frente a um nível que consegue surpreender.

Surpreendidos ficaram muitos consumidores esta semana ao saber que a Samsung admitia que os seus televisores Smart TV são capazes de "ouvir" as conversas na sala onde se encontram. Tal decorre do texto da "política de privacidade" que o fabricante sul-coreano anexa aos seus aparelhos capazes de reagir a comandos de voz: "Tenha em consideração que se as suas palavras faladas incluírem informações pessoais ou outras de natureza sensível, estas estarão entre os dados captados e transmitidos a terceiros através da utilização do Reconhecimento de Voz." O caso levou já à intervenção de um senador norte-americano.

Mas estes não são os únicos aparelhos a recolherem e armazenarem os dados privados dos utilizadores. E com a expansão da chamada "internet das coisas", cada eletrodoméstico é um potencial agente infiltrado nas nossas vidas. Resta saber o que fazem as empresas com estas informações. E como nos podemos proteger delas.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Obama pede ao Congresso autorização para iniciar guerra contra o Estado Islâmico

Presidente eleito com a promessa de dar um fim as guerras dos EUA enviou carta; líder do senado prometeu resposta rápida

O presidente Barack Obama pediu ao Congresso nesta quarta-feira (11) uma autorização formal para o uso de força militar contra o Estado Islâmico, argumentando que os militantes poderiam representar uma ameaça para o território dos EUA se a sua tomada de poder violenta não for controlada e exortando aos legisladores que "mostrar ao mundo que estamos unidos em nossa determinação de combater essa ameaça."

Hoje: Militares encontram 40 cabeças decapitadas em campo de treinamento no Líbano

Ontem: Obama confirma morte de refém norte-americana do Estado Islâmico

Obama, eleito com a promessa de acabar com as guerras dos EUA, está enviando ao Congresso uma proposta de resolução para autorizar o uso de força militar contra a rápida ascensão dos extremistas do Estado Islâmico, que têm tomado áreas de forma violenta entre o Iraque e a Síria e que descaradamente mata reféns dos EUA e de seus aliados em vídeos divulgados online.

Em uma carta de cinco parágrafos aos legisladores que acompanha o projeto de três páginas entregue a The Associated Press, Obama disse que o Estado islâmico "representa uma ameaça para as pessoas e estabilidade do Iraque, da Síria, de todo o Oriente Médio e para a segurança nacional."

Assad: Presidente da Síria diz receber informações sobre ataques liderados pelos EUA

"É uma ameaça pessoal aos EUA e às suas instalações localizadas na região. Os extremistas também são responsáveis pelas mortes dos cidadãos norte-americanos James Foley, Steven Sotloff, Abdul-Rahman Peter Kassig e Kayla Mueller", disse ele, listando os reféns americanos que morreram sob custódia do EI.

"Se não for controlado, o EI será uma ameaça muito além do Oriente Médio, incluindo os EUA". Obama planeja falar sobre o seu pedido da Casa Branca ainda nesta quarta.

A proposta de Obama promove um debate ideológico sobre o que autoridades e o presidente deveriam fazer para controlar as ações dos jihadistas, sob a sombra de vidas americanas perdidas que pairam sobre essas decisões. A confirmação da morte de Kayla Mueller, 26, que fazia trabalho humanitário, na véspera da proposta de Obama acrescentou nova urgência ao ato, enquanto soldados da guerra de longa data no Iraque e Afeganistão tentam precaver parlamentares sobre os malefícios de mais uma campanha militar prolongada.

Cenário: Lei do Estado Islâmico autoriza casamento de meninas a partir dos 9 anos

Obama propõe ainda que não haja limitações geográficas para as ações dos EUA na busca pelos militantes extremistas. A autorização abrange o Estado islâmico e "forças ou pessoas associadas", definida como aqueles que lutam em nome ou ao lado dos extremistas "ou qualquer entidade sucessora, intimamente relacionada em hostilidades contra os Estados Unidos ou contra seus parceiros de coalizão."

Especialistas: Estado Islâmico tem perdido espaço com ofensiva dos EUA

A resolução de Obama pretende revogar a autorização de 2002 sobre o trabalho das forças armadas contra a Al-Qaeda no Iraque e Afeganistão, embora Obama diga em sua carta aos legisladores que seu objetivo é refinar e, finalmente, revogar essa autorização também.

A proposta dele proíbe "operações de combate ofensivas e duradouras". A sua ambiguidade é projetada para reduzir o abismo entre os legisladores que se opõem às tropas terrestres e aqueles que dizem que o comandante chefe deve manter essa opção.

"A autorização que proponho iria proporcionar flexibilidade para realizar operações de combate em circunstâncias limitadas, como as operações de resgate envolvendo os EUA ou os países que fazem parte da coligação ou o uso de forças de operações especiais para tomar uma ação militar contra a liderança do EI", disse Obama.

O senador Bob Corker, presidente republicano do Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse que apreciou a decisão do presidente em buscar autorização e prometeu rapidamente começar a realizar audiências "rigorosas" sobre o pedido da Casa Branca.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Aquecimento global: um escândalo científico

Garoto-propaganda do ECOmenismo

Novos dados sugerem que o “desaparecimento” do gelo polar não seja resultado de aquecimento global galopante

Quando as gerações futuras olharem para trás, para o alarme do aquecimento global nos últimos 30 anos, nada vai chocá-las mais do que a constatação de que os registos oficiais de temperatura – nos quais todo o pânico se apoiava em última instância – foram sistematicamente “ajustados” para mostrar a Terra como tendo aquecido muito mais do que os dados reais comprovavam. Há duas semanas, sob o título “Como estamos sendo enganados com dados errados sobre o aquecimento global”, escrevi sobre Paul Homewood que, em seu blog “Not a lot of people know that”, tinha contrastado os gráficos de temperatura publicados por três estações meteorológicas no Paraguai com as temperaturas que haviam sido originalmente registradas. Em cada exemplo, a tendência atual de 60 anos de dados tinha sido dramaticamente invertida, de modo que uma tendência de arrefecimento foi alterada para uma que apresentou um aquecimento significativo.

Esse foi apenas o último de muitos exemplos de uma prática há muito reconhecida por especialistas observadores ao redor do mundo – o que levanta um ponto de interrogação cada vez maior sobre todo o registro oficial de temperatura de superfície.

Após o meu último artigo, Homewood verificou o resgistro de outras estações meteorológicas da América do Sul em torno das três originais. Em cada caso, ele encontrou as mesmas suspeitas de “ajuste” em sentido único. Primeiro esses foram feitos pela Global Historical Climate Network (GHCN) do governo dos EUA. Foram depois amplificados por dois dos principais registros oficiais de superfície, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) e do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC), que usam as tendências de aquecimento para estimar as temperaturas ao longo das vastas regiões da terra onde não há medições. Contudo, estes são os registros de que cientistas e políticos dependem para a sua crença no “aquecimento global”.

Homewood voltou agora sua atenção para as estações meteorológicas em grande parte do Ártico, entre o Canadá (51 graus Oeste) e o coração da Sibéria (87 graus Este). Mais uma vez, em quase todos os casos, os mesmos ajustes de sentido único foram feitos, para mostrar aquecimentos de 1 grau Celsius ou mais elevado do que foi indicado pelos dados que foram registrados. Isso surpreendeu nada menos do que Traust Jonsson, que esteve muito tempo como responsável de pesquisa do clima no gabinete de meteorologia da Islândia (e com quem Homewood tem estado em contacto). Jonsson ficou espantado ao ver como a nova versão “faz desaparecer” completamente os “anos de gelo do mar” da Islândia, por volta de 1970, quando um período de arrefecimento extremo quase devastou a economia de seu país.

Um dos primeiros exemplos desses “ajustes” foi exposto em 2007 pelo estatístico Steve McIntyre, quando descobriu um artigo publicado em 1987 por James Hansen, o cientista (mais tarde virou fanático ativista do clima) que por muitos anos liderou o GISS. O gráfico original de Hansen mostrou as temperaturas no Ártico como tendo sido bem mais altas por volta de 1940 do que em qualquer momento desde então. Mas, como Homewood revela em seu post “Ajustes de temperatura transformam a história do Ártico”, o GISS virou isso ao contrário. As temperaturas do Ártico a partir desse momento foram tão abaixadas que já estão diminuídas pelas dos últimos 20 anos.

O interesse de Homewood no Ártico acontece, em parte, porque o “desaparecimento” de seu gelo polar (e dos ursos polares) tornou-se como um “garoto-propaganda” para aqueles que tentam nos convencer de que somos ameaçados pelo aquecimento galopante. Mas ele escolheu esse trecho específico do Ártico porque é onde o gelo é afetado por água mais quente trazida por mudanças cíclicas numa grande corrente atlântica - esta última atingiu o pico há 75 anos, quando o gelo ártico recuou ainda mais do que tem feito recentemente. O derretimento do gelo não é de todo causado pelo aumento das temperaturas globais.

De muito mais sério significado, porém, é a maneira como essa manipulação geral do registro oficial de temperatura - por razões que o GHCN e o GISS nunca explicaram plausivelmente - se tornou o verdadeiro elefante na sala do maior e mais caro alarme que o mundo conheceu. Isso realmente começa a parecer como um dos maiores escândalos científicos de todos os tempos.

(The Telegraph; tradução de Filipe Reis)

Nota Criacionismo: Quero repetir aqui algo que nunca é demais deixar claro: não nego que possa estar havendo algum tipo de aquecimento global. O que questiono (e não sou o único) é se o ser humano seria o fator primordial (o principal culpado) nesse processo. Se a culpa for nossa, devemos aceitar qualquer imposição que nos for feita para amenizar as consequências do estrago que estamos fazendo. É verdade que muitas das propostas para reduzir ou frear o aquecimento (independentemente de sermos ou não capazes de fazer isso) são boas, como é o caso da redução da emissão de gases poluentes. Mas há, também, outros interesses (os quais têm sido chamados de ECOmenismo) que poderão tolher a liberdade de pessoas que nada têm que ver com essa história toda. Se tiver interesse em conhecer um ponto de vista sobre esse assunto, assista ao vídeo abaixo.

Vem aí o “Domingo da Criação”. Domingo o quê?!

AG: defendendo o indefensável

Para muitos cristãos, os dias santos são um tempo para refletir sobre a nossa fé, como um tipo de lembrança (2 Pedro 1:13). No Natal, celebramos a encarnação de Jesus Cristo. Na Sexta-Feira Santa, refletimos sobre o preço terrível que Ele pagou pelos nossos pecados. No Domingo da Ressurreição (Páscoa), louvamos a Deus pelo Salvador ressuscitado e a promessa da vida eterna. Mas nos últimos anos os pastores das igrejas cristãs ao redor do mundo começaram a comemorar um tipo diferente de férias: o “Domingo da Evolução”, literalmente pregando Darwin a partir do púlpito. Ao contrário dos dias santos verdadeiramente cristãos, esse corrói a fé e mina a Bíblia, substituindo a narrativa do Gênesis por uma “história sagrada” de sofrimento, espinhos, doença e morte, tudo isso no mundo antes do pecado, com uma pitada de “Deus fez isso” para desarmar objetores. O “Domingo da Evolução” teve início em 2006 para promover a evolução entre as comunidades religiosas e convencê-las de que a crença em Deus seria compatível com a evolução. Aqueles que promovem “Domingo da Evolução” insistem que a igreja deve adaptar a doutrina bíblica a milhões de anos de evolução do micróbio ao ser humano, ou, do contrário, vai perecer.

Em resposta, o CreationSundays.com foi criado em 2011, para incentivar as igrejas a falar e afirmar a autoridade da Palavra de Deus em Gênesis. Esse site/ministério dá sugestões sobre como as famílias e congregações podem comemorar o “Domingo da Criação” (é mais fácil do que você pensa), bem como oferece links para recursos que vão ajudá-las a defender a verdade [sic].

Neste ano, o CreationSundays.com sugere que as igrejas se perguntem: “Com que autoridade”, como servos de Cristo, não temos autoridade para mudar Sua Palavra – nem devemos presumir que podemos (Isaías 40:13, 14).

A melhor maneira de ensinar às pessoas o discernimento bíblico consiste em explicar diligentemente a verdade. Então fica mais fácil de reconhecer a falsidade. Nestes dias de rebeldia, a verdade sobre a criação de Deus e a origem do pecado precisa de atenção especial. Por que não um novo feriado neste ano? Junte-se a outras igrejas que afirmam a Bíblia em todo o mundo e celebre o “Domingo da Criação”, em 15 de fevereiro de 2015.

(Answers in Gênesis)

Nota Criacionismo: Respeito muito o trabalho desenvolvido pelo ministério Answers in Genesis (AG) na defesa do criacionismo, mas, desta vez, eles pisaram feio na bola! Querem combater um erro com outro! Já não basta os evangélicos quererem separar o sábado da criação do sábado do decálogo como justificativa para não guardar o sétimo dia, como está exposto na lição da Escola Dominical deste trimestre (confira aqui), agora vêm o pessoal do Answers promover esse tal de “Domingo da Criação”? Deixem que os evolucionistas promovam o dia deles no primeiro dia da semana. O memorial da criação sempre foi e sempre será o sábado, o sétimo dia da semana, santificado por Deus no início da história deste mundo (Gn 2:1-3), registrado em pedras no Sinai (Êx 20:8-11), guardado por Jesus (Lc 4:16) e pelos apóstolos, e anunciado como dia especial de reunião até mesmo na eternidade (Is 66:23). É triste ver que mesmo defensores do criacionismo não percebem que estão atacando o verdadeiro memorial da criação. Como celebrar uma criação em seis dias literais de 24 horas e não levar em conta o último dia dessa semana? De certa forma, evolucionistas, católicos e evangélicos estão (mesmo sem se dar conta) de mãos dadas na exaltação do falso dia de repouso contra o verdadeiro memorial da criação, o santo sábado da eterna lei de Deus. Os dois últimos parágrafos do texto acima são inacreditáveis! Eles dizem que não temos autoridade para mudar a Palavra de Deus, no entanto, propõem a celebração de um dia que em nenhum lugar da Bíblia é considerado santo. E dizem mais: “Nestes dias de rebeldia, a verdade sobre a criação de Deus e a origem do pecado precisa de atenção especial.” Concordo, mas que seja pregada TODA a verdade, e a “verdade verdadeira”: de que existe um único dia santificado por Deus e que a mensagem final da igreja consiste em chamar a atenção do mundo para o Criador, “que fez [em seis dias] o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7).

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Francisco será 1º papa a discursar no Congresso americano

Evento histórico e profético

“Será o primeiro papa na história a se dirigir ao Congresso em uma sessão conjunta”, disse o presidente republicano da Câmara de Representantes, John Boehner, à imprensa no Capitólio. “Estamos comovidos que o santo papa tenha aceitado nosso convite.” O papa havia sido convidado formalmente em março de 2014 por Boehner, com o apoio da líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi. Ambos os chefes parlamentares são católicos. Francisco havia confirmado no ano passado que iria aos Estados Unidos em setembro para participar de um congresso da Igreja Católica na Filadélfia. Estamos “honrados e encantados de que Francisco, o primeiro pontífice nascido na América, tenha aceitado nosso convite”, disse Nancy Pelosi. O papa “renovou a fé dos católicos de todo o mundo e inspirou uma nova geração de pessoas, sem importar a religião, a converterem-se em instrumentos de paz”, completou. “Estamos ansiosos para escutar seu chamado para vivermos de acordo com nossos valores, a proteger os pobres e os necessitados e a promover a paz”, continuou. Após as eleições de novembro, ambas as câmaras do Congresso ficaram nas mãos do partido republicano.

(Terra)

Nota Criacionismo: Estude com atenção e oração Apocalipse 13 e tire suas conclusões.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Conheça o deputado do PT que quer acabar com o ‘dinheiro vivo’

O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que é também secretário de Assuntos Institucionais do PT, acaba de apresentar na Câmara um projeto de lei que visa acabar com a circulação de dinheiro em espécie no Brasil.

Segundo o projeto de apenas três artigos do deputado, o papel-moeda seria extinto no Brasil num prazo de cinco anos e substituído totalmente pelo uso de cartões eletrônicos. O projeto prevê ainda que os bancos não poderiam cobrar taxas por operações de débito.

Reginaldo Lopes defende seu inusitado projeto de lei dizendo que o fim do chamado “dinheiro vivo” reduziria “a violência, a corrupção, a lavagem de dinheiro e o tráfico de drogas”, e que a sonegação praticamente seria eliminada.

Fonte - Opinião e Notícia

Estado Islâmico vende, crucifica e enterra crianças vivas no Iraque

A ONU denunciou mais barbáries cometidas pelo grupo radical Estado Islâmico (EI), braço da Al-Qaeda dirigido por Abu Bakr al-Bagdadi que atua no Iraque e Síria, responsável por sequestro, abuso sexual, tortura e assassinato contra crianças iraquianas.

Segundo o Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança meninos menores de 18 anos estão sendo usados pelo EI em ataques suicidas, fabricas de explosivos, informantes ou escudos humanos para proteger instalações contra ataques aéreos.

A agência da ONU estaria preocupada com a matança sistemática de crianças, a perseguição a minorias religiosas, como cristãos que tem sido obrigados a deixar suas casas, incluindo vários casos de crianças enterradas vivas, execuções coletivas de meninos, assim como relatos de crianças decapitadas ou crucificadas pelo Estado Islâmico.

Os terroristas estariam usando crianças com problemas mentais para servirem como homens-bomba e promovendo leilões para venda de meninas sequestradas em comunidades cristãs para servirem como escravas sexuais. O EI publicou vídeos na internet que mostram crianças de aproximadamente 8 anos de idade sendo treinadas para servirem como soldados.

Renate Winter, especialista do comitê, disse que crianças tem morrido por desidratação, inanição e calor. O relatório do comitê também aponta que crianças de minorias têm sido capturadas em vários lugares e vendidas no mercado com etiquetas de preços nelas.

Fonte - Gospel Prime

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"O ocidente entrou em colapso"



Cavalos de Tróia: Avivamentos Falsificados, Igreja Emergente, e Movimentos Nova Espiritualidade

Seminário apresentado na “Geração de Jovens para Cristo” (GYC)
em Louisville, Kentucky, de 30/12/2009 a 03/01/2010

por: Samuel Koranteng Pipim, PhD ©

Introdução

Você já ouviu falar de algum dos seguintes termos: Caminhadas de oração e guerreiros de oração; o labirinto de oração; yoga cristã; disciplina espiritual e formação espiritual; o silêncio e os espaços sagrados de meditação; oração contemplativa; oração centrante; oração de respiração e oração de Jesus?

Bem vindo à nova era de espiritualidade mística – e seus muitos modos de se encontrar com Deus. Estes métodos estão sendo criados em igrejas cristãs, organizações de juventude, e instituições educacionais. Essas novas maneiras de ser “espiritual” poderiam, na verdade, ser o espiritismo à moda antiga, disfarçado em roupas novas?

Será que estamos sinceramente equivocados a respeito dos “encontros com Deus” da atualidade e outras tentativas de alcançar níveis mais altos de espiritualidade? Estas coisas poderiam estas coisas ser “o Ômega” de heresias mortais? Fique informado – e alertado – sobre os novos cavalos de Tróia que estão sendo empurrados para dentro de nossas igrejas.

Tópicos:

Parte 1 – O Verdadeiro Avivamento: O Que É e O Que Não É

Parte 2: A Verdadeira Espiritualidade: Caminho de Santidade

Parte 3: Pós Modernismo e a Igreja Emergente

Parte 4: Espiritualidade Contemplativa e Seus Muitos Caminhos Para Encontrar a Deus

Parte 5: Guerreiros de Oração, Caminhadas de Oração e Ofensivas de Oração

Parte 6. Futuro Antigo: Qual o Caminho para o Renascimento e Espiritualidade?

Observação:
Copyright. O símbolo © de direitos autorais sobre a apostila de cada tema não deve impedi-lo de compartilhar as apostilas. Mas se você optar por compartilhar as apostilas, cada apresentação da apostila deve ser reproduzida em sua totalidade.

Fonte - Música e Adoração

"A necessidade de um governo mundial é enorme"



terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Escola Dominical ataca o quarto mandamento

Neste trimestre, os irmãos da igreja Assembleia de Deus estão estudando em suas escolas dominicais o tema “Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em mudança”. Até agora, tudo vinha muito bem. Estudaram o primeiro mandamento. O segundo e o terceiro. Mas eis que chega o quarto, e o esperado acontece: dizem que esse mandamento não é bem assim; é “controverso”. Temos que amar a Deus sobre todas as coisas? Sim, claro. Não devemos adorar imagens? Sem dúvida. Não tomar o nome de Deus em vão? Jamais. Lembre-se do dia de sábado – o sétimo dia da semana – para santificá-lo? Aí, não. Esse mandamento era apenas para os judeus e foi “cravado na cruz” – as desculpas de sempre. Lamentável! Será que o autor (ou autores) desse guia de estudo tem noção do estrago que está fazendo ao desencaminhar tantas pessoas? Afinal, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do Brasil. Se ele (ou eles) estiver errado, estará atacando um dos dez mandamentos da sagrada e imutável (Mt 5:17-19) lei de Deus, escrita com o dedo dEle (Êx 31:18). Imagine se considerássemos o “não matarás” ou o “não adulterarás” também controversos, passíveis de interpretação? Abriríamos mais ainda a porta ao pecado e à transgressão. Então por que apenas um mandamento, o quarto, é considerado “controverso”? Vamos analisar essa questão, em benefício dos irmãos assembleianos e de todos os interessados no assunto. Para isso, é muito importante que você confira os textos bíblicos citados e acesse todos os links abaixo. E que faça isso com oração, pedindo orientação dAquele que inspirou a Palavra de Deus, o Espírito Santo.

A lição nº 6 da Escola Dominical deste trimestre (que pode ser lida aqui) começa afirmando que “o sábado é um presente de Deus para o povo de Israel” e que “a fé cristã é isenta de toda forma de legalismo”, já dando o tom do que vem a seguir. Para começo de conversa, o sábado foi dado “por causa do homem [ser humano]” (Mc 2:27), no Éden, para Adão e Eva, antes de existirem judeus ou quaisquer outros povos sobre a Terra (Gn 2:1-3). Aliás, esse texto menciona que Deus fez três coisas muito especiais e irrevogáveis no sétimo dia da criação: Ele descansou (cessou Sua obra e deu exemplo do que fazer no sábado), santificou (separou para um propósito especial) o sétimo dia e o abençoou (o que Deus abençoa ninguém pode “desabençoar”). Guardar o sábado, portanto, não tem nada a ver com legalismo, muito pelo contrário, tem a ver com celebração e adoração.

O guia prossegue: “Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei.” Essa separação entre o sábado institucional e o legal é inteiramente artificial. Prova disso é que em Êxodo 16, antes de terem sido dadas as tábuas com os dez mandamentos, o povo hebreu já estava sendo orientado a guardar o sábado. Neste momento, é muito importante que você leia este texto (“O sábado antes do Sinai”) e assista a este vídeo (clique aqui), com o mesmo título. Leia e assista com atenção, porque mais adiante o guia de estudos assembleiano chegará ao ponto de afirmar que os patriarcas não guardaram o sábado!

“O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso”, afirma o guia. Como assim? De ponta a ponta, no Antigo e no Novo Testamento, a Bíblia é clara em afirmar que o sábado da lei moral (tanto o “institucional” quanto o “legal”, para usar a linguagem artificial do guia) é o sétimo dia da semana. De acordo com Êxodo 20:8-11, o sábado é o memorial da criação e deve ser guardado/celebrado justamente porque Deus criou em seis dias literais de 24 horas. Os adventistas são criacionistas exatamente (e principalmente) por esse motivo, e pregam o que está escrito em Apocalipse 14:6 e 7, ou seja, que devemos adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (numa alusão clara ao texto de Êxodo 20:8-11). Se o sábado pode ser qualquer dia da semana, por que os evangélicos insistem, então, no domingo? Não deveriam guardar nem defender qualquer dia santo, e simplesmente riscar da Bíblia deles o quarto mandamento.

Como eu havia dito há pouco, o guia afirma que “os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado”. Se isso fosse critério para a nossa vida, poderíamos adotar a poligamia, já que alguns patriarcas tiveram mais de uma esposa, e dispensar de vez o dom de línguas dos pentecostais, já que nenhum patriarca (aliás, nenhum dos servos de Deus na Bíblia) jamais falou as tais “línguas estranhas” (na verdade, Deus concede Seu Espírito àqueles que Lhe obedecem: At 5:32). Apesar de seus deslizes, os patriarcas procuraram ser fieis à lei de Deus (conforme você já deve ter visto nos links acima), e a lei de Deus inclui o sábado. (Sobre o sábado através dos séculos, leia este texto [aliás, leia todo o conteúdo desse site].)

Outra mentira: “Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia [o sábado]; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17 [esse texto menciona os filhos de Israel, e eu me considero um deles]).” Que falta faz ler a Bíblia com atenção. Veja isto: “Bem-aventurado o homem [aqui não diz judeu] que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do Seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os Meus sábados, e escolhem aquilo em que Eu Me agrado, e abraçam a Minha aliança: Também lhes darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dosestrangeiros, que se unirem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar; porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (56:1-8; os grifos em “estrangeiro” e “todos” são meus, justamente para destacar o fato de que Deus deseja que todas as pessoas guardem Seus mandamentos, inclusive o sábado.)

Outro ponto: “O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17.11).” Igualar o sábado (estabelecido antes do pecado) com a circuncisão (depois do pecado) é outra leviandade. Como vimos, o sábado foi dado para a humanidade e é eterno, pois será guardado inclusive na nova Terra (Is 66:22, 23). Já a circuncisão, de fato, foi dada aos descendentes de Abraão e foi revogada pelos apóstolos (At 15:1-31). Em Romanos 2:25-29, Paulo chega a dizer que é inútil ser circuncidado e não guardar a lei de Deus.

“A expressão ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ (Êx 20.8) remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece [parece?] não ser referência ao sábado da criação.” Simplesmente absurdo! Como não se trata de referência ao sábado da criação, se o próprio texto dá o motivo pelo qual o sábado deve ser lembrado e guardado? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (v. 11).

O guia passa a usar Jesus com o objetivo de continuar descaracterizando o mandamento que o próprio Mestre guardou (Lc 4:16): “O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4).” Nada a ver! Jesus comparou a atitude dos discípulos de matar a fome no sábado (o que, definitivamente, não é pecado) com a dos homens de Davi, que só tinham os pães da proposição para comer e lhes foi permitido fazer isso. A lição é clara: Deus ama os seres humanos e criou a lei para eles e não eles para a lei. Os fariseus legalistas distorceram muitos mandamentos de Deus, inclusive o sábado, e Jesus veio ensinar a correta observância de Sua lei. Imagine o Cristo do Sinai (o Eu Sou de João 8:58) dizendo algo assim: “No monte Sinai Eu lhes dei Meus mandamentos, agora venho lhes dizer que aboli somente o quarto.” Faz sentido? Mas faz muito sentido o próprio Legislador ter vindo para ensinar como devemos guardar Sua lei. Só Ele tem autoridade para isso.

Veja mais esta: “Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado.” Típico argumento non sequitur, ou seja, uma ideia não tem nada a ver com a outra e não se segue a ela. Se preferir, pode chamar também de “balaio de gato”. Sinceramente, quem escreveu essas coisas terá que dar contas a Deus! Circuncisão era uma atividade religiosa, assim como o culto de sábado, a visita aos doentes, etc. Que pecado há em se praticar essas coisas no sábado? Onde está escrito isso? Pelo contrário, a Bíblia diz que “é lícito fazer bem aos sábados” (Mt 12:12). Essas coisas não são atividades seculares nem são remuneradas. Por que Deus “trabalha” no sábado? (Jo 5:17). Porque a atividade dEle consiste unicamente em manter-nos a todos com vida. A atividade de Deus é essencialmente “religiosa” e plenamente de acordo com o espírito do sábado. Francamente, não usemos Deus o Pai nem o Filho para sancionar nossas transgressões! Isso é grave!

Com isto eu tenho que concordar: “Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição.” E Ele em momento algum, em versículo nenhum sequer sugeriu que o sábado devesse ser substituído pelo domingo. Na verdade, em Mateus 24:20, Ele antevê Seus seguidores ainda guardando o sábado, quatro décadas no futuro. Se Ele fosse transferir o dia de guarda ou abolir o sábado, certamente teria feito algum comentário a respeito disso.

Outro absurdo: “O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19, 26).” O quê? Aqui é melhor citar o texto na íntegra: “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (v. 19). Eles estavam fazendo culto? Onde é dito isso? Estavam era com medo de ser mortos como o Mestre havia sido. Como podiam estar celebrando a ressurreição, se ainda nem criam nesse evento? E o verso 26 diz que Jesus tornou a aparecer oito dias depois, ou seja, numa segunda-feira.

Mais uma mentira: “O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o ‘sábado’ cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).” O texto de 1 João 2:4 parece servir como uma luva em quem afirma coisas como essas. Os primeiros cristãos, a começar por Maria, mãe de Jesus (Lc 23:56; texto escrito 30 anos depois), e os apóstolos guardavam o sábado (At 16:13). João, no Apocalipse, lá pelo ano 100 d.C., disse ter sido arrebatado em visão no “dia do Senhor” (Ap 1:10), que, na Bíblia, é o sábado (Lc 6:5; leia também isto). Quem ousou mudar o dia de repouso foi o imperador pseudocristão/pagão Constantino, em 7 de março 323 d.C., tendo depois o aval da Igreja Católica Apostólica Romana. Essa igreja, pelo menos, tem um argumento “lógico” para o que fez: a autoridade do papa, que eles consideram até superior à da Bíblia. Mas como ficam os evangélicos, ao perceber que não existe base bíblica para se guardar o domingo? Têm que admitir que obedecem a um mandamento católico...

Quanto a Colossenses 2:16 e 17, ali lemos o seguinte: “Ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” O sábado da lei moral, estabelecido na criação do mundo, não era sombra de coisas futuras, pois, como já vimos, foi dado à humanidade antes do pecado. As cerimônias do santuário (a chamada “lei cerimonial”), essas, sim, foram abolidas na cruz, pois apontavam para Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Leia novamente Colossenses 2:16 e 17. Algum mandamento do Decálogo menciona comidas, bebidas ou dias de festas? Claro que não. Isso pertence às cerimônias do santuário. As festas judaicas – como Páscoa, Primícias, Dia da Expiação – eram feriados nacionais, dias de descanso, por isso também chamadas de sábados, mas eram distintas do sábado semanal do quarto mandamento.

E a conclusão do guia da Assembleia de Deus é a seguinte: “A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.” Aqui fica claro a quem eles querem atacar. Nenhum adventista do sétimo dia esclarecido crê ou ensina que a salvação se conquista pela guarda do sábado. Isso seria absurdo, e o guia mente uma vez mais. Cremos que a salvação é pela graça (Ef 2:8), inteiramente pelos méritos de Cristo. Obedecemos à lei de Deus porque entendemos que Ele sempre quer o melhor para nós (Sl 119:97); porque ela é como um espelho que mostra o pecado em nós mesmos (Tg 1:23-25) e aponta para Jesus como a solução. A lei diagnostica o pecado; Jesus perdoa. Amamos a Cristo e por isso obedecemos aos Seus mandamentos (Jo 14:15). Se isso é ser “seita”, prefiro pertencer a essa seita. Os primeiros cristãos também enfrentaram esse tipo de acusação (At 24:14).

O guia de estudos da Assembleia de Deus deste trimestre acusa na capa a sociedade de estar em mudança, mas se esquece de que os evangélicos aceitaram uma mudança muito pior que a da sociedade: a mudança na lei de Deus, promovida pelo poder descrito em Daniel 7:25 e Apocalipse 13. Oro para que muitas pessoas sinceras, ao estudar esse guia da Escola Dominical, sejam despertadas pelo Espírito Santo, façam perguntas, questionem a si mesmas e a seus líderes, e tenham a humildade de reconhecer o verdadeiro Deus Criador e Seu memorial eterno da criação.

Michelson Borges

Assista a vídeos sobre o sábado, do programa Na Mira da Verdade (clique aqui).

Para saber mais: leia os livros Do Sábado Para o Domingo e O Sábado na Bíblia

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Na crise da água, o processo civilizatório pode retroceder à barbárie

Os números sobre a pouca disponibilidade de água doce no mundo (3% do total existente), sobre a dificuldade de acesso a água limpa para mais de dois bilhões de pessoas, especialmente na África, as informações sobre a crescente poluição e morte de rios, inclusive no Brasil, sobre conflitos já verificados em torno do acesso as fontes de água em alguns lugares no mundo, os dados e debates sobre alterações climáticas, longas estiagens, derretimento de geleiras, interferências no ciclo hidrológico[1], tudo isto, em maior ou menor grau, é conhecido no Brasil e, considerando-se os sertões e agrestes nordestinos, conhecido e vivenciado. Então porque chegou-se ao momento de crise em que estamos vivendo? Mais, porque não há planos de contingenciamento, de controle de danos e medidas afins? Não há uma resposta fácil, mas seja-me permitido ensaiar uma.

Os brasileiros, de um modo geral, fomos e em larga medida ainda somos, educados sob a crença de que, em nosso país, a água é abundante[2]. As portentosas cachoeiras e quedas d'água, os rios que de tão caudalosos e imponentes fizeram-se repositórios de canções e lendas; os riachos e ribeirões que generosamente enfeitam (enfeitaram!) os fundos de fazendas e casas humildes interior afora; as águas serranas, as águas medicinais das estancias hidrominerais, águas que jorram de aquíferos sob o peso de umas poucas picaretadas. Este é o cenário dentro ou diante do qual ocorreu a socialização de grande parte de nossa população adulta no concernente à sua relação com o meio ambiente, em especial, com as águas. Chamo a isto: viés da abundância.

Assumindo que as coisas assim se passaram e ainda assim se passam, penso estar sugerindo ao menos uma pista que explique o verdadeiro abismo entre os discursos que, desde a década de 80, pregam proteção ambiental e novas atitudes frente ao reconhecimento mundial da finitude da água e nossas práticas cotidianas de desperdício e negligência. O que, além do mais, redunda em falta de espaço em agendas políticas, governamentais e empresariais para a tomada de medidas efetivas de preservação das fontes de água doce com relação aos seus usos humanos e econômicos.

Ao senso comum, pode parecer que as decisões, os comportamentos e as práticas de um dado indivíduo obedeçam sempre ao código binário racional/irracional. Implicando que, ao fim e ao cabo, tudo o que um homem faz (ou deixa de fazer) é fruto de uma escolha consciente e finalisticamente orientada (rational choice theory[3]). Entretanto, cientistas sociais já identificaram tanto um processo civilizatório[4] quanto um processo socializador.

O primeiro quando em curso avançado nos faz, enquanto povo ou nação, passar da barbárie para modos de vida mais sofisticados. O segundo, por seus procedimentos formais (escola) e informais (rua), possibilitam que cada novo indivíduo seja admitido em dado grupo social(pertencimento). Ora, que significa integrar um grupo, ser percebido e se perceber como seu membro senão compartilhar o sistema de crenças e representações sociais deste grupo?

As crenças e as representações introjetadas durante a socialização do indivíduo não são facilmente quebradas, mudadas e, ainda mais grave, desobedecidas. Como regra, as ações de um indivíduo são informadas por uma crença ou representação que, obviamente, não são ordinariamente manipuláveis. Não estou, de modo algum, relevando a segundo plano a capacidade de julgamento ou de raciocínio. Estou apenas sugerindo que até mesmo estas faculdades, a par das discussões da neurociência sobre estruturas inatas, podem ser forjadas ou, ao menos, modeladas no curso da socialização e desta última não podem, como num passe de mágica, serem dissociadas.[5]

Espero que o leitor compreenda que o que expus até aqui é uma tentativa (ensaio) de encontrar uma explicação, como dito, para um grave fato: o Brasil não se deu conta efetivamente de que dos trabalhadores aos empresários, do cidadão ao mais alto governante, todos precisam adotar boas práticas relativas à água e seus usos (neste momento e diuturnamente). Afinal, muito do que se lê sobre a escassez de água, problemas de abastecimento e falta de energia elétrica ainda parece ter forte colorido retórico. A retórica de quem diz, mas no fundo não acredita.

Baseado na hipótese da socialização, creio poder afirmar que, em busca de uma nova e duradoura postura, não basta simplesmente apelar para o senso de racionalidade dos indivíduos ou para o juízo adequado dos governantes. Enfim, não basta conclamar que as pessoas simplesmente reflitam. Se nossas práticas com relação ao meio ambiente, em especial com a água, são informadas por crenças e representações sociais sobre esta mesma natureza, assimiladas durante a socialização já nos primeiros anos de vida, então meras chamadas de consciência não vão alterar estas práticas.

Nossos melhores esforços enquanto sociedade e diante do grave quadro que se nos apresenta (falta d'água) têm que se voltar para a origem do problema, qual seja, a predita socialização sob o viés da abundância. A escolarização, face formal da socialização, em sua vertente infanto-juvenil, tem que estar fortemente preparada para mostrar um outro cenário e deste modo construir, introjetar e partilhar um novo sistema de crenças acerca do meio ambiente. De um tal modo que, num futuro próximo, boas práticas com relação aos recursos naturais e, especialmente com relação a água, sejam o produto de uma processo socializador que levou em conta esta nova realidade.

Assim estes comportamentos compromissados, dos mais simples como os de uma criança no banho, ou mais complexos como uma decisão empresarial num grande empreendimento, parecerão tão naturais que não exigirão nenhum esforço consciente, nenhum ato de profunda reflexão. Quero dizer com isto que, no médio e longo prazo, e sob o palio do discurso transgeracional adotado pela Constituição da República, somente a educação das crianças e jovens, fundada numa nova visão sobre a relação ser humano/meio ambiente[6], pode proteger a natureza, a água, e logo a própria vida, a nossa vida e a vida em si considerada.

Perguntará o leitor: mas, estamos no meio de uma crise de água (hídrica) e a mudança de paradigmas e de crenças no processo de socialização não dará conta da falta de água de agora, deste janeiro, deste ano ou do próximo. O que fazer se o próprio texto afirma que as boas práticas com relação a água não dependem ou não dependem somente de chamadas de consciência ou apelos à reflexão?

A resposta está na pergunta. Há uma crise. Estamos, reconheçam ou não alguns, em meio a maior estiagem já verificada no mês de janeiro. Simplesmente, não chove, ou chove de modo esparso. Há uma crise. Por instinto de sobrevivência, de permanência, as pessoas respondem de modo diferente nas crises, nos acirramentos. Primeiro, lembremos que, de algum modo, as crises são anunciadas. Isto porque, por exemplo, ninguém tem uma crise de asma se não for asmático ou ao menos propenso geneticamente a ela. Nossos mananciais de água, os rios principalmente, estão doentes há tempos.

A crise ou o seu ponto critico é que é recente. Como dito, se a crise é percebida como tal, as pessoas, em todos os setores, tendem, por questão de sobrevivência, a responder mais agudamente, desafiando, enquanto durar a crise, até mesmo ao seu sistema de crenças. Assim, a primeira questão que se coloca é a de que a presença da crise precisa ser reconhecida, percebida e declarada por quem de direito. Feito isto, o apelo a consciência pode jogar algum papel na adoção, momentânea, de boas práticas, de práticas que desafiem a crise. Vale dizer: precisamos de respostas mais elaboradas para lidar com o problema no médio e longo prazo(educação) e de respostas agudas para lidar com o momento crítico do problema. Resta claro que as respostas agudas não podem comprometer o enfrentamento futuro da questão.

Mas neste ponto surge, com relação ao Brasil, um desafio. Obviamente, que nenhum enfrentamento da crise hídrica terá efetivo sucesso sem ações e medidas governamentais que, inclusive, dialoguem com o mundo corporativo. Medidas estas que não podem ser pontuais ou setorizadas. A questão aqui é que ainda que sejamos uma federação de corte assimétrico[7], na qual os poderes estão fortemente centralizados em mãos da União, sem linhas demarcatórias bem definidas do que restou em mãos dos Estados-membros, o fato é que a União (governo federal) foi pensada e habilmente defendida pelos federalistas norte-americanos exatamente sob a premissa de que existem problemas nacionais, oriundos do exterior ou de comoções domésticas. Estes problemas nacionais não podem ficar ao sabor das vicissitudes locais justamente por serem de interesse de toda a Nação.

Outra decorrência da assimetria digna de nota é o fato de que, a depender de algumas variáveis, dado Estado-Membro pode estar, em dado momento, mais próximo ou mais longe do centro (da União). Este configura-se em outro desafio para a Federação brasileira neste momento de crise hídrica, pois as medidas eventualmente levadas a efeito tem que considerar o caráter sistêmico dos recursos hídricos do País, de sorte que ao se mexer numa peça do sistema outras serão afetadas e não necessariamente bem afetadas. Chamo a isto um desafio, dado que nossa Federação não parece ser de configuração sistêmica ou não se perceber como tal. Entanto, deve enfrentar um problema, a escassez de água, que é agudamente sistêmico[8].

Neste ponto, devo dizer ao leitor que soluções, no curto prazo, não são fáceis e vão exigir grande habilidade e mesmo sensibilidade dos governos e da sociedade civil.

No entanto, seja quais forem as medidas adotadas não podem elas fugir aos marcos jurídicos e legais que regem na espécie. Acordos, mediações, conciliações devem, na crise hídrica e por causa dela respeitar a Constituição e as leis. Afinal, uma das maiores, senão a maior conquistas das nações democráticas é o princípio rule of the law, o governo das leis, em vez de governo dos homens[9]. Talvez, seja este um dos pilares mais fortes das repúblicas democráticas. Neste diapasão, o primeiro passo é a exegese adequada do Direito, no caso, da lei que instituiu a política nacional de recursos hídricos (Lei 9.433/97). leia-se o que diz a predita lei, logo em seu artigo primeiro, verbis:

Artigo 1° a politica nacional de recursos hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos :
I) omissis
II) omissis
III) em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais
IV) a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas
V) omissis
VI) a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.

Vejamos como realizar a exegese referida. Este texto não tem pretensões sociológicas, mas parte de uma premissa sociológica, qual seja, a de que, neste campo do conhecimento, importa como as coisas efetivamente são(o real) e não como elas deveriam ou devem ser (o normativo). Assim, a crise pode nos dizer ou apontar quem são os donos da água no País (o real) já que uma leitura rasa do artigo acima, nos diz que a água não deveria ter donos (o normativo).

Ora, embora a água não conste do rol de direitos sociais do artigo 6° da Constituição, quer me parecer que o legislador ordinário atendendo a uma leitura sistêmica da mesma conjugada com seu espírito republicano, ao editar a Lei 9.433/94, considerou o acesso a água como um direito social. Não por outra razão, restou estabelecido que na gestão dos recursos hídricos deve prevalecer o uso múltiplo. Quer dizer, o uso para os múltiplos fins: consumo humano, consumo animal, geração de energia, irrigação, agronegócios, indústria.

Ao que tudo indica a lei em questão estabelece que a água no Brasil não deve ter donos, proprietários stricto sensu, com os poderes de disposição e reivindicação ínsitos ao direito de propriedade. Mas aqui um ponto ainda mais importante neste esforço exegético. Na topografia do artigo em comento, antes de falar em usos múltiplos, o que é feito no inciso IV, a lei estabelece, no inciso III, e logo hierarquicamente, que em situações de escassez o uso para consumo humano é, ou falando normativamente, deve ser prioritário, deve vir antes, deve ter preferência em relação aos demais usos.

Portanto, toda e qualquer medida administrativa, governamental ou judiciária, bem como mediações e conciliações dentro ou fora do Judiciário, audiências públicas e afins, que tenham por base debates, conflitos ou problemas envolvendo a crise de água e a sua escassez atual devem, se pretendem ser constitucionais e em acordo com a lei de recursos hídricos, considerar a prioridade estabelecida no inciso III do artigo 1° da Lei Federal 9.433/94.

Decerto o país não pode parar e sua economia tem que girar, mas, em verdade, o consumo humano tem, senão o menor, um dos menores percentuais na utilização da água doce disponível. Neste sentido, se as águas no Brasil, de fato não têm dono como prescreve a lei, então todos os que usam água tem que ser chamados a dar sua cota de sacrifício. Digo isto dado que quando se fala em racionamento (finalmente começa a se falar em racionamento!), o alvo é sempre uma figura mítica chamada “dona de casa”. A “dona de casa”, cuja existência real na contemporaneidade é questionável, é a primeira a ser convidada pelas autoridades e outras organizações a dar sua cota de sacrifício. Afinal, é este ser mítico, que cuida do lar, das crianças, do jardim, das roupas, do piso. Desse modo, a “dona de casa” torna-se, nas crises e na escassez, o símbolo da racionalidade e a dona da água. Ela, a dona de casa, exerce todo o seu poder sobre a torneira e só ela pode racionar controlando a torneira e a família, fechando, abrindo, fechando[10].

Mas, segundo penso, para além de uma questão de gênero (onde estão os donos de casa?), trata-se de um equívoco. Primeiro, “donas de casa”, ao menos no sentido histórico que se empresta a este termo, se existiram, já não existem. Ou, se existem, coexistem, não raro na mesma pessoa, com donas de empresa, donas de empregos, donas de carro, donas de gabinetes, prefeitas, presidentas e por ai vai! Segundo, o racionamento, se e quando necessário, não deve dirigir-se somente ao âmbito doméstico. Todos aqueles outros âmbitos (agricultura, industria, setor energético, governos, etc) que usam água segundo seus interesses particulares devem ser chamados a discutir a crise e participar do esforço de racionamento, mesmo com alguma perda em seus interesses.

O acesso à água limpa é direito universal, ou ao menos deveria sê-lo. A conservação da água para que possa ser acessada é responsabilidade indelegável de todos, de todos os setores. Isto posto, diga-se, em conclusão, que crises são o que são: momentos difíceis, de acirramento de algum problema, de riscos de falência. Mas crises também são, metaforicamente, grandes janelas. Superada a crise, e mesmo durante ela, destas janelas abertas há que se observar com atenção tudo o que deve ser feito para evitar outra crise, pois uma segunda pode ser pior, devastadora.

No caso da água, a janela de oportunidades permite vislumbrar que o país precisa, no contexto de uma crise mundial da água reconhecida pela ONU, convocar sua intelligentsia e sua força produtiva para repensar a forte dependência que temos da energia hidrelétrica e buscar outras matrizes energéticas em grande escala; estabelecer marcos regulatórios mais rígidos no concernente a proteção dos mananciais de água, dar especial atenção a geopolítica do Aquífero Guarani; reavaliar o sistema educacional de crianças e adolescentes no sentido de efetivamente socializá-los dentro desta nova realidade mundial.

A água limpa e o acesso a ela são, sem dúvida, elementos essenciais na civilização humana e sem água, sem acesso fácil, direto e cotidiano, o processo civilizatório pode, como nos diz Norbert Elias, sofrer um retrocesso e transmutar-se em pura barbárie. 

Fonte - Consultor Jurídico

[1]O ciclo da água, que se aprende nos albores da escolarização, pareceu sempre indicar que a água possui uma quantidade fixa e que nunca irá faltar. A água evapora dos mares e das plantas (evapotranspiração), sobe aos céus em forma de vapor d'água, condensa-se e, zás, volta para a terra em forma de chuva. Ocorre que a interferência humana, como desmatamentos, impermeabilização do solo com o asfalto, queimadas e outras práticas, acabam interferindo no ciclo hidrológico.

[2]Não desconheço que eventos como a Conferencia de Estocolmo e a ECO-92 tenham refletido de algum modo no pensamento sobre educação de crianças e adolescentes no Brasil. Mas, ainda há muito por ser feito, tanto em termos curriculares quanto em termos de prática pedagógica. Sem mencionar a necessidade de políticas de valorização dos profissionais de educação, sob a orientação de que a Escola não é um mundo a parte, mas uma parte do mundo.

[3]A teoria da escolha racional possui um corte econômico e, em apertada síntese, sustenta que o ser humano é um tomador de decisões e que suas escolhas baseiam-se em sua própria satisfação pelo equacionamento de meios e fins. Todavia, a gama de comportamentos do homem que são nocivos a si ou aos seus parece desafiar a referida teoria

[4]O sociólogo Norbert Elias escreveu a opus mater sobre o assunto. Interessa notar que, para Elias, o processo civilizatório pode muito bem retroceder.

[5]A socialização como um processo de introjeção e assimilação de crenças, códigos, valores e praticas ainda no início da vida é um fato. O que pode ser questionado é a amplitude do papel que ela joga na vida adulta de um indivíduo. Filosoficamente, não desconheço que autoras, como Hannah Arendt in “Eichmann em Jerusalem” e “a vida do espírito”, concedem à capacidade de refletir e a reflexão mesma importante papel para uma vida digna, longe de atos nocivos e vis, já que a origem do mal seria, para ela, a falta de reflexão. Mas neste ponto a filosofia de Hannah mais coaduna-se do que colide com o papel da socialização. Com efeito, o que terrifica Hannah no julgamento de Eichmann é descobrir que o que parecia um monstro altivo e decidido não passava de alguém que agia conforme aprendeu e que seguia clichês, sem refletir sobre o que fazia.

[6]Como dito, essa nova visão ou representação há que superar, diante da escassez e de possibilidades de conflito, a crença dicotômica que nos coloca como SUJEITO e o meio ambiente como OBJETO. Um novo humanismo, um eco-humanismo, deve ter um corte sistêmico/interacionista, onde não há sujeito e objeto, mas elementos em constante interação e interdependência.

[7]Nos limites deste texto, não pretendo dialogar com autores que tenham a federação brasileira por objeto de reflexão. Menciono a dita assimetria, apenas para dialogar com o próprio problema sobre o qual escrevo, no sentido de que a simetria de feição norte americana reside na soberania dos Estados-membros justaposta a soberania da União, o que por razões históricas não ocorre conosco. Que fique claro que a simetria é politica , e não pode passar por cima de diferenças econômicas e culturais entre os Estados americanos.

[8]É curioso ou inquietante que a crise da água pela qual passam importantes Estados do Sudeste acabe, dado que a natureza desconhece a geopolítica, criando um novo elo entre o Nordeste e o Sudeste do País: a seca.

[9]Particularmente, e tendo em vista experiências colhidas na literatura, estou convencido de que o princípio rule of the law (conceito que a expressão estado de direito não traduz bem) é o pilar das republicas democráticas. Em verdade, o império da lei (direito) é mais do que um principio uma conquista. O contraponto do rule of the law é o voluntarismo, o governo dos homens e de suas conveniências. Note-se que em toda nação em que se viveu um regime de exceção ou de memoria patrimonialista, o regime jurídico é fácil, embora as vezes disfarçadamente, postergado. Não se trata em absoluto de reviver o dura lex sed lex. Não é disto que se trata. O rule of the law é consistente com o afastamento de leis iníquas, desde que pelos procedimentos previstos no próprio direito.

[10]Evidentemente, não desconhece o autor que a lida e a responsabilidade domésticas continuam a existir, em variados graus. Todavia, a expressão “ dona de casa” quando consta nestes tipos de discurso, que visam ao engajamento, não possui referencia concreta, pois desconsidera as reconfigurações no âmbito familiar e na própria família. Ademais, em mais este ponto, sinaliza o uso da expressão “ dona de casa” que à mulher cabe gerenciar a crise no âmbito doméstico, do lar. Ou seja, outra tarefa ou responsabilidade subtraída ao gênero masculino.
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