quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

A Globo fala aos pais

Uma portaria sobre classificação indicativa de programas de televisão aberta sai na semana que vem, depois de três anos de discussão pública. A classificação já existe, mas hoje cada emissora adota uma maneira própria de indicar aos pais a idade recomendada pelo Ministério da Justiça. Há dias a Globo martela anúncio institucional em que uma criança tem os olhos vendados, como se estivesse sendo impedida de ver, e o locutor tece loas ao discernimento dos pais.

[Acréscimo às 9h40:]

Eis o texto:

Todo programa de TV aberta tem uma classificação por idade. Mas o que conta mesmo é a sua opinião. Ninguém melhor do que os pais para saber o que os seus filhos devem assistir. A televisão brasileira oferece informação, diversão e entretenimento de qualidade e de graça. Os limites é você quem dá. Cidadania, a gente vê por aqui.”

Ontem, para capturar essa fala, passei algum tempo diante da Globo em horário vespertino. Vi muita coisa que eu não exibiria para crianças pequenas. Por exemplo, chamadas para programas adultos. Por exemplo, o noticiário que irrompe entre a Sessão da Tarde (onde alguns diálogos hão de ter provocado no mínimo perplexidade em crianças; Robin Williams, protagonista de Uma Babá Quase Perfeita, diz para o namorado de sua ex-mulher que ela tem em casa "um vibrador que você não faz idéia", ou algo parecido, e, em seguida, como o interlocutor expressasse estranheza em face do diálogo, explicita coisas como "afogar o ganso" e assemelhadas); por exemplo, propagandas dirigidas a crianças, protagonizadas por crianças para comover adultos e para comover crianças.

É claro que a classificação indicativa só funciona se o pai ou responsável levá-la em consideração. Ainda não existe televisão com câmera para vigiar quem assiste à programação (poderá haver, algum dia, mas será usada para entender o comportamento do público e modelar o marketing). Estaria a Globo chovendo no molhado? Não. Quando se combina a fala em "off" com as imagens a sugestão é de que cabe aos pais remover a censura que venda a visão de seus filhos. (Ver imagens que serão colocadas nesta página em algum momento do dia.) Ou seja: a Globo já antecipa uma campanha "anticensura". Mas o Ministério da Justiça afirma que não se trata disso. Daqui a algumas horas publicarei reportagem feita com a assessora de imprensa do Ministério Patrícia Costa.

Dizer, de modo genérico, que a televisão aberta "oferece informação, diversão e entretenimento de qualidade" soa como piada. Pior. É mentira.


Finalmente, é preciso reiterar que a televisão aberta não é "de graça". O telespectador, como o leitor, o ouvinte ou o internauta, dá seu tempo, vendido a patrocinadores que embutem o custo da publicidade no preço dos produtos. Além disso, ainda não tenho notícia de distribuição gratuita de aparelhos de televisão, nem me consta que as emissoras paguem a conta de luz dos telespectadores.

Fonte - Observatório da Imprensa


Outa análise sobre a questão da TV, aqui.

Globalização

"A globalização constitui assim uma imensa ruptura econômica, política e cultural. Ela submete os cidadãos a uma regra única: “adaptar-se”. Abdicar de qualquer vontade, para obedecer mais às injunções anônimas dos mercados. Ela constitui o ponto de chegada final do economicismo: construir um homem “mundial”, esvaziado de cultura, de sentido e de consciência do outro. E impor a ideologia neoliberal em todo o planeta"."

(Publicado em “Les dossiers de la mondialisation”, Manière de voir de Le Monde Diplomatique – janeiro-fevereiro de 1007-
(Tradução de Emir Sader)

Fonte - Carta Maior

Mateus 24:12-13
... e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

"Toda alma unida a Cristo será um missionário vivo junto a todos os que o rodeiam. Trabalhará pelos que estão perto dele e pelos de longe. Seu sentimento não será regional, nem seu interesse meramente o construir um ramo da obra sobre o qual preside, terminando aí o seu zelo. Todos trabalharão com interesse para tornar forte cada ramo. Não haverá amor-próprio, nem interesse egoísta. A causa é uma, a verdade um grande todo. Bem se pode perguntar com coração sincero, ansioso: "É a inveja nutrida, é permitido ao ciúme ter lugar em meu coração?" Se assim é, Cristo não tem lugar aí. "Amo eu a lei de Deus, está o amor de Jesus Cristo em meu coração?" Caso nos amemos uns aos outros como Cristo nos amou, então estamos nos aprontando para o bendito Céu de paz e descanso. Ali não haverá nenhuma luta para ser o primeiro, para ter a supremacia; todos amarão ao próximo como a si mesmos. Oh! que Deus abrisse o entendimento e falasse ao coração de nossas igrejas mediante o despertamento de nossos membros, individualmente. ..." (Mensagens Escolhidas - Vol. 2 - EGW - Pág. 381/382)

Nota DDP:
Interessante como o caminho trilhado pelo mundo é exatamente contrário ao que Jesus pregou quando aqui esteve. A globalização é idealizada pela alienação e controle generalizado do ser humano, não para o seu próprio bem , mas para o implemento dos interesses de uma minoria. Maranata!

Caixa eletrônico começa a exigir leitura da mão para evitar fraudes

Sábado, 27 de Janeiro de 2007 09h24
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

Bradesco, Itaú e Unibanco, os três maiores bancos privados do Brasil, decidiram reforçar o combate às fraudes no saque de dinheiro, tirando do papel projetos que dificultam a ação de criminosos. Neste mês, os primeiros caixas eletrônicos com sensores para leitura da mão começaram a ser implantados pelo Bradesco em São Paulo e no Rio.

Além da exigência de senhas alfanuméricas, chips, chaves de segurança e frases secretas, o correntista do Bradesco já pode usar as veias da própria mão para comprovar sua identidade.

Tecnicamente, os especialistas chamam de "biometria" o uso de características físicas e comportamentais (impressões digitais, por exemplo) em mecanismos de identificação. A introdução da biometria em caixas eletrônicos neste ano coloca finalmente o que já foi instrumento de ficção científica no dia-a-dia do brasileiro.

O Bradesco, maior banco privado do país, inaugurou neste mês terminais de auto-atendimento com sensores que lêem as veias da mão de seu cliente para evitar crimes. Outros bancos também estão investindo em pesquisa na área, mas tratam o assunto com cuidado estratégico.

O Itaú confirmou a futura implantação de tecnologia biométrica, mas evitou dar detalhes, como a data de estréia e as características da tecnologia. Segundo a Folha Online apurou, o Unibanco fez testes recentes com reconhecimento da íris.

O uso de biometria por bancos foca, principalmente, o aumento na segurança. O Bradesco já possui 40 terminais em São Paulo e dez no Rio com seu "PalmSecure", um scanner desenvolvido pela empresa japonesa Fujitsu que captura uma imagem do padrão vascular da palma da mão. Três máquinas já foram ativadas em São Paulo, no parque Siqueira Campos (Trianon), Shopping Villa-Lobos e na praça Panamericana.

Caso não haja rejeição por parte dos clientes, a previsão é configurar os 24 mil terminais no Brasil com leitor biométrico até o final de 2010.

Segundo o vice-presidente executivo do Bradesco, Laércio Albino Cezar, em 2006 o banco investiu R$ 1,5 bilhão em tecnologia de segurança, sendo grande parte desse montante destinado à biometria. Ele diz que os gastos com biometria não serão transferidos aos clientes.

No caso do Bradesco, não é necessário trocar o caixa eletrônico para introduzir a biometria. O cartão e a senha ainda são necessários. Os painéis biométricos hoje custam cerca de US$ 700. O banco espera tê-los por até US$ 100 quando for trocar sua "frota". Sua implantação sai por US$ 300.

De acordo com a atendente Maria Isabel Pereira, responsável por apresentar o sensor biométrico aos clientes da agência do Trianon, os freqüentadores ainda demonstram receio com a novidade.

"A maioria quer saber o que acontece se criminosos, mesmo assim, deceparem a mão deles." O banco explica que, neste caso, a máquina não dará acesso, já que é preciso circular sangue nas veias da palma da mão para o reconhecimento.

Fonte - Bol

No mesmo assunto, aqui.

Para a causa, a vida é um retrocesso

por Gerson Faria em 31 de janeiro de 2007

Resumo: Quando o ser humano entra em guerra declarada contra um bebê é porque algo de muito, mas muito perverso está em jogo. É a covardia e a maldade em seu estado mais tremendamente brutal.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Deu na Folha em 8 de janeiro:

"O Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo reconheceu o direito de um feto de entrar com uma ação judicial para garantir o atendimento médico da mãe. Nem o TJ-SP nem o STJ (Superior Tribunal de Justiça) têm conhecimento de casos semelhantes".

As ações foram movidas pelo defensor Marcelo Carneiro Novaes em nome de detentas grávidas e de seus bebês, como meio de garantir o acompanhamento pré-natal adequado. Segundo o responsável pelas ações, o respaldo legal foi oferecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente que, uma vez garantindo o direito da criança à vida, garantiria retroativamente o direito no ventre da mãe, o direito de nascer. Segundo o argumento, o direito se estende à criança no ventre da mãe.

E o que as feministas acharam do reconhecimento do TJ dando direito ao feto?

Bom, ficaram maciçamente caladas. Pelo menos no debate público. A única manifestação que me parece ter ocorrido foi publicada no site do Centro Latinoamericano em Sexualidade e Direitos Humanos, um dos milhares que contam com o apoio da Fundação Ford. Em 2006, o CLAM recebeu um singelo aporte de US$1.714.000 , somente dessa fundação.

Segundo o artigo, há um problema que merece atenção redobrada. Embora reconheçam que o pré-natal seja um direito da mulher e por isso louvável, ele seria algo como um 'sub-direito' sendo a 'cidadania' um direito maior. Afirma:

"O que não se pode, a título de defesa do direito da mulher ao pré-natal, que é uma ação de saúde indispensável para reduzir a mortalidade materna e neonatal, é extirpá-la do contexto da cidadania".

Ou seja, o 'contexto da cidadania' é o espaço onde as feministas existem, é o espaço de seu ganha pão. Sem ele, elas não têm muito o que fazer. Elas querem é mediar essa relação, ditando o que é um retrocesso e o que é um avanço. Ainda no artigo:

"Num contexto de disputa de agenda sobre direitos sexuais e direitos reprodutivos, a decisão da Justiça paulista me parece completamente equivocada, o que favorece setores fundamentalistas".

E em outro ponto:

"Não sou especialista na área jurídica, mas o que se pode prever é que este episódio pode fortalecer posições conservadoras que estão ganhando mais visibilidade devido à vinda do Papa ao Brasil, e obrigando a um recuo no debate sobre o aborto no Congresso Nacional".

A verdade às vezes demora um pouco, mas sempre aparece. Vemos que a preocupação descrita é política, deixando de lado as mulheres concretas e suas crianças. O terror é que isso favoreceria os setores fundamentalistas, esses monstros anti-aborto. E aí, os ganhos políticos da causa seriam prejudicados. E dá um conselho às colegas de ativismo:

"Creio que temos de estar atentas para que não se caia em comemorações sobre o surgimento de novos sujeitos de direitos no Brasil, que no fundo reforçam posições retrógradas da Igreja Católica e de Evangélicos Conservadores".

Interessante. Ela alerta as feministas para não comemorarem o surgimento de novos sujeitos de direitos no Brasil, pois isso reforçaria as posições da Igreja Católica e dos Evangélicos Conservadores. Em bom português, no Brasil há sujeitos que podem ter direitos e há os que não podem. E esses fetos, pelo jeito, não podem.

Mas, de uma vez por todas, aprendamos: intelectual ativista é assim. Em sua sapiência abismal, definem o certo, o errado e quem está de cada lado.

Quando o ser humano entra em guerra declarada contra um bebê é porque algo de muito, mas muito perverso está em jogo. É a covardia e a maldade em seu estado mais tremendamente brutal. Quando organizações políticas se formam tendo isso como objetivo, é sinal de satanismo coletivo travestido de defesa de direitos humanos.

Fonte - Mídia sem Máscara

II Timóteo 3:1-5
Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta- te também desses.

"Satanás está ativamente em operação em nossas cidades populosas. Sua obra é observada na confusão, na luta e discórdia entre o capital e o trabalho, bem como na hipocrisia que penetrou nas igrejas. ... A concupiscência da carne, a soberba dos olhos, a ostentação do egoísmo, o abuso do poder, a crueldade e a força empregados para fazer com que os homens se liguem às confederações e uniões - atando-se a si mesmos em molhos para a queima dos grandes fogos dos últimos dias - tudo isso é operação de instrumentos satânicos. Evangelismo, pág. 26." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 116)

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Perseguição religiosa na China

Polícia prende ativista cristão e sua mãe de quase 80 anos em Pequim
Viviane Chaves

Um famoso ativista cristão foi preso em Pequim, na China, no último dia 26. Hua Haiqi e sua mãe de 76 anos foram assaltados e feridos pela polícia. Segundo a esposa do ativista, Wei Jumei, sete policiais atacaram os dois, enquanto andavam perto do terreno de um hotel das Olimpíadas de 2008.

Jumei disse que a sogra e o marido foram jogados no chão e levados à delegacia olímpica para serem interrogados. Assim que chegou à sala, Haiqi foi agredido por perguntar o motivo da detenção.

Haiqi pediu que os policiais libertassem sua mãe, por causa da saúde debilitada da senhora. Eles se recusaram e jogaram água fria sobre ele. A ação representou um tipo de tortura, pois em Pequim, a temperatura está abaixo de 5ºC.

No dia seguinte (27), Jumei foi informada da prisão do marido pela polícia. Haiqi foi condenado a um mês de detenção criminal. Nenhum dos membros da família recebeu notificação sobre a prisão do cristão.

Haiqi e Jumei são ativos no cristianismo. O casal pertence a uma igreja doméstica chinesa e ajuda muitos cristãos perseguidos e camponeses oprimidos que vão de outras partes da China para Pequim em busca de justiça por parte do governo central.

O presidente da Associação de Ajuda à China, Bob Fu, disse que a prisão de cristãos inocentes contradiz o compromisso em relação aos direitos humanos, que o governo assumiu por causa das Olimpíadas de 2008, a serem realizadas na capital. Segundo Bob Fu, Haiqi e sua mãe são inocentes.

Fonte - Elnet


Lucas 21:12
Mas antes de todas essas coisas vos hão de prender e perseguir, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome.

"Quando a tempestade da perseguição realmente desabar sobre nós, as verdadeiras ovelhas ouvirão a voz do verdadeiro Pastor. Abnegados esforços serão envidados para salvar os perdidos, e muitos que vaguearam longe do aprisco retornarão para seguir o grande Pastor. O povo de Deus se coligará e apresentará ao inimigo uma frente unida. Em vista do perigo comum, cessará a luta pela supremacia, e não haverá disputas sobre quem será considerado o maior. Testimonies, vol. 6, pág. 401." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 152)

Aquecimento deixará milhões famintos e sem água, diz estudo

30/01/2007 - 11h27
Por Rob Taylor
Reuters
Em Canberra (Austrália)

O aquecimento global fará com que milhões de pessoas passem fome por volta de 2080 e causará grave falta de água na China, na Austrália e em partes da Europa e Estados Unidos, segundo um novo estudo sobre o clima mundial.

Até o final do século, as alterações climáticas farão com que a escassez de água afete entre 1,1 e 3,2 bilhões de pessoas, com um aumento médio de temperatura na ordem de 2 a 3 graus Celsius, segundo relatório preliminar do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática.

O texto deve ser divulgado só em abril, mas o jornal australiano The Age teve acesso a seus dados. O estudo diz ainda que outros 200 a 600 milhões de pessoas enfrentarão falta de alimentos nos 70 anos seguintes, enquanto inundações litorâneas podem tragar outras 7 milhões de casas.

"A mensagem é que cada região da Terra terá uma exposição [ao aquecimento]", disse Graeme Pearman, um dos responsáveis pelo relatório, na terça-feira à Reuters.

"Se você olhar para a China, como a Austrália, ambas vão perder precipitações pluviométricas consideráveis em suas áreas agrícolas", disse Pearman, ex-diretor de clima da Organização da Comunidade Científica e de Pesquisa Industrial, principal órgão australiano do setor.


Países pobres, como os da África e Bangladesh, seriam os mais afetados, por serem os menos capazes de lidarem com secas e inundações litorâneas, segundo o especialista.

O Painel Intergovernamental foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa Ambiental da ONU para orientar as políticas globais sobre o aquecimento.

O grupo deve divulgar na sexta-feira em Paris um relatório prevendo que até 2100 a temperatura média do mundo estará de 2 a 4,5C acima dos níveis pré-industriais, sendo que a estimativa mais provável é de 3C.

Esse relatório deve resumir a base científica das mudanças climáticas, enquanto o texto de abril detalhará as consequências do aquecimento e as opções para se adaptar a ele.

Seca na Austrália
O relatório preliminar contém um capitulo inteiro sobre a Austrália, que vive a pior seca da sua história, alertando que a Grande Barreira de Recifes se tornará "funcionalmente extinta" devido à destruição dos corais.

Além disso, a neve deve sumir dos montes no sudeste do país, e o fluxo de água na bacia do rio Murray-Darling, principal área agrícola australiana, deve cair de 10 a 25 por cento até 2050.

Na Europa, os glaciais vão desaparecer dos Alpes centrais, enquanto algumas ilhas do Pacífico devem ser muito atingidas pela elevação dos mares e intensificação da freqüência das tempestades tropicais.

Num tom mais otimista, Pearman disse que ainda há muito que se pode fazer para lidar com o aquecimento. "As projeções no relatório que sai nesta semana se baseiam na pressuposição de que somos lentos em reagir e que as coisas continuam mais ou menos como no passado", afirmou.

Alguns cientistas dizem que a Austrália, o continente mais seco do mundo, sofre uma "acelerada mudança climática" em comparação com outros países.


Fonte - UOL


Isaías 49:10 Nunca terão fome nem sede; não os afligirá nem a calma nem o sol; porque o que se compadece deles os guiará, e os conduzirá mansamente aos mananciais das águas.

Isaías 65:13 Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;

Apocalipse 7:16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum;

"Naquele dia, multidões desejarão o abrigo da misericórdia de Deus, abrigo que durante tanto tempo desprezaram. "Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a Terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. E irão vagabundos de um mar até outro mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, e não a acharão." Amós 8:11 e 12. "

"O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer. O Deus que cuidou de Elias, não desamparará nenhum de Seus abnegados filhos. Aquele que conta os cabelos de sua cabeça, deles cuidará; e no tempo de fome serão alimentados. Enquanto os ímpios estão a morrer de fome e pestilências, os anjos protegerão os justos, suprindo-lhes as necessidades. Para aquele que "anda em justiça" é esta promessa: "O seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas. Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas Eu, o Senhor os ouvirei, Eu o Deus de Israel, os não desampararei." Isa. 33:16; 41:17." (O Grande Conflito - Ellen G. White - Pág. 629)

Rock do U2 será tema de missa de igreja anglicana

29.01.2007 - Uma igreja anglicana na Inglaterra está preparando seu primeiro serviço de comunhão com músicas inspiradas no grupo de rock irlandês U2.

"O rock pode ser um veículo de imensa espiritualidade", disse o bispo Grantham, Timothy Ellis, anunciando planos para o singular serviço, na cidade inglesa de Lincoln, a ser realizado em maio.

Uma banda ao vivo vai tocar clássicos do U2 como "Beautiful Day" e "Mysterious Ways" com a letra das músicas sendo mostradas em uma tela gigante.

O serviço vai se concentrar nas metas de desenvolvimento do milênio. O cantor e líder da banda, Bono Vox, é um dos principais promotores das metas de combate à pobreza no mundo. (Por Paul Majendie)

Fonte - Terra notícias

"Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. ... Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida. Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 36 e 38." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 159)

Presos gaúchos podem usar pulseira com microchip

29.01.2007 - Superintendência Estadual de Serviços Penitenciários (Susepe) estuda a utilização de microchips para monitorar os detentos no Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Fontes, a utilização de pulseirinhas de titânio com os microchips dificultaria a fuga de presos do regime aberto e semi-aberto.

Nos últimos quatro anos, o sistema carcerário tem registrado mais de 18 mil fugas nos regimes aberto e semi-aberto. No sistema fechado, os dados oficiais indicam uma média de sete fugas por mês em presídios gaúchos de 2003 a 2006.

A Susepe estuda o modelo implementado na Inglaterra e acredita que o uso da mesma tecnologia no estado possa ocorrer em até dois anos, se a Assembléia Legislativa aprovar alterações normativas na legislação penal.

Somente no ano passado, a Susepe registrou mais de cinco mil fugas, mas conforme o órgão, a estatística também contabiliza os detentos que receberam licença para saírem e acabaram se reapresentando com atraso.

As estatísticas apontam também que, no ano passado, mais de 3.800 criminosos foram capturados e recapturados no Rio Grande do Sul, mas como muitos detentos foram presos mais de uma vez, a Susepe admite que o número é inferior.

Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, Flavio Berneira, a redução das fugas depende da revisão na legislação penal, com o fim dos regimes aberto e semi-aberto. Ele lembra que outro fator que facilita o não-retorno dos detentos são as dificuldades estruturais do sistema carcerário gaúcho, que hoje tem duas penitenciárias interditadas, e que oficialmente possui 16 mil vagas, mas abriga mais de 23 mil presos.

Fonte - Globo.com

Ainda no tema, aqui.

Cientistas prevêem aquecimento global maior do que o esperado

29/01/2007 - 13h38
da Efe, em Paris

O Grupo Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC, em inglês) está reunido desde hoje em Paris para finalizar suas projeções do aquecimento da Terra para este século, que deverá ser maior que o cenário traçado pelos cientistas em 2001.

Desde o último relatório do IPCC, "as evidências da mudança climática ficaram mais claras", afirmou o presidente do grupo, Rajendra Pachauri, na abertura da conferência, que reúne mais de 500 especialistas e representantes governamentais.

Os participantes têm que entrar em consenso "palavra por palavra, e linha por linha" sobre o documento que será apresentado na sexta-feira, disse Pachauri. No entanto, o presidente do IPCC não quis falar sobre o assunto por temer que o texto possa sofrer modificações importantes devido à pressão de certos governos.

Ainda sobre este aspecto, um dos membros do IPCC, o francês Jean Jouzel, alertou que, por causa da exigência de consenso, as conclusões "correm o risco de subestimar as mudanças climáticas, mais do que de exagerá-las".

Segundo informações não confirmadas, o relatório do IPCC, que será divulgado na sexta-feira, prevê um aquecimento climático maior do que o previsto em 2001, quando foi anunciado que a temperatura da Terra aumentaria entre 1,4 e 5,8 º C até 2100.

Agora, os cientistas prevêem que o crescimento ficará entre 2 e 4,5 ºC, sendo 3 ºC a opção mais provável. Além disso, já não há dúvidas de que as emissões de poluentes das atividades humanas causam o "efeito estufa".

Também serão revisados os números da elevação do nível dos oceanos devido ao derretimento de parte das calotas polares e o aumento do volume de água marinha por causa do aquecimento.

Antes, os especialistas trabalhavam com uma margem ampla de acréscimo de 9 a 88 centímetros no final do século. Agora, os limites são mais reduzidos, de 28 a 43 centímetros de aumento do nível dos mares.

O presidente do IPCC também não quis falar sobre as previsões feitas pelos mais de 500 especialistas internacionais, que durante os últimos quatro anos analisaram os estudos científicos publicados sobre a mudança climática.

No entanto, Pachauri afirmou que nunca um tema havia gerado no mundo "tanta fome de conhecimento científico".

Co-presidente do grupo de trabalho do IPCC encarregado do relatório sobre as bases científicas da mudança climática, Susan Solomon enfatizou a seriedade de seu trabalho.

Solomon disse que mais de 500 cientistas ajudaram a elaborar o relatório, sendo que 75% destes não haviam participado da redação da edição de 2001. A especialista também afirmou que mais de 30 mil sugestões haviam sido levadas em consideração na elaboração da minuta.

Após o documento, o IPCC deve adotar outros três ainda este ano. Em 6 de abril, será discutida em Bruxelas uma minuta sobre os impactos, a adaptação e a vulnerabilidade à mudança climática.

No dia 4 de maio, será debatido, em Bangcoc, um relatório sobre a atenuação destes efeitos. Já em 16 de novembro, será aprovado, em Valência, um documento contendo a síntese para os responsáveis políticos.

Os trabalhos do IPCC, criado em 1988, levaram à adoção do Convênio sobre a Mudança Climática em 1992 e, cinco anos depois, ao Protocolo de Kyoto sobre a redução do dióxido de carbono (CO2) e outros gases causadores do efeito estufa.

Enquanto os representantes do IPCC davam início à sua reunião na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a um quilômetro dali um grupo de ativistas do Greenpeace escalou a Torre Eiffel para pendurar cartazes nos quais podia ser lida a frase "Não é tarde demais".

Os manifestantes também advertiram que é necessário agir para impedir que as temperaturas subam mais de dois graus Celsius, nível a partir do qual, segundo os cientistas, a Terra correria perigo.

A Prefeitura de Paris quer que a Torre Eiffel participe de um ato simbólico que sirva de alerta para a necessidade de tomar medidas para atenuar a mudança climática. Na quinta-feira, todas as luzes da atração turística serão apagadas das 19h55 às 20h (16h55 e 17h em Brasília).

Fonte - Folha


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Degelo acelerado de geleiras é registrado em todo o mundo

29/01/2007 - 18h20

GENEBRA, 29 jan (AFP) - As geleiras do mundo sofrem um degelo acelerado, o que confirma a tendência ao aquecimento climático, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Trinta geleiras, monitoradas pelo Serviço Mundial de Controle de Geleiras, sediado em Zurique (Suíça), perderam uma média de 66 centímetros de espessura em 2005, segundo o Pnuma.

As geleiras analisadas, situadas em todo o mundo, tiveram uma redução de 10,5 metros de espessura desde 1980.

O degelo anual aumentou 1,6 vez em média durante a última década, em comparação com a década de 90, e seis vezes, se tomados como referência os anos 80.

A superfície coberta pelas geleiras também se reduziu de forma drástica em relação aos anos 80, segundo o glaciologista do Instituto de Zurique M. Michael Zemp. Os estudos "não deixaram nenhuma dúvida em torno da mudança acelerada das condições climáticas", insistiu.

O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, expressou que as pesquisas "corroboram a mudança climática devido à atividade humana", teoria que sustentará o relatório do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática (IPCC, na sigla em inglês), a ser publicado no próximo 2 de fevereiro, em Paris.

O Pnuma advertiu que o degelo será um tema central na análise de 2006, um dos anos mais quentes registrados em muitas regiões do mundo.

"Os governos deverão se convencer da necessidade de reduzir as emissões de gases e implementar estratégias de longo prazo", afirmou Steiner.

"As geleiras fornecem água potável e servem como fonte de irrigação e atividades industriais", concluiu.

Fonte - UOL


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domingo, 28 de janeiro de 2007

ONU dobra previsão de aumento da temperatura

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, previsto para ser divulgado no dia 2 de fevereiro, deve anunciar uma previsão de aumento na temperatura do planeta entre 2ºC e 4,5ºC acima das médias desde o período anterior à Revolução Industrial até o fim do século XXI. A probabilidade maior é de que a elevação seja de 3ºC.

Os valores são mais do que o dobro do previsto no último relatório, divulgado em 2001, quando o painel projetava um aquecimento de, no mínimo, 1,4ºC - o que já significava o maior aumento dos últimos 10 mil anos. A prévia do painel, que ainda será revisada por especialistas nos próximos dias, foi divulgada pela MetSul Meteorologia.

O ritmo de elevação da temperatura entre 2007 e o ano 2030 será provavelmente o dobro do século passado, conforme as análises. O painel acrescenta que o efeito do aquecimento pelos gases do efeito estufa aumentou 20% durante a década passada, o que representa a maior mudança observada em qualquer década nos últimos 200 anos.

Todos os continentes, exceto a Antártida, aqueceram na última metade de século com as maiores elevações da temperatura no Ártico do Canadá e em outras regiões próximas do pólo norte.

O painel foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com o objetivo de apurar o risco de mudanças climáticas induzidas pelo homem. Os relatórios são divulgados a cada cinco anos e elaborados, analisados e revisados por mais de dois mil cientistas e governos de 154 países.

O texto que será divulgado no começo de fevereiro corresponde à primeira parte do relatório, intitulado "Summary for Policy-Makers" ou Sumário para Formuladores de Política.

Fonte - Terra

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Conselhos sobre o nome "Adventista do Sétimo Dia"

"Não podemos adotar outro nome mais apropriado do que esse que concorda com a nossa profissão, exprime a nossa fé e nos caracteriza como povo peculiar. O nome Adventista do Sétimo Dia é uma contínua repreensão ao mundo protestante. É aqui que está a linha divisória entre os que adoram a Deus e os que adoram a besta e recebem seu sinal."

"O nome Adventista do Sétimo Dia exibe o verdadeiro caráter de nossa fé e será próprio para persuadir os espíritos indagadores. Como uma flecha da aljava do Senhor, fere os transgressores da lei divina, induzindo ao arrependimento e à fé no Senhor Jesus Cristo." (A Igreja Remanescente - Ellen G. Wuite - Pág. 65)

"Somos adventistas do sétimo dia. Evergonhamo-nos, acaso, de nosso nome? Respondemos: "Não, não! Não nos envergonhamos. É o nome que o Senhor nos deu. Esse nome indica a verdade que deve ser o teste das igrejas." Carta 110, 1902. 9" (A Igreja Remanescente - Ellen G. Wuite - Pág. 66)

"Os homens empregarão todos os meios para tornarem menos destacada a diferença entre os adventistas do sétimo dia e os observadores do primeiro dia da semana. Foi-me apresentado um grupo com o nome de adventistas do sétimo dia, o qual estava aconselhando que a bandeira ou sinal que nos torna um povo distinto, não devia ser salientada de maneira tão chocante; pois pretendiam que esse não seria o melhor método para assegurar êxito a nossas instituições. Não estamos, porém, em tempo de arriar nossa bandeira, de nos envergonharmos de nossa fé. Esta distinta bandeira, descrita nas palavras: "Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus" (Apoc. 14:12), deve ser levada através do mundo até ao fim do tempo de graça. Ao passo que devem ser aumentados os esforços para avançarmos nos diferentes lugares, não devemos encobrir nossa fé para assegurar mais alunos. Cumpre que a verdade alcance as almas prestes a perecer; e caso ela seja de algum modo oculta, Deus é desonrado, e sobre nossas vestes se encontrará o sangue das almas." (Conselhos sobre Educação - Ellen G. White - Pág. 130)

Nota DDP:
Só para constar.
Para bom entendedor, meio nome basta...

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

A importância do Baptismo na questão ecuménica

Reconhecimento mútuo representa um passo decisivo no caminho da Unidade e está a ser discutido em Portugal
A Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé (CEDF, católica) e o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) continuam a discutir o reconhecimento mútuo dos baptismos nas Igrejas Católica, Presbiteriana, Metodista, Lusitana e Anglicana em Portugal.

As duas organizações discutem esta matéria há anos, mas como nem a CEDF nem a COPIC assumem decisões em nome das suas Igrejas, nesta matéria, a questão está dependente da concordância das diversas comunidades religiosas.

João Duque, secretário da CEDF, confirmou no início da semana de oração pela unidade dos cristãos que o texto está elaborado e se encontra em fase de estudo, do lado das Igrejas cristãs não-católicas. Após o acordo entre estas, o documento será discutido de novo com a CEDF, para se tentar chegar à aprovação definitiva.

A Igreja Católica já deixou clara a orientação de que se avance no sentido do “reconhecimento mútuo”, seja no Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo, seja através de uma recente intervenção do presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper.

Esta decisão ultrapassa em muito o plano “burocrático” de se evitar um novo Baptismo, quando alguém decide mudar de Igreja.

O decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, “Unitatis Redintegratio”, lembra no seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Baptismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor.”

João Paulo II, na sua encíclica sobre a Unidade dos Cristãos, “Ut Unum Sint”, assegura que o reconhecimento dessa fraternidade “não é a consequência de um filantropismo liberal ou de um vago espírito de família, mas está enraizado no reconhecimento do único Baptismo” (n.º 42).

O “Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo” pede explicitamente um reconhecimento recíproco e oficial dos Baptismos. Isto está muito para além de um simples acto de cortesia ecuménica e constitui uma afirmação básica na concepção do que é a Igreja.

As implicações teológicas, pastorais e ecuménicas do Baptismo comum são muitas e importantes. Definido-se uma unidade fundamental, embora ainda parcial, pode-se passar, como defende a encíclica de João Paulo II, “àquela unidade visível, necessária e suficiente, que se inscreva na realidade concreta, para que as Igrejas realizem verdadeiramente o sinal daquela comunhão plena na Igreja una, santa, católica e apostólica, que se há-de exprimir na concelebração eucarística” (n.º78).

O compromisso que as Igrejas cristãs em Portugal desejam assumir reveste-se, assim, de uma importância central, no sentido em que constitui um passo decisivo no caminho da Unidade.

Fonte - Ecclesia

Mais sobre o ecumenismo, aqui.

Blues Laws

A cada dia que passa se intensificam mais os esforços da Igreja Romana para chamar a atenção da opinião pública para o sinal que define sua autoridade no meio da cristandade: a guarda do domingo.

OS FATOS:

1. Há muito tempo a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) tem esperado por este momento, o qual, tudo indica, chegou para ficar. Explicando melhor: a reconquista do poder político e do poder religioso perdidos ao fim da Idade Média, o que se concretizaria com a adoção pelas nações de uma lei que torne obrigatório para todas as pessoas a guarda do domingo (muitos cristãos acreditam ser o “dia do Senhor”), sinal de autoridade de Roma.

2. A última notícia demonstrando isso vem do jornal italiano La Republlica, reproduzida pela Folha Online: “O Vaticano prepara a Clericus Cup, seu campeonato de futebol, que deve começar na segunda metade de fevereiro com 16 equipes de colégios e seminários pontifícios de Roma.” A principal informação aparece em seguida: “Será proibido jogar no domingo, dia do Senhor [sic]. Durante as partidas, os jogadores que deixarem escapar uma palavra feia ou uma blasfêmia serão imediatamente expulsos. De resto, as regras serão as mesmas que em qualquer torneio de futebol normal." O torneio, que já recebeu a benção do Papa, pode até nunca acontecer, mas o recado foi dado: no domingo, “dia do Senhor”, não deveriam acontecer jogos de futebol!

3. Essa notícia não teria muita relevância caso surgisse em outros tempos. Porém, deve ser levada a sério, já que os protestantes norte-americanos têm se unido também pela mesma causa. The Ten Commandments Commission (A Comissão dos Dez mandamentos) é um movimento de igrejas protestantes em favor da defesa da Lei de Deus, o que não seria nada mal, se não fosse pela defesa do descanso dominical em lugar do sábado bíblico. Este movimento estabeleceu um dia no ano como o Dia dos Dez Mandamentos (Ten Commandments Day) – o primeiro domingo de maio, quando todas as igrejas participantes fazem uma celebração especial para promover a guarda da Lei de Deus na sociedade. (O grande problema é com a promoção da guarda do domingo!)

4. Não é de agora. Já em 2004, a revista Time publicou matéria assinada por Nancy Gibbs, onde, sutilmente, relembra os bons tempos das “Blues Laws” (“Leis Azuis” foram Leis Dominicais que apareceram em regiões isoladas dos EUA em tempos passados). Surpreendente é que, para sustentar a importância do descanso dominical, a articulista até citou as palavras de João Paulo II na Carta Apostólica Dies Domini: “Quando o domingo perde o seu sentido fundamental e torna-se meramente parte de um ‘fim-de-semana’ as pessoas se mantêm presas dentro de um horizonte tão limitado que não mais podem ver ‘os céus’.” (Incrível como um país protestante como os EUA se renderam aos encantos de Roma!)

5. A agência de notícias católica ACI, faz a seguinte indagação: “Há quem critique fortemente a Igreja católica por ter trocado o preceito bíblico do descanso sabático, substituindo assim o ensino divino com preceitos humanos, tomando a liberdade de converter o domingo como o Dia dos dias, o Dia principal. Isto é verdade?” Se depender da resposta que é dada a esta pergunta eu diria que sim, é verdade! Já que foram citadas várias passagens da Bíblia na resposta, todas elas que falam do sábado como Dia do Senhor. Nenhuma referência bíblica ao domingo como dia de guarda foi feita. (De fato, porque não existe.) Qual será o próximo lance - você deve estar se perguntando - para promover a guarda do domingo? Resposta: Quem viver, verá!

“Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada.” Salmo 119:126

Fonte - Blog Minuto Profético


Mais sobre o tema, aqui.

Ator Tom Cruise será o "Cristo" da Cientologia

24.01.2007 - Tom Cruise está levando sua crença na Cientologia às últimas conseqüências. E os líderes da religião também. Segundo o tablóide The Sun, o astro de Missão Impossível será o novo Cristo da Cientologia.

O astro terá o dever de espalhar os mandamentos da religião e a fé pelos quatro cantos do planeta. O líder David Miscavige acredita, inclusive, que, no futuro, Tom será tão reconhecido quanto Jesus Cristo, figura central do cristianismo.

Como Cristo, ele está sendo criticado pelo público. Mas as futuras gerações vão perceber que ele estava certo.

Tom ingressou na Igreja da Cientologia nos anos 80. O líder da época, L Ron Hubbard, chegou a declarar que os seres humanos possuíam traços de uma antiga civilização alienígena.

Fonte - Portal Anjo

Mateus 24:24
porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.

"A rebelião e a apostasia acham-se no próprio ar que respiramos. Seremos afetados por elas a menos que, pela fé, apeguemos nossa alma desamparada a Cristo. Se os homens são tão facilmente desencaminhados, como subsistirão quando Satanás personificar a Cristo, e operar milagres? Quem ficará inabalável ante suas falsas apresentações, pretendendo ser Cristo quando é simplesmente Satanás personificando a Cristo, e operando aparentemente as obras de Cristo? Que impedirá o povo de Deus de dar sua aliança aos falsos cristos? "Não vades ... após eles." Luc. 21:8." (Mensagens Escolhidas - Vol. 2 - Ellen G. White - Pág. 58)

Davos:participantes elogiam preocupação de Bush com o clima

Líderes empresariais do mundo todo elogiaram, nesta quarta-feira, a "nova" postura do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sobre a questão climática. Em discurso ao Congresso, ontem, ele reconheceu as mudanças climáticas como 'um sério desafio'.

O presidente, que antes mostrava dúvidas sobre a existência do aquecimento global, ou suas causas humanas, admitiu, pela primeira vez, que se trata de "uma grave preocupação".

Ele, porém, não citou limites obrigatórios às emissões de carbono na atmosfera, a exemplo do que querem algumas grandes empresas, como a General Electric.

Os participantes, no entanto, pediram padrões de longo prazo para as emissões de carbono, o que ajudaria as empresas a se planejarem.

Bush também defendeu a redução de 20% no consumo de gasolina e preferiu defender novas tecnologias que permitirão reduzir o consumo, cuja queima é uma importante fonte dos poluentes que provocam o aquecimento da Terra.

Os líderes capitalistas reunidos em Davos, na Suíça, elogiaram Bush por sua defesa do etanol e de energias solar, eólica e nuclear, mas disseram que Washington precisa impor regras mais rígidas para as emissões de poluentes nos EUA.

'É um bom passo, mas precisamos de muitos outros', disse James Rogers, executivo-chefe da Duke Energy, durante a reunião do Fórum Econômico Mundial, que reúne 2.400 influentes participantes, neste ano voltados prioritariamente para o aquecimento global.

Rogers disse que as usinas elétricas construídas hoje serão usadas nos próximos 50 anos, de modo que é essencial ter noções dos futuros regulamentos para tomar decisões de investimentos agora.

'Não estamos sentados esperando. Uma tremenda quantidade de trabalho vai na preparação [de um novo regime regulador]', afirmou.

Alain Belda, executivo-chefe da Alcoa, concordou, dizendo ser inviável que a agenda climática norte-americana continue sendo definida individualmente pelos Estados, como faz a Califórnia.

'Acho que o país precisa de uma [só] regra', disse ele num painel sobre o tema em Davos, lembrando que esses regulamentos serão úteis para reduzir o risco de que as empresas invistam em tecnologias que depois não serão usadas.

Ele acrescentou que uma decisão dos EUA pode incentivar outros países menos ricos a também restringirem suas emissões de poluentes.

Fonte - iG

"É acerca da lei de Deus que virá o último e grande conflito entre Cristo e Seus anjos e Satanás e os seus, e será decisivo para todo o mundo. ... Homens em posições de responsabilidade não só desatenderão e desprezarão o sábado eles mesmos, mas da tribuna sagrada instarão com o povo para que guardem o primeiro dia da semana, alegando a tradição e o costume em favor dessa instituição de feitura humana. Apontarão para as calamidades em terra e mar - as tempestades, as inundações, os terremotos, a destruição pelo fogo - como juízos indicadores do desprazer de Deus por não ser santificado o domingo. Essas calamidades aumentarão mais e mais, uma catástrofe seguirá de perto a outra; e os que quebrantam a lei de Deus apontarão para os poucos que observam o sábado do quarto mandamento como aqueles que trazem sobre o mundo a ira. Esta falsidade é estratégia de Satanás para apanhar os incautos. Southern Watchman, 28 de junho de 1904." (Serviço Cristão - Ellen G. White - Pág. 155)

Nota DDP: Demorou para que os EUA viessem a compor o quadro que possibilite a discussão de medidas globais para contenção da ameaça climática para a vida na terra. Esperemos pelas propostas que serão colocadas na mesa. Não sai da minha cabeça que será necessário parar um dia em sete para diminuir estes riscos... Sete lembra alguma coisa?

Ainda no tema, aqui.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Merkel defende referência ao Cristianismo na Constituição Europeia

A Chanceler alemã Angela Merkel manifestou-se favorável a uma referência ao Cristianismo na Constituição Europeia, defendendo que a Europa deve estar “pronta a lutar” pelos seus valores.

Em entrevista conjunta com o Cardeal Karl Lehmann à revista alemã Focus, publicada hoje, Merkel assinala que “teria desejado que a ligação aos valores cristãos fosse mais estreita”. A Chanceler da Alemanha, país que está na presidência da UE, indica que “a Europa deve continuar a preocupar-se com esta questão”.

Sublinhando que a UE não quer ser “um clube cristão”, Angela Merkel precisa que a União não pode deixar de ser “um clube de valores”.

“Não aceitaremos, em caso algum, pontos de vista segundo os quais se pode atentar contra a dignidade humana ou segundo os quais o homem e a mulher teriam oportunidades diferentes”, atira.

O projecto de Constituição Europeia foi rejeitado pela França e a Holanda, em referendo, no ano de 2005.

Fonte - Ecclesia

Ainda sobre a UE, aqui.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

CARDEAL MARADIAGA: SEITAS SÃO VERDADEIRAS AMEAÇAS PARA A IGREJA

Tegucigalpa, 19 jan (RV) - As seitas religiosas representam, cada vez mais, um desafio para a Igreja Católica, sobretudo na América Latina. Foi o alarme lançado pelo cardeal-arcebispo de Tegucigalpa, Honduras, Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, que participa da assembléia da Pontifícia Comissão para a América Latina, encontro que aborda o tema da família e a educação cristã.

"Este não é apenas um problema religioso, mas também econômico e político" _ disse o cardeal, argumentando: "Originariamente, as seitas eram denominações religiosas importadas de outros países, como os Estados Unidos. Hoje, tornaram-se um produto autóctone. Não são mais seitas, são comércio" _ acrescentou o Cardeal Maradiaga, citando como exemplo os grupos que nascem, a cada dia, na América Central.

"Algumas seitas, definidas "evangélicas" têm a pretensão de chegar ao poder, e assim, os políticos vão buscar seu voto. Mas na América Latina, "evangélico" é um conceito que engloba tudo: o que é realmente evangélico, e também o que não é!" (CM)

Fonte - Radio Vaticano

Atos 24:14
Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos escritos dos profetas,

"Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar por completo a voz de dissentimento e reprovação." (O Grande Conflito - Ellen G. White - Pág. 635)

Bento XVI: Ecumenismo «espiritual», tarefa que todos podem realizar

...
1) - Perante milhares de fiéis e peregrinos na Praça de São Pedro, no Vaticano, e milhões de pessoas que acompanham a transmissão do Angelus dominical através dos meios de comunicação, o Santo Padre afirmou a importância da oração no itinerário ecumênico, um tema que também considera prioritário em seu pontificado.

...
2) - "A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos nos recorda assim que o ecumenismo é uma experiência dialógica profunda, um escutar-se e falar-se, um conhecer-se melhor; é uma tarefa que todos podem realizar, especialmente no relativo ao ecumenismo espiritual, baseado na oração e em compartilhar o que é possível por agora entre os cristãos." (BXVI)

Fonte - Zenit (1 - 2)

Nota DDP:
Interessante como os temas domingo e ecumenismo se revezam na pauta deste pontificado de forma reiterada. Fico pensando neste "por agora" lançado de forma sorrateira no discurso, qual o próximo passo?

Mais sobre oecumenismo, aqui.

Mudanças Climáticas

Em menos de 70 anos, a Floresta Amazônica poderá sofrer seca extrema
Juliana Miguel

Um estudo elaborado por cientistas da Universidade Suíça ETH revelou que as Américas Central e do Sul, o Centro da África e o norte do Canadá, provavelmente serão as regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas que irão ocorrer entre os anos de 2071 e 2100.

Segundo a pesquisa publicada no artigo científico Geophysical Research Letters, durante esse período a Floresta Amazônica poderá passar por cerca de 13 anos de extrema seca. Outros lugares que poderão sofrer o mesmo dano são as regiões da Bacia do Congo.

O estudo mostrou ainda que o norte do Canadá será fortemente atingido e que o Ártico poderá ficar sem gelo nos verões até 2100. Isso pode ser uma grande ameaça às comunidades indígenas, que sobrevivem da caça de animais como morsas e focas. Porém, Algumas partes do mundo, como os Estados Unidos, a Europa Central, a Austrália e o Centro da Ásia e Índia, poderão escapar ilesas desses impactos.

Fonte - Elnet


Outras no tema, começam aqui.

Tempestade castiga a Europa

Ventos e chuvas fortes matam quase 30 e provoca caos no trânsito europeu

Viviane Chaves

Depois de passar pela Grã-Bretanha, França e outros países europeus, uma tempestade castigou a Alemanha e a Holanda. Os fortes ventos derrubaram árvores, telhados, muros e postes, além de provocar a morte de 27 pessoas – segundo a última informação.

Na Grã-Bretanha, os temporais – com chuvas e ventos de até 159 km/h – atingiram vários pontos do país e mataram nove pessoas. Já na Alemanha, a tempestade provocou a morte de sete pessoas. A violência das chuvas e ventos também causaram danos e mortes na França, Polônia, República Tcheca e Holanda.

As péssimas condições do tempo dificultaram o transporte na Europa. Os aeroportos de Heathrow, o maior europeu, Frankfurt, Viena, Munique e Amsterdã registraram centenas de cancelamentos de vôos. O transporte por balsas também foi prejudicado. Travessias na Grã-Bretanha, Irlanda, Bélgica e Finlândia foram canceladas.

Segundo meteorologistas londrinos, as ventanias que passaram pela Grã-Bretanha foram as piores registradas desde janeiro de 1990. Na Alemanha, especialistas disseram que a tempestade foi a pior dos últimos cinco anos, com ventos chegando a 190 km/h.

As equipes de resgate da Europa estão de prontidão para atender qualquer chamada de emergência.

Fonte - Elnet


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quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

O Renascimento da Religião

Rainer Traub

Em meio às difíceis mudanças mundiais, as pessoas estão voltando à velha religião. Em nome de Deus, terroristas matam e mutilam alegremente; nos Estados Unidos, a direita cristã tem forte influência no governo. Neste crescente mundo temente a Deus, apenas a Europa Ocidental parece o último baluarte de secularismo - ou os fiéis daqui também estão retornando?

Roma, abril de 2005. Pessoas se espremem na Praça de São Pedro. O papa João Paulo 2º faleceu e as multidões coloridas, incluindo alunas cabulando aula e surfistas com cabelos trançados - mais parecendo um público de concerto de rock do que freqüentadores de igreja - seguiram para o Vaticano para prestar suas últimas homenagens.

A enxurrada de visitantes pouco diminuiu um ano depois, mas a atração agora é o novo Santo Padre. Os alemães, em particular, vão para ver "seu" papa, Bento 16, com cerca de 50 mil buscando uma audiência durante seus primeiros seis meses como líder da Igreja Católica Romana.

Será que são sinais de um renascimento religioso na Europa notoriamente secular - especialmente entre os jovens? Ou as multidões na Santa Sé são compostas mais de curiosos do que verdadeiros fiéis - um produto da mesma badalação da mídia que alimenta nossa fixação por ícones do futebol, divas da música pop e astros de Hollywood?

Ninguém sabe ao certo, mas uma coisa está clara. As igrejas podem estar mais vazias do que nunca, mas em um planeta que parece estar rodopiando fora de controle, mais e mais pessoas estão refletindo sobre o significado da vida - mesmo no Velho Mundo. No rastro deste redespertar, rudes caricaturas dinamarquesas de Maomé, comentários do papa na Alemanha e uma igualmente controversa montagem de "Idomeneo" de Mozart, em Berlim, levantaram nos últimos meses a questão sobre quanta religião e os valores que ela reflete nós precisamos.

O triunfo da modernidade?

O ressurgimento da religião é um dos fenômenos mais dramáticos e notáveis de nosso tempo e assume alguns aspectos perturbadores. Os terroristas detonam bombas em nome de Alá. A Casa Branca é ocupada por um presidente que se considera um cristão renascido, prega em público, busca orientação divina em assuntos políticos e envolve suas políticas em uma roupagem religiosa.

Na aurora do século 21, a religião está caminhando pelo palco mundial como um ator poderoso, mas volátil, atuando em uma variedade de papéis que mudam constantemente - um desdobramento que era inconcebível para a maioria dos ocidentais há uma geração. Naquela época, o triunfo da modernidade deveria ser acompanhado da morte inexorável da religião ao redor do mundo.

Mas tal noção estava absolutamente errada. Na verdade, em continentes como a África e a Ásia, onde a religião está ganhando influência, este nunca foi o caso.

Fora uns poucos grandes eventos na mídia, o equilíbrio na Alemanha tem pendido até o momento para a modernidade, a ponto da religião parecer ter perdido suas amarras. "Não está mais distante o dia em que as fundações religiosas de nossa civilização serão tão alienígenas para a maioria dos alemães quanto às do antigo Egito e dos astecas", profetizou Klaus Harpprecht, do jornal alemão "Die Zeit".

E não há como contestar: com exceção da católica Polônia, o número de fiéis nas igrejas tradicionais cristãs tem caído drasticamente na Europa, assim como a consciência da herança cristã do continente. As alegações de que a religião está ruindo são apenas parcialmente verdadeiras. O argumento não vale para a maioria dos 15 milhões de muçulmanos na Europa. Na verdade, o Islã cresceu nos últimos anos. "A observância religiosa aumentou entre os muçulmanos desde o 11 de Setembro", disse Ali Kizilkaya, presidente do Conselho Islâmico Alemão. A freqüência nas orações de sexta-feira no país subiu quase 50% nos primeiros cinco anos do milênio, segundo a Arquivos Islâmicos da Alemanha.
...

Afluxo de novos fiéis


Por motivos demográficos e culturais semelhantes, a proporção global de hindus também cresceu, só que mais lentamente - de 12,5% em 1970 para 13,3% em 2002. Desde os anos 60, correntes fundamentalistas cada vez mais agressivas despontaram no hinduísmo, dirigindo seu veneno acima de tudo contra a minoria muçulmana na Índia.

Apesar da expansão destas outras religiões mundiais, o cristianismo continua tendo o maior número de seguidores no mundo. Pouco menos de um terço da população mundial pertence à Igreja Católica ou outra denominação cristã. Mas o poder popular do cristianismo varia de continente a continente. Apesar do número de cristãos declarados na Europa estar encolhendo constantemente, as fileiras de novos convertidos na África estão explodindo. Em 1900, havia cerca de 10 milhões de cristãos na África; hoje se estima que o número seja de 390 milhões, quase metade de toda a população do continente.

Este avanço da África se deve principalmente aos missionários cristãos. Os protestantes pentecostais, que dão uma ênfase maior ao redespertar religioso e à experiência religiosa extática -como falar línguas desconhecidas- do que na teologia, provaram ser particularmente bem-sucedidos. Na Coréia do Sul e na América Latina, os protestantes pentecostais tomaram muitos milhões de fiéis da Igreja Católica, especialmente no Brasil.

Na Rússia e outras partes da antiga União Soviética, o "revival" religioso provocou um enorme afluxo de novos fiéis à Igreja Ortodoxa. Após o colapso do comunismo -que prometia um "paraíso na terra"- as religiões mais tradicionais recuperaram seu apelo, em sintonia com a tendência global. "Especialistas concordam que o grande aumento dos movimentos fundamentalistas islâmicos nas últimas décadas foi em grande parte alimentado por pessoas que esperavam que o comunismo traria justiça e igualdade", segundo Peter Antes, um estudioso alemão de religião.

Mas outros estudiosos discordam. A volta da fé tem menos a ver com esperanças desiludidas de uma sociedade melhor e mais com perguntas não respondidas sobre o significado da existência humana: "A noção de que a religião morreria provou ser uma ilusão. A religião, como uma resposta às origens transcendentais da existência humana, é um elemento central de toda cultura", escreveram acadêmicos na Igreja Luterana alemã em um recente relatório.

Mesmo na civilização Ocidental, com seu foco na razão e no iluminismo, há sinais de que a fé em Deus e o conhecimento terreno são eminentemente compatíveis:

*Muitos cientistas, incluindo importantes físicos internacionais como Hanspeter Dürr e Wolfgang Weidlich se declararam crentes.

*Em seu recente livro, "The Language of God" (a linguagem de Deus), o geneticista americano Francis Collins cita pesquisas que mostram que 40% dos cientistas americanos acreditam em Deus. Collins rejeita os ensinamentos pseudocientíficos de fanáticos cristãos como "intelligent design" (planejamento inteligente) ou "criacionismo". Como o papa Bento 16, ele insiste que a teoria da evolução de Darwin não é incompatível com a fé cristã.

*Desde o nascimento dos Estados Unidos, a religião tem exercido uma poderosa influência formativa no país mais avançado científica e tecnologicamente do mundo.

O termo "fundamentalismo" foi cunhado há cerca de 100 anos para descrever um ramo do protestantismo americano - muito antes de ser aplicado a outras religiões. Durante os últimos 30 anos, o fundamentalismo da direita cristã tem atraído segmentos de tamanho considerável da população americana.

Mas a pergunta permanece: por que a religião está declinando em grande parte da Europa Ocidental -aparentemente confirmando a tese de que a religião está nas últimas- enquanto está ascendendo na principal nação Ocidental, os Estados Unidos?

A religião sofreu um sério revés na Alemanha e na França, os maiores países da Europa Ocidental. Na Alemanha, as duas maiores igrejas -que recebem dinheiro do Estado arrecado de impostos sobre seus fiéis- apresentaram uma queda de mais de 5,5 milhões de inscrições desde 1990; os números de novos fiéis são ainda menores.

A queda resultante de receita da Igreja levou a reduções no número de clérigos e reduções nas atividades de caridade das igrejas. Algumas igrejas estão sendo fechadas; outras só conseguem financiar obras de reforma urgentes colocando propagandas em suas fachadas. Possivelmente o símbolo mais comovente desta erosão da fé, este espetáculo é considerado de mau gosto até mesmo para pessoas que têm pouco interesse na religião.

Alguns observadores acreditam que a religião não está diminuindo; ela está se transformando e se tornando mais individualista e menos eclesiástica. O historiador francês Paul Veyne, por exemplo, fala de uma transição "de uma religião como um prato fixo a uma religião à la carte, onde todos escolhem o deus ou seita que gostam mais".

Roland Biewald, professor de teologia da Universidade Técnica de Dresden, argumenta que a secularização de fato explica as igrejas vazias na Alemanha, mas nota que a "religiosidade extra-eclesiástica" está crescendo ao mesmo tempo. Ele acrescenta que, por reconhecimento das próprias pessoas, quase três quartos das pessoas que deixaram a igreja o fizeram para evitar pagar o imposto da igreja, com menos de uma em cinco citando motivos religiosos. Simultaneamente, argumenta Biewald, o aumento da ansiedade em relação ao futuro está levando a um anseio renovado por salvação: "Esta fé percebida é independente das religiões convencionais".

Mas o que é "fé percebida"? O conceito soa incomumente vago - e um pouco como assoviar no escuro. Os resultados de uma recente pesquisa TNS-Infratest para a "Der Spiegel" também foram inconclusivos. Apesar de 64% dos entrevistados terem respondido de forma afirmativa a pergunta "Você acredita em um deus?" (em comparação com 50% em 1992), apenas 42% disseram acreditar em vida após a morte, com 50% dizendo que não.

Ressurgimento religioso como resposta ao mundo atual

Dos dois terços de alemães que não deram as costas formalmente às Igrejas Católica e Protestante, a maioria é indiferente à vida religiosa e apenas freqüenta a missa no Natal, quando freqüentam. A especialista britânica em religião, Grace Davis, argumenta que tal indiferença é típica da Europa Ocidental.

Uma religião que está perdendo força não pode ser mais considerada um paradigma social viável. A Europa, o berço do Iluminismo e da revolução industrial, há muito tempo se acostumou a ver seu próprio desenvolvimento como um modelo para o restante do mundo.

Já no século 19, os revolucionários socialistas e os liberais burgueses estavam unidos na sua convicção de que uma sociedade civil automaticamente levaria à secularização. Por secularização eles queriam dizer não apenas a separação constitucional da Igreja e do Estado, mas a extinção da religião a longo prazo.

Entre importantes socialistas, esta expectativa se baseava na premissa de que a fé não era nada mais que uma forma primitiva de conhecimento. O economista alemão do século 19, Max Weber, resumindo isto de forma sucinta, disse que o mundo foi "desencantado" pela ciência e tecnologia. Para ele, qualquer coisa que desafiava a razão na era pré-moderna, e, portanto, fomentava idéias místicas e religiosas, automaticamente se tornaria explicável com o tempo e com os avanços da ciência e a aplicação das leis naturais. O poder dos deuses e padres gradualmente seria tomado por instituições seculares. Segundo esta teoria, este processo de transformação global culminaria inevitavelmente no desaparecimento de toda a religião na Terra.

Afinal, a Revolução Francesa - que promoveu a ascensão da classe média na Europa - foi direcionada contra a aliança antidemocrática entre a Igreja e o Estado. Além disso, a rejeição inicial pelas igrejas cristãs da evolução darwinista, além de sua desconfiança do Estado moderno, secular, alimentaram a ira dos racionalistas. Enquanto o protestantismo alemão abraçou o iluminismo e o modernismo no século 19, a Igreja Católica se manteve firme até o século seguinte, até que as reformas do Conselho Vaticano Segundo (1962-1965). Atualmente, o casamento entre razão e fé é central para o pensamento do teólogo alemão Joseph Ratzinger, mais conhecido como papa Bento 16.

Europa como a exceção

Mas foi há menos de 40 anos que a Santa Sé finalmente aboliu o "Juramento Contra o Modernismo" de 1910, que todos os padres católicos e professores de teologia eram obrigados a prestar. A separação da Igreja e do Estado só se tornou a norma nos países europeus durante o século 20.

Em 1968, Peter Berger, um especialista em religião de renome internacional, ousou fazer esta previsão no "The New York Times": "No século 21, os fiéis religiosos serão provavelmente encontrados apenas em pequenas seitas, unidos na resistência a uma cultura secular mundial".

Hoje, as profecias apocalípticas perderam seu apelo, assim como a velha teoria da secularização, sendo substituídas por um novo slogan: "o reencantamento do mundo". Olhando para trás, Berger vê sua antiga posição como um grande erro - e agora fala com menos convicção sobre a "dessecularização do mundo". A forma especial de secularização que apareceu na Europa, ele agora argumenta, não é de forma alguma um modelo para o restante do mundo. É sim uma exceção. O restante do mundo permanece tão religioso como antes - em alguns lugares mais do que nunca. Segundo Berger, isto vale não apenas para as três religiões monoteístas, mas também para o hinduísmo, budismo e xintoísmo.

Os movimentos islâmicos ao redor do mundo e a "nova direita cristã" nos Estados Unidos são os exemplos mais chamativos do renascimento da religião. E não é coincidência que tenham surgido e se disseminado simultaneamente durante os últimos 30 anos.

O fundamentalismo religioso pode parecer sinistro e desconcertante para muitos observadores modernos, mas é apenas um retorno aos tempos pré-modernos. A globalização está despedaçando e minando o mundo como o conhecemos, deixando as pessoas em um estado permanente de ansiedade. Este sentimento tem servido para energizar movimentos que prometem restaurar valores confiáveis e seguros. Desta forma, a globalização e o fundamentalismo andam de mãos dadas. Em seu notável livro "The Return of Religion" (o retorno da religião), o sociólogo Martin Riesebrodt, da
Universidade de Chicago, define o fundamentalismo como uma forma moderna de resistência a aspectos da modernidade. O romantismo, como uma contra-reação ao racionalismo do Iluminismo, teve uma influência semelhante na forma como nosso mundo se desenvolveu.

Crise social profunda

Segundo Riesebrodt, as tendências fundamentalistas são movimentos de "revival" religioso que se ressentem com a sociedade atual. Eles alegam que a profunda crise social que diagnosticam só pode ser superada por um retorno aos fundamentos da respectiva tradição religiosa.

Por exemplo, a Revolução Iraniana de 1979 só teve sucesso porque o ditador do país, o xá Mohammed Reza Pahlavi, mergulhou o Irã em uma profunda crise social. O autocrata -um membro do jet set internacional- elaborou uma política seguindo linhas rigidamente seculares, citando o Ocidente como seu modelo. Nas relações exteriores, ele era um forte aliado dos Estados Unidos.

O regime entrou em colapso porque as classes média e operária culparam suas políticas por suas dificuldades econômicas e sociais. E ao se opor aos valores modernos e sociedades Ocidentais -particularmente os patrocinados pelos Estados Unidos- o aiatolá xiita Khomeini reuniu apoio em massa para suas causas fundamentalistas. Por anos, uma nova onda de fundamentalismo - o terrorismo global da Al Qaeda e de grupos de mentalidade semelhante - tem mantido o mundo sob tensão. Osama Bin Laden e seus comparsas se tornaram o que são hoje após serem armados pela CIA. Como fanáticos combatentes da liberdade, eles ganharam a reputação de defensores destemidos da fé entre muitos muçulmanos - ao expulsarem os invasores soviéticos ateístas do Afeganistão. De lá para cá, os antigo protegidos da CIA redirecionaram sua fúria e travaram uma guerra total contra os Estados Unidos e seus aliados.

Segundo um artigo do cientista político conservador Samuel Huntington, o mundo está testemunhando uma Guerra de Civilizações entre as sociedades islâmica e ocidental. O ponto de interrogação que adornava seu título - quando foi publicado pela primeira vez na revista "Foreign Affairs" em 1993 - desapareceu na versão subseqüente em livro. Apesar de na época Huntington falar sobre um confronto cultural preenchendo o vácuo de poder deixado no final da Guerra Fria, seu conceito foi seqüestrado para explicar os ataques terroristas de 2001 - para se tornar uma das idéias mais influentes de nosso tempo. Mas Huntington, o criador da hipótese "eles contra nós", se recusa a ver o 11 de Setembro em termos de choque de civilizações.

Os críticos acusam Huntington de vários erros. Ele não faz distinção entre a maioria muçulmana e a margem jihadista. Ele ignora completamente as enormes diferenças entre países muçulmanos tão distintos como Indonésia e Bósnia, Arábia Saudita e Turquia. Para Huntington, "Islã" é uma frente global unida, marchando em fileiras cerradas pelo passado, presente e futuro: "Enquanto o Islã permanecer o Islã (e permanecerá) e o Ocidente permanecer o Ocidente (o que é mais duvidoso), este conflito fundamental entre duas grandes civilizações e modos de vida continuará definindo suas relações no futuro, assim como as definiu nos último quatorze séculos".

Mas conflitos entre muçulmanos sunitas e xiitas surgem freqüentemente (as duas seitas do Islã estão atualmente envolvidas na sangrenta guerra civil no Iraque). E na guerra Irã-Iraque, dois Estados com maiorias xiitas enviaram centenas de milhares de muçulmanos para a morte. Hoje, a maioria das vítimas do terrorismo islâmico também é muçulmana.

Mas pode haver alguma verdade no cenário "eles contra nós", nas tensões que ganham manchetes entre o mundo islâmico e o secularismo ocidental. Políticos e líderes religiosos de todo mundo estão alertando contra apresentar a segunda maior religião do mundo como a antítese ao Ocidente, como seu inimigo. Uma recente carta aberta, na qual importantes figuras islâmicas mundiais aceitaram o convite do papa Bento 16 para um diálogo, pode sinalizar o início de um muito necessário intercâmbio de alto nível entre as duas religiões globais.

Para muitos europeus, o fundamentalismo cristão nos Estados Unidos é quase tão perturbador e estranho como o fanatismo islâmico.

Segundo os fundamentalistas americanos, as pessoas não se tornam cristãs renascidas pelo batismo ou educação, mas por uma intensa experiência de conversão ou um chamado encontro pessoal com Deus, que as obriga a levar vidas segundo interpretações mais ou menos rígidas da Bíblia. O presidente George W. Bush e outros membros de seu governo se consideram cristãos renascidos neste sentido, e recebem conselhos de pastores evangélicos. Este ramo do cristianismo, com sua rígida divisão de mundo em bem e mal, influencia as políticas da superpotência global há anos.

As histórias da religião na América e na Europa dificilmente poderiam ser mais diferentes. A nação de imigrantes na qual os peregrinos tiveram tamanho papel definidor prometia liberdade da interferência do Estado aos refugiados religiosos e seitas de todo canto do globo. Os Estados Unidos eram seculares desde o início no que se refere à separação rígida da Igreja e do Estado - mas nem tanto no sentido do relaxamento dos laços religiosos. Diferente da Europa pós-Reforma, as Igrejas Protestante e Católica nunca garantiram monopólios territoriais nos Estados Unidos. Isto permitiu que um grande número de seitas e suas subdivisões se desenvolvessem lada a lado dentro da sociedade.

A batalha do Armageddon

Apesar de uma minoria de cristãos literalistas ter se mobilizado contra a teoria da evolução de Darwin no início do século 20, a maioria dos americanos nunca questionou a compatibilidade entre ciência e religião. Em conseqüência, o secularismo do Estado e o pluralismo religioso puderam florescer sem serem contestados.

Telespectadores de todo mundo viram os dois exibirem compatibilidade em escala global após os ataques de 11 de Setembro: representantes de todas as religiões do mundo unidos como iguais no serviço memorial em Nova York. Mas a coexistência pacífica do secularismo e pluralismo agora está ameaçada pela dramática ascensão do fundamentalismo cristão. Em seu livro "The Last Crusade" (a última cruzada), a jornalista americana e autora Barbara Victor apresenta resultados demográficos persuasivos: cerca de 60% dos americanos dizem que a religião tem "um papel muito importante" em suas vidas - bem mais do que em qualquer outro país industrializado; 86% se dizem cristãos. Os cristãos renascidos formam o maior grupo entre os cristãos protestantes predominantes no país, e correspondiam a um entre cinco dos mais de 120 milhões de eleitores na eleição presidencial de 2004. Segundo a pesquisa citada por Victor, 58,7% dos cristãos renascidos estão convencidos de que o mundo acabará na batalha do Armageddon entre Jesus e Satã, enquanto 40,9% querem uma emenda constitucional declarando os Estados Unidos uma "nação cristã".

A autora aponta para o estímulo mútuo de fundamentalismos concorrentes. Acima de tudo, a profunda sensação de insegurança provocada por dois eventos contribuiu para uma mudança na estrutura interna dos Estados Unidos e um renascimento religioso durante os últimos 30 anos: a crise americana dos reféns em Teerã, em 1979, e os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.

Rigidamente falando, "evangélicos" e "fundamentalistas" cristãos não são idênticos, porque a experiência de conversão é central para o primeiro grupo e o segundo é um subgrupo que enfatiza dogmas fundamentais. Mas em questões políticas e sociais, ambos costumam expressar posições fundamentalistas semelhantes.

Isto pode até mesmo colocá-los em conflito com a política conservadora do governo, como mostrado no início de 2006, em uma campanha de muitos importantes evangélicos contrários às políticas ambientais do governo Bush. As posições adotadas pelos fundamentalistas religiosos não desafiam automaticamente a razão secular - e podem servir a um propósito. O papel social da religião nos Estados Unidos vai muito além de suas atuais manifestações políticas.

"A esperança perdida da ressurreição deixou um vácuo palpável"

Ao lado do universo conservador-nacionalista dos fundamentalistas, há o movimento cristão liberal-universalista que apóia a tradição de direitos civis associada a Martin Luther King. Manifestantes de ambos os lados da divisão política -seja sobre guerra no Iraque, George W. Bush e pena de morte- podem citar suas crenças cristãs como justificativa. Assim, o risco de fanáticos políticos monopolizarem a religião nos Estados Unidos é remoto.

Assim, o declínio da fé na Europa Ocidental é uma exceção em um mundo globalizado onde formas diversas de religião detêm tamanho poder? Muitos observadores argumentam o oposto, sugerindo que o "renascimento da religião" é palpável mesmo na Alemanha. A resposta emocional à morte do papa João Paulo 2º e o entusiasmo com que seu sucessor foi recebido na Jornada Mundial da Juventude, em Colônia, são freqüentemente citados como evidência. Mas ambos podem ter menos a ver com uma onda de fervor religioso e mais com o desejo banal de fazer parte de um evento histórico.

O bispo Wolfgang Huber, presidente do Conselho da Igreja Luterana na Alemanha, também pode ter sido vítimas de uma expectativa otimista quando argumentou neste ano que "não há nenhuma área na sociedade ou nas artes" na Alemanha onde "sinais de 'revival' religioso não estejam em evidência". Para apoiar sua afirmação, Huber citou os elementos religiosos em novos livros, peças, filmes e programas de TV, e as palavras do novo presidente alemão, Horst Köhler, que fez referência à religião ("Deus proteja nosso país!") em seu primeiro discurso público. Tais evidências fracas dificilmente sustentariam as alegações de ressurgimento da religião na Alemanha.

Mas também não há evidência convincente para apoiar o contrário, a posição tradicionalmente secularista que "nós ocidentais já habitamos em um mundo pós-religioso" - uma conclusão a qual chegou o filósofo alemão Herbert Schnädelbach no jornal alemão "Die Zeit" no início deste ano.

Mas deve haver uma forma diferente de olhar para isto. Poucas semanas após 11 de Setembro, Jürgen Habermas, o mais famoso pensador liberal da Alemanha e principal defensor da razão no cenário internacional, aproveitou a oportunidade para falar sobre secularismo e religião quando aceitou o Book Retailers Peace Prize alemão. Ele descreveu a tensão entre os poderes gêmeos como um profundo conflito "entre as forças produtivas liberadas pelo capitalismo" e as "forças estabilizadoras da religião e da Igreja".

Ambos os lados do debate cometeram o mesmo erro de ver a secularização como "uma espécie de jogo de soma zero", segundo Habermas, no qual "um lado só pode vencer às custas do outro". Na verdade, foi sintomático de nossa sociedade "pós-secular", continuou, que as comunidades religiosas pudessem florescer "em um ambiente progressivamente secularizado".

Esta observação não é tão original quanto o termo "pós-secular" parece sugerir. Por muitos séculos, as religiões existiram em ambientes cada vez mais seculares. É Habermas e sua nova linha de pensamento que são "pós-seculares", não as sociedades em si.

Habermas aderiu à religião? Não, ele agora vê sua morte com certo arrependimento: "Quando pecado se tornou culpa e a violação dos mandamentos de Deus uma violação das leis humanas, a humanidade perdeu algo... A esperança perdida da ressurreição deixou um vácuo palpável".

Afinidades surpreendentes entre razão e religião também vieram à tona entre Habermas, o filósofo da razão, e o cardeal Joseph Ratzinger, no debate entre eles, no Diálogo de Munique de 2004. O atual papa Bento 16 reconheceu que a religião precisava ser colocada sob a "tutela da razão" sempre que ajudasse a legitimar o terrorismo. O secular Habermas, por outro lado, enfatizou a força social e moral das comunidades religiosas como locais onde algo ainda pode ser preservado, mesmo que tenha "se perdido em outras partes: uma sensibilidade em relação a vidas desperdiçadas, patologias sociais e estratégias de vida fracassadas".

Haberman pede por um jogo de soma positiva, onde os mundos religioso e secular aprendem um com o outro a beneficiar a humanidade. Na época incerta da globalização, esta reconciliação pode ser a única esperança de coexistência pacífica. Uma coisa é certa: por mais estranhos parceiros que sejam, fé, razão e dúvida terão que tolerar uns aos outros ainda por muito tempo.

Tradução: George El Khouri Andolfato
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Fonte - UOL

Apocalipse 13:3 - Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;

Apocalipse 13:11.
Vi ainda outra besta [poder] emergir da terra [local antes pouco povoado]; possuía dois chifres, parecendo cordeiro [de início, era mansa, pregava a liberdade...], mas falava como dragão [mudança para o autoritarismo, a prepotência, o domínio pela força].

"Quando nossa nação renunciar os princípios de seu governo de tal forma que vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao papado." Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 318.

"O povo dos Estados Unidos tem sido um povo favorecido, mas quando eles restringirem a liberdade religiosa, renunciarem ao protestantismo e apoiarem o papado, a medida de sua culpa estará cheia, e nos livros do Céu será escrito: "apostasia nacional"." Review and Herald, 2 de maio de 1893.

"As perseguições dos protestantes pelo romanismo, por cujo intermédio a religião de Jesus Cristo quase foi aniquilada, serão mais que igualadas quando o protestantismo e o papado se unirem." Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 387.

(Eventos Finais - Ellen G. White - Págs.128, 131 e 147)

Nota DDP:
Os dois aores principais do palco final da profecia já se encontram perto do ápice de seus papéis, como claramente se depreende da leitura do artigo supra transcrito, onde se percebe a influência do poder eclesiástico e político de ambos no mundo atual, sendo que os laços que os unem há muito já se encontram caracterizados, motivo pelo qual podemos esperar que o fim do enredo se aproxima...
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