segunda-feira, 30 de abril de 2007

Política e Religião x Aquecimento Global

Pacto político poderia frear o aquecimento global
30/04/2007

Segundo o IPCC - Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que lança novo relatório sobre o clima esta semana, o mundo tem a tecnologia e o dinheiro necessários para interromper o processo, mas os governos precisam se unir.

Diferentemente dos relatórios anteriores, mais sombrios quanto ao futuro do planeta, o documento que será divulgado nesta semana apresentará soluções para as mudanças climáticas relacionadas ao aquecimento global. Será sugerido um plano para a redução das emissões de gases do efeito estufa com uma indicação de quem deverá pagar por ele. Por exemplo, economias ricas financiariam o Brasil e outros países tropicais para evitar o desmatamento.

Fonte - Opinião e Notícia

Deus quer luta contra aquecimento, diz Igreja

27.04.2007 - Conferência organizada pelo Vaticano pede união religiosa contra ameaças ambientais.
Bispo sugere que papa escreva encíclica sobre o 'futuro da criação'.

Deus deseja que os fiéis contribuam para a preservação da natureza.

Essa é a mensagem divulgada por uma conferência sobre as mudanças climáticas realizada pelo Vaticano. O evento é o indício mais recente de como os grupos religiosos do mundo todo se preocupam cada vez mais com o destino do planeta.

Vindos de 20 países, cientistas, ministros do Meio Ambiente e líderes de várias religiões reuniram-se durante dois dias para discutir as implicações do aquecimento global e do desenvolvimento econômico.

Enquanto os cientistas falavam sobre a dinâmica dos gases do efeito estufa, padrões de temperatura, florestas tropicais e emissões de poluentes, os homens e mulheres da religião discutiam os aspectos morais e teológicos da proteção ambiental.

A conferência, organizada pelo Conselho para a Justiça e a Paz, um órgão do Vaticano, revela-se como o movimento de mais profundo envolvimento da Igreja Católica com um dos assuntos mais debatidos dos dias atuais.

"As mudanças climáticas são um dos sinais de uma era na qual a Igreja Católica é afetada como uma organização global. A Igreja Católica precisa adotar uma posição sobre essa questão atual e urgente", disse o bispo Bernd Uhl, de Friburgo (Alemanha).

Nos últimos anos, as maiores religiões do mundo adotaram posturas mais "verdes" em meio à corrida para salvar o mundo, o qual, segundo pregam, está sob os cuidados do homem e precisa ser protegido para as futuras gerações.

No último ano, algumas igrejas evangélicas dos EUA -- grupos conservadores que se aliaram ao presidente norte-americano, George W. Bush -- romperam com Washington para defender a adoção de medidas urgentes na proteção ao ambiente.

Segundo Uhl, chegou o momento de a Igreja Católica divulgar uma encíclica, o tipo mais importante de texto papal, sobre o que chamou de o "futuro da criação".

O bispo Christopher Toohey, da Austrália, disse que os devotos deveriam "ter a coragem e a motivação para, pela graça de Deus, fazer o que precisam fazer a fim de proteger este planeta-jardim".

Fonte: G1

Nota DDP:
Mais uma vertente dos eventos que nos indicam a claram união de forças políticas e religiosas tendentes à imposição de normas de conduta para a coletividade internacional. Traços claros do chamado "Ecomenismo" muito bem analisado pelo Pr. Santeli em artigos armazenados neste blog. Fique atento, o futuro está chegando...

EUA de Bush seguem 10 passos para virar ditadura, diz pensadora americana

G1 entrevistou Naomi Wolf, principal nome do feminismo contemporâneo.
Ela vai lançar o livro ‘O fim da América - Uma carta alerta a um jovem patriota’.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo
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Há semelhanças entre os Estados Unidos de George W. Bush e a Alemanha de Hitler? E com a ditadura chilena de Pinochet?

Sim, e são várias, responde a pensadora norte-americana Naomi Wolf, principal nome do feminismo contemporâneo e referência em filosofia política progressista.

Em entrevista ao G1, por telefone, de Nova York, ela disse que os Estados Unidos estão seguindo dez passos semelhantes aos que seguiram todos os outros regimes que deixaram a democracia e se tornaram ditaduras, de direita ou de esquerda, de Hitler a Pinochet. Seu próximo livro, que vai ser lançado em setembro nos Estados Unidos, tem já no título este diagnóstico, vai se chamar “O fim da América – Uma carta alerta a um jovem patriota”.

Entre as coincidências, Wolf cita a referência a uma ameaça permanente (o terrorismo para Bush e os judeus para Hitler), a criação de um gulag (a prisão de Guantánamo para Bush e as prisões russas de Stálin) e perseguições e prisões arbitrárias (o Patriot Act de Bush, que suprimiu direitos civis, e as mais de 3.000 mortes da ditadura de Pinochet).

G1 – O título do seu livro fala em “fim da América”. O que a leva a considerar esta possibilidade?

Naomi Wolf – Meu livro é uma análise apartidária e objetiva de evidências reais de que o país que se proclama a mais perfeita democracia do planeta está cada vez menos democrático. Quero mostrar que há um padrão histórico para fechamento de democracias seja no comunismo da União soviética, da China, na Alemanha nazista, na América Latina nos anos 60 e 70, todos seguiram os mesmo passos ao deixar de lado a democracia e se tornarem ditaduras. São processos bizarramente similares na história, e está começando a acontecer nos Estados Unidos. Não estou fazendo retórica ou oposição política.

Os dez passos são: a referência a uma ameaça permanente (no caso, o terrorismo); criação de um gulag (a prisão de Guantánamo); formação de uma casta violenta (republicanos radicais); montagem de um sistema de vigilância interno (espionagem de cidadãos); opressão de grupos cidadãos (grupos contra a guerra são ameaçados); perseguição e permissão de prisões arbitrárias; ameaça a cidadãos; controle da imprensa; tratamento de dissidência como traição; suspensão do Estado de Direito. Isso é o que o governo Bush está fazendo com o país.

G1 – A sra. diz que não seria diferente se Hillary Clinton se tornasse presidente agora. Acha que seria diferente se Al Gore tivesse vencido as eleições em 2000?
Wolf -
Acho que seria bem diferente, se Gore tivesse se tornado presidente, mas agora pode ser tarde demais.

É muito perigoso desmontar o delicado sistema de freios e contrapesos que faz com que exista um equilíbrio entre os três poderes, necessário para o funcionamento de uma democracia. Quando a democracia norte-americana foi fundada, os "founding fathers" (“pais fundadores”, membros da assembléia constituinte que criou os Estados Unidos em 1787) sabiam que a natureza humana é falha e que qualquer ser humano se corrompe quando tem poderes ilimitados. No ano 2000 o país ainda funcionava plenamente com equilíbrio entre os três poderes, e Al Gore teria respeitado este sistema, se tivesse sido eleito em 2000, por acreditar neste sistema. A estrutura de então garantia que nem o Executivo, nem o Judiciário nem o Legislativo tinha poderes em excesso. Se qualquer outra pessoa assumir a Presidência agora, depois que o sistema de freios e contrapesos foi destruído pelo governo Bush, vai se sentir completamente tentada pelo excesso de poder, que corrompe.

G1 – Essa é a idéia central do seu trabalho, a corrupção do poder?
Wolf -
É um exemplo histórico que se repetiu dezenas de vezes em todo o mundo. Pessoas bem-preparadas, bem-intencionadas, chegam ao poder, mas ,se não há um sistema democrático equilibrado, cede à tentação de poder sem controles. O sistema falho corrompe facilmente qualquer pessoa. Isso aconteceu na Europa, na América Latina, no próprio Brasil. É responsabilidade desse equilíbrio do sistema manter todos os líderes na linha. Manter a democracia precisa não apenas de eleição e votos. É preciso ter pessoas que acreditam na democracia, mas também um sistema equilibrado de freios e contrapesos.

G1 – Como a população norte-americana vê esse processo de desequilíbrio na democracia?
Wolf -
Os norte-americanos têm o que chamo de ‘vício em democracia’. Eles acham que só porque estão nos Estados Unidos, o sistema não pode ser corrompido. O problema é que até mesmo os fundadores do país, os homens que votaram a nossa Constituição, pensavam diferentemente, sabiam da delicadeza e da fragilidade da democracia. Eles vinham de um sistema que não era democrático, por isso tinham medo de perder este equilíbrio. Acho que precisamos ficar aterrorizados com o que está acontecendo atualmente com nosso país.

G1 – O governo Bush tem consciência de estar desmontando o sistema democrático ou está sendo um processo natural e impensado?
Wolf -
Não estou tentando fazer nada além de reunir evidências de que isso de fato está acontecendo a fim de mostrar a realidade para a sociedade e os líderes da nossa nação e do mundo para que as pessoas tenham consciência do que está acontecendo. Não podemos saber quais as intenções do nosso governo atual são. O que podemos fazer, entretanto, é reunir o povo e olhar para a história, para que todos tenham noção real do que está acontecendo e saibam o quão perigoso é este processo.

G1 - O quanto a sra. acha que os Estados Unidos estão próximos, ou distantes, de deixar a democracia de lado permanentemente e se tornar uma ditadura?
Wolf -
Isso depende de nós. Essa é a beleza de uma democracia e a tristeza de uma sociedade fechada. Ainda vivemos numa democracia, por mais que haja problemas, e a nação ainda pode ser mudada por seus cidadãos. Se amanhã a população acordar e decidir mudar este processo, é fácil fazê-lo. Isso vai além de partidarismo e depende de nós.

Pelo outro lado, se a população dos Estados Unidos preferir ignorar o que está acontecendo na política e, em vez disso, ficar focada apenas no American Idol, ou na Britney Spears, podemos mais uma vez olhar para a história e ver que estamos seguindo o exemplo de países que chegaram a uma situação tão fechada à sociedade que não havia mais retorno. A hora de acordar é esta.

G1 – Qual a responsabilidade da mídia com esta situação?
Wolf –
Ela tem responsabilidade nessa hora de acordar a população, por isso acaba sendo uma pás primeiras a sofrer com o fechamento da liberdade social. Um dos capítulos do meu livro se chama “Punição à imprensa”, e trata da forma como os jornalistas se tornam alvo sempre que aparece algum sistema mais fechado, ditatorial, que se sente ameaçado pela liberdade de imprensa.

G1 - A sra. se sente ameaçada por fazer críticas ao sistema?
Wolf -
Claro que me assusta. Sei que, ao fazer este tipo de críticas, entro numa lista de opositores, que descobri já ser imensa, e que pode ser atacada, no caso de um fechamento total do sistema. Não quero dizer que me sinto pessoalmente mais apreensiva de que o resto da sociedade deveria ficar. Acho que há o perigo, e se olhamos mais uma vez o exemplo histórico, os primeiros a serem perseguidos são os mais altos líderes oposicionistas e os intelectuais que criticaram o governo, e os jornalistas. É um padrão. Não acho que temos o direito de nos dar o luxo de esperar para ver.

G1 - Que conseqüências sentiria o resto do mundo, se os Estados Unidos se tornassem uma ditadura?
Wolf -
Não poderia ser bom. Concordo plenamente com uma frase que [o democrata] Barack Obama usou, para falar do governo Bush: O papel de líder do planeta ficou vago ao longo dos últimos anos, porque Bush não o assumiu. O mundo precisa que os Estados Unidos sejam uma nação livre. Os Estados Unidos são a nação mais poderosa do planeta, e deveriam ser um modelo a ser seguido.

Mas a partir do momento em que estamos torturando pessoas, não temos moral para lutar para que o mundo seja um lugar livre de tortura. Os Estados Unidos não estão se comportando como um modelo para o planeta. Acho que se o mundo perder isso definitivamente, chegaremos a uma situação de barbárie globalizada.

Fonte - G1

Comentário do Michelson Borges:
"Apocalipse 13 está se cumprindo rapidamente. Como a mídia por certo continuará mais preocupada com a Britney Spears do que com a situação política da superpotência, nada indica que haja mudanças nesse quadro. Sugiro aos leitores deste blog a leitura do livro O Grande Conflito (Casa), que há mais de cem anos já prenunciava a situação a que se está chegando."

sexta-feira, 27 de abril de 2007

As dez ofensas

O leitor atento Fernando Machado descobriu uma notícia relevante para o “Minuto Profético”. Trata-se do anúncio do novo livro de autoria de Pat Robertson, tele-evangelista norte-americano. Robertson pergunta por que os Dez Mandamentos são as Dez Ofensas?

"Os Dez Mandamentos estão sendo despidos dos edifícios públicos através do nosso país. Então, por que eles são afixados sobre as cabeças de nossos juízes da Suprema Corte a cada hora que eles realizam a corte? Eles são afixados lá", insiste Robertson, best-seller do The New York Times, "porque é onde devem estar." Seu novo livro, As Dez Ofensas: Reivindique as bênçãos dos Dez Mandamentos, afirma que a América foi fundada como uma nação cristã e que os esforços recentes para negar ou revisar esse fato são "perigosos para nossa sociedade".

Pat Robertson acredita que há uma batalha assoladora para a alma da América. Ele escreve que as cortes enlouquecidas, abastecidas por aliados seculares, estão causando a erosão das fundações espirituais da América. Como conseqüência, as bênçãos e benefícios históricos estão sendo tecidos como uma grande ofensa para a nossa cultura religiosa diversa. "Nada", insiste o autor e apresentador, "poderia estar mais longe da verdade. O pluralismo religioso viceja na América como resultado do nosso patrimônio cristão, não a despeito dele”, diz. Em As Dez Ofensas, Robertson chama os americanos para reivindicar suas raízes espirituais – para reafirmar o papel central das Leis fundamentais de Deus – antes que seja demasiado tarde.

Leia mais aqui.

Nota: É um tanto revelador perceber que, enquanto o papa Bento XVI recentemente fez um apelo aos europeus para manter as raízes cristãs da Europa, “por que não conceber o mundo e as leis como se Deus existisse?”, Pat Robertson, um dos líderes protestantes mais conhecidos dos EUA, publica uma obra com o objetivo de influenciar os cidadãos americanos a “reivindicar as bênçãos dos Dez Mandamentos” dentro da sociedade.

Sem dúvida, os Dez Mandamentos são a melhor norma de conduta para qualquer pessoa seguir. No entanto, o erro no qual não podemos incorrer é achar que essa norma pode e deve ser imposta a todos mediante o poder civil desde que “encontrem” alguma justificativa para isso. Além do que, já repetimos várias vezes neste blog que o quarto mandamento da Lei de Deus (guarda do sábado) foi adulterado pela Igreja Romana. E os protestantes, ao propor o descanso dominical, não estão fazendo nada mais do que submetendo-se à autoridade de Roma. A profecia da bíblia que aponta para o estabelecimento de uma futura Lei Dominical está quase para se cumprir.

“Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá” (Mateus 24:44).

Fonte - Blog Minuto Profético

Casamento anunciado: Igreja-Estado

“A conversa que o papa Bento XVI terá com o presidente Lula no mês que vem vai reabrir as negociações de uma 'concordata' (tratado) entre o Vaticano e o Brasil. Esse tipo de acordo define as regras de separação entre Estado e Igreja, incluindo cobrança de impostos, mas há dois temas polêmicos em discussão: a CNBB quer autorização para que escolas públicas ofereçam ensino religioso e garantias na Constituição a favor da vida, o que, na prática, dificultaria a aprovação do aborto” (Época, 23 de abril de 2007, p. 37).

Conforme destacamos anteriormente, a vinda aqui ao Brasil do papa Bento XVI poderá contribuir, e muito, para a união Igreja-Estado, lembrando em todos os sentidos os tempos da Idade Média. (Quem diria que em tempos de tanto conhecimento, a sociedade também se entregaria a esse sofisma.) O articulista da Época, na matéria citada acima, foi nada imparcial ao afirmar que Concordata é um “acordo que define as regras de separação entre Estado e Igreja”, quando, na verdade, poderia ser: “Um acordo que define as regras de aproximação entre Estado e Igreja.”

Da mesma forma, a revista Pesquisa Fapesp do mês de abril, destacou a opinião de algumas autoridades brasileiras sobre o tema Igreja-Estado e a visita de Bento XVI ao Brasil. Para o filósofo Roberto Romano, “o Brasil é estratégico para a Igreja Católica, sobretudo na América do Sul. Está sendo preparada uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país. Nela, todo o relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito por ela no sentido de conseguir concessões vantajosas para o seu pastoreio, inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil (pesquisas com células-tronco, por exemplo, aborto e outras questões árduas)... Não são incomuns atos religiosos que são usados para fins políticos ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o Cristo Redentor, no Rio, dificilmente saberá que a estátua significa a consagração do Brasil à soberania espiritual da Igreja, algo que corresponde à política eclesiástica de denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia liberal”.

Já na opinião da educadora Roseli Fischman, “o súbito chamamento do MEC para tratar do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de direitos, em particular de minorias religiosas e todos os que têm praticado todas as formas de liberdade de consciência e crença neste país desde a República”.

Por isso, acredito que a sociedade civil (pelo menos aqueles que valorizam a liberdade religiosa) deveria se manifestar contra essa intromissão de um Estado religioso (Vaticano) nas leis e nos costumes de um Estado oficialmente laico como o Brasil, mesmo sabendo que uma Concordata é assinada por dois chefes de Estado, e não é submetida à discussão no Congresso.

“O preço da liberdade é a eterna vigilância.” Thomas Jefferson

“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mateus 22:21).

Fonte - Blog Minuto Profético

A violação da liberdade

“O preço da liberdade é a eterna vigilância.” Thomas Jefferson

Durante toda a Idade Média, como conseqüência da união entre Igreja e Estado, não havia liberdade religiosa. Tanto as autoridades seculares quanto as autoridades religiosas (Igreja Católica) recorriam a diversas formas de tortura, como castigo àqueles que desafiavam sua autoridade. No aspecto religioso, o castigo era imposto àqueles chamados “hereges”, incluindo aí nessa categoria aqueles que consideravam somente as Escrituras como norma válida de fé, doutrina e prática, e não reconheciam a autoridade da Igreja acima das Escrituras. Tal situação já havia sido profetizada por Jesus: “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do Meu nome” (Mateus 24:9). E também atestada pelos apóstolos: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2 Timóteo 3:12).

Logo, era comum ver muitos “hereges” sendo condenados à fogueira ou mortos à espada, ou mesmo sendo submetidos à diferentes instrumentos de tortura. Como exemplo desses instrumentos, pode-se ver a seguir: (1) Mesa de estiramento – mesa sobre a qual era colocado o condenado tendo os braços e as pernas esticados (para lados opostos), provocando até distensão muscular. (2) Cadeira de pregos – onde o condenado ficava preso após tirar a roupa e assentar-se. (3) Esmaga-miolos – uma espécie de cuia em forma de capacete onde a cabeça do condenado era colocada, para em seguida seu crânio ser apertado.

Nota: Todos esses instrumentos foram usados em processos seculares e, tudo indica, também em processos religiosos.

Depois de Colombo ter descoberto o novo continente e formarem-se as colônias espanholas de tradição católica, a “Santa Inquisição” avançou em solo americano, criando Tribunais Inquisitoriais em pelo menos três cidades da atual América Latina. São elas:

Lima (Peru) – estabelecido por Felipe II em 1569.

Cidade do México (México) – estabelecido também por Felipe II em 1569.

Cartagena (Colômbia) – estabelecido por Felipe III em 1610.

De acordo com o Museu da Inquisição, localizado em Lima, a Inquisição acabou no Peru pelo Decreto das Cortes de Cádiz, em 22 de fevereiro de 1813, deixando um saldo de 1.477 pessoas processadas, sendo 32 delas condenadas à morte. Algo que chama a atenção nesse relatório é que de todas as 1.477 pessoas processadas, 185 delas (12,52%) foram classificadas como “judaizantes”. E das 32 pessoas condenadas à morte, 23 delas (71,88%) também o foram pelo mesmo motivo – eram “judaizantes”. (O principal aspecto envolvido era a guarda do sábado bíblico.)

Sendo assim, os fatos comprovam: colocar a autoridade da Igreja acima da autoridade das Escrituras é um perigo real para a liberdade religiosa. Por isso, a exaltação do descanso dominical, atualmente tão enfatizada pela Igreja Católica e copiada pela maioria dos protestantes, deve servir de alerta à população mundial. O motivo é simples: trata-se de um sinal da autoridade da Igreja Católica que se coloca acima da autoridade das Escrituras, o que nem a própria Igreja Católica faz questão de esconder. Em dezembro de 2003, uma publicação católica escreveu: "A maioria dos cristãos supõe que o domingo é o dia de adoração aprovado biblicamente. A Igreja Católica insiste que transferiu a adoração cristã do sábado bíblico (sábado) para o domingo, e que tentar sustentar que a mudança foi feita na Bíblia é tanto desonesto como uma negação da autoridade católica. Se o protestantismo quer basear seus ensinamentos somente na Bíblia, deveria adorar no sábado" (Rome’s Challenge, dec. 2003 - citado em www.sabbathseventhday.org/index.html

“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto [volta de Cristo] não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Tessalonicenses 2:3 e 4).

“Já é tempo, Senhor, para intervires, pois a Tua lei está sendo violada” (Salmo 119:126).

Fonte - Blog Minuto Profético

Chamado do Papa à responsabilidade com a criação

Por ocasião do seminário sobre «mudanças climáticas e desenvolvimento»

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 26 de abril de 2007 (
ZENIT.org).- Na reflexão sobre as «mudanças climáticas e desenvolvimento», Bento XVI lançou um chamado à responsabilidade com a criação.

O chamado do Papa aparece no telegrama, enviado em seu nome pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, aos participantes do seminário organizado entre a quinta-feira e sexta-feira em Roma pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz sobre esse tema.

O Santo Padre convida a adotar «estilos de vida, modelos de produção e consumo caracterizados pelo respeito à criação e pelas reais exigências do progresso sustentável dos povos, levando em consideração o destino universal dos bens», como sublinha a doutrina social da Igreja.

A mensagem expressa a «grande estima» do bispo de Roma por este encontro, que tem como objetivo, segundo explica o secretário de Estado, «aprofundar nos problemas de relevância ambiental, ética, econômica, social e política, com conseqüências sobretudo para os setores mais frágeis da sociedade».

No seminário, 80 especialistas de 20 países dos cinco continentes estão procurando esclarecer questões complexas sobre a mudança climática que há tempo é motivo de candentes debates entre cientistas e entre a opinião pública.

Ao introduzir as sessões de trabalho, o cardeal Renato R. Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, desejou que «em um clima de serenidade e compostura, o encontro favoreça um intercâmbio fecundo de experiências, um diálogo profundo e uma pesquisa desinteressada».

Sobre o equilíbrio necessário que é preciso encontrar entre as exigências da defesa do ambiente e do desenvolvimento dos povos mais necessitados, a doutrina social da Igreja tem muito a sugerir, constatou o purpurado, recordando a lição «sumamente pertinente e instrutiva» dos primeiros capítulos da Bíblia.

Segundo o cardeal, o domínio do homem sobre a criação, querido por Deus, não deve ser despótico. O homem tem de «cultivar e custodiar» os bens da criação.

«Cultivar para o desenvolvimento do ser humano, de todo o ser humano e de todos os seres humanos: este é o desafio que temos ante nós ao refletir sobre as mudanças climáticas», afirmou Martino.

Por este motivo, fez um chamado aos consumidores e à indústria para que tenham um maior senso de responsabilidade.

Nas relações desta manhã, o embaixador da França para o ambiente, Laurent Stefanini, declarou como, quando e por que surgiu o problema das mudanças climáticas, enquanto o ministro britânico para o ambiente, a alimentação e as questões agrícolas, David Miliband, ilustrou a realidade das mudanças climáticas, apresentando a estratégia de seu governo ao respeito.

O alemão Stefan Rahmstorf, do Instituto Potsdam de pesquisa sobre as mudanças climáticas, falou sobre a dinâmica do efeito estufa; o físico italiano Antonio Zichichi, presidente da Federação Mundial de Cientistas, interveio sobre os modelos de temperatura global; e Shyam Notka, do Comitê nacional da Guiana para as mudanças climáticas, deteve-se no impacto das selvas fluviais.

Fonte - Zenit

Nota DDP:
Em primeiro lugar parace certo que o assunto veio para ficar nos meios romanos.
Em segundo plano, é nítida a chamada para a criação, inclusive ao citar-se os primeiros capítulos da Bíblia. Quanto demorará para se invocar o memorial da criação? Daí para a imposição do falso sábado é um pulo...

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Crise climática preocupa o Vaticano

Papa pede alterações nos estilos de vida e modelos de consumo que esgotam os recursos naturais
Bento XVI lançou um apelo em favor da mudança dos actuais estilos de vida e modelos de consumo que esgotam os recursos naturais.

O pedido é feito numa mensagem enviada aos participantes no seminário de estudo sobre o tema "Mudanças climáticas e desenvolvimento", promovido pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP) entre 25 e 26 de Abril.

O impacto das mudanças climáticas no desenvolvimento económico e nas políticas sociais são alguns dos temas em cima da mesa. As questões energéticas, a responsabilidade da sociedade civil e da Igreja são outras matérias em agenda.

O Papa destaca a necessidade de "aprofundar temáticas de relevante importância ambiental, ética, económica, social e política", com repercussões particularmente incidentes sobre os sectores "mais fracos da sociedade".

O presidente do CPJP apresentará as conclusões do encontro, esta quinta-feira. Em declarações à Rádio Vaticano, o Cardeal Renato Martino assinala que "a Santa Sé segue, de perto, os problemas" relacionados com as mudanças climáticas.

"Neste campo, fazemos apelo à solidariedade internacional, porque quando faltam recursos para fazer face a estas mudanças, quem sofre são sempre os mais pobres", alerta.

O Cardeal Martino defende que é preciso "aprender a lidar com estes problemas, não os deixando ao cuidado dos peritos, mas ver como cada pessoa da sociedade pode contribuir para a solução desta situação".

Fonte - Agência Ecclesia

Nota DDP:
Fiquemos atentos às conclusões que serão apresentadas...

Nuevo Inquisidor Mayor para España

Que la inquisición, como tal, forma parte del pasado, está por ver. Ahora se llama "Comisión para la Doctrina de la Fe".

En un artículo de ElPeriódico.com se nos anuncia el nombramiento del nuevo "Inquisidor Mayor" del reino.

"La asamblea plenaria de la Conferencia Episcopal Española eligió ayer al arzobispo de Valencia, Agustín García-Gasco, como nuevo responsable de la Comisión para la Doctrina de la Fe, el organismo que ejerce las funciones del antiguo Santo Oficio de la Inquisición, en sustitución del obispo auxiliar de Madrid Eugenio Romero Pose, fallecido recientemente. García-Gasco, un prelado de 76 años que pertenece al sector más ultraconservador de la Iglesia española, se convierte así el nuevo guardián de la ortodoxia católica." (La negrita es mía).

Pues bien, esto es una prueba más de que el asunto sigue vivo. Por cierto, Joseph Ratzinger, mejor conocido actualmente como Benedicto XVI, antes de ocupar el puesto de Papa, era el máximo responsable de la Comisión para la Doctrina de la Fe.

Fonte - Blog Cuenta Atrás

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Aquecimento global cria uma nova ilha

LONDRES - O mapa da Groenlândia terá que ser redesenhado. Uma nova ilha surgiu em sua costa, repentinamente separada da Groenlândia por causa do derretimento da cobertura de gelo. Cientistas estão considerando o fenômeno um dos mais alarmantes sinais das mudanças causadas pelo aquecimento global.

Com alguns quilômetros de extensão, a ilha era considerada a ponta de uma península localizada na parte superior da remota costa leste da Groenlândia, mas uma grande geleira que a ligava ao continente derreteu completamente, deixando-a cercada pelas águas do Oceano Ártico.

Com o formato de uma espécie de mão de três dedos, a ilha foi descoberta pelo veterano explorador americano Dennis Schmitt, um especialista na região. Ela a batizou de Warming Island (Ilha do Aquecimento) ou Uunartoq Qeqertoq, no idioma esquimó.

O Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos confirmou a existência da ilha através de uma série de fotos de satélite. Elas mostram como ela era uma parte integral da região costeira da Groenlândia até 1985; aparecendo ligada à terra apenas por uma pequena ponte de gelo em 2002; e surgindo completamente separada nos verões de 2005, 2006 e 2007. Agora, ela é um pedaço de terra independente, com picos e formações rochosas, se projetando verticalmente em direção ao mar.

Como demonstraram as fotos, a ilha foi o resultado de uma poderosa, rápida e inegável transformação. Sua existência simboliza os iminentes efeitos das mudanças climáticas no planeta, dizem cientistas.

O surgimento da Ilha do Aquecimento está sendo considerado um dos exemplos mais contundentes da desintegração da cobertura de gelo da Groenlândia, um fato que os cientistas só perceberam recentemente e que está acontecendo mais depressa do que se poderia imaginar. Dona da segunda maior concentração de gelo do planeta, atrás apenas da Antártica, a Groenlândia é a maior ilha do mundo. Se os seus 2,5 milhões de quilômetros cúbicos de gelo derreterem por completo, o nível do mar subirá cerca de sete metros.

Essa elevação seria suficiente para inundar boa parte das cidades costeiras do mundo. O mar alagaria também países densamente povoados, como Bangladesh, e causaria o desaparecimento de ilhas como as Maldivas. Mesmo um décimo dessa elevação do nível do mar já teria conseqüências devastadoras.

No momento, a elevação global é de aproximadamente três milímetros por ano, que foi a média registrada entre 1993 e 2003. Isso é bem mais do que a média entre 1961 e 2003, que foi de 1,8 milímetro por ano. A Groenlândia contribui com 0,5 milímetro desse total. Até pouco tempo, acreditava-se que rupturas em sua cobertura poderiam levar mais de um século para acontecer, mas estudos recentes, realizados a partir de 2004, mostram que elas já estão acontecendo e de forma acelerada.

Fonte - O Globo

Igrejas da Alemanha avançam para reconhecimento comum do Baptismo

As Igrejas Cristãs da Alemanha vão assinar uma declaração comum que reconhece a plena validade do Baptismo. O anúncio foi feito pela Conferência Episcopal Alemã.

A Igreja Católica já deixou clara a orientação de que se avance no sentido do “reconhecimento mútuo”, seja no Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo, seja através de uma recente intervenção do presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper.

Esta decisão ultrapassa em muito o plano “burocrático” de se evitar um novo Baptismo, quando alguém decide mudar de Igreja.

O decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, “Unitatis Redintegratio”, lembra no seu n.º 3 que todos os cristãos “justificados no Baptismo pela fé, são incorporados a Cristo, e, por isso, com direito se honram com o nome de cristãos e justamente são reconhecidos pelos filhos da Igreja católica como irmãos no Senhor.”

João Paulo II, na sua encíclica sobre a Unidade dos Cristãos, “Ut Unum Sint”, assegura que o reconhecimento dessa fraternidade “não é a consequência de um filantropismo liberal ou de um vago espírito de família, mas está enraizado no reconhecimento do único Baptismo” (n.º 42).

O “Directório para a aplicação dos princípios e das normas sobre o ecumenismo” pede explicitamente um reconhecimento recíproco e oficial dos Baptismos. Isto está muito para além de um simples acto de cortesia ecuménica e constitui uma afirmação básica na concepção do que é a Igreja.

As implicações teológicas, pastorais e ecuménicas do Baptismo comum são muitas e importantes. Definido-se uma unidade fundamental, embora ainda parcial, pode-se passar, como defende a encíclica de João Paulo II, “àquela unidade visível, necessária e suficiente, que se inscreva na realidade concreta, para que as Igrejas realizem verdadeiramente o sinal daquela comunhão plena na Igreja una, santa, católica e apostólica, que se há-de exprimir na concelebração eucarística” (n.º78).

Em Portugal, a Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e Ecumenismo (CEDFE, católica) e o Conselho Português de Igrejas Cristãs (COPIC) continuam a discutir o reconhecimento mútuo dos baptismos nas Igrejas Católica, Presbiteriana, Metodista, Lusitana e Anglicana.

As duas organizações discutem esta matéria há anos, mas como nem a CEDFE nem a COPIC assumem decisões em nome das suas Igrejas, nesta matéria, a questão está dependente da concordância das diversas comunidades religiosas.

Fonte - Ecclesia

Nota DDP:
Apenas para lembrar que celebração eucarística está extremamente ligada ao culto aos domingos, portanto, um só batismo, uma só eucaristia e...

O poder e como este é exercitado

Poder

A professora de Sociologia das Religiões, Maria Immacolata Maciotti, da Universidade La Sapienza, de Roma, afirma que a Igreja Católica perde fiéis, mas não seu poder.

"O peso de uma religião não é medido apenas pelo número de seguidores. Conta muito a tradição e os apoios políticos", disse.

"A Igreja Católica é uma verdadeira instituição, duradoura, radicada em nível mundial, com organização própria."

"Houve queda da freqüência na Igreja Católica, mas há necessidade de acreditar em alguma coisa, e isso é muito forte no mundo de hoje", conclui Maria Immacolata Maciotti.

Fonte - BBC

A Igreja não é uma organização de manifestações coletivas, destaca Bento XVI

VATICANO, 23 Abr. 07 (ACI) .- Em sua visita a Pavía, onde visitou os restos de Santo Agostinho, o Papa Bento XVI recordou o que é a Igreja e descartou que se trata de uma organização de manifestações coletivas.

"A Igreja não é uma simples organização de manifestações coletivas nem, ao contrário, a soma de indivíduos que vivem uma religiosidade privada. A Igreja é uma comunidade de pessoas que acreditam no Deus de Jesus Cristo e se comprometem a viver no mundo o mandamento da caridade que nos deixou", assegurou o Pontífice.

Fonte - ACI

Nota DDP:
O recado aos menos avisados é claríssimo: "Temos poder e este não está concentrado ou traduzido pelo número de pessoas que nos seguem, mas pela qualidade e posicionamento estratégico destes." Ou ainda: "Manda quem pode, obedece quem tem juízo".

Gripe aviária pode matar sete milhões de pessoas, adverte a OMS

MANILA, 24 abr (AFP) - Uma pandemia de gripe aviária pode contaminar até um bilhão de pessoas no mundo e matar entre duas e sete milhões delas, afirmou nesta terça-feira Jean-Marc Olive, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Estas estimativas se baseiam em modelos matemáticos utilizados durante as epidemias de gripe anteriores", explicou Jean-Marc Olive, representante da OMS nas Filipinas.

"A próxima pandemia poderá provocar um índice de mortalidade muito elevado em poucas semanas. Poderá gerar um bilhão de casos e entre dois e sete milhões de mortos", declarou o funcionário duarnte um foro sobre o tema, acrescentando que esse cenário pode ser evitado com adoção de medidas radicais.

A gripe aviária já deixou 172 mortos desde que ressurgiu no final de 2003, principalmente na Ásia. Os contágios ocorrem no momento entre aves de criação e o homem, mas os especialistas temem uma mutação no vírus que favoreça as transmissões entre seres humanos, o que poderá desencadear uma pandemia em escala mundial.

Fonte - UOL

terça-feira, 24 de abril de 2007

Vaticano organiza seminário sobre Aquecimento Global

24.04.2007 - Qual é o relacionamento entre as mudanças climáticas, qual é o impacto econômico, social, energético de tais mudanças, quais as responsabilidades que dela derivam aos vários âmbitos, nacionais ou internacionais?

Após o alarmante relatório das Nações Unidas sobre o aquecimento terrestre, a estas perguntas buscará respostas um Seminário Internacional de estudo sobre o tema “Mudanças Climáticas e Desenvolvimento”, que acontecerá no Vaticano nos dias 26 e 27 de abril, por iniciativa do Pontifício Conselho da Justiça e Paz.

O congresso será articulado em quatro sessões, com relações - entre outras – do embaixador francês para o Ambiente, Laurent Stafanini, do físico italiano Antonio Zichichi, do Ministro britânico para o Ambiente, Alimentação e questões rurais, David Milibrand, de Craig Idso, Presidente do Centro norte-americano de estudo sobre o Dióxido de Carbono e as Mudanças Globais, de Cláudio Rafanelli do Conselho Nacional de Pesquisas de Roma.

Estarão presentes também expoentes do Governo argentino e polonês, bispos da Alemanha, Inglaterra e Austrália e um expoente do Conselho Mundial das Igrejas. Os trabalhos do Seminário, que serão introduzidos e concluídos pelo Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, serão realizados a portas fechadas, mas serão concedidas entrevistas.

Fonte: SIR, traduzido por Rodrigo Luiz, CN Notícias

Fonte - Portal Anjo

Nota DDP:
Por quê a portas fechadas? Por quê com representante ecumênico?

Conselho da Europa constata papel público da religião

Em uma conferência internacional na República de San Marino

SAN MARINO, segunda-feira, 23 de abril de 2007 (ZENIT.org).- É preciso ter presente a capacidade das religiões para promover o diálogo e a compreensão, aponta o secretário-geral do Conselho da Europa, Terry Davis.

Ele foi o encarregado de abrir nesta segunda-feira --na República de San Marino, na presença de suas autoridades-- a primeira conferência européia --sobre «A dimensão religiosa do diálogo intercultural»--, organizada pela presidência sanmarinense do Conselho da Europa.

Participam da reunião (aberta aos meios de informação) de San Marino representantes cristãos -- católicos, protestantes e ortodoxos --, judeus e muçulmanos, Estados membros e observadores do Conselho da Europa, e convidados e especialistas de outras instituições internacionais da sociedade civil.

Segundo expressou Davis na abertura dos trabalhos, «o diálogo entre culturas religiosas diferentes se alcançará inteiramente quando desde cada igreja, sinagoga ou mesquita, o sacerdote, o rabino e o imame dialoguem entre si enviando mensagens comuns de tolerância e fraternidade», sintetiza a Direção de Comunhão do Conselho de Europa à agência Zenit.

«Tomando emprestada uma máxima de Platão, que não era nem cristão, nem judeu, nem muçulmano, nenhuma lei é mais eficaz que a compreensão», afirmou Davis ante os numerosos convocados à conferência européia.

«O diálogo intercultural é fundamental -- em uma época na qual a globalização gerou fricções -- porque aproxima as diferentes culturas e reduz os riscos de mal-entendidos, portanto atenua as tensões e o perigo de conflitos», prosseguiu.

Neste contexto, afirmou que «antes a fé era considerada como uma questão privada, inclusive íntima»; mas «hoje é justo que as organizações religiosas tenham mais importância que no passado, dado que têm a força de induzir as pessoas ao diálogo e à compreensão».

«As religiões, como outras muitas convicções humanas, são expressão de identidade cultural que merecem respeito», sublinhou Terry Davis.

«Creio que as comunidades religiosas têm um grande potencial na construção de pontes que enlacem as diversas civilizações e religiões -- apontou. Eis aqui por que, trabalhando de comum acordo, podem combater os extremismos, a violência e o ódio. Podem converter-se em uma força para a consecução da paz e a tolerância.»

Para Davis, «a presidência sanmarinense do Comitê de Ministros do Conselho da Europa não podia concluir com um evento mais adequado que uma conferência desse nível e utilidade para os problemas que há muito tempo afligem o mundo».

Por sua parte, o comissário europeu para os direitos humanos, Thomas Hammarberg, aludiu aos valores comuns que as religiões compartilham com o Conselho da Europa. Referiu-se ao direito à vida, à dignidade humana, ao respeito da vida e do direito, explica a Direção de Comunicação do organismo europeu à agência Zenit.

«Quem poderia proteger melhor os direitos humanos que os líderes religiosos?» foi a questão que Hammarberg lançou.

O tema das perspectivas de diálogo entre as comunidades religiosas tradicionalmente presentes no velho continente, a sociedade civil e o Congresso da Europa é um dos aspectos que motiva a conferência européia em andamento.

Como indica seu título, igualmente busca avaliar a importância da dimensão religiosa na promoção do diálogo intercultural, especialmente à luz das consultas preparatórias sobre o «Livro Branco sobre Diálogo Intercultural» do Conselho da Europa.

A convocatória se contempla também como uma oportunidade para compartilhar exemplos de boa prática em todos os níveis de diálogo entre comunidades religiosas e autoridades públicas.

Desde 1949, o Conselho da Europa desenvolve seu trabalho na promoção da democracia e dos direitos humanos no continente. Igualmente, promove respostas comuns aos desafios sociais, culturais e legais de seus 46 estados membros.

Fonte - Zenit

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Dia Nacional da Oração nos EUA

National Day of Prayer, 2007

A Proclamation by the President of the United States of America

A prayerful spirit has always been an important part of our national character, and it is a force that has guided the American people, given us strength, and sustained us in moments of joy and in times of challenge. On this National Day of Prayer, we acknowledge God's grace and ask for His continued guidance in the life of our Nation.

Americans of many faiths and traditions share a common belief that God hears the prayers of His children and shows grace to those who seek Him. Following the tragedy at Virginia Tech, in towns all across America, in houses of worship from every faith, Americans have joined together to pray for the lives that were lost and for their families, friends, and loved ones. We hold the victims in our hearts and pray for those who suffer and grieve. There is a power in these prayers, and we can find comfort in the grace and guidance of a loving God.

At this important time in our history, we also pray for the brave members of our Armed Forces and their families. We pray for their safety, for the recovery of the wounded, and for the peace we all seek.

The Congress, by Public Law 100-307, as amended, has called on our Nation to reaffirm the role of prayer in our society and to respect the freedom of religion by recognizing each year a "National Day of Prayer."

NOW, THEREFORE, I, GEORGE W. BUSH, President of the United States of America, do hereby proclaim May 3, 2007, as a National Day of Prayer. I ask the citizens of our Nation to give thanks, each according to his or her own faith, for the freedoms and blessings we have received and for God's continued guidance, comfort, and protection. I invite all Americans to join in observing this day with appropriate programs, ceremonies, and activities.

IN WITNESS WHEREOF, I have hereunto set my hand this twentieth day of April, in the year of our Lord two thousand seven, and of the Independence of the United States of America the two hundred and thirty-first.

GEORGE W. BUSH

Fonte - The White House

Nota DDP:
Confesso que a notícia não tinha me chamado a atenção a ponto de armazená-la no blog, mas a seguinte manifestação do Michelson no tema motivou-me a fazê-lo:

"Realmente soa estranho e mostra que a ingerência do Estado em assuntos religiosos é mais fácil do que se pensa."

Não é só. O dia instituído para este fim foi o 03/Mai, no entanto, na mesma semana, dia 06/Mai, estranhamente um domingo, dado o princípio religioso que evoca, será comemorado o segundo Dia Anual dos Dez Mandamentos. Coincidência?

Espiritismo para todo lado

Deu na Veja desta semana: "Os folhetins espíritas são um filão bem brasileiro da teledramaturgia. A novela O Profeta, em exibição na faixa das 6 da Globo, é o exemplo mais recente de sua força. Refilmagem de uma trama dos anos 70 de Ivani Ribeiro (1922-1995), ela se vale dos ingredientes característicos do estilo. A ação gira em torno de um sensitivo que se comunica com o além. E entre os personagens há espíritos que interferem nos rumos da história. Atualmente, o tema também desperta o interesse dos americanos. Séries como Medium, Ghost Whisperer e Supernatural exploram enredos em que este mundo se mistura com 'o outro plano'. Mas, enquanto o modo americano de lidar com os espíritos tem raízes na literatura fantástica e no horror gótico herdados da tradição inglesa, as produções brasileiras se apóiam numa visão religiosa. O efeito disso é que há um céu de distância entre os médiuns e fantasmas daqui e os de lá.

"Nos seriados americanos, a presença de espíritos é um recurso narrativo para despertar o medo. Ela visa a assustar o público, ainda que no correr da trama os fantasmas se revelem camaradas. A paranormal Allison Dubois (Patricia Arquette), de Medium, é acometida por sonhos aterrorizantes que são a chave para os casos criminais que soluciona com seus poderes. Em Supernatural, a barra é ainda mais pesada: dois irmãos combatem seres demoníacos. Nas novelas brasileiras, inspiradas pelo kardecismo (uma religião que cravou raízes no Brasil como em nenhum outro lugar do mundo), não há propriamente fantasmas que espreitam os vivos a partir da sombra. Há, de um lado, 'espíritos de luz', que confortam e auxiliam outros personagens. O irmão morto do médium Marcos (Thiago Fragoso), de O Profeta, se converteu em seu anjo da guarda. E há "espíritos obsessores", que desempenham papel parecido com o de um vilão que está ali para atrapalhar e não para aterrorizar."

Nota: Há um século (quando o espiritismo moderno ensaiava seus primeiros passos), Ellen White escreveu: “Em 24 de agosto de 1850”, escreveu ela, referindo-se aos estranhos fenômenos na casa da família Fox, “vi que as ‘pancadas misteriosas’ eram o poder de Satanás; parte delas procedia diretamente dele, e outra, indiretamente, mediante seus agentes, mas tudo provinha de Satanás... Vi que logo seria considerado blasfêmia falar contra as ‘pancadas’, que isso se espalharia mais e mais, o poder de Satanás aumentaria, e alguns de seus dedicados seguidores teriam poder para operar milagres... Breve virá esse tempo, e teremos de segurar firmemente os fortes braços de Jeová, pois todos estes grandes sinais e poderosas maravilhas do diabo se destinam a enganar o povo de Deus e derrotá-lo” (Vida e Ensinos, págs. 167 a 169). Ellen também escreveu que “o espiritismo está prestes a cativar o mundo. ... Um poder sobre-humano está operando de várias maneiras, e poucos têm a idéia do que será a manifestação do espiritismo no futuro” (Evangelismo, págs. 602 e 603). Isso está acontecendo precisamente agora.

Fonte - Blog Michelson Borges

Ensalada de cambio climático.

Cada vez se amontonan más las noticias relacionadas con el cambio climático, y es difícil escoger entre todas. Por ejemplo, en HechosdeHoy se comenta que el cambio climático afecta a la NASA. El pasado 28 de febrero, el transbordador espacial Atlantis estaba fuera del angar en Cabo Cañaveral cuando sucedió lo siguiente:

"
Una fuerte e imprevista granizada, causada por el cambio climático en Florida, dañó el transbordador espacial Atlantis obligando de forma insólita a la NASA a cambiar sus planes."

Impresionante, ¿no? Granizo de 5 cm. de diámetro que dañó el depósito de combustible y un ala de la nave.

Otra noticia la encontramos en Antena3, donde se afirma que "
Las plagas destrozan los cultivos en China debido al cambio climático". Y un experto anunció el famoso refrán "cuando veas las barbas de tu vecino cortar, por las tuyas a remojar":

"
El cambio climático está castigando a China con la aparición de plagas de insectos que diezman los cultivos. Especialmente los de trigo, fundamentales para la agricultura de ese país. En España, un experto advierte de que las migraciones desde África se volverán masivas cuando se acentúen las alteraciones del clima. "

Además, en LaFlecha se da el siguiente (y alarmante) titular:
"La disminución de hielo ártico puede disparar un efecto avalancha de cambio climático":

" "Cuando el hielo adelgace hasta un estado de vulnerabilidad crítica, podemos llegar rápidamente a una nueva situación, en la cual el Ártico estacionalmente se quede sin hielo"... Además de que el Ártico pierde mucho hielo en los meses de verano, ahora parece que también está regenerando menos hielo en el invierno. Con esta creciente vulnerabilidad, un leve empujón al sistema, provocado por las fluctuaciones naturales del clima, podría enviarlo hacia una caída en picado."

Otro efecto del cambio son las sequías. En el periódico ElMundo aparece el siguiente titular: "Australia afronta una sequía sin precedentes": "Se prevé que la producción de arroz disminuya el 90%", además indican que si no llueve antes del fin de mayo, sólo quedará agua para suministrar a las ciudades, y nada para la agricultura.

Por último, el Tíbet se está quedando sin nieve. Y la nieve artificial no sólo "salva temporadas" en las estaciones de esquí. Así lo atestigua el titular de LaFlecha:

"
China crea nieve artificial para aliviar la sequía en el TíbetCientíficos chinos consiguieron crear, por primera vez, nieve artificial en el Tíbet (noroeste), a fin de luchar contra la grave sequía que, según los expertos, arrastrará el rápido deshielo de los glaciares, publica la prensa estatal.

... Los científicos han advertido de que el incesante aumento de las temperaturas y el deshielo de los glaciares en el Tíbet causará desertización, sequías y tormentas de arena, entre otras catástrofes.

Según los cálculos más pesimistas, el 64 por ciento de los glaciares chinos se habrán derretido en el año 2050, aunque un equipo de científicos chinos enviados al Himalaya ha asegurado que el ritmo no es tan rápido como parece."

El ritmo no es tan rápido como parece, luego hay ritmo y hay deshielo. Pues a digerir esta ensalada lo mejor posible.

Fonte - Blog Cuenta Atrás

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Lições da Bíblia: profecias bíblicas cumpridas

“Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53:5). Jesus, o centro da Bíblia, o centro da História e de nossa vida, teve Sua primeira vinda profetizada com exatidão nas Escrituras. Leia, por exemplo, Isaías 7:14 e Mateus 1:23, Isaías 52:13-53:12, e os últimos capítulos dos quatro Evangelhos.

Mas as profecias bíblicas não param aí. O mesmo Jesus nasceu, viveu, morreu, ressuscitou e hoje vive intercedendo por nós. Ele deixou a esperança do cumprimento da mais esperada profecia de todos os tempos: a de Seu retorno. Cristo alertou, em Mateus 24, que perto de Sua vinda viriam falsos messias, haveria guerras, fomes, epidemias, mortes, terremotos, problemas sociais...

Só para dar um pequeno exemplo, vou mostrar-lhe o balanço do noticiário que produzimos no Sistema de Comunicação Adventista “Novo Tempo”, quarta-feira, dia 18 de abril. Confira: 265 mortos, dos quais 157 no Iraque, 32 na China, 18 no Egito, 25 no Rio de Janeiro, 33 nos Estados Unidos. Além de 3 mil pessoas que ficaram sem lar na Colômbia, 600 alunas mexicanas com problema psicológico raro. Se não bastasse, todos os hospitais da rede pública uruguaia estavam em greve. Os quatro Continentes acham-se representados na funesta estatística.

Meu amigo, necessitamos de mais provas quanto ao momento da História em que vivemos? Aceitemos a Jesus e Seu sacrifício, pois não há nenhuma dúvida de que todas as profecias bíblicas estão se cumprindo a passos largos, e o Mestre está às portas. Exclamemos como João: “Vem, Senhor Jesus!” (Apocalipse 22:20 ú.p.).

(Márcio Basso Gomes, jornalista)

Fonte - Blog Michelson Borges

Feriados religiosos em um país laico

O Brasil católico está em festa pela chegada, em breve, em território tupiniquim, do “Vigário de Cristo” na Terra. Já o outro Brasil não tem muito que comemorar, afinal, com a vinda do papa Bento XVI ao Brasil, entre outras coisas, mais um “santo” será acrescentado ao já farto menu de ídolos católicos. Não bastasse isso, o senador Francisco Dorneles (RJ) apresentou um Projeto de Lei no Senado para instituir o dia 11 de Maio como feriado nacional em homenagem a Frei Galvão, o primeiro santo verde-amarelo católico apostólico romano.

Tal fato abriu novamente a discussão: até que ponto deve ser permitido instituir feriados nacionais religiosos em um país oficialmente laico? Essa discussão deve esquentar ainda mais visto o Brasil ser o maior país católico do mundo e, como tal, exercer uma influência desmedida sobre suas autoridades.

Particularmente, acredito que essa discussão tem lá seu fundo profético. Explicando melhor: o quarto mandamento da Lei de Deus, que prescreve a guarda do sábado (sétimo dia da semana), foi alterado sem autorização divina já nos primórdios da Igreja Cristã, passando a ser assim enunciado: “Guardar domingos e festas”. Ora, já que a profecia revela que no fim dos tempos o domingo seria imposto mediante uma lei civil como dia obrigatório de guarda, não é de estranhar, então, que a instituição de muitos feriados religiosos (festas) só tende a colaborar para o condicionamento da população para aceitar o futuro decreto dominical. Guardando tantos feriados religiosos (festas), será que a população se oporia a um decreto de descanso dominical compulsório?

Duas matérias demonstrando a inconstitucionalidade desses feriados religiosos em um país oficialmente laico podem ser lidas aqui e aqui.

“Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus.” Salmo 61:11

“Se eu no meu coração contemplara a vaidade [pecado], o Senhor não me teria ouvido.” Salmo 66:18

Fonte - Blog Minuto Profético

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Ban Ki-moon convida Papa a visitar oficialmente sede da ONU

Ambos insistem na necessidade do multilateralismo e do diálogo entre culturas

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Ao visitar Bento XVI, na tarde desta quarta-feira, no Vaticano, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, convidou-o a visitar oficialmente a sede dessa instituição.

A Sala de Imprensa da Santa Sé, que informou sobre a proposta em um comunicado, não deu detalhes sobre quando poderia acontecer a visita do Santo Padre ao «Palácio de Cristal» de Nova York.

Segundo a nota vaticana, o Papa e o secretário-geral «aprofundaram nos temas de comum interesse, como o reinício da confiança no multilateralismo e o reforço do diálogo entre as culturas, sem deixar de mencionar situações internacionais que merecem uma particular atenção».

No encontro, de aproximadamente 20 minutos de duração, continua dizendo o comunicado, recordou-se «a contribuição que a Igreja Católica e a Santa Sé podem dar, a partir de sua identidade, com os meios que lhes são próprios, à ação das Nações Unidas para a solução dos conflitos atuais e alcançar o entendimento entre as nações».

O Vaticano declara que a visita de Ban Ki-moon é um sinal «de apreço da Santa Sé pelo papel central desempenhado pela Organização para manter a paz no mundo e promover o desenvolvimento dos povos».

Especifica, ao mesmo tempo, que o secretário-geral «quis visitar o Santo Padre no contexto de suas primeiras viagens efetuadas à África, Europa e Oriente Médio, poucos meses depois de ter tomado posse do cargo, em 1º de janeiro passado, para convidá-lo oficialmente a visitar a sede das Nações Unidas».

À audiência pontifícia seguiu um colóquio do secretário-geral com o secretário de Estado, o cardeal Tarcísio Bertone, que estava acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti.

Fonte - Zenit

Nota DDP:
Já comentamos neste blog a relação dos EUA com a ONU, de onde copiamos a seguinte conclusão:

"É interessante notar que a abordagem inicial do tema (Quem tem autoridade...?), tem como resposta do próprio artigo a ONU, no entanto, a parte final do mesmo texto, diz que os EUA, subsidia, abriga e em tese, seria a única potência que poderia enfrentar esta mesma ONU. Ora, diante destas conclusões e levando-se em consideração o papel profético dos EUA no contexto da profecia, parece-me então que a melhor resposta para as perguntas iniciais não seja a ONU, mas quem a controla, como demonstra as conclusões do próprio articulista. Se controla, contraria quando bem entender e, dela se utiliza quando assim for conveniente."

Quando vemos notícias como esta, do chamamento do Vaticano para "
solução dos conflitos atuais e alcançar o entendimento entre as nações", através de diálogos com os EUA, e com a ONU, que tudo leva a crer é mais do que identificada com os propósitos do Tio Sam, lembro-me da inspiração:

"Quando a América, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 373." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 135)

"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 131)

"No movimento ora em ação nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituições e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes estão a seguir as pegadas dos romanistas. Na verdade, mais que isto, estão abrindo a porta para o papado a fim de adquirir na América protestante a supremacia que perdeu no Velho Mundo. O Grande Conflito, pág. 573." (Idem - Pág. 132)

Em dois anos, Bento 16 deixa marca como 'doutrinador e individualista'




Um pontificado centrado na palavra, na doutrinação, com importantes doses de conservadorismo. É assim que vaticanistas ouvidos pela BBC Brasil classificam os dois anos de Bento 16 à frente do comando da Igreja Católica.

“Diferentemente de João Paulo 2º, o papa Bento 16 não está interessado em grandes anúncios, gestos ou fatos”, disse o especialista em assuntos do Vaticano Sandro Magíster.

“É um papa que não faz praticamente nada além de ensinar e celebrar. Sua preocupação está focalizada nas grandes mensagens, na liturgia, nas homilias, na celebração das missas.”

Magíster observa, no entanto, um forte sinal de continuidade com relação ao papado anterior, encerrado com a morte de João Paulo 2º, no início de abril de 2005 - Bento 16 completa dois anos de papado nesta quinta-feira, dia 19.

Na comparação com uma obra literária, de acordo com ele, "João Paulo 2º definiu os títulos. Agora, com seu estilo, o teólogo Joseph Ratzinger está escrevendo o texto".

Individualismo e Conservadorismo

Bruno Bartoloni, especialista em religião do jornal Corriere della Sera, concorda. Mas diz que Bento 16 adotou uma linha mais individualista em comparação a seu antecessor.

“Ele é um intelectual que trabalha e toma muitas decisões sozinho. Ao contrário de João Paulo 2º, nem sempre escuta seus colaboradores, o que poderia evitar incidentes, como o ocorrido no ano passado quando ele foi acusado de ofender os muçulmanos”, afirma Bartoloni.

“Decisões como a de recuperar o latim como língua sagrada do catolicismo e a missa tridentina de Pio 5º (em que os padres ficam virados para o altar e de costas para os fiéis) são um pouco constrangedoras. Assim como estão sendo anunciadas, sem maiores especificações, João Paulo 2º não faria”.

Com a punição, no mês passado, do líder da Teologia da Libertação Jon Sobrino, e a divulgação da Exortação Apostólica sobre Eucaristia, muitos disseram que Bento 16 estaria trazendo de volta o conservadorismo conhecido do período em que era prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o antigo Santo Ofício.

Por conta da sua defesa da família tradicional e do celibato para os padres, de ter chamado o segundo casamento de praga e por condenar a eutanásia, o aborto, o uso da camisinha e a união entre homossexuais, o jornal italiano Il Manifesto disse que "Bento 16 estava apagando meio século de história".

O papa foi criticado por caminhar contra a modernidade e o avanço da sociedade.

“Às vezes, tenho a impressão de que o papa é um chefe quase sem tropa”, disse o escritor católico Vittorio Mesori em uma entrevista ao jornal La Stampa, numa referência aos católicos que, em privado, não obedecem às normas morais da igreja. “Até vão à missa, mas não seguem as diretivas sobre ética sexual”.

Estilo de Bento 16

Ignazio Ingrao, vaticanista da revista Panorama, diz que o pontificado de Bento 16 ainda está em construção, um governo que, lentamente, vai mostrando sua cara.

“Estava errado quem afirmou que Ratzinger comandava a Igreja Católica nos anos que antecederam a morte de João Paulo 2º”, afirma Ingrao.

“O papa polonês tinha seu grupo com funções muito determinadas. Ratzinger era mais um. Prova disto é que, em dois anos, ele mudou o governo do Vaticano, afastando todos os colaboradores mais fiéis de seu antecessor.”

Segundo Magíster, o papa inovou na nomeação da Cúria romana ao deixar de promover quem já trabalhava no Vaticano.

“Este é um indicativo do estilo que ele quer governar a igreja, com a colaboração de algumas personalidades do episcopado mundial.

Entre eles, destaque para os cardeais dom Cláudio Hummes, prefeito da Congregação para o Clero, e Ivan Diaz, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, que participaram do conclave como papáveis e são figuras de primeira linha no mundo da igreja”, assinala.

“Classificá-los como progressistas ou conservadores não seria correto. Foram escolhidos devido ao trabalho que desempenharam em questões importantes e verdadeiras para o catolicismo.”

Fonte - BBC

O fim do encantamento?

Dois anos depois da sua eleição, Bento XVI começa a ser criticado com mais frequência, mas não abdica do rumo traçado nem atraiçoa as suas convicções

A eleição do Cardeal Joseph Ratzinger como sucessor de João Paulo II foi recebida, no dia 19 de Abril de 2005, com uma boa dose de cepticismo em vários sectores da Igreja e da sociedade. Os primeiros gestos do pontificado, em continuidade com os caminhos abertos pelo Papa polaco durante mais de 26 anos e meio, vieram descansar alguns espíritos mais inquietos e confirmar, em todos os que admiravam Bento XVI, as capacidades que lhe reconheciam num momento em que a Igreja precisava de uma liderança forte.

Apesar disso, dois anos passados sobre a eleição de Joseph Ratzinger, poucos episódios polémicos serviram para que os críticos do Papa saíssem da atitude expectante a que se tinham remetido. Alguns atacam já o "Papa invisível".

Quando aos 80 anos de João Paulo II muitos exigiam a sua renúncia, a Bento XVI exige-se uma viragem no pontificado, promovendo mudanças de fundo. O Papa tem procurado, sobretudo, falar com clareza e de forma sistemática sobre as questões da fé (o Amor, na sua encíclica; Jesus, no seu livro).

O actual Papa, de facto, é menos decifrável para o mundo mediático de hoje: para além do carisma ligado ao lugar que ocupa, ele destaca-se por oferecer orientação num mundo perdido na "ditadura do relativismo" que tanto condena, apresentando um programa coerente e uma capacidade intelectual acima de qualquer suspeita. Estes ingredientes não bastam, ainda assim, para fazer dele uma figura apetecível.

Joseph Ratzinger não foi eleito pelos Cardeais da Igreja Católica para ser líder de audiências ou ganhar pontos em sondagens de popularidade. Mais do que procurar saber se é um "Papa europeu", um "Papa invisível" ou um "Papa das surpresas", os observadores começam a perceber que estamos na presença de um líder espiritual, que leva a sério a sua missão nesse âmbito, um mestre da fé.

Bento XVI não é, nem pode ser confundido com um líder político, que muitos gostariam de ver visitar outros locais do mundo, mais longe do Vaticano. Por formação e convicção, tem centrado a sua reflexão nas questões que se apresentam ao Cristianismo na Europa, coração histórico da Igreja, numa atitude entendida como "regresso à tradição", muitas vezes classificada de forma pejorativa.

Os alertas que lança contra o esquecimento de Deus na consciência pública têm implicações nas legislações sobre a família e o matrimónio, por exemplo, e isso não garante um aumento dos seus "adeptos" no Velho Continente.

O futuro apresenta vários desafios, a começar já na viagem ao Brasil. Regularizar relações com Moscovo e Pequim ou confirmar-se na liderança do diálogo ecuménico são alguns dos testes mais imediatos, que exigem toda a habilidade diplomática do Papa e da sua equipa, renovada ao nível da Secretaria de Estado e das Nunciaturas Apostólicas.

É, contudo, o regresso aos origens, ao que é essencial no Cristianismo, que marca, por certo, estes primeiros dois anos de pontificado e não é possível vislumbrar, por enquanto, qualquer motivo que leve a acreditar que o Papa se afastará do rumo traçado até ao momento. Mas, como ele tanto gosta de dizer, ninguém sabe o que Deus lhe reserva.

Fonte - Ecclesia

Nota DDP:
"Lembra-se das palavras de advertência de Jesus em Mateus 24? Neste capítulo de profecias sobre o fim dos tempos, Jesus advertiu três vezes que as pessoas que viverem no período do Fim enfrentarão enganos sem precedentes. Em sua terceira advertência, Jesus disse: "Porque surgirão falsos Cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos." [Mateus 24:24]

É altamente apropriado que esse verso advirta especificamente sobre ser enganado por um "falso profeta". Na terminologia bíblica, um "falso profeta" é um líder religioso que finge ser um líder espiritual que ama a Deus, ao mesmo tempo em que leva o povo para o caminho da perdição." (A Espada do Espírito)

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Radiografía de la Tierra

El próximo domingo 22 de Abril, se celebra el día mundial de la Tierra. Mario Rodríguez, director de campañas de Greenpeace aportó datos con los que se ha hecho una "radiografía" del planeta actualmente:

"Cambio climático: Frenar el calentamiento global cuesta poco, según la ONU, pero aun así el planeta está patas arriba. Conseguir que la temperatura media no se eleve más de dos grados tendría un coste del 0,6% del PIB mundial previsto para 2030. Mientras tanto, todo indica que las olas de calor serán más frecuentes, las inundaciones provocadas por el deshielo dejarán unos 200 millones de refugiados y se extinguirán numerosas especies.

Agua: La escasez provoca la muerte de unos dos millones de niños al año, según datos del PNUD (Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo). La mala gestión hace que 1.100 millones de habitantes carezcan de este bien.

Superficie forestal: En el mundo se redujo a 7,3 millones de hectáreas la pérdida anual neta de superficie forestal, según la FAO. Entre 1990 y 2005, la pérdida de bosques fue del 3% y se calcula que para 2020 135 millones de personas (60 millones en el África subsahariana) tendrán que abandonar sus tierras por la desertización." (Fuente: 20minutos 17/4/07)

Vamos, que estamos hechos unos "zorros". En resumen, los cuatro grandes peligros que amenazan la vida hoy en nuestro planeta son los siguientes:

"Gripe aviar. Podría haber una pandemia, pero es imposible hablar de probabilidades. De la virulencia del virus dependerán las consecuencias, aunque provocaría muchos más casos que con una gripe normal, y más víctimas. Hay que estar preparados para poder defendernos en el peor de los casos".

Qué hacer para evitarlo. Sería imposible evitarlo, pero ante el virus se trataría de controlar y aislar al máximo mientras se preparan vacunas.

Juan Ortín, Centro Nacional de Biotecnología (CSIC).

Cambio climático
"Ya es una realidad que se agravará con el tiempo si las causas no disminuyen. Aumentará más la temperatura, lo que hará que aumente también la del agua y el nivel del mar. Desaparecerían islas y especies y destruiría hábitats, como el del Ártico".

Asteroides
La mayoría pasan lejos de la Tierra, pero cuando se detecta que están próximos, se debe vigilar la trayectoria, ya que el impacto contra nuestro planeta tendría un efecto devastador en el clima y las formas de vida (el choque de una roca de 300 metros de diámetro tendría el resultado de 20.000 bombas atómicas).

Qué hacer para evitarlo. Al detectarlo la solución mantenerlos vigilados e intentar desviar la trayectoria de la roca mediante satélites.

Energía nuclear.
Las consecuencias de un error o el mal uso de estas fuentes son nefastas. Dos millones de personas aún sufren los efectos de la contaminación radiactiva de la central nuclear de Chernóbil (1986) y el bombardeo sobre Hiroshima (1945) dejó 300.000 muertos.

Qué hacer para evitarlo. Dedicar estos recursos a fines pacíficos. Muchas naciones han solicitado el desarme nuclear en todo el planeta antes de 2020." (Fuente: 20minutos 18/4/07).

Efectivamente, cuando habla de "meteoritos" con efecto de 20.000 bombas nucleares, se refiere a lo que podrá pasar si el Apophis choca con la Tierra. Otra frase que llama la atención es que los científicos digan "desaparecerán islas", cuando esas mismas palabras están anunciadas en la Biblia. Curioso ¿no?

Fonte - Blog Cuenta Atrás

George W. Bush será recebido por Bento XVI

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, será recebido em audiência por Bento XVI, no Vaticano, por ocasião da sua viagem à Europa, no próximo mês de junho. A informação foi adiantada pelo diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

"O encontro está previsto dentro do quadro da viagem do presidente norte-americano à Europa, em junho, mas a data exata ainda não foi fixada", disse Lombardi à AFP.

(Agência Ecclesia)

Leia também: "Papa recebe felicitação de judeus e muçulmanos" e "Aniversário do papa dá impulso a ecumenismo"

Fonte - Blog Michelson Borges

Papa Bento 16 ressuscita o inferno

Ao contrário do que foi dito por João Paulo 2º em 1999, Ratzinger afirma que "o inferno, do qual pouco se fala hoje, existe e é eterno"

Juan G. Bedoya
Em Madri


A chamada de Bento 16 para a luta ideológica contra o pluralismo moral e a modernidade inclui restituir o inferno. "O inferno, do qual pouco se fala hoje em dia, existe e é eterno", disse o pontífice católico. O papa Ratzinger, que vai completar dois anos no cargo, esteve na igreja Santa Felicidade e Filhos Mártires em Roma para pregar como um simples pároco.

"Nosso verdadeiro inimigo é nos unirmos ao pecado que pode nos levar à ruptura de nossa existência", disse ele na homilia. Antes tinha desenhado a figura de um Deus "de justiça", portanto castigador.

Em sua chamada à intolerância, com o relativismo e a laicidade, Bento 16 decidiu pôr sobre a mesa as armas do catolicismo clássico. O alemão acredita que a vida cristã ocidental é "uma vinha devastada por javalis". Para enfrentar a crise, a força da Igreja não está no diálogo nem na tolerância, mas na volta às origens. O papa exige ativismo, não só de seus prelados (cerca de 5 mil em todo o mundo, entre bispos, arcebispos e cardeais); também aos fiéis crentes e, mais que ninguém, aos políticos que se dizem católicos.


As teses sobre como recuperar o primeiro plano perdido foram expostas por Bento 16 em 13 de março passado, em uma exortação pastoral burilada durante um ano e meio. Foi o primeiro sínodo do pontificado Ratzinger. Na presença de cardeais, arcebispos e bispos do mundo todo, o papa, que durante décadas presidiu a Congregação para a Doutrina da Fé, a antiga Inquisição católica, desafiou os reunidos a chegar ao cerne da crise do cristianismo para que Deus, um "proscrito na Europa", segundo Bento 16, volte a figurar na agenda de uma sociedade de batizados que já não faz caso da religião.

A proclamação de que "o inferno existe e é eterno" é a continuação dessa estratégia papal. O curioso é que seu antecessor, o papa João Paulo 2º, morto há dois anos, corrigiu a fundo e na direção contrária o conceito tradicional do catolicismo sobre o inferno. Ele o fez no verão de 1999, em quatro audiências consecutivas, cada uma dedicada a desmontar a credulidade popular sobre o céu, o purgatório, o inferno e, inclusive, o diabo. "O céu", disse então o papa polonês, não é "um lugar físico entre as nuvens". O inferno também não é "um lugar", mas "a situação de quem se afasta de Deus". O purgatório é um estado provisório de "purificação" que nada tem a ver com localizações terrenas. E Satanás "foi derrotado: Jesus nos libertou de seu temor".

A homilia sobre o inferno foi pronunciada pelo papa João Paulo 2º na audiência de quarta-feira, 28 de julho de 1999. Ele disse: "As imagens da Bíblia devem ser corretamente interpretadas. Mais que um lugar, o inferno é uma situação de quem se afasta de modo livre e definitivo de Deus". Por que o papa polonês revisou então a doutrina oficial sobre o além? A primeira resposta tinha a ver com "o assédio da ciência", nas palavras dos teólogos. Roma não queria repetir a amarga história de Galileu.

A segunda razão tinha a ver com as estatísticas: 60% dos católicos acreditam em Cristo, mas não no inferno ou no paraíso. Por último, aquele papa cumpria uma obrigação conciliar, adiada muito mais do que seria prudente. A Igreja vive em seu tempo e precisa atualizar a interpretação feita no passado dos textos sagrados. Trata-se do "aggiornamento", a palavra preferida dos papas João 23 e Paulo 6º, promotores do revolucionário Vaticano 2º, realizado entre 1962 e 1965.

A decisão de Bento 16 de voltar a pôr na mesa a idéia do inferno eterno, sem matizes, choca-se com esse passado recente. Não é sua primeira volta ao passado. Também autorizou as missas em latim e com o oficiante de costas para os fiéis, para citar um exemplo. O curioso é que há menos de um ano, em 6 de outubro de 2006, esse papa mantinha o timão de João Paulo 2º publicando o documento dos especialistas sobre a inexistência do limbo, outra das peças chaves do além católico. Segundo os catecismos clássicos, o limbo das crianças era o lugar aonde iam parar os que morriam sem o uso da razão e sem terem sido batizados. Um lugar sem tormento nem glória. O castigo consistia em viver em uma terceira classe de cavidade diferente do céu e do inferno, na qual as almas inocentes, além de ser privadas de glória, sofreriam a condenação da ausência dos que haviam tido a sorte de salvar-se: pais, irmãos e o resto da família.

A doutrina incentivava com esses argumentos o batismo rápido dos recém-nascidos. A doutrina que coloca no limbo as crianças mortas sem ter cometido pecado, mas com a culpa do pecado original não lavada pelo batismo, é de origem medieval e pouco relevante entre os teólogos modernos, a não ser porque se irmana com a idéia, também afastada pelo Vaticano 2º, de que fora da Igreja Católica não há salvação.

A decisão de fechar o limbo foi imposta por João Paulo 2º, encarregando do assunto uma comissão teológica internacional liderada pelo hoje papa Ratzinger. A encomenda tinha sua importância porque não era só liquidar a idéia de céu e inferno como lugares concretos no firmamento, mas uma revisão total das teses clássicas sobre o pecado original. Desde Santo Agostinho ao Vaticano 2º a Igreja de Roma havia sustentado a visão clássica do homem em pecado desde que Eva e a serpente enganaram Adão para comer juntos uma maçã.

A escatologia cristã posterior ao Vaticano 2º afirma que o famoso bispo de Hipona, ao estender a todos os homens a culpa por aquele pecado original - ocorrido em um lugar chamado paraíso que a ciência também não conseguiu encontrar -, o que fez foi uma má tradução de uma das epístolas de São Paulo, a Carta aos Romanos, capítulo 5º, versículo 12.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Visite o site do El País

Fonte - UOL

Nota DDP:
Aguardemos o próximo retorno ao passado deste papa, uma vez que os dados foram lançados e "a volta às origens" parece ser a grande prioridade deste pontificado. Como a "Santa Inquisição" faz parte relevante deste processo, é de se pensar como serão estabelecidas as duas grandes diretrizes há muito noticiadas, o ecumenismo e, principalmente, o domingo.
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