29.01.2007 - Superintendência Estadual de Serviços Penitenciários (Susepe) estuda a utilização de microchips para monitorar os detentos no Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente da entidade, Sérgio Fontes, a utilização de pulseirinhas de titânio com os microchips dificultaria a fuga de presos do regime aberto e semi-aberto.
Nos últimos quatro anos, o sistema carcerário tem registrado mais de 18 mil fugas nos regimes aberto e semi-aberto. No sistema fechado, os dados oficiais indicam uma média de sete fugas por mês em presídios gaúchos de 2003 a 2006.
A Susepe estuda o modelo implementado na Inglaterra e acredita que o uso da mesma tecnologia no estado possa ocorrer em até dois anos, se a Assembléia Legislativa aprovar alterações normativas na legislação penal.
Somente no ano passado, a Susepe registrou mais de cinco mil fugas, mas conforme o órgão, a estatística também contabiliza os detentos que receberam licença para saírem e acabaram se reapresentando com atraso.
As estatísticas apontam também que, no ano passado, mais de 3.800 criminosos foram capturados e recapturados no Rio Grande do Sul, mas como muitos detentos foram presos mais de uma vez, a Susepe admite que o número é inferior.
Para o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado, Flavio Berneira, a redução das fugas depende da revisão na legislação penal, com o fim dos regimes aberto e semi-aberto. Ele lembra que outro fator que facilita o não-retorno dos detentos são as dificuldades estruturais do sistema carcerário gaúcho, que hoje tem duas penitenciárias interditadas, e que oficialmente possui 16 mil vagas, mas abriga mais de 23 mil presos.
Fonte - Globo.com
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