A falta de água pode se tornar o problema mais sério da próxima década, atrelada ao crescimento mundial da população, alertou o principal conselheiro científico do governo britânico, John Beddington.
As mudanças climáticas vão levar a mais secas e inundações, o que acarretaria problemas com o suplemento de água fresca. “Crescimento populacional, aumento da riqueza e da urbanização, e mudanças climáticas, tudo representa grandes problemas para a humanidade”, disse Beddington durante encontro global sobre clima e energias alternativas. “Mas a disponibilidade de água fresca será o primeiro problema a ser solucionado”, completou.
A população mundial de aproximadamente 6,6 bilhões de pessoas deve aumentar 2,5 bilhões até 2050. Segundo um estudo das Nações Unidas, em regiões da África, um contingente formado por 90 milhões a 220 milhões de pessoas enfrentarão problemas de suprimento de água já em 2020.
Segundo o conselheiro, cada país deveria focar em seus recursos naturais e de produção, além de tecnologias com baixas emissões de carbono, que, no caso do Reino Unido, envolvem a energia eólica e a nuclear. “Está bem claro que essas tecnologias serão importantes”, disse.
Sobre o recente anúncio do governo de cortar o orçamento para pesquisas científicas – o protesto público mais recente reuniu cerca de 2.000 pessoas no último domingo -, Beddington disse que preferiria ver um corte zero a qualquer mudança.
Fonte - Ambiente Brasil