Ambos insistem na necessidade do multilateralismo e do diálogo entre culturas
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Ao visitar Bento XVI, na tarde desta quarta-feira, no Vaticano, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, convidou-o a visitar oficialmente a sede dessa instituição.A Sala de Imprensa da Santa Sé, que informou sobre a proposta em um comunicado, não deu detalhes sobre quando poderia acontecer a visita do Santo Padre ao «Palácio de Cristal» de Nova York.
Segundo a nota vaticana, o Papa e o secretário-geral «aprofundaram nos temas de comum interesse, como o reinício da confiança no multilateralismo e o reforço do diálogo entre as culturas, sem deixar de mencionar situações internacionais que merecem uma particular atenção».
No encontro, de aproximadamente 20 minutos de duração, continua dizendo o comunicado, recordou-se «a contribuição que a Igreja Católica e a Santa Sé podem dar, a partir de sua identidade, com os meios que lhes são próprios, à ação das Nações Unidas para a solução dos conflitos atuais e alcançar o entendimento entre as nações».
O Vaticano declara que a visita de Ban Ki-moon é um sinal «de apreço da Santa Sé pelo papel central desempenhado pela Organização para manter a paz no mundo e promover o desenvolvimento dos povos».
Especifica, ao mesmo tempo, que o secretário-geral «quis visitar o Santo Padre no contexto de suas primeiras viagens efetuadas à África, Europa e Oriente Médio, poucos meses depois de ter tomado posse do cargo, em 1º de janeiro passado, para convidá-lo oficialmente a visitar a sede das Nações Unidas».
À audiência pontifícia seguiu um colóquio do secretário-geral com o secretário de Estado, o cardeal Tarcísio Bertone, que estava acompanhado pelo secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti.
Fonte - Zenit
Nota DDP:
Já comentamos neste blog a relação dos EUA com a ONU, de onde copiamos a seguinte conclusão:
"É interessante notar que a abordagem inicial do tema (Quem tem autoridade...?), tem como resposta do próprio artigo a ONU, no entanto, a parte final do mesmo texto, diz que os EUA, subsidia, abriga e em tese, seria a única potência que poderia enfrentar esta mesma ONU. Ora, diante destas conclusões e levando-se em consideração o papel profético dos EUA no contexto da profecia, parece-me então que a melhor resposta para as perguntas iniciais não seja a ONU, mas quem a controla, como demonstra as conclusões do próprio articulista. Se controla, contraria quando bem entender e, dela se utiliza quando assim for conveniente."
Quando vemos notícias como esta, do chamamento do Vaticano para "solução dos conflitos atuais e alcançar o entendimento entre as nações", através de diálogos com os EUA, e com a ONU, que tudo leva a crer é mais do que identificada com os propósitos do Tio Sam, lembro-me da inspiração:
"Quando a América, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 373." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 135)
"Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável." (Eventos Finais - Ellen G. White - Pág. 131)
"No movimento ora em ação nos Estados Unidos a fim de conseguir para as instituições e usos da igreja o apoio do Estado, os protestantes estão a seguir as pegadas dos romanistas. Na verdade, mais que isto, estão abrindo a porta para o papado a fim de adquirir na América protestante a supremacia que perdeu no Velho Mundo. O Grande Conflito, pág. 573." (Idem - Pág. 132)