(31/1/2012) As Igrejas cristãs presentes na Europa estão determinadas a trabalhar em conjunto para contrariar os problemas económicos, sociais, políticos e espirituais que assolam o continente.
Este “compromisso”, que se baseia no favorecimento de um esforço cristão verdadeiramente “ecuménico”, foi assumido durante um encontro do comité conjunto do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e da Conferência das Igrejas Europeias (CEC), em Genebra, na Suíça.
Subordinado ao tema “Novos desafios para as Igrejas, testemunhas na Europa”, o encontro entre os dois organismos decorreu entre 26 e 28 de janeiro, mês em que se assinala o 40º aniversário do comité CCEE – CEC.
A iniciativa permitiu ainda verificar que a religião está a ter cada vez menos impacto no domínio público, fortemente influenciado por uma visão secular ou “ateísta” do mundo.
Um dos oradores presentes, Alister McGrath, professor de teologia no King’s College, em Londres, acrescentou ao debate o problema do “extremismo religioso”, que pede uma ação mais efetiva por parte das Igrejas cristãs.
Uma ação “capaz de gerar mais-valias sociais, de promover a tolerância e, acima de tudo, de encorajar uma mentalidade contrária a fanatismos”, sustentou.
Neste campo, os responsáveis pelo comité conjunto “expressaram a sua solidariedade para as comunidades cristãs que estão a passar por dificuldades, particularmente no Médio Oriente, em países como o Egito e a Síria”, e também no continente africano, para “as vítimas de violência na Nigéria”.
O Conselho das Conferências Episcopais da Europa, criado em 1971, é composto pelas 33 conferências episcopais da Europa, representadas pelos seus presidentes, além dos arcebispos do Luxemburgo, Principado do Mónaco, Chipre dos Maronitas e o bispo de Chisinau, na Moldávia.
A Conferência das Igrejas Europeias, estabelecida em 1959, reúne 120 representantes de Igrejas Ortodoxas, Protestantes, Anglicanas e Vetero-Católicas de todos os países da Europa, para além de mais 40 organismos associados.
Fonte - Radio Vaticano