Por Guilherme Silva | Editor e Jornalista da APaC
Todo o final de ano, a cena se repete: gurus de várias categorias consultam suas cartas, búzios, bolas de cristal, mapas astrais e fazem previsões. Algumas são tão vagas como a que se segue, feita para o ano de 2006, por Antonio Carlos Harres: “O STF [Supremo Tribunal Federal] deverá produzir alguma decisão importante envolvendo assuntos constitucionais. É possível que haja mudanças nos ministérios da Justiça, Turismo e Cultura. O próprio STF poderá também passar por alguma alteração em seu quadro”. Em previsões como esta, tudo pode acontecer, deixar de acontecer, ou muito pelo contrário.
Outros, como Juscelino Nóbrega da Luz, afirmam ter a capacidade de prever o futuro em detalhes. Ele teria previsto as condições exatas da captura de Saddam Hussein, o ataque às torres gêmeas, as inundações da tsunami, a queda recente de um avião da Gol, entre outras tragédias. Também afirma que em 2008 um grande terremoto irá sacudir a China. Sua previsão quanto à vitória de Geraldo Alckmin, nas eleições presidenciais de 2006, falhou. Prever tragédias, revelando a agenda do mal, é uma coisa. Prever o futuro é outra história.
Até mesmo grandes gênios da humanidade como Albert Einstein arriscaram previsões futuristas e falharam. "Não há a menor indicação de que a energia nuclear será obtida. Isso significaria que o átomo teria que ser rompido no futuro", afirmou o físico alemão, em 1932. A bomba lançada pelos Estados Unidos sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, foi um trágico desmentido da previsão de Einstein.
Na realidade, o futuro é algo que tem encantado e preocupado líderes e pensadores da humanidade ao longo de séculos. Entre eles, se encontrava o supremo-comandante do poderoso império babilônico, Nabucodonosor, no século 5 a.C. Suas inquietações não ficaram sem resposta, embora magos e astrólogos de seu tempo não tenham arriscado palpites. Daniel, profeta inspirado por Deus, trouxe a revelação certeira, vinda da fonte divina: “Há um Deus nos céus que revela mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias” (Dn 2:28).
Séculos depois de Daniel, as palavras proféticas se mostraram verdadeiras no decorrer da história. O profeta revelou a sucessão de quatro grandes reinos mundiais: Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia e Roma. Depois deles, o quarto reino seria dividido em poderes menores e fragmentados, simbolizados na mistura de ferro e barro. Por fim, haveria de vir o último império: o reino eterno estabelecido por Deus. Uma parte já se cumpriu. E está registrada nos livros de história. A outra parte ainda se refere ao futuro. O fim do cativeiro judaico na Babilônia e a morte de Cristo na cruz, no ano 27, profetizados por Daniel, foram previsões confirmadas na história, assim como a sucessão dos impérios mundiais. Por isso, podemos confiar que o futuro revelado por Deus é a realidade que irá se cumprir.
Embora a Bíblia não revele detalhes sobre o futuro da maioria dos mortais, nesta Terra, revela a verdade sobre o nosso destino eterno e a maneira de defini-lo no presente, por meio de uma escolha: entregar a vida a Jesus. Por isso, são “bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apocalipse 1:3).
Fonte - Profecias
I Tessalonicenses 5:20-21
Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que é bom;
"Assim, nas profecias, o futuro se patenteia diante de nós tão claramente como se revelou aos discípulos pelas palavras de Cristo. Os acontecimentos ligados ao final do tempo da graça e obra de preparo para o período de angústia, acham-se claramente apresentados. Multidões, porém, não possuem maior compreensão destas importantes verdades do que teriam se nunca houvessem sido reveladas. Satanás vigia para impedir toda impressão que os faria sábios para a salvação, e o tempo de angústia os encontrará sem o devido preparo." (O Grande Conflito - Ellen G. White - Pág. 594)