segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Primeiros passos para reabrir o debate sobre a Constituição européia

R. Martínez de Rituerto
em Bruxelas


O debate previsto sobre o futuro da Constituição européia começa a dar seus primeiros passos entre a discrição desejada pela Alemanha, encarregada por consenso de elaborar uma estratégia de reativação do projeto, e propostas de impacto como as que acaba de levantar o alemão Günter Verheugen, vice-presidente da Comissão Européia. Verheugen propôs que, ao contrário do previsto no fracassado Tratado Constitucional, na futura comissão estejam sempre presentes os grandes países da união.

"Precisamos de uma comissão eficaz, pequena e altamente competente", afirmou Verheugen em entrevista na última quarta-feira à televisão alemã. É um pedido que reflete o clamor diante da inoperância do sistema atual, que concede um comissário a cada país. Com a entrada da Bulgária e da Romênia no último dia 1º, a comissão passou a ter 27 comissários, com o romeno encarregado de Multilingüismo (categoria que antes era integrada em um pacote com Educação, Formação e Cultura) e a búlgara passando a se ocupar da Proteção ao Consumidor (antes ligada à Saúde).

O fracassado projeto constitucional previa que, diante do inviável regime atual, o número de comissários deveria ficar reduzido a dois terços do número de países da união: 18 comissários para os atuais 27 membros. A Constituição também indicava que, em virtude do princípio democrático, os comissariados seriam cobertos por turnos entre os países, o que sempre deixaria um terço de fora. Verheugen atacou esse acordo e agora propõe que na comissão estejam sempre presentes os grandes países e que a rotatividade seja aplicada somente aos médios e pequenos. "Um país pequeno se beneficiaria mais tendo um subcomissário em uma área importante do que um comissário numa área marginal."

A idéia de Verheugen foi criticada pela polonesa Danuta Hubner, responsável por política regional, que qualificou de inaceitável o estabelecimento de duas categorias de Estados em função do tamanho.

Diante do próximo debate sobre a Constituição, a comissão afirma que não se deve tocar no núcleo do que foi pactuado, em particular a distribuição de poder. Uma porta-voz do Executivo comunitário tentou ontem atenuar a discrepância ao indicar que a de Verheugen é uma "opinião pessoal", à frente do "crescente debate: haverá muitas outras nas próximas semanas e meses".

A proposta de Verheugen vai na linha de outras realizadas para racionalizar o sistema de tomada de decisões nas instituições comunitárias. Já em setembro Nicolas Sarkozy sugeriu, entre outras idéias, a criação de um diretório europeu. "Creio na necessidade de preparar informalmente entre vários países os grandes encontros europeus", disse o previsível candidato conservador à presidência da França.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
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Fonte - Mídia Global


Daniel 2:41-43
Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão pelo casamento; mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.

"A profecia de Daniel suportou e suportará a prova do tempo. Algumas potências mundiais foram débeis, outras fortes. O nacionalismo continuou com vigor. As tentativas de converter num império único e grande as diversas nações que surgiram do quarto império terminaram no fracasso. Certas seções se uniram transitoriamente, mas a união não resultou nem pacífica nem permanente.

Teve também muitas alianças políticas entre as nações. Estadistas de ampla visão por diversos médios trataram de realizar uma federação de nações que se desempenhasse eficazmente, mas todas essas tentativas se frustraram.

A profecia não declara especificamente que não poderia ter uma união transitória de vários elementos, por meio da força das armas ou de uma dominação política. No entanto, afirma que se se tentasse ou se conseguisse formar tal união, as nações que a integrassem não se fusionariam organicamente, e continuariam seus receios mútuos e hostis. Uma federação formada sobre tal fundamento está condenada à ruína. O sucesso passageiro de algum ditador ou de alguma nação não deve assinalar-se como o fracasso da profecia de Daniel. Ao fim Satanás poderá formar uma união transitória de todas as nações (Apoc. 17: 12-18; cf. Apoc. 16: 14; CS 682), mas a confederação será efêmera, e em pouco tempo os elementos que formem essa união se voltarão um contra o outro (CS 714; PE 290)." (Comentário Bíblico Adventista)
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