segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Domingos livres de trabalho no Parlamento Europeu


Dois deputados do Parlamento Europeu, Evelyn Regner e Thomas Mann, e a “Aliança Dominical Europeia” organizam no próximo mês de janeiro uma conferência sobre o domingo sem trabalho.

Segundo os promotores, a iniciativa tem como objetivo realçar a importância de não trabalhar ao domingo, usando os seguintes argumentos:

“Todas as pessoas na União Europeia devem ter direito a beneficiar de domingos sem trabalho.”

“A proteção do domingo fortalece a coesão social das nossas sociedades. Representa, portanto, uma conquista preciosa que deve ser reconhecida como um dos pilares do modelo social e económico europeu.”

A conferência decorrerá nas instalações do Parlamento Europeu em Bruxelas, no dia 21 de janeiro.

“Quando é pregado um sermão bem apropriado sobre a lei, imprimi-o num folheto, se tiverdes os recursos para fazê-lo. Depois, quando vos encontrardes com os que advogam as leis dominicais, ponde-lhes nas mãos esses folhetos. Dizei-lhes que não tendes o que discutir quanto ao assunto do domingo, pois tendes um claro “Assim diz o Senhor” para a observância do sétimo dia” (Ellen White, Review and Herald, 26 de março de 1908). (Tradução: O Tempo Final)







quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Papa Francisco faz apelo pela união de crentes e ateus

A aproximação do Papa Francisco aos ateus e pessoas de outras religiões marca um contraste com a atitude do Papa Bento XVI

Cidade do Vaticano - Comemorando seu primeiro Natal como líder da Igreja Católica, o Papa Francisco pediu nesta quarta-feira pela união de ateus e crentes de todas as religiões como forma de espalhar a paz ao redor do mundo.

Falando para cerca de 70 mil pessoas a partir da varanda da Basílica de São Pedro, o mesmo local de onde emergiu para o mundo quando foi eleito papa, Francisco novamente apelou para a salvação do meio ambiente da "ganância humana e da rapacidade".

O papa disse que pessoas de outras religiões também rezam pela paz, e pediu pela união de crentes e ateus.

"Eu convido até os descrentes para desejar a paz. (Junte-se a nós) com seu desejo, um desejo que alarga o coração. Vamos todos nos unir, seja com preces ou desejo, mas todos pela paz", afirmou Francisco, sendo ovacionado pela plateia.

A aproximação do Papa Francisco aos ateus e pessoas de outras religiões marca um contraste com a atitude do Papa Bento XVI, do papado anterior, que às vezes relegava não católicos a crentes de segunda classe.

Francisco pediu também pela "harmonia social do Sudão do Sul, onde as recentes tensões causaram inúmeras vítimas e são uma ameaça para a coexistência pacífica naquele jovem país".

Fonte - Exame

Tempos comuns? II


"Entre os católicos americanos, 88% aprovam o desempenho do Papa Francisco, um número nunca atingido pelo célebre Papa João Paulo II." (O Tempo Final)

Tempos comuns?


"Abraço natalino dos DOIS papas"

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Fuga de 1,8 tonelada de água contaminada é detectada em Fukushima

A operadora da usina nuclear de Fukushima informou nesta segunda-feira que 1,8 tonelada de água radioativa vazaram através de rachaduras nas barreiras que rodeiam os tanques para armazenar líquido contaminado.

As fugas foram detectadas concretamente nas bases dos amortecedores que isolam duas áreas de tanques de armazenamento diferentes, segundo explicou a Tokyo Electric Power (Tepco) em comunicado.

A Tepco acredita que a água contaminada que vazou de uma das áreas afetadas não pôde chegar ao mar visto que não há nenhum desaguamento perto, ao mesmo tempo em que investiga se o líquido que se saiu da outra área de contenção pôde chegar ao Pacífico através de alguma canalização.

As barreiras que rodeiam as 23 áreas destinadas a estes depósitos na unidade têm 30 centímetros de altura e foram construídas para evitar que a água que estes tanques possam perder flua para o exterior como aconteceu no semestre passado, quando um destes contêineres perdeu 300 toneladas de líquido altamente radioativo.

Essa fuga aconteceu em um dos muitos tanques que foram construídos de maneira mais rápida e econômica após o início da crise e cujas juntas estão unidas com resina em vez de solda.

Desde então, a Tepco tenta substituir o mais rápido possível todos os contêineres do mesmo modelo.

domingo, 22 de dezembro de 2013

O tempo é chegado – restam dúvidas? (2)


Não é preciso distanciamento para afirmar que 2013 ficará gravado com destaque na história da Igreja Católica. Uma história de 2 mil anos, iniciada por Jesus Cristo. [?!] Em fevereiro, o papa Bento XVI renunciou – um gesto inédito em mais de cinco séculos. Em março, Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, foi eleito papa – o primeiro de fora da Europa, em mais de 1.000 anos, e o primeiro do Hemisfério Sul. “Aceito a eleição, mesmo sendo um pecador”, foram as primeiras palavras de Bergoglio, ao conhecer o resultado do conclave. Assumir-se pecador seria uma ousadia mesmo para um jovem coroinha. Vindas do papa Francisco, as palavras sugerem um novo rumo para o catolicismo. Em dez meses, Francisco mudou o discurso e a percepção sobre a Igreja. As notícias sobre escândalos de corrupção e pedofilia deram lugar a exemplos de humildade, mensagens de tolerância e discussões sobre como a Igreja pode se adaptar às mudanças da sociedade.

Uma pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT)/Ibope, encomendada por ÉPOCA, avaliou os dez meses do papa Francisco e a receptividade do brasileiro às mudanças em discussão nas religiões. O Ibope entrevistou 2.002 pessoas, em 141 municípios. Chama a atenção o acolhimento ao novo papa. “Para 37% das pessoas, a confiança na Igreja Católica aumentou. Para uma instituição que se move gradualmente, é um número expressivo”, diz Altemeyer. “O mais impressionante é ver que apenas 4% não gostaram de Francisco. É quase ninguém.” O professor de teologia Edward Neves Guimarães, da PUC de Minas Gerais, diz que esperava mais críticas dos brasileiros à corrupção e ao distanciamento da Igreja Católica em relação aos fiéis. “Nos últimos anos, irregularidades no Banco do Vaticano foram fartamente noticiadas, assim como exemplos de ostentação na cúpula da Igreja”, diz. “O público está simpático.”

Fonte - Época

A conexão com a música e a desconexão com a Palavra

Já é frequente nos meios adventistas o conceito de que a música se presta ao papel de conectar o adorador com Deus. Cantar leva a sentir Deus de forma mais íntima. Como reflexo disso, não apenas se canta mais, criando um longo espaço dedicado ao canto congregacional (em algumas congregações, o tempo dedicado ao canto é maior do que qualquer outro momento do culto), como também fica implícita (ou explícita mesmo?) a ideia de que cantar seja a parte principal do culto. Os que pensam assim reforçam o poder da música, com sua capacidade de nos atingir de forma mais completa do que um sermão.

Sutilmente, o tipo de músicas cantadas vem mudando. Saem de cena os hinos tradicionais (muitos herança da reforma protestante do século XVI ou de hinários consagrados dos séculos XVIII e XIX) para composições contemporâneas. Worships oriundos de igrejas como Vineyard ou do Hillsong são traduzidos ou emulados em produções adventistas recentes. Tais cânticos são simples, poéticos, com uma letra que se repete com variações de acompanhamentos musicais e volume de voz, tudo para aumentar o grau de emoção envolvido no ato de adoração.

A mudança de paradigmas musicais traz novas posturas litúrgicas. A liturgia tradicional é despojada de seu aparato rígido, tornando-se mais informal e dando destaque à figura do ministro da música, substituto do antigo regente congregacional. O adorador se envolve mais, participando com a voz e as mãos, uma vez que é convidado (convocado?) a erguer as mãos, fazer gestos, coreografias ou congêneres. O corpo agora recebe permissão para louvar, aumentando o tônus de envolvimento e a sensação de bem-estar emocional decorrente.

Tanto em suas letras quanto em sua forma musical, há uma forte sensação de “romance adolescente”, com predominância de expressões de amor, relacionamento, dependência e forte choro. É inegável que a nova forma de cantar em adoração é marcante, fixando suas melodias simples de forma bem eficaz na mente do adorador. De certa forma, as canções contemporâneas não apenas pavimentaram mudanças litúrgicas em geral, como transformaram a pregação. Estamos diante de uma geração que não possui interesse, paciência e preparo para ouvir sermões longos, centrados na Bíblia e que sejam fruto de cuidadosa exegese. Sermões doutrinários, expositivos e com profundidade não “tocam” os novos adoradores.

É preciso mensagens leves, com forte apelo emocional, que versem sobre relacionamentos, usam de raciocínio simples, tenham espaço para muitas histórias interconectadas e minimalistas. O pregador agora é um narrador, falando na intimidade com o auditório, apresentando no máximo sermões temáticos (explorando alguns poucos textos bíblicos sem se aprofundar em seu contexto) ou, na pior das hipóteses, usando um texto central lido em algum momento do discurso, mas ignorado em boa parte dele.

A conexão com a música notabiliza a desconexão com a Palavra, relegada à segundo plano. Por isso o analfabetismo bíblico, fenômeno lamentado pelos grandes pesadores cristãos, que vem essa praga correr o meio evangélico, começa a atingir os adventistas. Seria leviano dizer que a música em si esvazia o conteúdo bíblico da mente, em um abracadabra misterioso. Em verdade, a postura de adoração orientada por um perfil carismático chegou a nós por meio do worship. Tal postura é que dispensa a profundidade do estudo da Bíblia como fundamento da adoração, dando espaço a experiências pessoais e legitimando o sentimento como meio de conecção com o sagrado.

No início do processo, isso não parecia tão claro. Atualmente, quase no fim dele, fica inegável o que está acontecendo. Apenas quem não quiser ver o negará. Mas lendo o texto de Ellen G. White, no segundo volume de Mensagens Escolhidas, fica fácil entender que a carismatização do aadventismo está às portas:

Mero ruído e gritos não são sinal de santificação, ou da descida do Espírito Santo. Vossas desenfreadas demonstrações só criam desagrado no espírito dos incrédulos. Quanto menos houver de tais demonstrações, tanto melhor para os atores e para o povo em geral. […]
Deus quer que lidemos com sagrada verdade. Unicamente isto convencerá os contraditores. Importa desenvolver trabalho calmo, sensato, para convencer almas de sua condição, mostrar-lhes a edificação do caráter que deve ser levada avante, caso haja de erguer-se uma bela estrutura para o Senhor. Mentes que são despertadas precisam ser pacientemente instruídas caso compreendam corretamente e apreciem devidamente as verdades da Palavra.
Deus chama Seu povo a andar com sobriedade e santa coerência. Eles devem ser muito cuidadosos de não representar mal e nem desonrar as santas doutrinas da verdade mediante estranhas exibições, por confusão e tumulto. […]
As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo. […]
E melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças das instrumentalidades satânicas misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo. (p. 35-36, grifos supridos)


Quem tiver entendimento, pesquise e se prepare. O tempo é chegado – restam dúvidas?

Fonte - Questão de Confianca

Papa Francisco revigora a Igreja nos primeiros meses de seu pontificado

O ano de 2013 vai ficar marcado por importantes mudanças de rumo na Igreja Católica com a surpreendente renúncia do Papa Bento XVI e a escolha, em março, do primeiro Papa latino-americano, o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio. Ao longo do primeiro ano de papado, Francisco promoveu profundas transformações dentro e fora dos muros do Vaticano. Em poucos meses, o Papa Francisco tirou a Igreja da agenda negativa em que vivia: disputa de poder na Cúria Romana, suspeitas de fraude no Banco do Vaticano, vazamento de documentos secretos, escândalos de pedofilia. Com seu estilo simples e pastoral, o novo Papa conquistou as massas, aumentou a frequência nas Igrejas e deu novo vigor aos fiéis.

“As pessoas, no tempo do Papa João Paulo II, iam a Roma para ver o Papa. No tempo do Papa Bento XVI, as pessoas iam para escutar o Papa Bento XVI, e agora as pessoas estão indo a Roma para tocar no Papa Francisco”, afirma o cardeal Dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB.

“Conheci sete papas. É a primeira vez, em muitos séculos, que estamos em frente a uma grande revolução, a maior revolução da história. Esta volta deste papa, em gestos, na sua vida, no seu modo de entender a nova teologia, voltar uns mil anos atrás, essa é uma revolução que estava esperando a Igreja e o mundo durante muitos séculos”, opina Juan Arias, vaticanista do jornal espanhol 'El País'.

A primeira grande aparição internacional do novo papa foi no Rio de Janeiro, em julho, durante a Jornada Mundial da Juventude. Os olhos do mundo estavam em cada gesto e reação de Francisco. Foi durante a visita ao Brasil que o Papa concedeu a primeira entrevista exclusiva, que foi ao ar na GloboNews. Na conversa com Gerson Camarotti, ele antecipou as principais diretrizes do pontificado: condenou o luxo e pregou uma Igreja mais simples e acolhedora. "Para mim, é fundamental a proximidade da Igreja, porque a Igreja é mãe. E nem você nem eu conhecemos uma mãe por correspondência. A mãe dá carinho, toca, beija, ama”, declarou o Papa Francisco. O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, reforça as palavras do Papa Francisco: “Sentimos que temos que arregaçar mais as mangas, servir mais, sermos mais livres, mais presentes. Isso é um caminho que começa a se abrir diante de nós”.

Em outra entrevista, Francisco aprofundou o tema. Foram três encontros com o jesuíta italiano Antonio Spadaro. O resultado foi publicado em setembro, na revista ‘La Civiltà Cattolica’. “O Papa Francisco é uma pessoa que encarna o discernimento em todas as suas escolhas, em toda a sua vida. Portanto, cada decisão é amadurecida num processo de oração a partir dos sinais que ele vê da história”, aponta Spadaro.

O texto mostra que Bergoglio não tocará na doutrina da Igreja Católica, mas sinaliza para uma significativa mudança de tom na Santa Sé ao ressaltar que a Igreja não pode ser obcecada por temas morais como a condenação ao aborto, à contracepção e ao casamento entre homossexuais. “O Papa Francisco é a expressão da Igreja latino-americana, que sente a necessidade de um novo anúncio do evangelho, de uma atitude mais pastoral e missionária. Nesse sentido, com certeza há uma mudança de tom, de timbre”, analisa o padre Spadaro.
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'Efeito Francisco'

Em apenas nove meses, a Igreja avançou em relação ao seu maior desafio atual: estancar a queda no número de católicos praticantes, pelo menos na Europa. Uma pesquisa do Centro de Estudos de Novas Religiões mostra que metade dos 250 padres entrevistados relatou aumento de público nas Igrejas italianas desde a eleição do cardeal argentino. O fenômeno foi batizado por especialistas de ‘Efeito Francisco’. No Reino Unido, onde a pesquisa visitou 22 catedrais, o percentual é ainda maior: 65% disseram que houve aumento de frequentadores.

O 'Efeito Francisco' também chegou às redes sociais. Quando assumiu, a conta do Papa em um microblog tinha dois milhões de seguidores. No fim de outubro, atingiu a marca de dez milhões de seguidores, um salto de 400% em sete meses. “Santo Padre está muito preocupado em que o rosto da Igreja em relação a um país, em relação a uma cultura, se torne cada vez mais visível. Essa diversidade enriqueceria e enriquece muito a Igreja”, comenta dom Leonardo.
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Plano de reforma

No primeiro documento escrito exclusivamente pelo novo Papa, Francisco apresentou o plano da maior reforma feita no Vaticano em pelo menos meio século ao propor a descentralização da Igreja. “Um dos problemas fundamentais que o Papa encontrava na sua vida como jesuíta, como ele diz na entrevista, é o fato de que ele se aconselhava muito pouco. Não tinham grupos de consulta. Tomava decisões imediatas, autônomas, muito pessoais. É um aspecto do Papa Francisco que nós não conhecíamos, muito diferente como ele tem se apresentado. Assim, o Papa, aprendeu por experiência pessoal a importância da troca de opiniões, ouvir os conselheiros, da discussão com os outros, do diálogo”, avalia Spadaro.

Na exortação apostólica intitulada ‘A alegria do evangelho’, Francisco diz preferir uma Igreja ferida e suja, porque esteve nas ruas, a uma Igreja doente por estar confinada e agarrada à sua própria segurança. Ele condena o que define como a "globalização da indiferença" e reafirmou a "opção preferencial pelos pobres". Ao destinar uma parte importante de seu texto à situação mundial, ele criticou o modelo econômico atual.

Em dezembro, Francisco foi eleito a personalidade do ano pela revista norte-americana ‘Time’. A editora ressaltou que o Papa se tornou a voz da consciência e que, poucas vezes, um novo ator no cenário mundial captou tanta atenção de maneira tão rápida como fez Francisco.

O Papa é perfeito nesse sentido, como comunicador. O que é estranho, porque o Papa é uma pessoa que tem 76 anos, portanto aparentemente fora das dinâmicas da comunicação ordinária. Francisco é um homem da pastoral, que sempre esteve em meio às pessoas, sabe como se comunicar. Não como estratégia, ele não é um estrategista. Para ele, comunicar-se significa partilhar, criar relações, não transmitir uma mensagem de cima para baixo”, avalia Spadaro.

O grande desafio de Francisco será abrir caminhos e quebrar resistências em todos os níveis da Igreja Católica para conseguir implementar suas mudanças. Para um observador distante, os passos de Francisco podem ser lentos, mas para os padrões da Santa Sé, a velocidade dessas transformações em tão pouco tempo é algo sem precedentes nas últimas décadas. Mesmo assim, já é consenso dentro dos muros do Vaticano que muitas das mudanças sugeridas só devem ser adotadas nos futuros pontificados. Afinal, esse é o tempo da Igreja.

Fonte - Globo News

Nota DDP: O relato é de todo, profeticamente esperado. Parafraseando o último pensamento utilizado, para o conhecedor da profecia bíblica, que não é um 'observador distante', os passos do atual pontífice não se demonstra lento ou veloz, mas preciso em relação ao que futuro que já nos foi antecipado. Veja também "Vaticano autoriza missa em línguas indígenas no México", para entender como as frentes de atuação são as mais amplas possíveis. Destaque:

"...a aprovação de Roma é parte de uma estratégia maior do Vaticano."

E se o Big Brother controlar a internet?

Estados e empresas já testam sistemas que permitem ocultar ou eliminar, maciçamente, conteúdos digitais.

Após alimentar sonhos de uma comunicação radicalmente livre, a internet poderia converter-se no exato oposto? A digitalização, que hoje acelera a circulação de informações em todos os formatos e linguagens, não facilitaria, também, a eliminação de informações e opiniões que já não têm existência material — porque foram reduzidas a impulsos eletrônicos? Nos últimos dias, fatos novos reforçaram a urgência de considerar estas ameaças com seriedade e de encontrar meios para afastá-las.

Nos Estados Unidos, depois de analisar a fundo o sistema de coleta maciça de informações sobre as chamadas telefônicas dos cidadãos, mantido pela Agência Nacional de Segurança (NSA) um juiz considerou-o, em 14 de dezembro, “quase orwelliano”. Três dias depois, um grupo de consultores formado pelo presidente Barack Obama para analisar este mesmo mecanismo recomendou uma série de mudanças. Propôs, em especial, retirar os poderes que pequenos grupos de assessores militares têm hoje para ordenar a vigilância direta sobre o conteúdo das comunicações mantidas por certas pessoas, a partir da identificação de seus interlocutores frequentes. Não há, no entanto, qualquer garantia de que as recomendações sejam adotadas.

Ao contrário: analistas de assuntos de segurança, ouvidos pelo “New York Times”, disseram “duvidar” que Obama tenha “coragem” para enfrentar a vasta rede de agências de espionagem formada após 11 de setembro de 2001 e a assinatura da “Lei Patriótica“. Um assessor da Casa Branca afirmou que o presidente analisará as propostas em suas férias de fim de ano no Havaí, mas que já descarta uma delas: precisamente a que desmantelaria certas articulações entre tais agências, para limitar seu poder.

Até onde pode ir este controle sobre a comunicação? No texto a seguir, Peter Van Buren, um diplomata norte-americano ainda na ativa, chama atenção para um de seus aspectos mais aterrorizantes. Num mundo em que as informações estão sendo digitalizadas em enorme velocidade e em que os suportes físicos estão desaparecendo, pode tornar-se fácil demais “apagar” informação incômoda. Não se trata apenas de hipótese. Van Buren, que escreve em publicações como The Nation, Huffington Post e Mother Jones, apresenta os sistemas que já são utilizados (embora em pequena escala), por governos e empresas para restringir o acesso dos cidadãos a certos conteúdos. No momento, prossegue ele, isso é feito com pretextos consensuais: por exemplo, restringir o acesso a sites que estimulam a pedofilia e o abuso de crianças. Mas, em novos cenários políticos, as mesmas técnicas de invisibilização não poderiam ser utilizadas contra ideias dissidentes? Não estamos arriscados a materializar o “buraco de memória” previsto por George Orwell em “1984″?

Assista à Aula Pública Opera Mundi: EUA serão os ditadores da internet?

O alerta de Van Buren não precisa ser tomado como uma sentença. Assumir a ameaça como algo inevitável seria, aliás, um convite ao conformismo. Mas na agenda de temas sobre os quais é preciso agir para construir um planeta habitável no futuro, parece cada vez mais necessário destacar a disputa pela liberdade na internet. Talvez o que esteja em jogo, nesta batalha, seja a própria possibilidade de democracia e liberdade de expressão. (A.M.)

E se fizessem Edward Snowden desaparecer? Não, não estou sugerindo alguma iniciativa “inovadora” da CIA, ou uma teoria conspiratória ao estilo de “quem matou Snowden?”, mas algo ainda mais tenebroso.

E se simplesmente fosse possível fazer desaparecer tudo o que alguém denunciou? E pudessem ser eliminados, em tempo real, todos os documento da Agência de Segurança Nacional (NSA) revelados pelo ex-agente Snowden — cada entrevista que ele concedeu, cada indício documentado sobre um Estado de segurança nacional que fugiu de qualquer controle? E se a publicação de tais revelações pudesse ser reduzida a um esforço estéril, como se os fatos não existissem mais?

Estou sugerindo o enredo para o romance de algum George Orwell do século 21? Dificilmente. À medida que caminhamos para um mundo totalmente digitalizado, coisas semelhantes poderiam ser possíveis em breve, não na ficção cientifica, mas no nosso mundo real, apenas pressionando um botão. Na verdade, os primeiros protótipos de uma nova técnica de ocultameno radical já estão sendo testados. Estamos mais perto de uma distópica realidade aterradora, que poderia ter sido o tema de romances futuristas imaginários. Bem-vindo ao buraco da memória.

Mesmo se um futuro governo cruzar novas linhas vermelhas e simplesmente assassinar os vazadores de informações sigilosas, outros sempre emergirão. Mas em 1948, em sua assustadora 1984, no entanto, Orwell sugeriu uma solução mais diabólica para o problema. Evocou um artificio tecnológico para o mundo do Grande Irmão (Big Brother) que chamou de buraco da memoria. Em seu futuro sombrio, exércitos de burocratas, trabalhando ironicamente no Ministério da Verdade, passavam suas vidas apagando ou alterando documentos, jornais e livros, a fim de criar uma versão aceitável da história. Quando alguém caía em desgraça, o Ministério da Verdade o excluía, e toda documentação relacionada com sua vida, ia para o buraco da memoria. Cada artigo ou noticia que mencionava ou registrava de alguma maneira sua vida era modificado para erradicar todo o indicio de sua existência.

No mundo pré-digital de Orwell, o buraco da memoria era um tubo de vácuo no qual velhos documentos eram fisicamente destruídos para sempre. As alterações de documentos existentes e a eliminação de outros asseguravam que nem mesmo as repentinas alterações de alianças e inimigos globais estabilidade representassem problema para os guardiões do Grande Irmão. Neste mundo imaginado, graças aos exércitos de burocratas, o presente era o que sempre havia sido e os documentos alterados comprovavam este fato, sem o risco de que memórias titubeantes pudessem argumentar em contrário. Qualquer pessoa que expressasse dúvidas sobre a verdade do presente seria marginalizada ou eliminada, sob acusação de “crime de consciência”.

Censura digital, governamental e corporativa

A maioria de nós acessa notícias, livros, músicas, filmes e outras formas de comunicação por meios cada vez mais eletrônicos. O Google já tem mais receita publicitária que o conjunto de todos os meios impressos dos EUA. Mesmo a venerável Newsweek não publica mais uma edição em papel. E nesse mundo digital esta se explorando a possibilidade de um certo tipo de simplificação. Os chineses e iranianos entre outros, por exemplo, já implementaram estrategias de filtragem na web para bloquear o acesso a sites e material que não são aprovados pelos governos. Do mesmo modo (embora sem sucesso), o governo dos EUA bloqueia o acesso de seus funcionários ao Wikileaks e ao material divulgado por Edward Snowden, ainda que a censura não prevaleça em suas casas. Ainda não.

A Grã-Bretanha, no entanto, dará em breve um passo significativo, no que diz respeito ao que o cidadão pode ver na web, inclusive quando está em sua casa. Antes do fim do ano, quase todos os usuários de internet serão incluídos num sistema destinado a filtrar a pornografia. Por padrão, os controles também bloquearão o acesso a material violento, conteúdo relacionado a extremistas e terroristas, sites relacionados a anorexia, distúrbios alimentares e suicídios, assim como sites que mencionem álcool e tabagismo. O filtro também bloqueará material esotérico [?!], embora grupos ativistas baseados no Reino Unidos exijam explicações.

E as formas de censura na internet patrocinadas pelos governos estão sendo privatizadas. Novos produtos comerciais, de fácil aplicação, garantem que uma organização não precise ser a NSA para bloquear conteúdos. Por exemplo, a Blue Coat é uma empresa-líder em “segurança” na internet é uma importante exportadora de tais tecnologias. Pode estabelecer facilmente um sistema para monitorar e filtrar todo o uso da internet, bloqueando sites por seu endereço www, por palavras-chaves ou mesmo por seu conteúdo. O software da Blue Coat é empregado, entre outros, pelo exército dos EUA, para controlar o que seus soldados veem quando deslocados ao exterior; e pelos governos repressivos da Síria, Arábia Saudita e Myanmar para bloquear ideia políticas do exterior

Busca no Google…

Em certo sentido, o buscador do Google também poderia fazer desaparecer material. No momento, é simpático aos denunciantes. Uma rápida busca (0,22 segundos) produz mais de 48 milhões de hits sobre Edward Snowden, que se referem em sua maioria aos documentos filtrados da NSA. Alguns dos sites apresentam os próprios textos, etiquetados como Top Secret. Há menos de meio ano, somente membros de um grupo muito limitado no governo, ou conectado contratualmente com ele, poderiam ver coisas semelhantes. Agora, estão disponíveis em toda a web.

Buscador numero um na internet, o Google parece uma máquina para difundir maciçamente — e não suprimir — noticias. Coloque qualquer informação na web e é provável que o Google encontre-a rapidamente, agregando-a aos resultados de sua busca no mundo inteiro, às vezes em segundos. Mas como poucas pessoas pesquisam além dos primeiros resultados, o simples fato de estar presente ou oculto entre estes tem enorme significado. Já não basta fazer com que o Google note o que você produz. O que importa agora é conseguir que coloque o material suficientemente acima, na pagina de resultado das buscas. Se o seu site é o numero 47.999.999, numa pesquisa sobre Snowden, você pode dar-se por morto, praticamente desapareceu. Pense nisso como ponto de partida para as formas mais significativas de desaparecimento, que podem nos aguardar no futuro.

Ocultar algo aos usuários, reprogramando as maquinas de busca, é outro passo sombrio no futuro. Mais um é a eliminação efetiva de conteúdos, um processo que exigiria reprogramar os computadores que realizam a pesquisa. E se o Google se negar a implantar esta possível mudança em direção a buscas destrutivas, a NSA — que parece já ser capaz de projetar seus tentáculos dentro do buscador — poderia implantar sua própria versão de um código maligno, como já fez em pelo menos 50 mil casos.

Mas não se preocupe apenas com o futuro: uma estratégia de busca negativa já funciona, mesmo que seu objetivo atual, agir contra os pedófilos, seja fácil de aceitar. O Google introduziu recententemente um software que dificulta a busca de material relacionado a abuso infantil. Como disse o chefe da empresa, Eric Schmidt, o buscador foi programado para limpar mais de 100 mil palavras-chaves usadas por pedófilos para buscar pornografia infantil. Agora, por exemplo, quando os usuários fizerem pesquisas que possam estar relacionadas com abuso sexual, não encontrarão resultados que levem a conteúdo ilegal. Em seu lugar, o Google orienta para sites de ajuda e conselhos. Em breve presenciaremos essas mudanças em mais de 150 idiomas, de modo que o impacto seja verdadeiramente global, escreveu Schmidt.

Enquanto o Google reorienta as buscas de pornografia infantil para sites de aconselhamento, a NSA desenvolveu uma capacidade parecida. A agência controla um conjunto de servidores com o codinome Quantum, que se encontram na rede central da internet. Sua tarefa é reorientar objetivos, afastando-os dos destinos solicitados e redirecionando-os para sites preferidos pela agência. A ideia é: você digita o endereço de um site e é conduzido a outro, menos odiado pela agencia. Embora atualmente essa tecnologia seja usada para enviar potenciais jihadistas online a materiais islâmicos mais moderados, no futuro poderá ser empregada, por exemplo, para reorientar as pessoas que procuram noticias de site como a Al-Jazeera a outra agência, que se ajuste à versão dos fatos construída pelo governo.

… e destrói!

No entanto, as tecnologias de bloqueio e reorientação, que provavelmente serão mais sofisticadas no futuro, não constituem a maior ameaça. O Google já prepara o passo seguinte, a serviço de uma causa que quase todos aplaudirão. Está implementando tecnologia capaz de identificar imagens fotográficas de abuso infantil cada vez que aparecem em seu sistema, assim como tecnologia de comprovação capaz de verificar e eliminar vídeo ilegais. As ações da empresa para combater a pornografia infantil podem ser muito bem intencionadas, mas a tecnologia que esta sendo desenvolvida para tanto deveria nos aterrar a todos. Imagine se, em 1971, os Papéis do Pentágono, o primeiro documento sobre as mentiras da guerra do Vietnã a que a maioria dos norte-americanos teve acesso, houvessem sido eliminados. Se a Casa Branca de Nixon tivesse desaparecido com esses documentos, a história não teria seguido um caminho diferente, muito mais sombrio?

Ou considere um exemplo que já é realidade. Em 2009, muitos donos de leitores de livros digitais Kindle descobriram que a Amazon havia colocado suas mãos em seus aparelhos durante a noite e eliminado remotamente as copias de Revolução do Bichos e 1984 de Orwell (não é uma ironia). A empresa explicou que os livros, publicados por erro em suas maquinas, eram na realidade, copias dos romances vendidas ilegalmente. Da mesma maneira em 2012, Amazon apagou o conteúdo do Kindle de um cliente sem advertência prévia, afirmando que sua conta estava relacionada com outra conta que havia sido previamente encerrada por ir contra as políticas da empresa. Usando a mesma tecnologia, a Amazon tem agora a capacidade de atualizar livros em seu aparelho, com o conteúdo alterado. Depende da empresa informar os usuários a respeito ou não.

Além do Kindle, o controle remoto sobre outros aparelhos já é uma realidade. Grande parte dos softwares de nossos computadores comunica-se, em segundo plano, com servidores da empresa produtora, sendo sujeitos a atualizações automáticas que podem alterar seu conteúdo. A NSA utiliza malware, software maligno implantando remotamente em um computador, para alterar o modo de funcionamento da máquina. O código do vírus Stuxnet, que provavelmente danificou mil centrifugas usadas pelos iranianos para enriquer urânio, é um exemplo de como pode operar algo parecido.

Atualmente, cada iPhone já checa, com a sede central [da Apple], que aplicativos foram comprados; e sobre que links você clica rotineiramente, A Apple preserva-se o direito de desaparecer com qualquer aplicativo, por qualquer motivo. Em 2004, TiVo processou a Dish Network por entregar a seus clientes set-top boxes [equipamento para conectar televisões], que segundo a TiVo infringiam suas patentes de software. Apesar do caso ter sido solucionado em troca de uma grande indenização, como remédio inicial, o juiz ordenou a Dish que desativasse eletronicamente todos os 192 mil aparatos que havia instalado nas casas dos clientes. No futuro, pode haver cada vez mais meios para invadir e controlar computadores, alterar e fazer desaparecer o que está sendo lido, enviar os internautas a sites que não buscavam.

As revelações de Snowden, sobre o que faz a NSA para reunir informação e controlar a tecnologia, fascinaram o planeta desde junho, mas são apenas parte da equação. Como o governo ampliará seus poderes de vigilância e controle no futuro é uma história que ainda não foi contada. Imagine instrumentos para ocultar, alterar ou eliminar conteúdos com campanhas difamatórias para desacreditar ou dissuadir denunciantes. O poder que está potencialmente à disposição dos governos e corporações tornou-se mais evidente.

A possibilidade de ir além de alterar conteúdos, e modificar a maneira como as pessoas atuam também se encontra, obviamente, nas agendas governamentais e corporativas. A NSA já reuniu dados para chantagem espionando o acesso de muçulmanos radicais a pornografia digital. Também interceptou eletronicamente um congressista norte-americano sem possuir um mandato judicial. A capacidade de reunir informações sobre juizes federais, dirigentes do governo e candidatos presidenciais fazem com que os esquemas de chantagem de J. Edgar Hoover, no FBI da década de 50, parecerem tão pitorescos quando as meias soquete e saias poodle da sépoca. As maravilhas da Internet nos maravilham todos os dias. As possibilidades distópicas orwellianas da rede não tinha, até recentemente, chamado a nossa atenção da mesma forma. Elas deveriam.

Leia isso agora, antes que seja apagado

O possível futuro que espera os futuros vazadores de informação dos serviços de inteligência é aterrorizante. Agora, quase tudo é digital. Se grande parte do tráfico da internet mundial flui através dos Estados Unidos ou países aliados (ou da infra-estrutura de companhias norte-americanas no exterior); se máquinas de busca podem encontrar em questão de frações de segundos qualquer coisa; se, nos EUA, a Lei Patriótica e as decisões secretas do Tribunal de Supervisão da Inteligência Externa convertem o Google e gigantes da tecnologia em enormes instrumentos do Estado de segurança nacional; e se tecnologias sofisticadas podem bloquear, alterar e apagar material digital, apertando apenas um botão, o buraco da memoria já não é mais ficção.

Revelações vazadas terão tão pouco sentido como velhos livros empoeirados no sótão, cuja existência é ignorada. Poste o que quiser. As leis de liberdade de expressão permite que você o faça. Mas que sentido haverá, se ninguém puder ler? Seu tempo seria melhor empregado parando em alguma esquina e gritando aos transeuntes. Num futuro já fácil de imaginar, um conjunto de revelações similares às de Snowden poderá ser bloqueado ou excluído com tanta rapidez que ninguém poderá republicá-las.

Tecnologia em contínuo desenvolvimento, se viradas 180 graus, poderão eliminar maciçamente informações e opiniões. A internet é um espaço amplo, mas não infinito. Está centralizando rapidamente informações nas mãos de poucas corporações, sob o controle de poucos governos e os EUA encontram-se no centro das principais rotas de trânsito da rede.

Agora, você deveria sentir um calafrio. Estamos vendo, em tempo real, como 1984 passa de uma fantasia futurista para um manual de instruções. Se isso ocorrer, não será necessário matar um futuro Edward Snowden. Ele já estará morto.

(*) Texto publicado no portal Outras Palavras; tradução: Cauê Seignemartin Ameni

Fonte - Opera Mundi

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Plano dos EUA entrega administração de Jerusalém ao Vaticano

O secretário de Estado americano, John Kerry, esteve em Israel na semana passada pela nona vez desde que substituiu Hillary Clinton em fevereiro deste ano. Ele foi ao país para tentar consolidar as bases de um “acordo histórico” entre israelenses e palestinos.

O plano de segurança que ele vem discutindo com as duas partes é um dos assuntos centrais das negociações que começaram em julho e parecem estar longe de serem resolvidas, pois nem o governo palestino nem o israelense se mostram otimistas que haverá um tratado de paz em breve.

Poucos dias após sua passagem pela região, começaram a surgir fortes indícios que os Estados Unidos, o maior e mais importante aliado de Israel, esteja prestes a propor que Jerusalém Oriental e seus lugares sagrados seja administrativo por um conselho internacional. Ele seria formado por representantes palestinos e israelenses, além de países muçulmanos como Turquia e Arábia Saudita. Como muitos desses locais são sagrados para os cristãos, o Vaticano ficaria encarregado.

Segundo está sendo divulgado pela mídia americana, o plano de Kerry para essa “coalizão internacional” seria uma solução temporária, com duração de dois a três anos, enquanto não se chega a um acordo final, afirma o site WND. Israel, obviamente, não se mostrou receptivo a entregar a porção Oriental de Jerusalém.

Kerry tem se mostrado ansioso por querer apresentar um “marco” da administração Obama, que seria um acordo para o reconhecimento de um Estado palestino até abril. O secretários afirmou: “Nós trabalhamos com uma abordagem que garante a segurança de Israel e respeita completamente a soberania dos palestinos. Temos esperanças de chegar a este acordo sobre o estatuto final”.

Segundo as fontes diplomáticas israelenses e palestinas, em sua viagem da semana passada, Kerry, focou especificamente nas medidas de segurança, defendendo que Israel teria “presença militar” no Vale do Jordão durante dez anos. A proposta desagradou os palestinos.

O Vale do Jordão atravessa o coração de Israel. Ele começa no norte do Mar Morto, estendendo-se até a cidade de Aqaba, no sul do país, cruzando pelo deserto de Arabá. Parte dele demarca a fronteira com a Jordânia.

Para vários sites especializados em profecias, como o Profecy News Watch, chama atenção o fato de justamente nos dias que Kerry esteve no país, Israel viu a maior nevasca já registrada no mês de dezembro. Boa parte do país ficou paralisado. Este seria um sinal de que as profecias do Antigo e do Novo Testamento de que Jerusalém será “pisoteada pelos gentios” estão muito próximas de se cumprir.

Ecumenismo entre católicos e ortodoxos

De 14 a 19 de dezembro encontra-se de visita à Federação Russa o cardeal Kurt Koch, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos Será recebido pelo Patriarca Cirilo, de Moscovo, e encontrar-se-á também com o Metropolita Hilarion, Presidente do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscovo, que foi recebido, no Vaticano, pelo Papa Francisco, no passado dia 12 de novembro.

A visita do cardeal Kurt à Rússia terá início em São Pietroburgo, onde – na Academia Teológica (Ortodoxa) pronuncia uma conferência sobre o progresso do diálogo ortodoxo-católico. O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos visitará também o Mosteiro da Lavra Alexandre Nevski, que celebra este ano o seu terceiro centenário.

A convite de D. Paolo Pezzi, titular da arquidiocese da Mãe de Deus de Moscovo, o cardeal Koch preside às celebrações do jubileu da basílica de Santa Catarina de Alexandria, em São Pietroburgo e encontrar-se com o clero católico, no âmbito dos encontros pastorais dedicados ao Concílio Vaticano II e ao diálogo ecuménico.

Fonte: Rádio Vaticano

Comentário Sikberto Marks: Há um esforço pelo diálogo para a união entre as denominações religiosas. Esse diálogo é liderado pela Igreja Católica, que tem o maior interesse no mesmo. As igrejas do mundo inteiro estão sendo convocadas a se unirem à Católica.

Há adventistas e "adventistas"

O mundo semita se fundamentava em uma cultura do ouvir e contemplar, de admitir o sobrenatural como parte da experiência concreta. Assim, os hebreus não estavam tão preocupados em explicar Deus – o Outro Inexplicável, transcendente –, quanto nas implicações práticas de se corresponder com Ele.

Os pais da igreja enfrentaram outro desafio: defender sua fé no contexto da filosofia grega, com pressupostos distintos do contexto hebraico. Os gregos eram racionalistas e entendiam a realidade baseados na noção de separação entre a realidade humana e a divina. Na tentativa de contextualizar sua fé, os cristãos dos primeiros séculos tomaram de empréstimo conceitos filosóficos. Surgiram distorções da revelação bíblica, como a ideia de alma imortal e de que Deus, por ser eterno, é distante, atemporal e inacessível aos homens.

Embora a Reforma Protestante revitalizasse a fé cristã deformada pela escolástica medieval, não é preciso ser um especialista em exegese para notar o quanto os reformadores ainda pagam tributo às ideias da filosofia clássica. Quem quer que tenha lido os escritos de Lutero percebe sua coragem, a linguagem forte (às vezes áspera e indelicada!) e sua dependência de Agostinho e dos pais da igreja.

Com o advento da modernidade, o cristianismo se deparou com outro desafio: o racionalismo promovido pelos filósofos iluministas. Agora, a própria possiblidade de Deus Se revelar de modo concreto parecia estar em xeque. Obviamente, surgiram reações cristãs – como o método histórico-crítico, baseado em um racionalismo que entendia as Escrituras como apenas uma manifestação da cultura antiga. Ao lado desse cristianismo liberal, a ala conservadora procurava apresentar “provas” do que acreditava, promovendo uma versão racional do cristianismo, mas sem abrir mão da tradição (o que inclui o aparato filosófico que vinha desde a Idade Média).

Por todo o tempo, Deus trabalhou por meio de homens a quem constituía arautos de Sua revelação. Eles atuavam no sentido de despertar o povo, levando-os a uma compreensão de aspectos da verdade eterna encontrada na Bíblia. Justamente no fim dos tempos, o Espírito Santo despertou alguns cristãos, por meio do estudo das profecias de Daniel e Apocalipse. Surgiu a Igreja Adventista do Sétimo Dia, com o propósito de transmitir a verdade sobre a intercessão de Cristo no Santuário Celestial (Hb 7:25) e a mensagem de advertência sobre o juízo próximo (Ap 14:6).

E quais são os desafios que a época impõe aos adventistas? Nascido no período moderno, o movimento agora se depara com a pós-modernidade. A crise trazida pela mistura com a filosofia clássica e agravada com o racionalismo só aumenta com a disseminação do relativismo, da versão contemporânea de tolerância e consequente esvaziamento de conteúdo de toda forma de cristianismo.

Resultado? A exemplo de outros períodos, a igreja cristã tem de decidir a quem servirá. Os adventistas sentem isso na pele. Como nunca, temos uma igreja dividida. Talvez não na América do Sul (ainda), mas em um contexto global, sim. As bases proféticas já não interessam muitos adventistas. Eles preferem aceitar uma versão bem soft do evangelho, a exemplo dos evangélicos, advogando que só Jesus salva; o que importa é o coração; que as regras não importantes; que não importa o que você crê, mas o tipo de impacto que isso traz à sua vida.

Em muitos países, há professores universitários adventistas reivindicando o direito de ensinar o evolucionismo teísta como uma alternativa à tradicional visão criacionista endossada pela denominação e há um forte movimento de homossexuais pedindo abertura para serem aceitos. Isso sem contar aqueles que não acreditam que em 1844 tenha acontecido algo de relevante, os que duvidam do dom profético de Ellen G. White (ainda que na surdina) e as incursões de carismatismo que já compõe o cenário adventista (sem causar estranheza mesmo entre aqueles que se consideram ortodoxos e clamam pela volta dos velhos tempos!).

Todo esse reducionismo, misticismo, materialismo epistêmico e acomadação aoethos contemporâneo enfraquece as premissas do adventismo e conspira contra sua razão de ser. O cenário poderia ser desanimador, se não fosse a clareza da profecia que já anteviu toda a sonolência do povo de Deus vivendo no fim (Ap 3:14-21). Não apenas o diagnóstico é confirmado, como o tratamento oferecido. O povo de Deus precisa de um reavivamento, uma volta às origens, um resgate de sua identidade. O contrário disso resultará em uma fragmentação ainda mais radical do movimento adventista ou (tão ruim quanto) uma transformação da denominação em mais uma igreja carismática e secularizada.

Já que eu não tenho poder para mudar a denominação inteira, decidi mudar o que posso: eu mesmo, submetendo-me Àquele que chamou os adventistas para esse tempo. Estudando a revelação bíblica, assumindo a identidade profética e anunciando a verdade presente, quero contribuir para que Jesus retorne o quanto antes. Chega de shows gospel, programas formalistas e de viver do capital dos pioneiros (a essas alturas, já estamos com saldo negativo!): é preciso redescobrir a alegria de servir a Deus com integridade. É hora de ser adventista de fato, sem dubiedade ou incoerências. Jamais seremos perfeitos (Deus me conhece bem!), porém temos de buscar inteireza de propósito. Maturidade precisa ser nosso alvo diário.

O mundo e o Reino precisam de adventistas adventistas.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Papa Francisco é eleito 'pessoa do ano' pela revista 'Time'

Pontífice foi escolhido a partir de uma lista de dez personalidades.
Publicação americana elege a 'pessoa do ano' desde 1927.


O Papa Francisco foi escolhido a "personalidade do ano" de 2013 pela revista americana "Time".

A "Time" disse que Francisco "tirou o papado do palácio para levá-lo às ruas" e se colocou no centro das discussões chaves da época.

Francisco, o primeiro latino-americano a comandar a Igreja Católica, 'mudou o tom, a percepção e o enfoque de uma das maiores instituições do mundo com um extraordinário peso', disse Nancy Gibbs, editora da revista Time, ao fazer o anúncio no canal NBC.

A prestigiosa revista americana destacou o papel do ex-arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio para "comprometer" uma Igreja que tem 1,2 bilhão de fiéis no mundo a "enfrentar as necessidades mais profundas e equilibrar seu julgamento com piedade".

"Raramente um novo personagem no cenário internacional capturou tanta atenção tão rápido - jovem ou velho, crente ou cínico - como o Papa Francisco", escreveu Gibbs a respeito de Jorge Bergoglio, de 76 anos.

Bergoglio foi escolhido no dia 13 de março, em um conclave, como sucessor do Papa Bento XVI – que renunciou em fevereiro, em um movimento inédito na história moderna da Igreja Católica.

Primeiro latino-americano e primeiro jesuíta a ser eleito Papa, Francisco mostrou, desde o início do pontificado, um estilo próprio, de humildade e sem pompas, em uma tentativa de reaproximar a Igreja de seus fiéis.

O Vaticano reagiu à escolha com a afirmação de que o anúncio "não é surpreendente, levando em consideração a ressonância e a ampla atenção dada ao Papa Francisco e ao início do novo papado", e destacou o "sinal positivo" de que tenha recebido "um dos reconhecimentos mais prestigiosos da imprensa internacional".

"O Papa não busca a fama ou o sucesso porque está a serviço do Evangelho de Deus, de amor para todos. Se a escolha como personalidade do ano significa que as pessoas entenderam, ao menos implicitamente, esta mensagem, então o deixará definitivamente feliz", afirmou o porta-voz da Santa Sé, o padre Francisco Lombardi.

Snowden

Depois do Papa, veio o ex-consultor da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) Edward Snowden, que revelou o programa secreto de espionagem do governo americano.

Francisco foi "uma escolha muito interessante este ano", afirmou Nancy Gibbs, editora da revista Time, ao anunciar o nome no canal NBC. "Ele mudou o tom, a percepção e o enfoque de uma das maiores instituições do mundo com um extraordinário peso", disse.

A prestigiosa revista elege a personalidade do ano desde 1927.

A pessoa escolhida ocupa a capa da edição de fim de ano da revista.

Entre os cinco finalistas, estavam ainda a americana Edith Windsor, que venceu um caso na Suprema Corte do país sobre os direitos dos casais homossexuais; o presidente sírio Bashar al-Assad, que permanece no poder apesar das pressões internacionais; e o senador americano Ted Cruz, responsável pela estratégia republicana para forçar a paralisação do governo federal há alguns meses.

No ano passado, o escolhido havia sido o presidente americano Barack Obama.

Em 2011, a personalidade do ano foi a figura genérica do "manifestante", em um reconhecimento às pessoas de todo o mundo, em particular do Oriente Médio e norte da África, que saíram às ruas para lutar por seus direitos na denominada "Primavera Árabe".

Fonte - G1

Papa vira 'vilão' nos EUA após críticas ao capitalismo

O papa Francisco se tornou o mais novo vilão entre os conservadores americanos, depois de ter criticado a ganância e as desigualdades do capitalismo.

Na semana passada, o radialista Rush Limbaugh, ícone do movimento Tea Party, chamou-o de marxista.

"Ele tritura o capitalismo e a América, e o Obama tem orgasmos só de ouvi-lo", afirmou. O presidente havia citado o papa no dia anterior, dizendo que concordava com sua crítica contra a "distribuição de renda mais desigual".

Adam Shaw, editor da conservadora rede Fox News, disse que o papa é "o Obama do catolicismo". "Assim como a América se decepcionou com Obama, esse papa será um desastre para a igreja".

Sarah Palin, candidata republicana a vice-presidente em 2008, disse que o papa "parece marxista". Ela acaba de lançar um livro sobre "a guerra contra o Natal" provocada por "uma sociedade cada vez mais antirreligiosa".

USANDO A BíBLIA

O editor-chefe do blog The Dish, Andrew Sullivan, disse à Folha que "os evangélicos estiveram usando a Bíblia contra gays e contra o aborto. Agora, estão sofrendo do mesmo remédio, afinal a Bíblia do papa é a mesma, e ela prega a justiça social".

"Só quem não acompanha a igreja se surpreende com a fala do papa. João Paulo 2º já falava de ganância no capitalismo", diz.

A popularidade do papa ainda é alta no país: 78% dos católicos e 58% da população em geral têm visão positiva de Francisco, segundo pesquisa do instituto Pew. O comparecimento às missas, porém, continua o mesmo desde que ele se tornou papa, em março --39% dos católicos americanos vão semanalmente à missa.

A Igreja Católica americana brigou com o presidente Barack Obama por conta do plano universal de saúde aprovado por ele. Funcionárias de hospitais e colégios católicos terão direito à cobertura de tratamentos anticoncepcionais, como prevê o plano --a igreja pedia isenção dessa obrigação.

Papa diz que fome é 'escândalo global' e pede mudança do estilo de vida

O papa Francisco condenou nesta segunda-feira o "escândalo global" da fome e pediu uma "onda de orações" internacional para chamar a atenção para o sofrimento dos necessitados e sem-teto.

Desde sua eleição em março, Francisco, o ex-cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, tem implorado com frequência a líderes mundiais para que combatam a pobreza e a crescente desigualdade.

"Nós estamos diante de um escândalo global de cerca de 1 bilhão, 1 bilhão de pessoas que ainda sofrem hoje com a fome", disse ele em uma mensagem de vídeo no lançamento de uma campanha da Caritas Internationalis, confederação de 164 entidades católicas beneficentes atuando em 200 países.

"Nós não podemos olhar para o outro lado e fingir que isso não existe. A comida disponível no mundo é suficiente para alimentar todos", afirmou.

A campanha, intitulada "Uma Família Humana - Pão e Justiça para Todas as Pessoas" começa na terça-feira quando ativistas contra a fome em todo o mundo vão rezar no mesmo instante por cerca de meia hora, com início às 15h (horário de Brasília).

O papa também pareceu pedir mudanças no estilo de vida, ao instar as pessoas a se tornarem "mais conscientes em suas escolhas alimentares, que frequentemente levam ao desperdício e ao mau uso dos recursos disponíveis para nós."

Os adventistas e o medo do legalismo

O medo do legalismo ronda o cristianismo. Em parte, isso é justificável, uma vez que é a tendência do ser humano encarar suas ações como meritórios do ponto de vista da salvação. Assim fazendo, corremos o risco de deixarmos de lado aquela confiança exclusiva em Deus, o único que pode nos salvar. Entretanto, quando se classifica a obediência, em todas as exigências que a Palavra faz, como legalismo, algo está profundamente errado.

A obediência é prova de discipulado, não de salvação. Alguém pode estar salvo sem ainda obedecer completamente ao que a Bíblia ensina – ou por falta de instrução ou por deficiência pessoal. Se pensarmos de forma ampla, ninguém é perfeitamente leal a Jesus. Somos pecadores e a salvação não anula por completo a natureza pecaminosa com suas inclinações. Requerer comportamento impecável é a heresia dentro do adventismo que se chama perfeccionismo. O discipulado compreende a reprodução gradativa do caráter de Jesus na vida de seus filhos, sendo um aspecto importante da transformação gradativa do caráter do cristão (ao que chamamos santificação).

Assim, não podemos supervalorizar, nem menosprezar a obediência. Ela está relacionada com a maturidade cristã. Temas como uso de joia, tipos de música a ser consumida e produzida, estilo de adoração, vestimenta e alimentação são temas sensíveis, especialmente na conjuntura atual em que se encontra o adventismo. Criticar a postura da denominação, alegando que tais ênfases seriam resquícios legalistas, é o discurso favorito daqueles que não veem (ou não querem ver) que a mensagem do evangelho é integral e afeta a existência em todas as suas dimensões.

É mais fácil apelar para o modelo evangélico de graça barata (defendido, evidentemente, apenas por alguns evangélicos), o qual descarta a obediência ou que a reduz a muito pouco. Muitos adventistas têm feito isso, na esperança de viver uma fé mais “livre”; assim, não apenas arrumam pretextos para fugir de seu compromisso (não com a igreja, mas com o Senhor), além de minarem a base de sustentação do movimento, que consiste na revelação divina, expressa na Bíblia e nos testemunhos (embora os livros de Ellen G. White sejam descartados completa ou parcialmente por gente que se diz adventista…).
Em nome do medo do legalismo, está surgindo uma postura crítica que reduz a contribuição adventista a uma angu ralo, compreendendo estar salvo em Jesus, aguardar sua volta e descansar no sábado. O dia em que adventismo for apenas isso, teríamos de admitir que Deus tem pouco a dizer aos seres humanos, inquietos em sua ânsia pela verdade. Felizmente, não é o caso!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Apresentação de conhecida canção de rock em internato adventista

Um princípio bíblico é a da separação das coisas mundanas ou seculares. Ambientes, práticas culturais, hábitos e até pessoas que se opõem às orientações bíblicas devem ser afastados da vida e do convívio do cristão. Ao longo da história, tal princípio não escapou de inúmeras controvérsias. Afinal, em alguns contextos não é fácil delimitar o que deve ou não ser evitado.

Os adventistas do sétimo dia receberam luz adicional por meio dos escritos de Ellen White, uma vez que nos últimos tempos os perigos seriam ainda mais dificilmente percebidos. As sutilezas do mal exigem que os marcos do estilo de vida cristã estejam bem delimitados. Uma das áreas sensíveis entre adventistas sempre foi a música. A inspiração nos diz: “Quando os seres humanos cantam com o espírito e o entendimento, os músicos celestiais apanham a harmonia, e unem-se ao cântico de ações de graças.” (Mensagens aos Jovens, p. 294). Em outro lugar lemos que “[…] todos devem cantar com o espírito e com o entendimento também. Deus não Se agrada de algaravia e dissonância. O correto é sempre mais agradável a Ele que o errado.” (Evangelismo, p. 508).

A despeito de todas as orientações bíblicas e as expressas nos testemunhos (a obra literária de Ellen White), a pressão da cultura vem promovendo um gradual afastamento de princípios que, ainda oficialmente, permanecem inegociáveis. A princípio, os adventistas advogavam excelência na música sacra, cujo alvo era se aproximar tanto quanto possível da música celestial (Evangelismo, p. 507) – o que seria utópico, caso a própria White não descrevesse as características das canções entoadas pelos anjos, às quais teve acesso em suas visões (Evangelismo, p. 505). A tônica consistia em evitar o emocionalismo, como na crítica a alguns que seguiam por esse caminho: “Sua religião parece ser mais da natureza de um estimulante do que uma permanente fé em Cristo.” (Evangelismo, p. 502). Apesar das ressalvas, seria legítimo selecionar algo de bom da música secular, sendo que a mesmo White presenciou um concerto secular e elogiou o que havia assistido (ver Manuscrito 33, 1886 e Carta 8, 1876).

Infelizmente, o que seria normalmente visto como errado e absurdo há poucas décadas passou a aceitável ou mesmo neutro. Dessa maneira, com a mudança da base bíblica tradicional para uma expressão mais pós-moderna da fé, fica praticamente impossível um diálogo sobre o assunto. Hoje os tempos exigem reflexão que vá além de uma simples discussão sobre uso da bateria. O problema é mais profundo.

Um exemplo recente da mudança de paradigma ocorreu em um dos maiores internatos adventistas no mundo. Alguns alunos da faculdade promoveram um flash mob. Esse tipo de ação, bastante interessante e de forte apelo midiático, consiste em apresentar em local público uma música coreografada, surpreendendo os presentes. Em geral, as pessoas que participam da ação estão misturadas em meio à plateia e, terminada a performance, voltam a se misturar.

A ocasião era o fim do semestre e o flash mob foi promovido no refeitório da instituição. Com produção bem cuidada e formidável desempenho musical (comum aos adventistas), a ação não teria nada de questionável, senão fosse a música escolhida: os alunos cantaram e coreografaram uma música de uma famosa banda de rock.

A estranheza nesse caso se dá pela incoerência: o manual da igreja adventista permanece orientando o não uso de ritmos populares em nosso meio (quer no culto ou em eventos que levem o nome da denominação) e as orientações cristalinas dos testemunhos advertem sobre os riscos de uso de música secular – especialmente, de canções frívolas, as quais afastariam a presença de seres celestiais de nossa presença; veja a seguinte citação: “A introdução de música em seus lares, em vez de incitá-los à santidade e espiritualidade, tem sido um meio de desviar-lhes a mente da verdade. Canções frívolas e peças de música popular do dia parecem compatíveis com seus gostos. […] A música, quando não abusiva, é uma grande bênção; mas quando usada erroneamente, é uma terrível maldição.” (Testimonies, vol. 1, p. 496 e 497). Note que o exemplo não acontece em um culto, o que indica que algumas canções precisam ser evitadas em quaisquer ambientes e situações.

Alguns poderiam advogar que a letra da canção executada não possuísse nada de não recomendável. Entretanto, temos de analisar que, no caso em questão, a música escolhida menciona Deus (“Lord”) algumas vezes, de forma bem banalizada. O grupo que a gravou ainda era conhecido por sua irreverência e por possuir um vocalista homossexual; tais fatores, embora talvez não sejam os principais, serviriam como peso contrário à escolha daquela música em específico.

Com tantas boas canções adventistas, ou mesmo com a possibilidade de escolher uma boa canção secular (já que o ambiente não era religioso), porque optar por uma canção dúbia, característica de adeptos do rock? A única razão parece perseguir a mídia, que talvez não desse tanta cobertura a uma canção religiosa. Mas e quanto ao testemunho de que somos separados por Deus? Após o impacto do vídeo (pela internet) como lidaremos com jovens adventistas em suas congregações locais, quando quiserem agir da mesma forma, contrária a nossos princípios? O exemplo da instituição parece desautorizar eventuais censuras que líderes eclesiásticos possam fazer.

Independente de onde ocorreu o fato, isso apenas deve servir de alerta para que tenhamos mais critério na hora de pensar em cada aspecto de nosso estilo de vida. Creio que não devamos criticar, mas orar por aqueles que promoveram e participaram da ação, na esperança de que o povo de Deus se una sem eu propósito de viver exclusivamente para o Senhor. "A capacidade de discernir entre o que é reto e o que não o é, podemos possuí-la unicamente pela confiança individual em Deus. Cada um deve aprender por si, com auxílio dEle, mediante a Sua Palavra. A nossa capacidade de raciocinar foi-nos dada para que a usássemos, e Deus quer que seja exercitada." (Educação, p. 231).

Seminário de Enriquecimento Espiritual


O Seminário de Enriquecimento Espiritual é um movimento que se repete a cada dois anos com diferentes ênfases, visando motivar os participantes a estabelecerem a comunhão com Deus como estilo devida.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Seu smartphone é um dedo-duro

Deixar a conexão wi-fi ligada revela dados pessoais do dono do aparelho, como mostra um projeto criado pela empresa de segurança digital Sensepost

Neste ano, o americano Edward Snowden revelou ao mundo como o governo americano rastreia dados digitais para usá-los em suas operações de inteligência. Ao fazer isso, Snowden também evidenciou o quanto revelamos sobre nós mesmos ao navegar pela internet, enviar emails, fazer ligações pelo Skype e ao clicar no botão de curtir do Facebook. Dizemos quem somos, onde estivemos, do que gostamos, com quem nos relacionamos, que causas apoiamos. No entanto, não é preciso estar conectado à internet para divulgarmos publicamente informações íntimas. Basta levar um objeto aonde você for: seu smartphone.

Sempre que nos conectamos a uma rede de internet sem-fio, nosso celular guarda uma referência desta rede para procurá-la na próxima vez em que nos conectarmos. Assim, quando ligamos o wi-fi do aparelho, ele pergunta por meio de ondas de rádio: “Wi-fi de casa, você está aí?”. Se o smartphone não recebe nenhuma resposta, ele busca outra rede guardada em sua memória: “Wi-fi do trabalho, você está aí?”. Em termos técnicos, esses pedidos de conexão são chamados pedidos de sondagem. São pequenos sinais enviados pelo celular para encontrar redes conhecidas e se conectar automaticamente a elas ou identificar as desconhecidas e sugerí-las ao dono do aparelho.

O problema é que muitas pessoas deixam suas conexões de wi-fi ligadas o tempo todo. Assim é possível captar esses pedidos de sondagem e saber onde o dono do celular esteve. Os analistas Daniel Cuthbert and Glenn Wilkinson, da empresa britânica de segurança digital Sensepost, criaram o projeto Snoopy para fazer justamente isso por meio de pequenos robôs posicionados em estações do metrô de Londres e capazes de receber esses pedidos. Dessa forma, podiam traçar um perfil de quem usava o aparelho, como dizer seu poder aquisitivo. Se uma pessoa havia se conectado em um McDonald’s, um shopping popular e na rede de uma linha área de baixo custo, era um sinal de que tratava de um cidadão de baixo poder aquisitivo. Agora, se a pessoa havia se conectado à rede de um restaurante caro, de uma loja de luxo e de um hotel de alto padrão, era provável que tivesse uma boa condição de vida.

O projeto não parou por aí. Cada rede wi-fi tem um número de identificação próprio. Esse número pode ser correlacionado com sua posição geográfica por meio de bases de dados públicas disponíveis na internet e serviços como o Google Maps. Por isso, também era possível dizer onde a pessoa havia estado. “É possível rastrear os movimentos do dono do celular e dizer aonde ele foi de manhã, de tarde e de noite, onde trabalha e onde mora”, afirma Cuthbert, que apresentou o Snoopy durante a conferência de segurança Black Hat, realizada no fim de novembro em São Paulo. Ao todo, 80 mil smartphones tiveram seus dados interceptados. “Sempre foi possível fazer isso, mas antes as pessoas só usavam computadores e não andavam com eles no bolso”, diz Cuthbert.

Para deixar a clara nossa vulnerabilidade, os pesquisadores foram além. Usando os mesmos robôs, foram capazes de enganar o celular, fazê-lo acreditar que se tratava de uma rede conhecida e interceptar a conexão de internet do aparelho. O robô direcionava, então, todo o tráfego de dados do aparelho para os computadores da empresa. “Podíamos ler emails e mensagens, ver o histórico de ligações, mandar um vírus para o celular”, afirma Cuthbert.

Segundo os pesquisadores, a melhor forma de evitar esse tipo de rastreamento é limpar o histórico de redes wi-fi do smartphone regularmente, mas eles próprios admitem que não é algo prático e às vezes pode ser algo difícil de realizar. Por isso, o melhor conselho dado por eles é também muito simples: se não estiver usando a internet, desligue a conexão wi-fi. Só assim você terá certeza de que não está levando um celular dedo-duro no bolso.

Fonte - Época



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Pontífice prega uma coisa e fez outra

"O cão." Esse é o apelido do jornalista e colunista político argentino Horacio Verbitsky, 71, conhecido pela investigação sobre a ditadura militar em seu país (1976-83).

Na semana passada, o jornalista veio a São Paulo para participar de uma audiência da Comissão da Verdade.

Verbitsky também é autor de "O silêncio", no qual afirma que o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, foi cúmplice da ditadura argentina ao denunciar sacerdotes aos militares.

O papa e mesmo alguns ativistas de direitos humanos negam a acusação. À Folha o jornalista fez uma análise das propostas de mudança na igreja feitas pelo papa e questiona se serão profundas ou apenas "cosméticas".

"No discurso de Bergoglio, tudo é maravilhoso e eu aplaudo com entusiasmo. Mas há uma contradição entre o que ele fez na Argentina e o que ele diz estar planejando hoje para a igreja", afirma.

Para Verbitsky, há apenas uma mudança de tom nos discursos do principal representante da igreja, mas não uma pretensão real de alteração em seus fundamentos.

"No tema da abertura aos homossexuais, a doutrina da igreja é muito clara a respeito: há de ser compreensiva com os que buscam se aproximar de Deus. Mas, nos termos da igreja, isso significa deixar de ser homossexual."

Quando se discutiu na Argentina a lei que permite aos homossexuais casar e adotar filhos, Bergoglio encabeçou a oposição à lei e escreveu uma carta a uma congregação religiosa instando-a a resistir, afirmando que essa lei era "parte do plano do diabo para destruir a igreja."

No mês passado, o papa divulgou um documento escrito só por ele. "Não há mudança de doutrina. A posição da Igreja não muda a respeito do aborto e do celibato sacerdotal", diz o jornalista, que também questiona a posição de Bergoglio nos casos de pedofilia envolvendo sacerdotes.

"Na Argentina, há o caso do sacerdote Julio César Grassi, condenado a 15 anos de prisão por pedofilia e preso em setembro. Bergoglio o defendeu permanentemente e contratou um dos juristas mais renomados do país para defendê-lo. Até agora, Grassi, mesmo preso, não perdeu o estado sacerdotal."

Apoiador dos governos de Néstor Kirchner (2003-07) e de Cristina, atual presidente argentina, o jornalista diz acreditar que as políticas de combate à pobreza dos dois "implicaram no mesmo fenômeno de luta contra pobreza que o de Lula no Brasil".

"Bergoglio questionava essas políticas, dizendo que eram clientelistas, questionava os modos autoritários de [Néstor] Kirchner, quando ele, Bergoglio, sempre foi autoritário em toda sua vida."

NSA monitora posição de milhões de celulares no mundo

'The Washington Post' usou documentos vazados por Edward Snowden.
Agência dos EUA armazenaria cerca de 27 terabytes de dados.


A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos monitora diariamente a geolocalização de centenas de milhões de celulares no planeta, revelou na quarta-feira (4) o jornal "The Washington Post", baseado em documentos vazados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden.

A agência recebe informações de "pelo menos centenas de milhões de aparelhos" e grava "cerca de 5 bilhões de dados de localização a cada dia", afirma o site do jornal, incluindo dados de americanos que estão fora dos Estados Unidos.

"Obtemos grandes volumes" de dados de geolocalização em todo o mundo, confirmou um funcionário citado pelo "Washington Post", segundo a agência de notícias France Presse.

A NSA obtém essas informações conectando-se às distintas redes de celulares do planeta, e monitora a geolocalização para "rastrear os movimentos e observar relações secretas entre as pessoas".

O acesso a essa quantidade de dados significa que a NSA pode rastrear os movimentos de praticamente todos os celulares do mundo, mapeando as relações do dono do aparelho, de acordo com a agência americana Associated Press. O jornal informou que um poderoso programa analítico é empregado nesses dados, construindo padrões de relações entre os usuários de acordo com seus celulares. Isso pode revelar ameaças terroristas desconhecidas, por exemplo.

A agência de inteligência armazenaria cerca de 27 terabytes de dados, duas vezes mais que o contido na biblioteca do Congresso americano, a maior do mundo. Esse volume de informações é tão grande que supera a capacidade da NSA de digerir, tratar e armazenar os dados, destaca o "Washington Post", que cita um documento interno da agência de 2012.

"A capacidade da NSA para 'geolocalizar' é imensa (...) e indica que ela dirige a maior parte de seus esforços para monitorar comunicações de forma fútil", assinala o jornal.

Há seis meses, Snowden revelou que o enorme programa de espionagem do governo americano monitorava a posição das pessoas ao rastrear seus celulares, mesmo quando eles não eram usados.

O conselheiro-geral do Departamento de Inteligência Nacional, Robert Litt, já disse anteriormente que a NSA não reúne dados de localização de celulares nos EUA de maneira intencional. Mas o diretor da agência, o general Keith Alexander, disse em depoimento ao Congresso que a NSA fez testes entre 2010 e 2011 em amostras de dados de celulares americanos para saber se seria tecnicamente possível conectá-los aos sistemas de análise da agência.

Alexander afirmou que os dados nunca foram usados para propósitos de inteligência e que os testes foram informados aos comitês de inteligência do Congresso. Na época, as declarações do diretor da NSA foram contestadas – o senador democrata Ron Wyden disse que Alexander poderia ter explicado melhor o processo.

O general e outros agentes da NSA explicaram que, após dados americanos serem coletados de maneira acidental no exterior, eles são "minimizados" – quando os analistas percebem que estão lidando com um número dos EUA, limitam o que pode ser feito com aqueles dados e por quanto tempo as informações podem ser armazenadas.

Ativistas de direitos da privacidade dizem que essas medidas não são suficientes para proteger os cidadãos americanos.

Fonte - G1

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

"Nosso Francisco, também"


Um destacado e influente Pastor Batista americano escreve um artigo com o título "Nosso Francisco, também", cujo sub-título diz "Por que podemos entusiasticamente juntar os braços ao líder Católico"... (Christianity Today)

"Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano (...) e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo." (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 151)

Líderes religiosos se unem em projeto "Natal Iluminado"

A Catedral Metropolitana de São Paulo recebeu os líderes das igrejas que participam do Movimento de Fraternidade de Igrejas Cristãs (Mofic) para o lançamento do projeto “Natal Iluminado”, que tem por objetivo deixar a capital paulista mais iluminada e decorada no final do ano. O evento, realizado no dia 1º de dezembro, também contou com a presença de líderes de outras religiões.

A iniciativa partiu do convite feito pelo arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer. Segundo o responsável pela Comissão de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da arquidiocese, cônego José Bizon, o ato ecumênico destaca o espírito de acolhida e fraternidade, próprio do tempo do Natal. “Festa das luzes, da paz, da justiça e também a festa da acolhida e da solidariedade”, explica o cônego.

O reverendo Marcelo Leandro, da Igreja Presbiteriana Unida, declarou no evento que o Advento é o momento para os cristãos estarem unidos e demonstrarem a luz suprema de Jesus. “Nós devemos estar iluminados, ajudando a sociedade que é carente não somente da pobreza material, mas espiritual”. Ao falar sobre a importância do diálogo ecumênico, recordou Nelson Mandela. “Como ele, sonho que um dia todos seremos irmãos, independentemente da placa de igreja”, disse.

O representante da Nação Ketu, do Candomblé, Sílvio Ribeiro, acredita que para o convívio harmonioso entre todas as religiões é necessário respeitar as diferenças. “Podemos ter a cor, cabelo, etnia e vestes diferentes do outro irmão, mas todos temos Deus no coração. Ele só muda de nome. A minha religião fala de paz, igual às outras que eu reconheço. As que não falam de amor, de paz, eu não reconheço”.

Para o sheikh Houssam El Boustani, da comunidade muçulmana, a iniciativa foi um sinal de grande respeito para as outras religiões. “Que o Natal seja iluminado para toda criatura que existe na face da terra, seja cristão ou não, pois todos nós precisamos da luz de Deus. Para nós muçulmanos Deus é luz do céu e da terra. Nós queremos e precisamos dessa luz. Pedimos ao Deus altíssimo para que nos guie e leve-nos para o caminho certo, derramando sob o mundo as grandes misericórdias, principalmente nas zonas dos conflitos, das guerras e de miséria”, afirmou Houssam.

Representando o Mofic estavam líderes das igrejas Católica Apostólica Romana; Ortodoxa Antioquina; Episcopal Anglicana; Presbiteriana Unida do Brasil; Apostólica Armênia; Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; e a Armênia Católica (Igreja Católica de Ritos Orientais). Entre as diferentes tradições religiosas estavam líderes do judaísmo; islamismo; budismo; espiritismo; umbanda e candomblé.

Obama elogia 'eloquentes' declarações do papa sobre desigualdade

O presidente americano, Barack Obama, elogiou nesta quarta-feira as recentes declarações "eloquentes" do papa Francisco sobre pobreza e desigualdade.

Essa foi uma das poucas menções ao sumo pontífice já feitas por Obama em seus discursos.

Em uma longa declaração sobre o fortalecimento da classe média, Obama lamentou que, há anos, "o contrato fundamental no qual a economia se baseia tenha sido desviado", com as crescentes disparidades entre a renda dos mais pobres e dos mais ricos.

"Esta tendência à desigualdade crescente não se limita à economia de mercado americana. No mundo inteiro, as desigualdades aumentaram", acrescentaram.

"Alguns de vocês provavelmente viram-no na semana passada. O próprio papa falou disso de maneira eloquente", destacou o presidente americano.

Obama citou declarações feitas pelo Papa em 26 de novembro: "É inadmissível que uma pessoa que vive na rua e morra de frio não seja notícia, enquanto que a queda de dois pontos da Bolsa seja".

No início de outubro, Obama já havia homenageado o Papa, dizendo-se "enormemente impressionado" com ele, elogiando sua "humildade" e sua "empatia".

"Fiquei muito impressionado com as declarações do papa. Não sobre um tema em particular, mas porque é alguém que encarna os ensinamentos de Cristo", havia declarado Obama em uma entrevista à rede CNBC.

Em 13 de março, depois da eleição do argentino Jorge Mario Bergoglio para dirigir a Igreja Católica, Obama deu as boas vindas ao "primeiro papa da América".

O presidente americano visitou o Vaticano uma vez, no início de seu primeiro mandato, reunindo-se com o antecessor de Francisco, Bento XVI, em julho de 2009.


Nota DDP: Obama tem se demonstrado contido em relação ao Vaticano e, mesmo após repetidas manifestações do atual e de um antigo embaixador americano em Roma, tem-se notícia no sentido de que a embaixada americana no local seria desativada. Não importa, a profecia diz que os dois poderes se unirão e deve ser o que ocorrerá em futuro próximo.
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