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“O avanço do Estado Islâmico na Líbia deve ser contido e, portanto, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, disse que é preciso intervir logo, mas sob a égide da ONU. — Ou seja, requer um amplo consenso internacional”, informou a Rádio Vaticano.
Diante de centenas de pessoas que compareceram à semanal audiência geral no Vaticano nesta quarta-feira, o Papa Francisco fez um apelo à comunidade internacional para que propicie “soluções pacíficas” na Líbia e mostrou também sua esperança de que “a paz duradoura” chegue em breve ao Oriente Médio, ao norte da África e à Ucrânia.
— Rezemos pela paz no Oriente Médio e no norte da África, recordando todos os mortos, feridos e refugiados. Que a comunidade internacional possa encontrar soluções pacíficas à difícil situação na Líbia — disse Francisco. — Também gostaria de pedir orações para os nossos irmãos egípcios que, há três dias, foram mortos na Líbia apenas pelo fato de serem cristãos.
O Conselho de Segurança da ONU discute nesta quarta-feira o pedido do presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, de uma resolução que permita a criação de uma coalizão internacional para intervir no território líbio, onde o EI decapitou 21 cristãos coptas. A Itália advertiu nesta quarta-feira para o risco de fusão de outras milícias com o EI.
Também na quarta-feira, o grupo de países árabes na ONU apresenta um projeto para levantar o embargo ao envio de armas para a Líbia. O Egito é o maior apoiador da medida.
Milícias têm lutado pelo controle na Líbia desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em 2011, e dois governos rivais estão operando em Trípoli e em Tobruk. Sisi defendeu o envio de armas para o governo internacionalmente reconhecido da Líbia, que se instalou em Tobruk, após militantes rivais tomarem o poder na capital.
Fonte - O Globo