quarta-feira, 16 de maio de 2012

Mundo vive “estresse hídrico” e nem as grandes economias escapam

Relatório da consultoria Maplecroft mostra que o uso insustentável da água põe em risco negócios, agricultura e populações em países pobres, ricos e emergentes

São Paulo – A equação é de assustar. Embora repleto de rios, mares e oceanos, o planeta Terra tem apenas 3% de água doce disponível para o consumo de cerca de 7 bilhões de pessoas. Abundante em alguns países, escasso em outros, esse recurso natural essencial para a sobrevivência humana é usado intensamente pela agricultura, indústria e em atividades domésticas – só que de forma cada vez mais insustentável.

 É o que alerta um novo relatório da consultoria britânica de risco Maplecroft, que avaliou a pressão sobre a demanda de água em mais de 160 países. O resultado precoupa. Economias em crescimento como China e Índia, e até mesmo a maior do mundo, Estados Unidos, são identificadas pela empresa de análise tendo grandes regiões geográficas e setores da economia onde a demanda de água está superando a oferta.

Segundo a Maplecroft, a situação tem o potencial de limitar o crescimento econômico, restringindo atividades empresariais e agrícolas. E à medida que aumenta a insegurança hídrica, cresce também o medo em relação à capacidade de produzir alimentos suficientes para alimentar o mundo.
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"O bombeamento de águas subterrâneas é uma opção politicamente atraente para aliviar questões de curto prazo de estresse hídrico, mas tem graves consequências a longo prazo", afirma Charlie Beldon, analista da Maplecroft. "As fontes podem secar ou água salgada pode acabar sendo ‘arrastada’ para a oferta, tornando o recurso inútil para o consumo comercial, doméstico e agrícola".

Fonte - Exame
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