O sheik intolerante
O mundo ainda mal se recuperou das cenas horríveis da decapitação de 21 cristãos egípcios por membros do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e agora vem o maior líder muçulmano da Arábia Saudita pedir o fechamento de todas as igrejas cristãs! O sheik Abdul Aziz bin Abdullah, o grão-mufti da Arábia Saudita, maior líder religioso do país onde Maomé nasceu, declarou que é “necessário destruir todas as igrejas da região”. Tal comentário do líder muçulmano foi uma resposta ao questionamento de uma delegação do Kuwait, onde um membro do parlamento recentemente também pediu que igrejas cristãs fossem “removidas” do país. O grão-mufti salientou que o Kuwait era parte da Península Arábica, e por isso seria necessário destruir todas as igrejas cristãs de lá. “Como acontece com muitos muftis antes dele, o sheik baseou sua fala na famosa tradição, ou hadith, que o profeta do Islã teria declarado em seu leito de morte: ‘Não pode haver duas religiões na Península [árabe].’ Isso que sempre foi interpretado que somente o Islã pode ser praticado na região”, explicou Raymond Ibrahim, especialista em questões islâmicas.
A importância dessa declaração não deve ser subestimada, enfatiza Ibrahim: “O sheik Abdul Aziz bin Abdullah não é um líder muçulmano qualquer que odeia as igrejas. Ele é o grão-mufti da nação que levou o Islã para o mundo. Além disso, ele é o presidente do Conselho Supremo dos Ulemás [estudiosos islâmicos] e presidente do Comitê Permanente para a Investigação Científica e Emissão de Fatwas. Quando se trata do que o Islã prega, suas palavras são imensamente importantes.”
No Oriente Médio, os cristãos já estão enfrentando perseguição maior, incluindo a morte, nos últimos meses. Especialmente nos países onde as facções militares islâmicas têm aproveitado o vácuo de poder criado pelas revoluções da chamada “Primavera árabe”, como Egito, Líbia e Tunísia, Jordânia, Marrocos, Síria e Iêmen.
Os cristãos coptas, por exemplo, que vivem no Egito há milênios estão relatando níveis mais elevados de perseguição de muçulmanos. No Norte de África, os muçulmanos prometeram erradicar o cristianismo em alguns países, como a Nigéria. No Iraque, onde os cristãos tinham algumas vantagens durante o governo de Saddam Hussein, populações cristãs inteiras fugiram. O Irã também tem prendido crentes e fechado igrejas mais do que de costume.
Ibrahim escreveu ainda em sua coluna: “Considerando a histeria que aflige o Ocidente sempre que um indivíduo ofende o Islã, por exemplo, uma pastor desconhecido qualquer, imagine o que aconteceria se um equivalente cristão do grão-mufti, digamos o papa, declarasse que todas as mesquitas da Itália devam ser destruídas; imaginem o frenesi da mídia ocidental. Imediatamente todos os veículos gritariam insistentemente ‘intolerância’ e ‘islamofobia’, exigiriam desculpas formais e apelariam para uma reação dos políticos.”
O estudioso acredita que uma onda de perseguição sem precedentes está prestes a ser iniciada na região, que ainda testemunha Israel e Irã viverem ameaçando constantemente fazer ataques. O resultado disso pode ser um conflito de proporções globais.
Os reféns cristãos foram forçados a se ajoelhar e então foram decapitados. O vídeo foi divulgado em perfis de jihadistas líbios que apoiam o Estado Islâmico nas redes sociais, com a seguinte legenda: “O povo da cruz, os seguidores da igreja egípcia hostil.”
Fonte - Gospel Prime
Nota Criacionismo: A tensão realmente vem aumentando no Oriente, com clara repercussão no Ocidente. Líderes políticos e religiosos estão discutindo o que fazer para conter a barbárie dos fundamentalistas radicais religiosos, e chegando à conclusão (correta) de que o terrorismo religioso é um mal que deve ser combatido. O grande problema é como vem sendo interpretado o conceito de “fundamentalismo” e “radicalismo”...