“Não esperávamos esta magnitude de tempestades”, afirmou Luis Walton, prefeito de Acapulco, balneário turístico que ficou isolado por causa de deslizamentos e inundações. Milhares de turistas ficaram presos na cidade. Companhias aéreas programaram para esta quinta-feira cerca de 30 voos para retirá-los de lá, já que a estrada que liga o balneário à Cidade do Mexico só deve ser reaberta na sexta-feira.
A maioria das mortes aconteceu no estado de Guerrero, um dos mais pobres do país, que fica na costa Leste. Mas o número ainda pode aumentar. Na comunidade de La Pintada, que fica no mesmo estado, 58 pessoas estão desaparecidas depois de uma série de deslizamentos que soterraram dezenas de casas. Outras 334 pessoas tiveram de ser retiradas do local de helicóptero, já que as estradas estão bloqueadas.
Efetivos das Forças Armadas, dos diversos corpos policiais e membros da Defesa Civil foram mobilizados para atender os mais de 200 000 desabrigados no país. Os efeitos dos ciclones tropicais Manuel e o furacão Ingrid (depois rebaixado para ciclone) castigam o México desde sexta-feira, o primeiro no lado do oceano Pacífico e o segundo no Atlântico – uma confluência de fenômenos meteorológicos que não acontecia há pelo menos 50 anos, segundo o governo do México.