Em busca da grande união
O Vaticano anunciou para o dia 18 deste mês a divulgação da encíclica papal na qual Francisco trata do tema “aquecimento global”. Como tenho dito aqui no blog há alguns anos, essa é uma bandeira capaz de unir movimentos, religiões e governos (veja o vídeo abaixo). Segundo matéria publicada no Estadão, o papa consultou o brasileiro Frei Betto antes de publicar sua encíclica que tratará do cuidado com a criação. E o tema da Campanha da Fraternidade (CFE) do ano que vem não poderia ser outro (embora vá repetir em parte o de 2011: meio ambiente. “A CFE do próximo ano, como nas três edições anteriores, será coordenada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), caracterizada pela ecumenicidade, ou seja, reunirá outras igrejas cristãs, além da católica, para debater temas importantes referentes à nação brasileira”, explica o site da TV Canção Nova.
Conforme o site A12, “a Campanha de 2016 reunirá outras igrejas cristãs além da católica. Tal como nas três versões anteriores, a ação será coordenada pelo Conic. Uma das maiores novidades para esta 4ª edição é que ela deverá transpor fronteiras nacionais, já que contará com a participação da Misereor – entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina”.
O papa Francisco vem batendo nessa tecla ambiental há algum tempo e conquistando respeito e autoridade, por esse e outros motivos. Exemplo disso foi o recente pedido de apoio por parte do presidente russo Vladimir Putin. Leia a seguir trechos da notícia publicada no G1:
“O presidente russo Vladimir Putin se reunirá nesta quarta-feira no Vaticano com o papa Francisco, para discutir o conflito na Síria e na Ucrânia e tentar sair de seu isolamento internacional. Defensor de um modelo alternativo ao Ocidental, baseado em grande parte em valores conservadores, Putin espera encontrar apoio do pontífice argentino. ‘Putin quer deixar seu status de pária, e espera alcançar isso com o papa’, com quem se reunirá pela segunda vez, explica Boris Falikov, do centro de estudos religiosos da Universidade de Ciências Humanas de Moscou. [...]
“O Vaticano mantém há décadas um diálogo com o patriarcado russo, que considera de suma importância. A aproximação entre as duas igrejas atingiu tal ponto que se chegou a planejar uma visita do papa a Moscou. Essa visita foi um evento histórico, tendo sido a primeira viagem de um papa à Rússia desde a separação das igrejas do Oriente e do Ocidente, durante o cisma de 1054. [...]
“A Santa Sé também pode encontrar um aliado na Rússia, em sua tentativa de se aproximar da China, de acordo com vários observadores da diplomacia do Vaticano.”
Mas o poder de influência papal será testado mesmo em setembro, quando ele terá três grandes audiências atentas: a ONU, a Casa Branca e o Senado norte-americano.
Fonte - Criacionismo