O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília confirmou o tremor de 4,6 pontos na escala Richter às 17h17 desta sexta-feira. O valor é considerado forte pelo professor e diretor do Observatório Jorge França: "Houve um tremor seguido de outro. Há chances acontecer novamente hoje", alertou. Especialistas do Observatório Sismológico explicam que o foco do terremoto foi na cidade Mara Rosa, na divisa de Goiás com Tocantins, a 500 quilômetros de Brasília. Segundo França, os tremores são comuns.
Ele explica que quem estava em andares mais elevados de edifícios sentiu o abalo com mais intensidade. "Quem estava a pé ou dentro de algum veículo provavelmente não sentiu nada", afirmou. Taxistas ouvidos pelo site de VEJA confirmaram que não perceberam os tremores, mesmo dirigindo em locais onde o fenômeno ocorreu.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, moradores do Plano Piloto, Sudoeste, Ceilândia e Taguatinga entraram em contato com a corporação para registrar o ocorrido. A servidora pública Adriana Macedo teve que deixar a sede da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. “Sentimos um abalo e ligamos para os Bombeiros. Eles pediram que o prédio fosse evacuado”, afirmou.
De acordo com a funcionária, a entrada no prédio já foi liberada. Servidores de outros órgãos como Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Controladoria-Geral da União (CGU) também deixaram os edifícios. Estudantes da Universidade de Brasília também sentiram o tremor. A estudante Anjuli Tostes estava na biblioteca de uma faculdade particular na Asa Norte quando sentiu o abalo. “Os vidros da sala tremeram e as pessoas começaram a levantar. Muita gente saiu da biblioteca com medo do prédio cair”, declarou.
No TSE, os funcionários chegaram a ficar 30 minutos parados enquanto uma equipe de segurança e arquitetura fazia uma vistoria no edifício. Em seguida, todos foram autorizados a voltar ao trabalho. No Supremo Tribunal Federal, o abalo não foi sentido.
No quarto andar do Palácio do Planalto, alguns funcionários sentiram o tremor e desceram para o andar térreo, mas não foi necessário evacuar o prédio. Os brigadistas orientaram todos os que trabalhavam no local a evitar o elevador.
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Fonte - Veja