Liderando o mundo
No final de 2015, as nações do mundo vão se reunir em Paris e tentar chegar a um acordo global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. E o papa Francisco espera que os católicos do mundo, assim como outras grandes religiões, tenham uma grande parte a desempenhar na ação séria em relação ao clima. Isso inclui uma série de passos no próximo ano. Espera-se que Francisco diga a 1,2 bilhão de católicos do planeta por que agir sobre a mudança climática é essencial para a fé, e ele usará para isso um influente documento da Igreja chamado Encíclica. Isso tem sido muito comentado, mas o documento será liberado para 5.000 bispos e 400 mil sacerdotes depois de uma visita papal à cidade danificada pelo furacão de Tacloban, nas Filipinas. Em setembro, o papa vai levar sua mensagem para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, de acordo com John Vidal, do Guardian, que citou fontes do Vaticano. Ele irá pessoalmente pressionar os líderes políticos e religiosos com o objetivo de levá-los à ação real antes das reuniões de Paris, em dezembro do próximo ano.
Enquanto não se tem certeza do que exatamente ele vai dizer a esses líderes, provavelmente será semelhante ao que vem dizendo a católicos em todos os lugares, desde o início de seu pontificado. No início deste ano, Francisco disse a uma multidão enorme, em Roma: “Se destruirmos a criação, a criação vai nos destruir!” Ele chamou de “pecado” a destruição das florestas, e sob sua liderança a Igreja realizou uma reunião de cúpula de cinco dias com cientistas, economistas, filósofos, astrônomos e outros especialistas, para explorar formas de a Igreja Católica abordar os temas do clima e da sustentabilidade.
No início deste mês, durante as negociações sobre o clima em Lima, os bispos católicos de todos os continentes pediram “o fim da era do combustível fóssil”. Isso segue, segundo eles, a necessidade de priorizar “as necessidades imediatas das comunidades mais vulneráveis”. [...]
Amigo próximo de Francisco, o bispo argentino Marcelo Sánchez Sorondo é o chanceler da Pontifícia Academia de Ciências e Ciências Sociais. Ele disse em uma conferência anual para o grupo britânico Católica Cafod, no mês passado: “Hoje há evidência científica sólida de que o clima global está mudando e que a atividade humana com base na utilização de materiais fósseis contribui de forma decisiva para essa tendência.”
Soronado citou Francisco, que tem um “papel único como líder religioso”, e a necessidade de orientação moral para garantir que o mundo se desenvolva de forma sustentável e socialmente inclusiva. “O problema da mudança climática se tornou um grande problema social e moral, e as mentalidades só podem ser alteradas por razões morais e religiosas”, disse ele.
Portanto, os acadêmicos apoiam a iniciativa do papa de publicar uma Encíclica ou outro documento importante sobre o clima e a inclusão social, a fim de influenciar decisões cruciais no próximo ano. Na verdade, a ideia é convocar uma reunião com os líderes religiosos das principais religiões para tornar todas as pessoas cientes do estado do nosso clima e da tragédia da exclusão social, a partir da mensagem bíblica de que o homem é o mordomo da natureza, e o desenvolvimento humano de acordo com o seu potencial não é contra ela, como Paulo IV havia dito.
Os detalhes que cercam essa reunião do clima com os líderes religiosos do mundo são ainda pouco claros, mas Francisco provavelmente vai encontrar algumas partes de seu público dispostas e propícias a uma forte ação climática. No início deste ano, um grupo de cristãos evangélicos pediu ao presidente Obama para discutir as mudanças climáticas com o papa no Vaticano, enquanto o governador da Flórida, Rick Scott, disse que a mudança climática era uma questão “pró-vida”. Líderes de várias religiões diferentes, em audiências públicas da agência em julho, incentivaram a EPA a regular o dióxido de carbono das usinas dizendo que a poluição pelo carbono é “uma afronta a Deus”.
Por outro lado, a grande maioria dos evangélicos brancos nos EUA acredita que o agravamento das catástrofes naturais é um sinal do Apocalipse, e outras seitas evangélicas conservadoras provavelmente vão se opor aos esforços de Francisco. [...]
(Climate Progress)
Nota Michelson Borges: Se ainda havia quem duvidasse do grande poder de coalizão ecumênica que a bandeira ecológica representa, talvez 2015 ajude a mudar essa ideia. O ECOmenismoavança a passos largos. Religião e política se misturam cada vez mais nesse cenário catastrófico, e Francisco desponta como líder capaz de encabeçar essa coalizão para “salvar a Terra” – a ponto de ser sugerido até que o próprio presidente dos EUA vá ao Vaticano conversar com o papa. Lembre-se de que uma das propostas do Vaticano para reduzir as emissões de dióxido de carbono é a cessação do trabalho e do consumismo aos domingos, no que recebe já o apoio do Parlamento Europeu e de significativa parcela da população em geral. Quem vai se opor a uma proposta tão simpática e aparentemente tão necessária? Bem, conforme o próprio texto acima antevê, algumas “seitas evangélicas conservadoras” (os “fundamentalistas”?) irão se opor, não porque não queiram lutar pelo bem de todos e do meio ambiente, mas porque (pelo menos no caso de um desses grupos injustamente chamado “seita”) não poderão aceitar que o domingo e não o sábado seja considerado dia sagrado, em oposição ao que ensina a Bíblia Sagrada. Pelo visto, o ano que vem nos reserva eventos interessantes...
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Coreia do Norte ameaça atacar EUA e acusa Washington de estar por trás de filme
Regime comunista fala em 'guerra cibernética' e ameaça destruir Casa Branca e Pentágono – mas continua negando que tenha organizado ataque contra Sony
A Coreia do Norte acusou nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos de estar por trás da produção do filme A Entrevista e ameaçou atacar "as cidadelas imperialistas" do país, como a Casa Branca e o Pentágono.
"O Exército e o povo da RPDC (Coreia do Norte) estão completamente preparados para um confronto com os EUA em todos os espaços de guerra, incluindo a cibernética para atacar essas cidadelas. (...) Nosso mais duro contra-ataque será dirigido à Casa Branca, ao Pentágono e a todo o território continental dos Estados Unidos", afirmou o regime do ditador Kim Jong-un em comunicado publicado em inglês pela agência estatal KCNA.
No mesmo texto, o regime comunista reiterou que não tem nada a ver com o ciberataque contra a Sony, que produziu o filme, e demonstrou irritação com as acusações. O regime, no entanto, voltou a saudar os hackers que invadiram a rede do estúdio e vazaram centenas de dados. "Temos em alta estima essa ação justa."
Em outro trecho, o governo norte-coreano comemorou a decisão da Sony de suspender a estreia do filme, que classificou como "reacionário", e acusou o governo de Barack Obama de participação na produção da película. "Os EUA fazem chamados para combater o terrorismo no mundo, mas planejam atrás das cortinas a produção e distribuição de filmes que incitam a prática em vários países do mundo", disse o texto.
A Coreia do Norte tem um longo histórico de uso de retórica ameaçadora durante escaladas de tensão com os EUA, e já fez ameaças parecidas no passado. Analistas apontam que o comunicado distribuído nesta segunda também foi produzido para o consumo interno no Estado totalitário e tenta obscurecer as recriminações internacionais que o regime enfrenta pela acusação de envolvimento no ciberataque.
Lista negra – A retórica irada da Coreia do Norte ocorre logo depois dos EUA terem acusado oficialmente o país e afirmado que consideram voltar a incluir o regime de Kim na lista de países patrocinadores do terrorismo. A inclusão nessa lista negra pode provocar restrições em ajuda externa, a proibição das exportações e as vendas da área de defesa, controles sobre certas exportações e diversos impedimentos financeiros e de outro tipo. Em entrevista à rede CNN, Obama não considerou que o ataque contra a Sony Pictures tenha sido um 'ato de guerra', mas de 'cibervandalismo', ao qual os EUA responderão.
O estúdio entrou na mira do regime por causa da produção de A Entrevista, uma comédia que retrata um complô para matar o ditador Kim Jong-un.
Após o ciberataque, hackers advertiram que atacariam os cinemas que projetassem o filme, o que provocou uma retirada em massa de cartaz do filme e finalmente o cancelamento de sua estreia que estava prevista para 25 de dezembro. O caso provocou intensas discussões nos EUA e a Sony, junto com as grandes redes de cinema do país, foram criticadas por ceder a uma chantagem contra a liberdade de expressão.
A Coreia do Norte acusou nesta segunda-feira o governo dos Estados Unidos de estar por trás da produção do filme A Entrevista e ameaçou atacar "as cidadelas imperialistas" do país, como a Casa Branca e o Pentágono.
"O Exército e o povo da RPDC (Coreia do Norte) estão completamente preparados para um confronto com os EUA em todos os espaços de guerra, incluindo a cibernética para atacar essas cidadelas. (...) Nosso mais duro contra-ataque será dirigido à Casa Branca, ao Pentágono e a todo o território continental dos Estados Unidos", afirmou o regime do ditador Kim Jong-un em comunicado publicado em inglês pela agência estatal KCNA.
No mesmo texto, o regime comunista reiterou que não tem nada a ver com o ciberataque contra a Sony, que produziu o filme, e demonstrou irritação com as acusações. O regime, no entanto, voltou a saudar os hackers que invadiram a rede do estúdio e vazaram centenas de dados. "Temos em alta estima essa ação justa."
Em outro trecho, o governo norte-coreano comemorou a decisão da Sony de suspender a estreia do filme, que classificou como "reacionário", e acusou o governo de Barack Obama de participação na produção da película. "Os EUA fazem chamados para combater o terrorismo no mundo, mas planejam atrás das cortinas a produção e distribuição de filmes que incitam a prática em vários países do mundo", disse o texto.
A Coreia do Norte tem um longo histórico de uso de retórica ameaçadora durante escaladas de tensão com os EUA, e já fez ameaças parecidas no passado. Analistas apontam que o comunicado distribuído nesta segunda também foi produzido para o consumo interno no Estado totalitário e tenta obscurecer as recriminações internacionais que o regime enfrenta pela acusação de envolvimento no ciberataque.
Lista negra – A retórica irada da Coreia do Norte ocorre logo depois dos EUA terem acusado oficialmente o país e afirmado que consideram voltar a incluir o regime de Kim na lista de países patrocinadores do terrorismo. A inclusão nessa lista negra pode provocar restrições em ajuda externa, a proibição das exportações e as vendas da área de defesa, controles sobre certas exportações e diversos impedimentos financeiros e de outro tipo. Em entrevista à rede CNN, Obama não considerou que o ataque contra a Sony Pictures tenha sido um 'ato de guerra', mas de 'cibervandalismo', ao qual os EUA responderão.
O estúdio entrou na mira do regime por causa da produção de A Entrevista, uma comédia que retrata um complô para matar o ditador Kim Jong-un.
Após o ciberataque, hackers advertiram que atacariam os cinemas que projetassem o filme, o que provocou uma retirada em massa de cartaz do filme e finalmente o cancelamento de sua estreia que estava prevista para 25 de dezembro. O caso provocou intensas discussões nos EUA e a Sony, junto com as grandes redes de cinema do país, foram criticadas por ceder a uma chantagem contra a liberdade de expressão.
domingo, 21 de dezembro de 2014
Porto Alegre registra mais de 250 ocorrências e vento de 129 km/h
Uma morte, desabamento, barcos à deriva e incêndios ocorreram durante o mau tempo
Durante o temporal deste sábado, foram geradas mais de 250 ocorrências em Porto Alegre, registradas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). Um dos causadores de tantos problemas foi o vendaval com rajada de 129 km/h, captada no Aeroporto Salgado Filho, informou o Climatempo.
O caso mais grave foi a morte de um pedestre que aguardava ônibus no viaduto José Eduardo Utzig (Zona Norte), atingido por um carro cujo motorista teria perdido o controle da direção na pista molhada. O veículo caiu do viaduto junto com o atropelado. Mas houve outros momentos de terror na cidade por causa da chuvarada.Leia todas as notícias de Zero HoraLeia todas as notícias de Porto Alegre
No final da noite, nove pessoas estavam à deriva em um barco no Guaíba, na altura de Itapuã, aguardando o deslocamento de um grupo de resgate dos bombeiros. Mais cedo, um grupo que estava em outra embarcação foi resgatado por velejadores do Clube Jangadeiros, conforme a SSP.
Na Rua Serra Verde, na Zona Sul, uma casa desabou depois de ter sido atingida por um muro. Em meio à chuva, também houve fogo: três incêndios ocorreram na cidade, e um deles consumiu inteiramente uma casa na Zona Sul. Um princípio de incêndio foi registrado em um elevador na Rua Sarmento Leite, no meirro Cidade Baixa.
Fonte - Zero Hora
Durante o temporal deste sábado, foram geradas mais de 250 ocorrências em Porto Alegre, registradas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP). Um dos causadores de tantos problemas foi o vendaval com rajada de 129 km/h, captada no Aeroporto Salgado Filho, informou o Climatempo.
O caso mais grave foi a morte de um pedestre que aguardava ônibus no viaduto José Eduardo Utzig (Zona Norte), atingido por um carro cujo motorista teria perdido o controle da direção na pista molhada. O veículo caiu do viaduto junto com o atropelado. Mas houve outros momentos de terror na cidade por causa da chuvarada.Leia todas as notícias de Zero HoraLeia todas as notícias de Porto Alegre
No final da noite, nove pessoas estavam à deriva em um barco no Guaíba, na altura de Itapuã, aguardando o deslocamento de um grupo de resgate dos bombeiros. Mais cedo, um grupo que estava em outra embarcação foi resgatado por velejadores do Clube Jangadeiros, conforme a SSP.
Na Rua Serra Verde, na Zona Sul, uma casa desabou depois de ter sido atingida por um muro. Em meio à chuva, também houve fogo: três incêndios ocorreram na cidade, e um deles consumiu inteiramente uma casa na Zona Sul. Um princípio de incêndio foi registrado em um elevador na Rua Sarmento Leite, no meirro Cidade Baixa.
Fonte - Zero Hora
sábado, 20 de dezembro de 2014
Mortos por ebola já ultrapassam 7 mil, diz OMS
O pior surto de ebola já registrado já matou mais de 7 mil pessoas, sendo que a maior parte das novas mortes foi registrada em Serra Leoa, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). A informação foi divulgada no meio da viagem do secretário-geral da Organização Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que visita os países africanos mais afetados pela doença.
Os três países mais afetados pelo ebola (Guiné, Serra Leoa e Libéria) registram agora mais 7.373 mortes, acima das 6.900 de quarta-feira, segundo dados da OMS divulgados na internet na noite de sexta-feira. Nesse período foram registradas mais 392 mortes em Serra Leoa, onde a doença se espalha mais rapidamente.
O novo total inclui mortes confirmadas, prováveis e suspeitas de terem sido causadas pelo vírus do ebola. A OMS disse que também aconteceram seis mortes por causa da doença no Mali, oito na Nigéria e uma nos Estados Unidos.
O número total de infectados pela doença na Guiné, Serra Leoa e Libéria é atualmente de 19.031. Ban chegou à Guiné - onde os primeiros casos do surto foram confirmados em março - neste sábado, após visitar a Libéria e Serra Leoa na sexta-feira.
Depois de reunir-se com o presidente Alpha Conde, ele expressou preocupação com a situação no país, onde o número de infectados "parece continuar a crescer". A região faz fronteira com a Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim. Ban pediu a colaboração entre os países para controlar a doença.
Ele instou os cidadãos da Guiné que se comprometam com a erradicação do ebola, afirmando que os parceiros da ONU "estão aqui para ajudá-los". "Nunca foi tão importante trabalharmos juntos", declarou ele.
Os três países mais afetados pelo ebola (Guiné, Serra Leoa e Libéria) registram agora mais 7.373 mortes, acima das 6.900 de quarta-feira, segundo dados da OMS divulgados na internet na noite de sexta-feira. Nesse período foram registradas mais 392 mortes em Serra Leoa, onde a doença se espalha mais rapidamente.
O novo total inclui mortes confirmadas, prováveis e suspeitas de terem sido causadas pelo vírus do ebola. A OMS disse que também aconteceram seis mortes por causa da doença no Mali, oito na Nigéria e uma nos Estados Unidos.
O número total de infectados pela doença na Guiné, Serra Leoa e Libéria é atualmente de 19.031. Ban chegou à Guiné - onde os primeiros casos do surto foram confirmados em março - neste sábado, após visitar a Libéria e Serra Leoa na sexta-feira.
Depois de reunir-se com o presidente Alpha Conde, ele expressou preocupação com a situação no país, onde o número de infectados "parece continuar a crescer". A região faz fronteira com a Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim. Ban pediu a colaboração entre os países para controlar a doença.
Ele instou os cidadãos da Guiné que se comprometam com a erradicação do ebola, afirmando que os parceiros da ONU "estão aqui para ajudá-los". "Nunca foi tão importante trabalharmos juntos", declarou ele.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Maioria dos norte-americanos aprova tortura no combate ao terrorismo
Pesquisa revela ainda que 56% dos americanos acreditam que as técnicas de afogamento simulado e privação do sono facilitaram o acesso a informações que evitaram atos de terrorismo no país
Mais da metade dos norte-americanos, 51%, aprovam a prática de tortura em interrogatórios para impedir atentados terroristas. Além disso, 56% deles acreditam que as técnicas de afogamento simulado (waterboarding)e privação do sono usadas pela CIA facilitaram o acesso a informações que evitaram atos de terrorismo no país. Os dados são de uma pesquisa da Agence France-Presse.
O estudo foi feito entre os dias 11 e 14 de dezembro, logo após a divulgação feita pelo Senado de um relatório sobre as práticas de tortura empregadas pela agência de inteligência norte-americana. A enquete aponta que apenas 29% dos cidadãos dos EUA rejeitam os métodos utilizados pela CIA. Já para 43%, a decisão do Senado de publicar o relatório vai contra os interesses do país.
Eficácia dos métodos questionada
Além das técnicas de tortura listadas acima, o documento do Senado também revelou que a CIA espancava, ameaçava e ainda amarrava os suspeitos por dois dias no escuro em prisões clandestinas. A eficácia destes métodos é questionada pela Comissão de Inteligência do Senado. Para este grupo, suspeitos ligados à Al Qaeda foram submetidos a processos brutais depois do 11 de setembro sem nenhum retorno efetivo.
No último domingo, 14, o ex-vice-presidente Dick Chaney defendeu o uso de tais técnicas durante a gestão de George W. Bush. Para ele, os agentes da CIA são “heróis nacionais” e não torturadores. “Eles deveriam ser felicitados, deveriam ser condecorados”, disse à emissora norte-americana NBC.
Fonte - Opinião e Notícia
Mais da metade dos norte-americanos, 51%, aprovam a prática de tortura em interrogatórios para impedir atentados terroristas. Além disso, 56% deles acreditam que as técnicas de afogamento simulado (waterboarding)e privação do sono usadas pela CIA facilitaram o acesso a informações que evitaram atos de terrorismo no país. Os dados são de uma pesquisa da Agence France-Presse.
O estudo foi feito entre os dias 11 e 14 de dezembro, logo após a divulgação feita pelo Senado de um relatório sobre as práticas de tortura empregadas pela agência de inteligência norte-americana. A enquete aponta que apenas 29% dos cidadãos dos EUA rejeitam os métodos utilizados pela CIA. Já para 43%, a decisão do Senado de publicar o relatório vai contra os interesses do país.
Eficácia dos métodos questionada
Além das técnicas de tortura listadas acima, o documento do Senado também revelou que a CIA espancava, ameaçava e ainda amarrava os suspeitos por dois dias no escuro em prisões clandestinas. A eficácia destes métodos é questionada pela Comissão de Inteligência do Senado. Para este grupo, suspeitos ligados à Al Qaeda foram submetidos a processos brutais depois do 11 de setembro sem nenhum retorno efetivo.
No último domingo, 14, o ex-vice-presidente Dick Chaney defendeu o uso de tais técnicas durante a gestão de George W. Bush. Para ele, os agentes da CIA são “heróis nacionais” e não torturadores. “Eles deveriam ser felicitados, deveriam ser condecorados”, disse à emissora norte-americana NBC.
Fonte - Opinião e Notícia
Israel lança 1º ataque a Gaza desde cessar-fogo
Israel voltou a bombardear Gaza na madrugada deste sábado (noite de sexta-feira no Brasil), na primeira ação deste tipo desde que o cessar-fogo foi declarado em agosto deste ano.
Segundo Israel, o ataque aéreo teve como alvo uma instalação do grupo palestino Hamas e foi uma resposta ao lançamento de um foguete do território palestino.
Moradores da região de Khan Yunis, em Gaza, relataram ter ouvido duas explosões, informou a agência de notícias Associated Press.
A trégua declarada em agosto encerrou sete semanas de um conflito que matou mais de 2,2 mil pessoas – a maioria delas palestinas.
O porta-voz da IDF (Forças Armadas de Israel), coronel Peter Lerner, afirmou que o ataque teve como alvo "a infraestrutura terrorista do Hamas".
Segundo Lerner, a ofensiva israelense foi uma resposta ao lançamento de um foguete que caiu em Eshkol, no sul de Israel, na noite de sexta-feira (tarde no Brasil).
O foguete caiu em um campo aberto. Não houve mortos nem feridos.
De acordo com autoridades israelenses, o ataque contra Gaza também não provocou mortes.
O Hamas, grupo que atua no território palestino, lançou milhares de foguetes e morteiros contra Israel durante o conflito, que durou quase dois meses.
Em resposta, o governo israelense realizou um bombardeio aéreo e uma ofensiva terrestre sobre Gaza.
Mais de 70 israelenses morreram durante o confronto, muitos dos quais soldados.
Segundo Israel, o ataque aéreo teve como alvo uma instalação do grupo palestino Hamas e foi uma resposta ao lançamento de um foguete do território palestino.
Moradores da região de Khan Yunis, em Gaza, relataram ter ouvido duas explosões, informou a agência de notícias Associated Press.
A trégua declarada em agosto encerrou sete semanas de um conflito que matou mais de 2,2 mil pessoas – a maioria delas palestinas.
O porta-voz da IDF (Forças Armadas de Israel), coronel Peter Lerner, afirmou que o ataque teve como alvo "a infraestrutura terrorista do Hamas".
Segundo Lerner, a ofensiva israelense foi uma resposta ao lançamento de um foguete que caiu em Eshkol, no sul de Israel, na noite de sexta-feira (tarde no Brasil).
O foguete caiu em um campo aberto. Não houve mortos nem feridos.
De acordo com autoridades israelenses, o ataque contra Gaza também não provocou mortes.
O Hamas, grupo que atua no território palestino, lançou milhares de foguetes e morteiros contra Israel durante o conflito, que durou quase dois meses.
Em resposta, o governo israelense realizou um bombardeio aéreo e uma ofensiva terrestre sobre Gaza.
Mais de 70 israelenses morreram durante o confronto, muitos dos quais soldados.
O Natal da reconciliação de EUA e Cuba
A retomada das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba, rompidas há 53 anos, é o começo do fim do regime castrista
Pequenos gestos podem definir a história. Quando o líder palestino Yasser Arafat apertou a mão do premiê israelense Ytzhak Rabin, em 1993, para selar os acordos de Oslo, israelenses e palestinos vislumbraram a paz. Apesar de não ter dado os frutos desejados – ainda –, o aperto de mão provou que o diálogo era possível. Quando o presidente americano Richard Nixon viajou para a China, em 1972, os dois países não dialogavam havia três décadas. A visita ajudou a normalizar as relações e pôs a China na trilha do desenvolvimento. Atos simples de conciliação são o começo de grandes mudanças e ajudam a paz a vicejar. Tais atos são mais necessários num mundo conflagrado por crises e conflitos.
Na semana passada, Estados Unidos e Cuba, dois oponentes figadais desde os tempos da Guerra Fria, se reaproximaram depois de 53 anos de rompimento de relações diplomáticas. A mudança histórica começou com um gesto simples de aproximação. Em dezembro de 2008, quando Barack Obama já fora eleito presidente dos EUA, mas não tomara posse, ele se encontrou no Brasil com o presidente cubano Raúl Castro, irmão de Fidel Castro. Na ocasião, Raúl fez uma proposta ousada: “A época dos gestos unilaterais se acabou em Cuba. Tem de haver gestos bilaterais. Esses prisioneiros políticos, querem soltá-los? Que nos digam, que os mandamos para lá (EUA) com família e tudo”. Idas e vindas adiaram os diálogos, até outro gesto simples revivê-los. Em 2013, numa homenagem a Nélson Mandela, na África do Sul, Obama apertou a mão de Raúl.
Um ano depois do gesto simbólico, Obama anunciou, na última quarta-feira, dia 17, areaproximação diplomática entre os dois países, com a reabertura da embaixada americana em Havana, e o fim de algumas restrições econômicas a Cuba. “Estou convencido de que, por meio de uma política de engajamento, podemos defender nossos valores e ajudar o povo cubano a ajudar a si próprio na entrada do século XXI”, disse. Ao mesmo tempo que Obama anunciava as medidas, Raúl fazia um pronunciamento televisivo para comunicar as novidades.
Fonte - Época
Pequenos gestos podem definir a história. Quando o líder palestino Yasser Arafat apertou a mão do premiê israelense Ytzhak Rabin, em 1993, para selar os acordos de Oslo, israelenses e palestinos vislumbraram a paz. Apesar de não ter dado os frutos desejados – ainda –, o aperto de mão provou que o diálogo era possível. Quando o presidente americano Richard Nixon viajou para a China, em 1972, os dois países não dialogavam havia três décadas. A visita ajudou a normalizar as relações e pôs a China na trilha do desenvolvimento. Atos simples de conciliação são o começo de grandes mudanças e ajudam a paz a vicejar. Tais atos são mais necessários num mundo conflagrado por crises e conflitos.
Na semana passada, Estados Unidos e Cuba, dois oponentes figadais desde os tempos da Guerra Fria, se reaproximaram depois de 53 anos de rompimento de relações diplomáticas. A mudança histórica começou com um gesto simples de aproximação. Em dezembro de 2008, quando Barack Obama já fora eleito presidente dos EUA, mas não tomara posse, ele se encontrou no Brasil com o presidente cubano Raúl Castro, irmão de Fidel Castro. Na ocasião, Raúl fez uma proposta ousada: “A época dos gestos unilaterais se acabou em Cuba. Tem de haver gestos bilaterais. Esses prisioneiros políticos, querem soltá-los? Que nos digam, que os mandamos para lá (EUA) com família e tudo”. Idas e vindas adiaram os diálogos, até outro gesto simples revivê-los. Em 2013, numa homenagem a Nélson Mandela, na África do Sul, Obama apertou a mão de Raúl.
Um ano depois do gesto simbólico, Obama anunciou, na última quarta-feira, dia 17, areaproximação diplomática entre os dois países, com a reabertura da embaixada americana em Havana, e o fim de algumas restrições econômicas a Cuba. “Estou convencido de que, por meio de uma política de engajamento, podemos defender nossos valores e ajudar o povo cubano a ajudar a si próprio na entrada do século XXI”, disse. Ao mesmo tempo que Obama anunciava as medidas, Raúl fazia um pronunciamento televisivo para comunicar as novidades.
Fonte - Época
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
"Sob Francisco, emerge uma diplomacia mais ousada do Vaticano"
ROMA - Talvez o timing foi pura coincidência. Mas um dia depois que ele foi creditado por ajudar a intermediar o avanço diplomático histórico entreCuba e os Estados Unidos, o Papa Francisco começou sua quinta de manhã cumprimentando uma nova safra de enviados ao Vaticano , e oferece alguns conselhos.
"O trabalho de um embaixador reside em pequenos passos, pequenas coisas, mas eles sempre acabam fazendo a paz, trazendo mais perto dos corações das pessoas, semeando a fraternidade entre as pessoas", disse ele. "Este é o seu trabalho, mas com pequenas coisas, pequenas coisas."
No entanto, se o Vaticano tenha praticado por muito tempo um metódico, marca discreta da diplomacia, o que mudou sob Francis - ou foi restaurada - é uma visão de ousadia diplomática, a vontade de assumir riscos e inserir o Vaticano em disputas diplomáticas, especialmente nos casos em que pode agir como um corretor independente.
Mesmo que o Vaticano passou décadas construindo confiança em Cuba , e que trabalham de forma constante para quebrar o impasse com os Estados Unidos, foi Francisco quem levou os riscos fatais - escrever cartas secretas para o presidente Obama eo presidente Raúl Castro, de Cuba, e em seguida, oferecendo Vaticano para uma reunião secreta e crítica entre os dois lados, em outubro.
A comparação agora citada por muitos analistas é com o Papa João Paulo II. Se os dois papas não são sempre simpatico na ideologia, os dois homens têm entendido como usar o papado em uma idade media global e usar o poder da biografia pessoal para ajudar a posicionar o Vaticano como um corretor neutro.
Assim como João Paulo II, o primeiro papa polonês, tinha uma credibilidade única como uma voz contra o comunismo na Europa Oriental, por isso, também, é que Francis - o primeiro papa latino-americano - agora beneficiar de uma credibilidade única no mundo em desenvolvimento.
"Há elementos para Francis que são John Paul-esque", disse Francis Campbell, um ex-embaixador britânico junto à Santa Sé, acrescentando que Francis tinha abraçado o púlpito fornecida pelo papado. "O papado é um dos grandes formadores de opinião do mundo. Se as pessoas concordam com ela ou discordar com ele, ele tem uma grande voz. "
É muito cedo para saber o quanto Francis pode influenciar outras questões globais contenciosos. Ele organizou um June "summit oração" com os israelenses e palestinos presidentes que proporcionaram uma foto-op, mas aparentemente trouxe poucos resultados concretos. Logo depois, Israel ordenou um ataque em Gaza contra o Hamas, o palestino grupo militante.
Francis também herdou standoffs Vaticano de longa data, inclusive com a Arábia Saudita, e especialmente a China, onde a Santa Sé eo governo chinês estão envolvidos em um impasse diplomático de décadas sobre qual lado irá controlar bispos em igrejas católicas sancionados pelo Estado da China.
A delicadeza da questão China ficou evidente na semana passada, quando Francis se recusou a encontrar o Dalai Lama, aparentemente para evitar ofender os chineses, que consideram o líder espiritual tibetano como um inimigo.
No entanto, a julgar pelo seu itinerário, Francis está empurrando para estabelecer o Vaticano como um corretor de confiança diplomática. Em menos de dois anos como papa, ele já viajou para o Oriente Médio, Turquia, Coreia do Sul, Brasil, Albânia, na França e na ilha italiana de Lampedusa, onde chamou a atenção para a situação dos migrantes. No próximo mês, ele vai viajar para o Sri Lanka e Filipinas, e no próximo outono, ele fará sua primeira visita aos Estados Unidos.
Francis herdou uma burocracia do Vaticano em desordem e contaminado com escândalo após a inesperada renúncia de seu antecessor, Bento XVI.Bento foi visto como um administrador desatento, e um de seus assessores, o ex-secretário de Estado Tarcisio Bertone , foi responsabilizado por má gestão e, mais tarde, foi investigada por corrupção.
Francis renovou a burocracia, a delegação de tarefas financeiras para um novo ministério economia enquanto nomeia diplomatas para postos-chave em outro lugar, mais notavelmente o seu segundo em comando, Secretário de Estado Pietro Parolin, um cardeal italiano que liderou as negociações do Vaticano delicadas com o Vietnã e servido como núncio apostólico, ou embaixador, na Venezuela.
Ao contrário durante a era Bento, Francis e Cardinal Parolin são vistos como trabalhando em conjunto - o papa carismático e o diplomata metódica.
"Este papa governa juntamente com o secretário de Estado - ele não deixá-lo agir separadamente e de forma independente, como antes", disse Paolo Rodari, especialista em Vaticano no La Repubblica, um jornal italiano. Ele acrescentou que Francis tinha rapidamente construiu um relacionamento com líderes mundiais. "Ele estabelece relações muito facilmente", disse ele.
No passado, o Vaticano foi muitas vezes considerado pelo mundo não-ocidental como alinhado com a Europa ou os Estados Unidos. Um argentino, Francis tem regularmente procurou colocar-se em uma posição mais neutra, muitas vezes de forma sutil.
Em declarações aos jornalistas no avião papal após sua viagem à Turquia, Francis não hesitou em criticar a perseguição dos cristãos no Oriente Médio, no entanto, ele também falou sobre empathetically as percepções negativas, relacionadas com o terrorismo, que muitas vezes são suportadas pelos muçulmanos.
"Assim, muitos muçulmanos se sentir ofendido; eles dizem: 'Mas isso não é o que somos. O Alcorão é um livro profético de paz. Este não é o Islã ", disse ele. "Eu posso entender isso."
Por seu papel na diplomacia cubana, Francis estava seguindo os passos de João Paulo II, que visitou a ilha em 1998 e chamado para os Estados Unidos a levantar o bloqueio econômico. Na época, não tinha havido especulações de que a viagem de João Paulo pode quebrar o impasse EUA-Cuba, mas isso não aconteceu.
Mesmo assim, analistas disseram que os líderes católicos tinham continuado a cutucar o governo cubano para a mudança. Durante a década de 1990, vários bispos americanos feito incursões regulares para Cuba, criticando o bloqueio e colocar a atenção sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas comuns.
Cardeal Jaime Ortega , arcebispo de Havana, é creditado com adroitly navegar no difícil papel de defender a Igreja contra a perseguição do governo, mesmo enquanto ele mantinha contatos vivos com as autoridades cubanas.
Cardeal Ortega também passou a ser em Roma, em 03 de outubro e reuniu-se com Francis, de acordo com registros do Vaticano, levantando a possibilidade de que ele, também, participou da reunião de outubro do segredo que é creditado com a selar o negócio diplomática.
"Ortega sempre empurrado para uma reforma gradual do regime, para a abertura, mas ao mesmo tempo ele tem sido um parceiro de confiança para o governo - e com o apoio total do João Paulo II , Bento e Francisco ", disse Marco Politi , um autor e um veterano analista do Vaticano.
No final, porém, foi Francisco quem ajudou a projetar o avanço final."Francis trouxe de volta a Santa Sé no cenário internacional", disse Politi.
Fonte - New York Times (Tradução Google)
"O trabalho de um embaixador reside em pequenos passos, pequenas coisas, mas eles sempre acabam fazendo a paz, trazendo mais perto dos corações das pessoas, semeando a fraternidade entre as pessoas", disse ele. "Este é o seu trabalho, mas com pequenas coisas, pequenas coisas."
No entanto, se o Vaticano tenha praticado por muito tempo um metódico, marca discreta da diplomacia, o que mudou sob Francis - ou foi restaurada - é uma visão de ousadia diplomática, a vontade de assumir riscos e inserir o Vaticano em disputas diplomáticas, especialmente nos casos em que pode agir como um corretor independente.
Mesmo que o Vaticano passou décadas construindo confiança em Cuba , e que trabalham de forma constante para quebrar o impasse com os Estados Unidos, foi Francisco quem levou os riscos fatais - escrever cartas secretas para o presidente Obama eo presidente Raúl Castro, de Cuba, e em seguida, oferecendo Vaticano para uma reunião secreta e crítica entre os dois lados, em outubro.
A comparação agora citada por muitos analistas é com o Papa João Paulo II. Se os dois papas não são sempre simpatico na ideologia, os dois homens têm entendido como usar o papado em uma idade media global e usar o poder da biografia pessoal para ajudar a posicionar o Vaticano como um corretor neutro.
Assim como João Paulo II, o primeiro papa polonês, tinha uma credibilidade única como uma voz contra o comunismo na Europa Oriental, por isso, também, é que Francis - o primeiro papa latino-americano - agora beneficiar de uma credibilidade única no mundo em desenvolvimento.
"Há elementos para Francis que são John Paul-esque", disse Francis Campbell, um ex-embaixador britânico junto à Santa Sé, acrescentando que Francis tinha abraçado o púlpito fornecida pelo papado. "O papado é um dos grandes formadores de opinião do mundo. Se as pessoas concordam com ela ou discordar com ele, ele tem uma grande voz. "
É muito cedo para saber o quanto Francis pode influenciar outras questões globais contenciosos. Ele organizou um June "summit oração" com os israelenses e palestinos presidentes que proporcionaram uma foto-op, mas aparentemente trouxe poucos resultados concretos. Logo depois, Israel ordenou um ataque em Gaza contra o Hamas, o palestino grupo militante.
Francis também herdou standoffs Vaticano de longa data, inclusive com a Arábia Saudita, e especialmente a China, onde a Santa Sé eo governo chinês estão envolvidos em um impasse diplomático de décadas sobre qual lado irá controlar bispos em igrejas católicas sancionados pelo Estado da China.
A delicadeza da questão China ficou evidente na semana passada, quando Francis se recusou a encontrar o Dalai Lama, aparentemente para evitar ofender os chineses, que consideram o líder espiritual tibetano como um inimigo.
No entanto, a julgar pelo seu itinerário, Francis está empurrando para estabelecer o Vaticano como um corretor de confiança diplomática. Em menos de dois anos como papa, ele já viajou para o Oriente Médio, Turquia, Coreia do Sul, Brasil, Albânia, na França e na ilha italiana de Lampedusa, onde chamou a atenção para a situação dos migrantes. No próximo mês, ele vai viajar para o Sri Lanka e Filipinas, e no próximo outono, ele fará sua primeira visita aos Estados Unidos.
Francis herdou uma burocracia do Vaticano em desordem e contaminado com escândalo após a inesperada renúncia de seu antecessor, Bento XVI.Bento foi visto como um administrador desatento, e um de seus assessores, o ex-secretário de Estado Tarcisio Bertone , foi responsabilizado por má gestão e, mais tarde, foi investigada por corrupção.
Francis renovou a burocracia, a delegação de tarefas financeiras para um novo ministério economia enquanto nomeia diplomatas para postos-chave em outro lugar, mais notavelmente o seu segundo em comando, Secretário de Estado Pietro Parolin, um cardeal italiano que liderou as negociações do Vaticano delicadas com o Vietnã e servido como núncio apostólico, ou embaixador, na Venezuela.
Ao contrário durante a era Bento, Francis e Cardinal Parolin são vistos como trabalhando em conjunto - o papa carismático e o diplomata metódica.
"Este papa governa juntamente com o secretário de Estado - ele não deixá-lo agir separadamente e de forma independente, como antes", disse Paolo Rodari, especialista em Vaticano no La Repubblica, um jornal italiano. Ele acrescentou que Francis tinha rapidamente construiu um relacionamento com líderes mundiais. "Ele estabelece relações muito facilmente", disse ele.
No passado, o Vaticano foi muitas vezes considerado pelo mundo não-ocidental como alinhado com a Europa ou os Estados Unidos. Um argentino, Francis tem regularmente procurou colocar-se em uma posição mais neutra, muitas vezes de forma sutil.
Em declarações aos jornalistas no avião papal após sua viagem à Turquia, Francis não hesitou em criticar a perseguição dos cristãos no Oriente Médio, no entanto, ele também falou sobre empathetically as percepções negativas, relacionadas com o terrorismo, que muitas vezes são suportadas pelos muçulmanos.
"Assim, muitos muçulmanos se sentir ofendido; eles dizem: 'Mas isso não é o que somos. O Alcorão é um livro profético de paz. Este não é o Islã ", disse ele. "Eu posso entender isso."
Por seu papel na diplomacia cubana, Francis estava seguindo os passos de João Paulo II, que visitou a ilha em 1998 e chamado para os Estados Unidos a levantar o bloqueio econômico. Na época, não tinha havido especulações de que a viagem de João Paulo pode quebrar o impasse EUA-Cuba, mas isso não aconteceu.
Mesmo assim, analistas disseram que os líderes católicos tinham continuado a cutucar o governo cubano para a mudança. Durante a década de 1990, vários bispos americanos feito incursões regulares para Cuba, criticando o bloqueio e colocar a atenção sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas comuns.
Cardeal Jaime Ortega , arcebispo de Havana, é creditado com adroitly navegar no difícil papel de defender a Igreja contra a perseguição do governo, mesmo enquanto ele mantinha contatos vivos com as autoridades cubanas.
Cardeal Ortega também passou a ser em Roma, em 03 de outubro e reuniu-se com Francis, de acordo com registros do Vaticano, levantando a possibilidade de que ele, também, participou da reunião de outubro do segredo que é creditado com a selar o negócio diplomática.
"Ortega sempre empurrado para uma reforma gradual do regime, para a abertura, mas ao mesmo tempo ele tem sido um parceiro de confiança para o governo - e com o apoio total do João Paulo II , Bento e Francisco ", disse Marco Politi , um autor e um veterano analista do Vaticano.
No final, porém, foi Francisco quem ajudou a projetar o avanço final."Francis trouxe de volta a Santa Sé no cenário internacional", disse Politi.
Fonte - New York Times (Tradução Google)
O Papa encoraja católicos e luteranos a prosseguir no caminho do diálogo ecumênico
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou sua série de audiência, na manhã desta quinta-feira (18/12), recebendo, na Sala Clementina, no Vaticano, 13 Embaixadores junto à Santa Sé, para a apresentação de suas Cartas Credenciais.
A seguir, recebeu uma delegação de onze representantes da Igreja Evangélica Luterana alemã e da Comissão Ecumênica da Conferência Episcopal da Alemanha, em visita ecumênica a Roma.
Em sua saudação aos presentes, o Santo Padre disse que “o diálogo oficial entre luteranos e católicos percorreu quase 50 anos de intenso trabalho. O notável progresso, que foi realizado, com a ajuda de Deus, constitui um sólido fundamento de sincera amizade, vivida na fé e na espiritualidade. E o Papa ponderou:
“Não obstante as diferenças teológicas, que ainda permanecem em várias questões de fé, a colaboração e a convivência fraterna caracterizam a vida das nossas Igrejas e Comunidade eclesiais, comprometidas em um caminho ecumênico comum. A responsabilidade ecumênica da Igreja Católica faz parte da sua tarefa essencial, convocada e orientada pela unidade de Deus Uno e Trino.
Documentos conjuntos, - como a “Declaração Comum sobre a Doutrina da Justificação”, entre a Federação Luterana Mundial e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, assinada há quinze anos, - são importantes pedras fundamentais, que permitem prosseguir, com confiança, na estrada ecumênica traçada. Aqui, o Papa encorajou:
“O objetivo comum da unidade plena e visível dos cristãos parece, às vezes, distanciar-se por causa de diversas interpretações no âmbito do diálogo, do real significado de Igreja e da sua unidade. Não obstante tais questões abertas, não devemos resignar-nos, mas, ao contrário, concentrar-nos sobre os passos futuros.”
Entretanto, advertiu o Papa, não devemos nos esquecer que estamos trilhando juntos um caminho de amizade, de estima mútua e de pesquisa teológica, um caminho que nos torna esperançosos quanto ao futuro. Neste sentido, expressou sua satisfação pelo trabalho que a Comissão de diálogo bilateral, entre Bispos alemães e evangélicos-luteranos, estão para terminar sobre o tema “Deus e a dignidade do homem”. E recordou:
“O diálogo ecumênico, hoje, não pode ser separado da realidade e da vida das nossas Igrejas. Em 2017, os cristãos luteranos e os católicos vão comemorar, juntos, o quinto Centenário da Reforma. Trata-se de uma ocasião em que, luteranos e católicos, terão, pela primeira vez, a possibilidade de participar de uma comemoração ecumênica em todo o mundo, professando a própria fé comum em Deus Uno e Trino.”
Ao centro deste evento, disse por fim o Bispo de Roma, além da oração comum, se destaca o íntimo pedido de perdão pelas culpas recíprocas e alegria de percorrer, juntos, um caminho ecumênico partilhado. O Papa concluiu fazendo votos de que tal comemoração da Reforma possa encorajar a todos a dar, com a ajuda de Deus e as luzes do Espírito Santo, ulteriores passos rumo à unidade. (MT)
Fonte - Radio Vaticano
A seguir, recebeu uma delegação de onze representantes da Igreja Evangélica Luterana alemã e da Comissão Ecumênica da Conferência Episcopal da Alemanha, em visita ecumênica a Roma.
Em sua saudação aos presentes, o Santo Padre disse que “o diálogo oficial entre luteranos e católicos percorreu quase 50 anos de intenso trabalho. O notável progresso, que foi realizado, com a ajuda de Deus, constitui um sólido fundamento de sincera amizade, vivida na fé e na espiritualidade. E o Papa ponderou:
“Não obstante as diferenças teológicas, que ainda permanecem em várias questões de fé, a colaboração e a convivência fraterna caracterizam a vida das nossas Igrejas e Comunidade eclesiais, comprometidas em um caminho ecumênico comum. A responsabilidade ecumênica da Igreja Católica faz parte da sua tarefa essencial, convocada e orientada pela unidade de Deus Uno e Trino.
Documentos conjuntos, - como a “Declaração Comum sobre a Doutrina da Justificação”, entre a Federação Luterana Mundial e o Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, assinada há quinze anos, - são importantes pedras fundamentais, que permitem prosseguir, com confiança, na estrada ecumênica traçada. Aqui, o Papa encorajou:
“O objetivo comum da unidade plena e visível dos cristãos parece, às vezes, distanciar-se por causa de diversas interpretações no âmbito do diálogo, do real significado de Igreja e da sua unidade. Não obstante tais questões abertas, não devemos resignar-nos, mas, ao contrário, concentrar-nos sobre os passos futuros.”
Entretanto, advertiu o Papa, não devemos nos esquecer que estamos trilhando juntos um caminho de amizade, de estima mútua e de pesquisa teológica, um caminho que nos torna esperançosos quanto ao futuro. Neste sentido, expressou sua satisfação pelo trabalho que a Comissão de diálogo bilateral, entre Bispos alemães e evangélicos-luteranos, estão para terminar sobre o tema “Deus e a dignidade do homem”. E recordou:
“O diálogo ecumênico, hoje, não pode ser separado da realidade e da vida das nossas Igrejas. Em 2017, os cristãos luteranos e os católicos vão comemorar, juntos, o quinto Centenário da Reforma. Trata-se de uma ocasião em que, luteranos e católicos, terão, pela primeira vez, a possibilidade de participar de uma comemoração ecumênica em todo o mundo, professando a própria fé comum em Deus Uno e Trino.”
Ao centro deste evento, disse por fim o Bispo de Roma, além da oração comum, se destaca o íntimo pedido de perdão pelas culpas recíprocas e alegria de percorrer, juntos, um caminho ecumênico partilhado. O Papa concluiu fazendo votos de que tal comemoração da Reforma possa encorajar a todos a dar, com a ajuda de Deus e as luzes do Espírito Santo, ulteriores passos rumo à unidade. (MT)
Fonte - Radio Vaticano
Arábia Saudita decreta pena de morte para quem carregar Bíblia
Nova lei sobre literatura pode por fim ao cristianismo na região
A Arábia Saudita é o “berço” do Islamismo, tendo em Meca a cidade mais sagrada desta religião. Já é proibido aos não muçulmanos entrarem naquela cidade. De modo geral, a perseguição religiosa só aumenta. Não há igrejas conhecidas e a maioria dos cristãos naquela nação são imigrantes estrangeiros.
Agora, o governo do país que já se diz regido pela lei sharia, anuncia modificações em uma lei sobre literatura. Isso poderá marcar o fim do cristianismo na região. O motivo é simples: está prevista pena capital para quem carregar Bíblias para dentro da Arábia. Ou seja, o que já era considerado contrabando, agora chega ao extremo. Não se pode comprar legalmente uma cópia das Escrituras por lá.
A missão Heart Cry [Clamor do coração] divulgou em seu relatório mais recente que ao legislar sobre a importação de drogas ilegais, incluiu-se um artigo que aborda “todas as publicações de outras crenças religiosas não islâmicas e que tragam prejuízo”. Ou seja, na prática, entrar com uma Bíblia na Arábia Saudita será o mesmo que carregar cocaína ou heroína.
Segundo a lista publicada anualmente pelo Ministério Portas Abertas, em 2014 a Arábia Saudita figura como o 6º país que mais persegue cristãos. A conversão para outra religião já era proibida na Arábia Saudita, punida com a morte. Mesmo assim, existem relatos crescentes que muçulmanos estão seguindo a Cristo após sonhos e visões.
O portal WND entrou em contato com a embaixada da Arábia Saudita para confirmar as mudanças na lei, mas a resposta oficial é que não haveria comentários. Por ser um importante parceiro comercial dos EUA, a Arábia raramente recebe cobertura negativa da imprensa.
O teólogo Joel Richardson, que tem escrito vários livros e produz documentários sobre o islamismo e o final dos tempos, afirmou: “Se os muçulmanos verdadeiramente tivessem confiança que sua religião é verdadeira, não teriam medo de pessoas que leem a Bíblia”.
Para ele, o decreto é uma prova que o governo saudita tem medo do impacto do cristianismo. Produtor do documentário “End Times Eyewitness” [Testemunhas do Final dos Tempos], Richardson acredita que “Se eles estão matando pessoas por carregarem uma Bíblia, este é o cumprimento de Apocalipse 6:9″.
Fonte - Gospel Prime
A Arábia Saudita é o “berço” do Islamismo, tendo em Meca a cidade mais sagrada desta religião. Já é proibido aos não muçulmanos entrarem naquela cidade. De modo geral, a perseguição religiosa só aumenta. Não há igrejas conhecidas e a maioria dos cristãos naquela nação são imigrantes estrangeiros.
Agora, o governo do país que já se diz regido pela lei sharia, anuncia modificações em uma lei sobre literatura. Isso poderá marcar o fim do cristianismo na região. O motivo é simples: está prevista pena capital para quem carregar Bíblias para dentro da Arábia. Ou seja, o que já era considerado contrabando, agora chega ao extremo. Não se pode comprar legalmente uma cópia das Escrituras por lá.
A missão Heart Cry [Clamor do coração] divulgou em seu relatório mais recente que ao legislar sobre a importação de drogas ilegais, incluiu-se um artigo que aborda “todas as publicações de outras crenças religiosas não islâmicas e que tragam prejuízo”. Ou seja, na prática, entrar com uma Bíblia na Arábia Saudita será o mesmo que carregar cocaína ou heroína.
Segundo a lista publicada anualmente pelo Ministério Portas Abertas, em 2014 a Arábia Saudita figura como o 6º país que mais persegue cristãos. A conversão para outra religião já era proibida na Arábia Saudita, punida com a morte. Mesmo assim, existem relatos crescentes que muçulmanos estão seguindo a Cristo após sonhos e visões.
O portal WND entrou em contato com a embaixada da Arábia Saudita para confirmar as mudanças na lei, mas a resposta oficial é que não haveria comentários. Por ser um importante parceiro comercial dos EUA, a Arábia raramente recebe cobertura negativa da imprensa.
O teólogo Joel Richardson, que tem escrito vários livros e produz documentários sobre o islamismo e o final dos tempos, afirmou: “Se os muçulmanos verdadeiramente tivessem confiança que sua religião é verdadeira, não teriam medo de pessoas que leem a Bíblia”.
Para ele, o decreto é uma prova que o governo saudita tem medo do impacto do cristianismo. Produtor do documentário “End Times Eyewitness” [Testemunhas do Final dos Tempos], Richardson acredita que “Se eles estão matando pessoas por carregarem uma Bíblia, este é o cumprimento de Apocalipse 6:9″.
Fonte - Gospel Prime
18 fatos que mostram como o papa Francisco é pop
2) REFORMISTA - O papa Francisco foi eleito em 13 de março de 2013. Ao completar o primeiro ano do pontificado, mostrou ter retomado o controle da igreja em todas as frentes. Especialistas falam em uma "revolução de gestos". Espontâneo, é um grande comunicador. Francisco é um "general" jesuíta, determinado, exigente, às vezes com pouco tato.
3) SANTO BRASILEIRO - Em abril, Francisco canonizou José de Anchieta. Ele se tornou o terceiro santo brasileiro. O processo de canonização teve início em 1597, logo depois da morte do jesuíta. Nascido nas Ilhas Canárias, Anchieta veio para o Brasil em 1553 e participou da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, berço da capital paulista.
4) ATRAPALHADO - Dando a sua bênção semanal no início de março na praça São Pedro, no Vaticano, o papa argentino se confundiu com a língua italiana e acabou falando um palavrão sem querer. Francisco pedia uma solução pacífica para a crise na Ucrânia. Em vez de dizer "neste caso", o papa leu "neste 'cazzo'", que, em italiano, é uma gíria popular para se referir ao órgão sexual masculino e é usada com bastante frequência na Itália. Ele corrigiu-se em seguida, mas a gafe correu o mundo
5) ALÔ, ALÔ, MARCIANOS - Falando sobre a liberdade do Espírito Santo, em maio, o papa Francisco disse que daria os sacramentos católicos até a extraterrestres. "Se amanhã aparecesse uma expedição de marcianos, por exemplo, alguns viessem até nós --verdes, com aquele nariz longo e as orelhas grandes, como desenham as crianças-- e um deles dissesse 'Eu quero o batismo', o que aconteceria?", perguntou-se o Pontífice. "Quem sou eu para colocar impedimentos", respondeu.
6) MEDIADOR DE CONFLITOS - Em visita ao Oriente Médio, em maio, o papa Francisco convidou os presidentes da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, e de Israel, Shimon Peres, a se unirem a suas orações pela paz e ofereceu "sua casa", o Vaticano, para a implementação deste projeto. ?Os que fazemos parte da igreja temos a obrigação de nos converter em ferramentas para a paz, especialmente por meio de nossas preces", afirmou.
7) GURU DE AUTOAJUDA - Em entrevista à revista "Viva", do jornal argentino "Clarín", o papa Francisco deu dicas de como ter uma vida feliz. Entre os mandamentos sugeridos, estão: "Viva e deixe viver"; "brincar com as crianças" e "cuidar da natureza".
8) RECONCILIADOR - Na primeira visita de um papa à Ásia em 15 anos, o papa Francisco pediu, em agosto, por paz e reconciliação na dividida península coreana, e enviou uma mensagem de boa vontade para a China. Em Seul, Francisco rezou com um grupo de "mulheres de conforto", que eram forçadas a trabalhar como escravas sexuais para soldados japoneses que ocuparam o país antes e durante a Segunda Guerra Mundial
9) CASAMENTO - O papa Francisco ordenou em setembro uma revisão com o objetivo de simplificar os procedimentos da Igreja para a nulidade de casamentos, uma medida que pode facilitar a vida de católicos que querem encerrar seus matrimônios. Francisco nomeou uma comissão de 11 canonistas e teólogos para propor a reforma nos processos, "buscando simplificá-los e racionalizá-los enquanto garante o princípio da indissolubilidade do casamento".
10) COMBATE À PEDOFILIA - Ao longo do ano, Francisco fez vários comentários e gestos condenando religiosos que cometeram crime de pedofilia. Em setembro, ordenou pessoalmente a detenção de um ex-arcebispo e ex-embaixador da Santa Sé acusado de pedofilia, no primeiro caso de prisão no Vaticano de alguém suspeito de cometer esse crime, o polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos
11) ACENO AOS HOMOSSEXUAIS - Como ocorreu já no primeiro ano, Franciso voltou a dar sinais de que defende um tratamento igualitário da igreja aos homossexuais. Foi derrotado, porém, no Sínodo dos Bispos, realizado em outubro, que eliminou a expressão "boas-vindas aos homossexuais" do relatório final. Ao todo, 183 religiosos participaram do Sínodo. Na foto, cartaz lembra Francisco em parada gay nas Filipinas
12) BOM DE GARFO - Empanadas de pepperoni, maminha, mate e, claro, doce de leite. Estas são algumas das iguarias apreciadas pelo papa, segundo revelou o livro "Bom apetite, Guarda Suíça", que reúne as receitas mais apreciadas na Santa Sé. O autor da obra é um jovem membro da Guarda Suíça Pontifícia e cozinheiro profissional, David Geisser
13) O PAPA É PUNK - O papa Francisco convidou a cantora Patti Smith para cantar no concerto anual de Natal do Vaticano. Conhecida como a "Avó do Punk", Smith foi um dos 18 artistas que se apresentaram no Auditório de Conciliação de Roma, em 13 de dezembro. Em abril de 2013, Patti Smith assistiu à audiência geral do papa na praça São Pedro e o cumprimentou
14) BOM CORAÇÃO - Em novembro, o papa Francisco mandou instalar três chuveiros para que os sem-teto que vivem nas imediações da Basílica São Pedro possam tomar banho. Bem-humorado, o jornal ?La Stampa?, que revelou o projeto, informou que a ideia é que eles possam também lavar e trocar a cama "sob as janelas do Palácio Apóstolico".
15) AMBIENTALISTA - Engajado na luta contra aquecimento global, o papa Francisco alertou os países participantes da Cúpula do Clima, em Lima, no Peru, que o tempo para encontrar soluções para a mudança climática "está se esgotando". Na reunião, realizada em dezembro, foi lida uma mensagem sua que alerta: " Só poderemos achar soluções adequadas se atuarmos juntos. Existe, portanto, uma clara, definitiva e inadiável ética de atuar"
16) PAIXÃO POR FUTEBOL - Torcedor apaixonado do San Lorenzo, da Argentina, o papa teve o prazer de ver o seu time conquistar a Taça Libertadores da América em 2014. Na Turquia, durante uma visita, ao ser apresentado a um diplomata brasileiro, travou os seguinte diálogo com ele: "Sua Santidade, eu sou o cônsul-geral do Brasil". Jorge Bergoglio respondeu: "Prazer. Me diga, quem é melhor: Maradona ou Pelé?". Na foto, ele recebe a delegação do San Lorenzo
17) VISITA HISTÓRICA - Em uma visita considerada histórica à Turquia, o papa Francisco fez um apelo por maior diálogo entre religiões para conter o fanatismo e o fundamentalismo. "Fanatismo e fundamentalismo, assim como temores irracionais que abrigam discriminação mal entendidos, precisam ser contidos com a solidariedade de todos os crentes", disse o pontífice.
18) CACHORROS VÃO PARA O CÉU? - Ao tentar consolar um garotinho triste pela morte de seu cachorro, Francisco disse em dezembro, na Praça de São Pedro, que "o paraíso está aberto a todas as criaturas do Senhor". A frase abriu polêmica entre teólogos, que avaliam o que o papa quis dizer exatamente. O Vaticano esclareceu que a frase não quis dizer que os cachorros têm alma.
19) O DIPLOMATA - A retomada das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba, anunciada na segunda quinzena de dezembro, também teve a mão do papa. O fato foi revelado por um funcionário americano de alto escalão. Francisco e o Vaticano tiveram um papel essencial, intermediando a aproximação histórica. Na foto, o presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne com o papa Francisco no Vaticano, no primeiro encontro privado entre os dois líderes. "Sou um grande admirador", disse Obama, em inglês, ao papa no início do encontro
Fonte - UOL
Nota DDP: Alguém tem dificuldade de perceber que a ferida de morte está caminhando a passos largos para estar completamente curada, que o mundo se demonstra cada vez mais maravilhado com o poder da primeira besta e, finalmente, que a segunda já dá sinais externos claros de alinhamento?
Mais de 7 milhões de pessoas passam fome no Brasil
São Paulo - Em 2013, 52 milhões de brasileiros tiveram algum tipo de dificuldade para comprar alimentos. Apesar do número ser alto, ele está em queda. Segundo dados do PNAD, entre 2009 e 2013, a quantidade de casas com insegurança alimentar caiu de 30,2% para 22,6%. No entanto, 7 milhões de pessoas ainda passam fome no Brasil.
Os dados são do levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 sobre segurança alimentar que foi realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Um domicílio com segurança alimentar é aquele onde os membros adultos e crianças passam por privação de alimentos. O IBGE classifica a insegurança em três níveis.
A situação é mais crítica nas regiões Norte e Nordeste, onde atinge 36,1% e 38,1% dos domicílios. Na área rural chega a 35,3%.
A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave é maior nos domicílios cuja pessoa de referência é mulher (9,3%), de cor ou raça preta ou parda (29,8%).
Outra característica interessante das pessoas em situação de insegurança alimenta é que mais da metade (54,7%) delas estão empregadas - e mesmo assim não têm dinheiro para alimentação.
Fonte - Exame
Os dados são do levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 sobre segurança alimentar que foi realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Um domicílio com segurança alimentar é aquele onde os membros adultos e crianças passam por privação de alimentos. O IBGE classifica a insegurança em três níveis.
A situação é mais crítica nas regiões Norte e Nordeste, onde atinge 36,1% e 38,1% dos domicílios. Na área rural chega a 35,3%.
A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave é maior nos domicílios cuja pessoa de referência é mulher (9,3%), de cor ou raça preta ou parda (29,8%).
Outra característica interessante das pessoas em situação de insegurança alimenta é que mais da metade (54,7%) delas estão empregadas - e mesmo assim não têm dinheiro para alimentação.
Fonte - Exame
Pastor comenta histórica reaproximação de Cuba e Estados Unidos
Brasília, DF … [ASN] Repercutirá ainda hoje, durante o dia, notícia veiculada amplamente pelas agências internacionais sobre reaproximação diplomática entre Cuba e os Estados Unidos. Segundo alguns veículos de comunicação, a negociação foi feita pelo Canadá e pelo papa Francisco. Uma série de mudanças ampliará o comércio e o fluxo de pessoas entre os dois países e colocará fim a um período de cinco décadas de brigas, embargos econômicos e afastamento entre os dois países. Para os adventistas, esse episódio histórico tem implicações no aspecto teológico e profético conforme a Bíblia.
É preciso compreender esse fato dentro de um contexto geopolítico maior. E quem explica é o pastor Rafael Rossi, diretor sul-americano de Comunicação da Igreja Adventista, palestrante reconhecido sobre profecias apocalípticas e autor da série de estudos Apocalipse – O Fim Revelado. Conforme Rossi, “em Apocalipse 13 encontramos duas bestas. Na profecia bíblica besta sempre significa poder ou reino que está em oposição ao reino de Deus. É uma marca de rebelião e abandono dos princípios de Deus. Uma das bestas representa o poder religioso que teve a sua supremacia por 1260 anos, foi ferida e sobreviveu. Já a segunda besta é representada por um poder político. Todas as características apresentadas na Bíblia se cumprem com o surgimento dos Estados Unidos. Tornou-se nação em 1776 em um território não habitado por outra nação civilizada, ou seja, o segundo poder surgiu da terra e não do mar como a primeira besta. Mar, de acordo com Apocalipse 17:15, significa lugar povoado e terra o oposto”.
União das bestas apocalípticas
Para o teólogo, que se fundamenta em estudos com essa mesma interpretação já feitos há muitos anos, em seu começo os Estados Unidos, profeticamente, falavam como cordeiro, símbolo de seus ideais de liberdade, porém ele entende que chegará o momento em que a profecia diz que o poder político representado pelos Estados Unidos falará como dragão. Ou seja, agirá de uma forma radicalmente diferente.
“A segunda besta se unirá a primeira besta e diz o Apocalipse que ’.. faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada’. Apocalipse 13:12. ‘E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta’, conforme Apocalipse 13:15. Haverá a união entre as duas bestas, que somarão suas forças políticas e religiosas nos tempos finais da história do mundo. E isso vemos claramente em nossos dias. As relações entre os Estados Unidos e o Vaticano estão se tornando cada vez mais estreitas. A aproximação iniciada no começo da primeira Guerra Mundial, quando o presidente Roosevelt enviou a Roma um representante pessoal e o Papa um delegado apostólico para os Estados Unidos, aumentou em 1961. Nesse ano, ocorreu a posse do primeiro presidente americano católico, John Kennedy. Depois, em 1984, o presidente Ronald Reagan nomeou o primeiro embaixador norte-americano junto ao Vaticano”, comenta Rossi.
Cenário atual
Ainda segundo a avaliação de Rossi, “nos últimos anos, o governo do presidente Barack Obama mais uma vez traçou planos de aproximação entre Estados Unidos e Vaticano. A notícia de que os Estados Unidos decidiram reatar relações diplomáticas com Cuba, e ainda mais tendo o Papa como pivô, é, sem dúvida, uma profecia bíblica em cumprimento”.
Para o pastor, será por meio da segunda besta (poder político) que a adoração será imposta à primeira besta (poder religioso). Ou seja, os Estados Unidos tomarão a iniciativa de obrigar as pessoas a adorar a imagem da besta, deixando de lado as seus ideais de liberdade religiosa.
Ele cita o texto bíblico de Apocalipse 13:15 que diz que “a segunda besta ainda seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta…”. Apocalipse 13:15
“Por 1.260 anos, de 538 a.C. a 1798, a primeira besta recebeu adoração e obediência por meio de um sistema de leis repressivo, no qual os que não aceitavam a adoração forçada eram perseguidos e mortos. O texto bíblico nos diz que nesta associação entre as bestas será formada uma imagem, ou seja, uma cópia do sistema de leis do passado para conseguir os mesmos resultados alcançados durante a época da inquisição. A imagem da primeira besta se formará quando mais uma vez o Estado e a Religião se unirão para impor um dia oficial de culto, que não é o sábado bíblico”, conclui o pastor. [Equipe ASN, da Redação]
É possível baixar uma série de estudos completa sobre o Apocalipse. Clique aqui.
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É preciso compreender esse fato dentro de um contexto geopolítico maior. E quem explica é o pastor Rafael Rossi, diretor sul-americano de Comunicação da Igreja Adventista, palestrante reconhecido sobre profecias apocalípticas e autor da série de estudos Apocalipse – O Fim Revelado. Conforme Rossi, “em Apocalipse 13 encontramos duas bestas. Na profecia bíblica besta sempre significa poder ou reino que está em oposição ao reino de Deus. É uma marca de rebelião e abandono dos princípios de Deus. Uma das bestas representa o poder religioso que teve a sua supremacia por 1260 anos, foi ferida e sobreviveu. Já a segunda besta é representada por um poder político. Todas as características apresentadas na Bíblia se cumprem com o surgimento dos Estados Unidos. Tornou-se nação em 1776 em um território não habitado por outra nação civilizada, ou seja, o segundo poder surgiu da terra e não do mar como a primeira besta. Mar, de acordo com Apocalipse 17:15, significa lugar povoado e terra o oposto”.
União das bestas apocalípticas
Para o teólogo, que se fundamenta em estudos com essa mesma interpretação já feitos há muitos anos, em seu começo os Estados Unidos, profeticamente, falavam como cordeiro, símbolo de seus ideais de liberdade, porém ele entende que chegará o momento em que a profecia diz que o poder político representado pelos Estados Unidos falará como dragão. Ou seja, agirá de uma forma radicalmente diferente.
“A segunda besta se unirá a primeira besta e diz o Apocalipse que ’.. faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada’. Apocalipse 13:12. ‘E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta’, conforme Apocalipse 13:15. Haverá a união entre as duas bestas, que somarão suas forças políticas e religiosas nos tempos finais da história do mundo. E isso vemos claramente em nossos dias. As relações entre os Estados Unidos e o Vaticano estão se tornando cada vez mais estreitas. A aproximação iniciada no começo da primeira Guerra Mundial, quando o presidente Roosevelt enviou a Roma um representante pessoal e o Papa um delegado apostólico para os Estados Unidos, aumentou em 1961. Nesse ano, ocorreu a posse do primeiro presidente americano católico, John Kennedy. Depois, em 1984, o presidente Ronald Reagan nomeou o primeiro embaixador norte-americano junto ao Vaticano”, comenta Rossi.
Cenário atual
Ainda segundo a avaliação de Rossi, “nos últimos anos, o governo do presidente Barack Obama mais uma vez traçou planos de aproximação entre Estados Unidos e Vaticano. A notícia de que os Estados Unidos decidiram reatar relações diplomáticas com Cuba, e ainda mais tendo o Papa como pivô, é, sem dúvida, uma profecia bíblica em cumprimento”.
Para o pastor, será por meio da segunda besta (poder político) que a adoração será imposta à primeira besta (poder religioso). Ou seja, os Estados Unidos tomarão a iniciativa de obrigar as pessoas a adorar a imagem da besta, deixando de lado as seus ideais de liberdade religiosa.
Ele cita o texto bíblico de Apocalipse 13:15 que diz que “a segunda besta ainda seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta…”. Apocalipse 13:15
“Por 1.260 anos, de 538 a.C. a 1798, a primeira besta recebeu adoração e obediência por meio de um sistema de leis repressivo, no qual os que não aceitavam a adoração forçada eram perseguidos e mortos. O texto bíblico nos diz que nesta associação entre as bestas será formada uma imagem, ou seja, uma cópia do sistema de leis do passado para conseguir os mesmos resultados alcançados durante a época da inquisição. A imagem da primeira besta se formará quando mais uma vez o Estado e a Religião se unirão para impor um dia oficial de culto, que não é o sábado bíblico”, conclui o pastor. [Equipe ASN, da Redação]
É possível baixar uma série de estudos completa sobre o Apocalipse. Clique aqui.
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Nota DDP: Veja também "Papa intermedeia acordo histórico EUA-Cuba".
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
“Cristianismo é a religião mais perseguida do mundo”
Defensora de direitos humanos pede que cristãos se mobilizem politicamente
Pergunte para a maioria dos evangélicos brasileiros sobre a vida dos artistas gospel e eles possivelmente saberão dizer alguma coisa sobre o assunto. Questione sobre os ensinamentos de líderes influentes, que possuem programas de TV, e uma parcela considerável mostrará conhecimento sobre o tema. Contudo, se perguntados sobre a situação dos cristãos que sofrem perseguições pelo simples fato de crerem em Jesus, certamente o quadro é outro.
A popularidade da chamada “teologia da prosperidade” impede que as igrejas de modo geral estejam familiarizadas com o tema do sofrimento, ainda que ele esteja presente em boa parte do Novo Testamento. O silêncio quase absoluto da grande mídia brasileira sobre o assunto ajuda a reforçar o desconhecimento sobre um assunto tão atual e relevante.
O lançamento do livro “Perseguidos: O Ataque Global aos Cristãos” (Mundo Cristão) vem suprir essa lacuna. Escrito por Paul Marshall, Lela Gilbert e Nina Shea, a obra reúne uma série de informações atuais sobre a situação de diferentes ramos do cristianismo em várias partes do mundo. Em resumo, procura comprovar por que o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo.
O texto, em estilo jornalístico, reúne relatos do que está por trás das estatísticas. Dá um nome aos que chamamos genericamente de “perseguido”, descreve as suas famílias, igrejas e condições de vida. Preocupa, entristece e desafia o leitor à oração e ação!
O portal Gospel Prime entrou em contato com Nina Shea e conversou sobre a urgência do tema. Advogada de formação, atua como defensora de direitos humanos, sobretudo a liberdade religiosa. Ela conta que a defesa dos cristãos perseguidos pela sua fé é sua vocação, tendo sido impactada ainda na década de 1980 ao saber que irmãos e irmãs eram espancados e mortos na China por se recusarem a renunciar a Jesus Cristo.
Nina explica que “o testemunho deles afetou profundamente a minha própria jornada espiritual e senti a necessidade de chamar a atenção para essa injustiça através de meus textos e palestras”. No livro, ela conta como o Instiuto Hudson, do qual faz parte, tem ajudado a influenciar a política externa americana, despertando as autoridades para a questão da perseguição religiosa, sobretudo contra os cristãos.
Para a autora, ao conhecermos melhor sobre a realidade da chamada igreja perseguida, “podemos aprender verdadeiramente sobre fidelidade, amor e heroísmo”. Eles são inspiração para nossa própria fé. Menciona como exemplo a história de Meriam Ibrahim, que foi presa no Sudão acusada de apostasia. Mesmo estando grávida e sendo condenada a morte, permaneceu firme em sua decisão de seguir a Cristo.
São histórias como essa que Nina reuniu no livro que ajudou a escrever e, segundo ela mesma, “sendo inspiradoras e edificantes, merecem ser contadas. Além disso, ajudam a combater a ‘miopia secular’”. Ou seja, a maneira distorcida que os cristãos que vivem em países onde não há perseguição veem essa questão.
Para a advogada, parte da responsabilidade desse assunto ser pouco debatido é dos nossos líderes cristãos, “que estão relutantes em falar sobre isso por medo de serem rotulados como intolerantes, islamofóbicos ou algo do tipo”.
Ativista pelos direitos humanos, como cristã, Nina Shea reconhece a importância do trabalho de missões como Portas Abertas e Voz dos Mártires. Ressalta que elas colaboram em muito com o alívio ao sofrimento dos cristãos, mas esclarece que é preciso mais engajamento das igrejas.
“Muitas outras vozes são necessários para fazer a diferença, para fazer os nossos líderes políticos ouvirem e trabalharem para isso de maneira diplomática”, insiste.
Ao ser questionada sobre a atuação de grupos como Estado Islâmico, Boko Haram e outros, que matam cristãos frequentemente, Nina Shea faz um apelo: “Nós, cristãos, devemos orar, nos informar e agir politicamente em nome desses irmãos e irmãs que estão sendo perseguidos em tantos lugares”.
Insiste ainda que muitos cristãos foram libertos da prisão após a pressão internacional com cartas enviadas para os governos responsáveis e, claro, campanha de oração por eles. De fato, no Brasil o assunto é pouco comentado na esfera pública. Uma das exceções é o trabalho do deputado Marco Feliciano, que se destacou na defesa dos pastores Yousef Nadarkhani e Saeed Abedini, que foram presos e torturados por sua fé.
A autora de “Perseguidos”, explica que embora os Estados ou territórios que sigam a sharia – lei religiosa muçulmana – representem uma ameaça à liberdade religiosa especialmente dos cristãos, o Islã não deveria ser visto como “o inimigo”. Até porque, não é a única religião que gera perseguição.
“Nossa preocupação deveria ser a propagação de todos os grupos que não toleram os cristãos e procuram persegui-los, converte-los ou matá-los. O foco precisa ser as medidas urgentes para parar a limpeza religiosa no Iraque, Síria, Somália, norte da Nigéria, e outros lugares onde ela ocorre”.
O aumento da perseguição aos cristãos nos últimos anos é comprovado estatisticamente. Para Nina, por mais que ele se acentue, não irá extinguir a religião cristã. “O século passado viu o massacre armênio na Turquia, o genocídio no Sudão, além dos esforços de Stalin na União Soviética e de Mao na China para acabar como cristianismo.Essas perseguições tiraram a vida de milhões de cristãos, mas o cristianismo continua vivo está crescendo em todos esses lugares”, ressalta.
O melhor exemplo, segundo ela, é o avivamento que experimenta a China, onde o governo tenta controlar todas as igrejas. “Estima-se que haja ali mais de 100 milhões de cristãos, número maior que os membros do seu Partido Comunista. Especialistas preveem que a China terá um quarto de bilhão de cristãos em 15 anos. Há mais cristãos indo à igreja no domingo de manhã na China, que em toda a Europa Ocidental”, encerra.
Pergunte para a maioria dos evangélicos brasileiros sobre a vida dos artistas gospel e eles possivelmente saberão dizer alguma coisa sobre o assunto. Questione sobre os ensinamentos de líderes influentes, que possuem programas de TV, e uma parcela considerável mostrará conhecimento sobre o tema. Contudo, se perguntados sobre a situação dos cristãos que sofrem perseguições pelo simples fato de crerem em Jesus, certamente o quadro é outro.
A popularidade da chamada “teologia da prosperidade” impede que as igrejas de modo geral estejam familiarizadas com o tema do sofrimento, ainda que ele esteja presente em boa parte do Novo Testamento. O silêncio quase absoluto da grande mídia brasileira sobre o assunto ajuda a reforçar o desconhecimento sobre um assunto tão atual e relevante.
O lançamento do livro “Perseguidos: O Ataque Global aos Cristãos” (Mundo Cristão) vem suprir essa lacuna. Escrito por Paul Marshall, Lela Gilbert e Nina Shea, a obra reúne uma série de informações atuais sobre a situação de diferentes ramos do cristianismo em várias partes do mundo. Em resumo, procura comprovar por que o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo.
O texto, em estilo jornalístico, reúne relatos do que está por trás das estatísticas. Dá um nome aos que chamamos genericamente de “perseguido”, descreve as suas famílias, igrejas e condições de vida. Preocupa, entristece e desafia o leitor à oração e ação!
O portal Gospel Prime entrou em contato com Nina Shea e conversou sobre a urgência do tema. Advogada de formação, atua como defensora de direitos humanos, sobretudo a liberdade religiosa. Ela conta que a defesa dos cristãos perseguidos pela sua fé é sua vocação, tendo sido impactada ainda na década de 1980 ao saber que irmãos e irmãs eram espancados e mortos na China por se recusarem a renunciar a Jesus Cristo.
Nina explica que “o testemunho deles afetou profundamente a minha própria jornada espiritual e senti a necessidade de chamar a atenção para essa injustiça através de meus textos e palestras”. No livro, ela conta como o Instiuto Hudson, do qual faz parte, tem ajudado a influenciar a política externa americana, despertando as autoridades para a questão da perseguição religiosa, sobretudo contra os cristãos.
Para a autora, ao conhecermos melhor sobre a realidade da chamada igreja perseguida, “podemos aprender verdadeiramente sobre fidelidade, amor e heroísmo”. Eles são inspiração para nossa própria fé. Menciona como exemplo a história de Meriam Ibrahim, que foi presa no Sudão acusada de apostasia. Mesmo estando grávida e sendo condenada a morte, permaneceu firme em sua decisão de seguir a Cristo.
São histórias como essa que Nina reuniu no livro que ajudou a escrever e, segundo ela mesma, “sendo inspiradoras e edificantes, merecem ser contadas. Além disso, ajudam a combater a ‘miopia secular’”. Ou seja, a maneira distorcida que os cristãos que vivem em países onde não há perseguição veem essa questão.
Para a advogada, parte da responsabilidade desse assunto ser pouco debatido é dos nossos líderes cristãos, “que estão relutantes em falar sobre isso por medo de serem rotulados como intolerantes, islamofóbicos ou algo do tipo”.
Ativista pelos direitos humanos, como cristã, Nina Shea reconhece a importância do trabalho de missões como Portas Abertas e Voz dos Mártires. Ressalta que elas colaboram em muito com o alívio ao sofrimento dos cristãos, mas esclarece que é preciso mais engajamento das igrejas.
“Muitas outras vozes são necessários para fazer a diferença, para fazer os nossos líderes políticos ouvirem e trabalharem para isso de maneira diplomática”, insiste.
Ao ser questionada sobre a atuação de grupos como Estado Islâmico, Boko Haram e outros, que matam cristãos frequentemente, Nina Shea faz um apelo: “Nós, cristãos, devemos orar, nos informar e agir politicamente em nome desses irmãos e irmãs que estão sendo perseguidos em tantos lugares”.
Insiste ainda que muitos cristãos foram libertos da prisão após a pressão internacional com cartas enviadas para os governos responsáveis e, claro, campanha de oração por eles. De fato, no Brasil o assunto é pouco comentado na esfera pública. Uma das exceções é o trabalho do deputado Marco Feliciano, que se destacou na defesa dos pastores Yousef Nadarkhani e Saeed Abedini, que foram presos e torturados por sua fé.
A autora de “Perseguidos”, explica que embora os Estados ou territórios que sigam a sharia – lei religiosa muçulmana – representem uma ameaça à liberdade religiosa especialmente dos cristãos, o Islã não deveria ser visto como “o inimigo”. Até porque, não é a única religião que gera perseguição.
“Nossa preocupação deveria ser a propagação de todos os grupos que não toleram os cristãos e procuram persegui-los, converte-los ou matá-los. O foco precisa ser as medidas urgentes para parar a limpeza religiosa no Iraque, Síria, Somália, norte da Nigéria, e outros lugares onde ela ocorre”.
O aumento da perseguição aos cristãos nos últimos anos é comprovado estatisticamente. Para Nina, por mais que ele se acentue, não irá extinguir a religião cristã. “O século passado viu o massacre armênio na Turquia, o genocídio no Sudão, além dos esforços de Stalin na União Soviética e de Mao na China para acabar como cristianismo.Essas perseguições tiraram a vida de milhões de cristãos, mas o cristianismo continua vivo está crescendo em todos esses lugares”, ressalta.
O melhor exemplo, segundo ela, é o avivamento que experimenta a China, onde o governo tenta controlar todas as igrejas. “Estima-se que haja ali mais de 100 milhões de cristãos, número maior que os membros do seu Partido Comunista. Especialistas preveem que a China terá um quarto de bilhão de cristãos em 15 anos. Há mais cristãos indo à igreja no domingo de manhã na China, que em toda a Europa Ocidental”, encerra.
Nota DDP: A perseguição é certa e profética. A mobilização política é 'opcional', mas não menos profética em seu entendimento mais amplo.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Negócio do Google e Facebook é a destruição industrial da privacidade
O fim da privacidade amplia o desequilíbrio de poder entre as elites e o resto do mundo
Hoje, dizer que o livro "1984" de George Orwell foi profético já é um clichê jornalístico, e suas profecias são um lugar-comum da modernidade. Sua leitura agora pode ser uma experiência entediante. Comparados às maravilhas oniscientes do estado de vigilância atual, os dispositivos do Big Brother — televisores vigilantes e microfones ocultos — parecem pitorescos, até mesmo reconfortantes.
Tudo sobre o mundo que Orwell imaginou tornou-se tão óbvio que temos dificuldade com as deficiências narrativas do romance.
Impressiono-me mais com outro dos seus oráculos: um ensaio de 1945 intitulado "Você e a Bomba Atômica," em que Orwell antecipa mais ou menos a forma geopolítica do mundo no meio século que se seguiu. "Épocas em que a arma dominante é cara ou difícil de fazer", ele explica. "Será uma era de despotismo, ao passo que, quando a arma dominante é barata e simples, as pessoas comuns têm uma chance. Uma arma complexa deixa o forte mais forte, enquanto uma arma simples — desde que não haja resposta a ela — fortalece os fracos".
Ao descrever a bomba atômica (que havia sido lançada apenas dois meses antes em Hiroshima e Nagasaki) como uma "arma inerentemente tirânica", ele prevê que ela irá concentrar o poder nas mãos de "dois ou três superestados monstruosos" com avançadas bases de indústria e pesquisa necessárias para produzí-la. E se, ele pergunta, "as grandes nações sobreviventes fizessem um acordo tácito para nunca usar a bomba atômica uma contra a outra? E se elas apenas a usassem, ou ameaçassem usá-la, contra povos incapazes de retaliar?".
O resultado provável, ele conclui, seria "uma época tão horrivelmente estável quanto os impérios de escravos da antiguidade". Ao inventar o termo, ele prevê "um permanente estado de 'guerra fria': uma paz sem paz", em que "os povos e as classes oprimidas têm menos perspectivas e esperança".
Há paralelos entre a época de Orwell e a nossa. Por um lado, nos últimos meses, fala-se muito sobre a importância de "proteger a privacidade", mas pouco sobre por que isso é importante. Não é, como nos querem fazer acreditar, que a privacidade seja inerentemente valiosa. Isso não é verdade. A verdadeira razão está no cálculo do poder: a destruição da privacidade amplia o desequilíbrio de poder existente entre as facções que decidem e o povo, deixando "os povos das classes oprimidas", como Orwell escreveu, "ainda mais sem esperança".
O segundo paralelo é ainda mais grave e menos compreendido. Nesse momento, mesmo aqueles que lideram o ataque contra o estado de vigilância continuam a tratar a questão como se ela fosse um escândalo político, culpa de políticas corruptas de alguns homens maus, que devem ser responsabilizados. Acredita-se que as sociedades precisem apenas aprovar algumas leis para corrigir a situação.
O câncer é muito mais profundo do que isso. Vivemos não só em um estado de vigilância, mas em uma sociedade de vigilância. A vigilância totalitária não está apenas em nossos governos; está incorporada na nossa economia, em nossos usos mundanos da tecnologia e em nossas interações cotidianas.
O conceito da internet — uma rede única, global, homogênea que abrange o mundo todo — é a essência de um estado de vigilância. A internet foi construída em um modo de vigilância amigável porque os governos e organismos comerciais importantes assim o quiseram. Havia alternativas a cada passo do caminho. Elas foram ignoradas.
Em sua essência, empresas como o Google e o Facebook estão no mesmo ramo de negócio que a Agência de Segurança Nacional (NSA) do governo dos EUA. Elas coletam uma grande quantidade de informações sobre os usuários, armazenam, integram e utilizam essas informações para prever o comportamento individual e de um grupo, e depois as vendem para anunciantes e outros mais. Essa semelhança gerou parceiros naturais para a NSA, e é por isso que eles foram abordados para fazer parte do PRISM, o programa de vigilância secreta da internet. Ao contrário de agências de inteligência, que espionam linhas de telecomunicações internacionais, o complexo de vigilância comercial atrai bilhões de seres humanos com a promessa de "serviços gratuitos". Seu modelo de negócio é a destruição industrial da privacidade. E mesmo os maiores críticos da vigilância da NSA não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook.
Recordando as observações de Orwell, há um lado "tirânico" inegável na internet. Mas ela é muito complexa para ser inequivocamente classificada como um fenômeno "tirânico" ou "democrático".
Quando os povos começaram a formar cidades, foram capazes de coordenar grandes grupos pela primeira vez e rapidamente ampliar a troca de ideias. Os consequentes avanços técnicos e tecnológicos geraram os primórdios da civilização humana. Algo semelhante está acontecendo em nossa época. É possível se comunicar e fazer negócios com mais pessoas, em mais lugares em um único instante de modo nunca antes visto na história. A mesma evolução que facilita a vigilância da nossa civilização, dificulta sua previsibilidade. Grande parte da humanidade teve facilitada a busca pela educação, a corrida para o consenso e a competição com grupos de poder entrincheirados. Isso é encorajador, mas a menos que seja cultivado, pode ter vida curta.
Se há uma analogia moderna do que Orwell chamou de "arma simples e democrática", que "fortalece os fracos", ela seria a criptografia, a base da matemática por trás do bitcoin e dos programas de comunicações mais seguros. A produção é barata: um software de criptografia pode ser produzido em um computador doméstico. E a distribuição é ainda mais barata: um programa pode ser copiado de uma forma que objetos físicos não podem. Mas também é insuperável — a matemática no coração da criptografia moderna é sólida e pode suportar o poder de uma superpotência. A mesma tecnologia que permitiu que os aliados criptografassem suas comunicações de rádio para protegê-las contra interceptações, agora pode ser baixada através de uma conexão com a internet e instalada em um laptop barato.
Considerando-se que, em 1945, grande parte do mundo passou a enfrentar meio século da tirania em consequência da bomba atômica, em 2015 enfrentaremos a propagação inexorável da vigilância em massa invasiva e a transferência de poder para aqueles conectados às suas superestruturas. É muito cedo para dizer se o lado "democrático" ou o lado "tirânico" da internet finalmente vencerá. Mas reconhecê-los — e percebê-los como o campo de luta — é o primeiro passo para se posicionar efetivamente junto com a grande maioria das pessoas.
A humanidade agora não pode mais rejeitar a internet, mas também não pode se render a ela. Ao contrário, temos que lutar por ela. Assim como os primórdios das armas atômicas inaugurou a Guerra Fria, a lógica da internet é a chave para entender a iminente guerra em prol do centro intelectual da nossa civilização.
Fonte - UOL
Hoje, dizer que o livro "1984" de George Orwell foi profético já é um clichê jornalístico, e suas profecias são um lugar-comum da modernidade. Sua leitura agora pode ser uma experiência entediante. Comparados às maravilhas oniscientes do estado de vigilância atual, os dispositivos do Big Brother — televisores vigilantes e microfones ocultos — parecem pitorescos, até mesmo reconfortantes.
Tudo sobre o mundo que Orwell imaginou tornou-se tão óbvio que temos dificuldade com as deficiências narrativas do romance.
Impressiono-me mais com outro dos seus oráculos: um ensaio de 1945 intitulado "Você e a Bomba Atômica," em que Orwell antecipa mais ou menos a forma geopolítica do mundo no meio século que se seguiu. "Épocas em que a arma dominante é cara ou difícil de fazer", ele explica. "Será uma era de despotismo, ao passo que, quando a arma dominante é barata e simples, as pessoas comuns têm uma chance. Uma arma complexa deixa o forte mais forte, enquanto uma arma simples — desde que não haja resposta a ela — fortalece os fracos".
Ao descrever a bomba atômica (que havia sido lançada apenas dois meses antes em Hiroshima e Nagasaki) como uma "arma inerentemente tirânica", ele prevê que ela irá concentrar o poder nas mãos de "dois ou três superestados monstruosos" com avançadas bases de indústria e pesquisa necessárias para produzí-la. E se, ele pergunta, "as grandes nações sobreviventes fizessem um acordo tácito para nunca usar a bomba atômica uma contra a outra? E se elas apenas a usassem, ou ameaçassem usá-la, contra povos incapazes de retaliar?".
O resultado provável, ele conclui, seria "uma época tão horrivelmente estável quanto os impérios de escravos da antiguidade". Ao inventar o termo, ele prevê "um permanente estado de 'guerra fria': uma paz sem paz", em que "os povos e as classes oprimidas têm menos perspectivas e esperança".
Há paralelos entre a época de Orwell e a nossa. Por um lado, nos últimos meses, fala-se muito sobre a importância de "proteger a privacidade", mas pouco sobre por que isso é importante. Não é, como nos querem fazer acreditar, que a privacidade seja inerentemente valiosa. Isso não é verdade. A verdadeira razão está no cálculo do poder: a destruição da privacidade amplia o desequilíbrio de poder existente entre as facções que decidem e o povo, deixando "os povos das classes oprimidas", como Orwell escreveu, "ainda mais sem esperança".
O segundo paralelo é ainda mais grave e menos compreendido. Nesse momento, mesmo aqueles que lideram o ataque contra o estado de vigilância continuam a tratar a questão como se ela fosse um escândalo político, culpa de políticas corruptas de alguns homens maus, que devem ser responsabilizados. Acredita-se que as sociedades precisem apenas aprovar algumas leis para corrigir a situação.
O câncer é muito mais profundo do que isso. Vivemos não só em um estado de vigilância, mas em uma sociedade de vigilância. A vigilância totalitária não está apenas em nossos governos; está incorporada na nossa economia, em nossos usos mundanos da tecnologia e em nossas interações cotidianas.
O conceito da internet — uma rede única, global, homogênea que abrange o mundo todo — é a essência de um estado de vigilância. A internet foi construída em um modo de vigilância amigável porque os governos e organismos comerciais importantes assim o quiseram. Havia alternativas a cada passo do caminho. Elas foram ignoradas.
Em sua essência, empresas como o Google e o Facebook estão no mesmo ramo de negócio que a Agência de Segurança Nacional (NSA) do governo dos EUA. Elas coletam uma grande quantidade de informações sobre os usuários, armazenam, integram e utilizam essas informações para prever o comportamento individual e de um grupo, e depois as vendem para anunciantes e outros mais. Essa semelhança gerou parceiros naturais para a NSA, e é por isso que eles foram abordados para fazer parte do PRISM, o programa de vigilância secreta da internet. Ao contrário de agências de inteligência, que espionam linhas de telecomunicações internacionais, o complexo de vigilância comercial atrai bilhões de seres humanos com a promessa de "serviços gratuitos". Seu modelo de negócio é a destruição industrial da privacidade. E mesmo os maiores críticos da vigilância da NSA não parecem estar pedindo o fim do Google e do Facebook.
Recordando as observações de Orwell, há um lado "tirânico" inegável na internet. Mas ela é muito complexa para ser inequivocamente classificada como um fenômeno "tirânico" ou "democrático".
Quando os povos começaram a formar cidades, foram capazes de coordenar grandes grupos pela primeira vez e rapidamente ampliar a troca de ideias. Os consequentes avanços técnicos e tecnológicos geraram os primórdios da civilização humana. Algo semelhante está acontecendo em nossa época. É possível se comunicar e fazer negócios com mais pessoas, em mais lugares em um único instante de modo nunca antes visto na história. A mesma evolução que facilita a vigilância da nossa civilização, dificulta sua previsibilidade. Grande parte da humanidade teve facilitada a busca pela educação, a corrida para o consenso e a competição com grupos de poder entrincheirados. Isso é encorajador, mas a menos que seja cultivado, pode ter vida curta.
Se há uma analogia moderna do que Orwell chamou de "arma simples e democrática", que "fortalece os fracos", ela seria a criptografia, a base da matemática por trás do bitcoin e dos programas de comunicações mais seguros. A produção é barata: um software de criptografia pode ser produzido em um computador doméstico. E a distribuição é ainda mais barata: um programa pode ser copiado de uma forma que objetos físicos não podem. Mas também é insuperável — a matemática no coração da criptografia moderna é sólida e pode suportar o poder de uma superpotência. A mesma tecnologia que permitiu que os aliados criptografassem suas comunicações de rádio para protegê-las contra interceptações, agora pode ser baixada através de uma conexão com a internet e instalada em um laptop barato.
Considerando-se que, em 1945, grande parte do mundo passou a enfrentar meio século da tirania em consequência da bomba atômica, em 2015 enfrentaremos a propagação inexorável da vigilância em massa invasiva e a transferência de poder para aqueles conectados às suas superestruturas. É muito cedo para dizer se o lado "democrático" ou o lado "tirânico" da internet finalmente vencerá. Mas reconhecê-los — e percebê-los como o campo de luta — é o primeiro passo para se posicionar efetivamente junto com a grande maioria das pessoas.
A humanidade agora não pode mais rejeitar a internet, mas também não pode se render a ela. Ao contrário, temos que lutar por ela. Assim como os primórdios das armas atômicas inaugurou a Guerra Fria, a lógica da internet é a chave para entender a iminente guerra em prol do centro intelectual da nossa civilização.
Fonte - UOL
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
EUA pedem que Vaticano ajude a encontrar soluções para detidos de Guantánamo
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - Os Estados Unidos, que procuram maneiras de fechar a prisão da Baía de Guantánamo e transferir prisioneiros para terceiros países, pediram ao Vaticano nesta segunda-feira que ajude o país a encontrar "soluções humanitárias" para os detidos, informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, fez o pedido em um encontro com seu homólogo do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, na Santa Sé.
Embora o Vaticano não tenha dado detalhes sobre o tipo de auxílio que os EUA desejam, uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado disse que Kerry reiterou o compromisso do presidente norte-americano, Barack Obama, de fechar o centro de detenção e descreveu o progresso recente das iniciativas diplomáticas para transferir detidos para terceiros países, como o Uruguai.
Os EUA pediram "a assistência da Santa Sé na busca de soluções humanitárias adequadas para prisioneiros atuais", afirmou Lombardi em comentários publicados no site da Rádio Vaticano.
Desde que chegou à Casa Branca, em 2009, Obama vem tentando fechar a prisão, onde suspeitos de terrorismo foram postos sem julgamento após os ataques de 11 de setembro de 2001, mas até hoje não conseguiu, em parte por causa da resistência do Congresso.
Atualmente, o centro abriga cerca de 148 prisioneiros.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, fez o pedido em um encontro com seu homólogo do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, na Santa Sé.
Embora o Vaticano não tenha dado detalhes sobre o tipo de auxílio que os EUA desejam, uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado disse que Kerry reiterou o compromisso do presidente norte-americano, Barack Obama, de fechar o centro de detenção e descreveu o progresso recente das iniciativas diplomáticas para transferir detidos para terceiros países, como o Uruguai.
Os EUA pediram "a assistência da Santa Sé na busca de soluções humanitárias adequadas para prisioneiros atuais", afirmou Lombardi em comentários publicados no site da Rádio Vaticano.
Desde que chegou à Casa Branca, em 2009, Obama vem tentando fechar a prisão, onde suspeitos de terrorismo foram postos sem julgamento após os ataques de 11 de setembro de 2001, mas até hoje não conseguiu, em parte por causa da resistência do Congresso.
Atualmente, o centro abriga cerca de 148 prisioneiros.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Como o mundo avaliou o papa Francisco em 2014?
Enquete do instituto Pew abrange os cinco continentes
Roma, 12 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Jorge Henrique Mújica | 697 visitas
No final de 2013, a popularidade do papa Francisco na mídia era indiscutível: as revistas mais prestigiosas do mundo o apresentavam na capa, o escolhiam como pessoa do ano, o listavam entre os mais influentes do planeta, ele era “trendic topic” no Facebook e no Twitter… Um ano depois, o furor midiático não tem a mesma intensidade, mas prevalece a imagem positiva do papa Francisco junto ao público de todo o mundo.
O instituto de pesquisas norte-americano Pew Research Center estudou a imagem do papa nos cinco continentes entre 30 de outubro de 2013 e 4 de março de 2014 e entre 17 de março e 5 de junho deste mesmo ano. Os resultados mundiais mostram que a imagem do papa é positiva para 60% dos entrevistados. 28% não o qualificaram e 11% não o veem favoravelmente (cf. “Pope Francis’ Image Positive in Much of World”, 11.12.2014).
Por continente, 84% dos europeus têm uma opinião muito boa sobre Francisco. Na América Latina, 72% da população o vê positivamente. A avaliação positiva diminui para 41% na Ásia, 40% na África e 25% no Oriente Médio. Nos Estados Unidos, a avaliação positiva é de 78%.
Em números absolutos, 28 dos 43 países pesquisados dizem ter boa opinião sobre o papa (destaque para América Latina e Europa). Na Argentina, este é o caso de 91% dos entrevistados. Sete em cada dez brasileiros, colombianos, mexicanos e peruanos reiteram esta qualificação.
Na Europa, 9 em cada 10 poloneses, italianos e franceses veem o papa positivamente; na Espanha e na Alemanha, 8 em cada 10. No Reino Unido, 6,5 em cada 10.
Os melhores resultados na Ásia foram registrados nas Filipinas (88%) e na Coreia do Sul (86%). Na Tailândia, Bangladesh, Japão e Vietnã, 4 em cada 10 pessoas lhe dão esta qualificação.
A avalição positiva na África chega a 70% em Uganda e na Tanzânia, diminuindo para 56% no Quênia. No Oriente Próximo, atinge 62% dos libaneses, mas fica em torno de 33% no Egito, na Jordânia e na Turquia.
Fonte - Zenit
Roma, 12 de Dezembro de 2014 (Zenit.org) Jorge Henrique Mújica | 697 visitas
No final de 2013, a popularidade do papa Francisco na mídia era indiscutível: as revistas mais prestigiosas do mundo o apresentavam na capa, o escolhiam como pessoa do ano, o listavam entre os mais influentes do planeta, ele era “trendic topic” no Facebook e no Twitter… Um ano depois, o furor midiático não tem a mesma intensidade, mas prevalece a imagem positiva do papa Francisco junto ao público de todo o mundo.
O instituto de pesquisas norte-americano Pew Research Center estudou a imagem do papa nos cinco continentes entre 30 de outubro de 2013 e 4 de março de 2014 e entre 17 de março e 5 de junho deste mesmo ano. Os resultados mundiais mostram que a imagem do papa é positiva para 60% dos entrevistados. 28% não o qualificaram e 11% não o veem favoravelmente (cf. “Pope Francis’ Image Positive in Much of World”, 11.12.2014).
Por continente, 84% dos europeus têm uma opinião muito boa sobre Francisco. Na América Latina, 72% da população o vê positivamente. A avaliação positiva diminui para 41% na Ásia, 40% na África e 25% no Oriente Médio. Nos Estados Unidos, a avaliação positiva é de 78%.
Em números absolutos, 28 dos 43 países pesquisados dizem ter boa opinião sobre o papa (destaque para América Latina e Europa). Na Argentina, este é o caso de 91% dos entrevistados. Sete em cada dez brasileiros, colombianos, mexicanos e peruanos reiteram esta qualificação.
Na Europa, 9 em cada 10 poloneses, italianos e franceses veem o papa positivamente; na Espanha e na Alemanha, 8 em cada 10. No Reino Unido, 6,5 em cada 10.
Os melhores resultados na Ásia foram registrados nas Filipinas (88%) e na Coreia do Sul (86%). Na Tailândia, Bangladesh, Japão e Vietnã, 4 em cada 10 pessoas lhe dão esta qualificação.
A avalição positiva na África chega a 70% em Uganda e na Tanzânia, diminuindo para 56% no Quênia. No Oriente Próximo, atinge 62% dos libaneses, mas fica em torno de 33% no Egito, na Jordânia e na Turquia.
Fonte - Zenit
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Pastores e líderes do candomblé se unem na Bahia
Encontro ecumênico na Bahia surpreende
Com cerca de 27 metros de diâmetro, a rocha conhecida como “Pedra de Xangô” fica em Salvador, entre os bairros Cajazeiras X e Fazenda Grande II. Há séculos é visitada pelos seguidores das religiões afro-brasileiras. Para eles é um local sagrado, onde depositam suas oferendas e fazem rituais.
Em novembro, um grupo de evangélicos foi acusado de pichar a pedra, despejar 200 quilos de sal grosso no local e destruir as oferendas. Isso causou revolta nos adeptos das religiões afro, que passaram a pedir o tombamento do local pelo poder público. O governo da Bahia, que é do PT, já sinalizou que assentará.
“Esse monumento aqui significa muito para o povo do axé, para o povo do candomblé, de Umbanda, que aqui cultuam suas divindades e este monumento precisa ser preservado”, disse Leonel Monteiro, da Associação de Preservação da Cultura Afro.
Uma denúncia formal foi feita ao Centro de Referência de Combate ao Racismo Nelson Mandela, localizado na capital baiana, por líderes de religião afro. Eles alegam que é um caso claro de intolerância religiosa. Nenhuma igreja evangélica foi formalmente acusada, pois não há testemunhas.
Menos de um mês depois do ocorrido, o governo baiano divulgou um ato de “solidariedade aos povos de terreiros”, com pastores que representam a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e do Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs (CEBIC) se reuniram nesta quarta-feira (10). O encontro ecumênico teve a participação do secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Raimundo Nascimento.
Para surpresa de muitos, a diretora-executiva da CESE e pastora da Igreja Presbiteriana Unida, Sônia Mota, asseverou: “Precisamos assegurar que o Brasil seja um Estado laico de fato, onde todas as religiões sejam possíveis e os deputados não defendam a sua fé, mas o direito do povo brasileiro ser e existir com toda a sua diversidade”. Um verdadeiro sinal dos tempos.
Por sua vez, Mãe Branca, líder do terreiro Ilê Axé Obá Babá Xére, explica que uma oferenda feita com 5 mil quiabos será oferecido num ritual ao redor da Pedra. “Temos a necessidade de reenergizar esse altar. Já foi feito banho de ervas e agora haverá uma oferenda com o alimento que Xangô mais gosta”. Ela parece reconhecer que a ação atribuída aos evangélicos teve sérias consequências do ponto de vista espiritual.
A visita dos pastores ao terreiro, emocionou Mãe Branca. “É um acontecimento histórico para os povos de terreiro. Nunca imaginei que um dia receberia pastores em minha casa. Tenha certeza de que essa luta não será em vão”, afirmou. No final do encontro, todos deram as mãos e proferiram rezas em iorubá. A pastora, que vestia uma camiseta com os dizeres “Eu respeito as diversidades”, conduziu uma oração do Pai-Nosso. Sua postura e discurso são totalmente divergentes do que os pastores normalmente ensinam sobre as religiões afro.
Fonte - Gospel Prime
Com cerca de 27 metros de diâmetro, a rocha conhecida como “Pedra de Xangô” fica em Salvador, entre os bairros Cajazeiras X e Fazenda Grande II. Há séculos é visitada pelos seguidores das religiões afro-brasileiras. Para eles é um local sagrado, onde depositam suas oferendas e fazem rituais.
Em novembro, um grupo de evangélicos foi acusado de pichar a pedra, despejar 200 quilos de sal grosso no local e destruir as oferendas. Isso causou revolta nos adeptos das religiões afro, que passaram a pedir o tombamento do local pelo poder público. O governo da Bahia, que é do PT, já sinalizou que assentará.
“Esse monumento aqui significa muito para o povo do axé, para o povo do candomblé, de Umbanda, que aqui cultuam suas divindades e este monumento precisa ser preservado”, disse Leonel Monteiro, da Associação de Preservação da Cultura Afro.
Uma denúncia formal foi feita ao Centro de Referência de Combate ao Racismo Nelson Mandela, localizado na capital baiana, por líderes de religião afro. Eles alegam que é um caso claro de intolerância religiosa. Nenhuma igreja evangélica foi formalmente acusada, pois não há testemunhas.
Menos de um mês depois do ocorrido, o governo baiano divulgou um ato de “solidariedade aos povos de terreiros”, com pastores que representam a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e do Conselho Ecumênico Baiano de Igrejas Cristãs (CEBIC) se reuniram nesta quarta-feira (10). O encontro ecumênico teve a participação do secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Raimundo Nascimento.
Para surpresa de muitos, a diretora-executiva da CESE e pastora da Igreja Presbiteriana Unida, Sônia Mota, asseverou: “Precisamos assegurar que o Brasil seja um Estado laico de fato, onde todas as religiões sejam possíveis e os deputados não defendam a sua fé, mas o direito do povo brasileiro ser e existir com toda a sua diversidade”. Um verdadeiro sinal dos tempos.
Por sua vez, Mãe Branca, líder do terreiro Ilê Axé Obá Babá Xére, explica que uma oferenda feita com 5 mil quiabos será oferecido num ritual ao redor da Pedra. “Temos a necessidade de reenergizar esse altar. Já foi feito banho de ervas e agora haverá uma oferenda com o alimento que Xangô mais gosta”. Ela parece reconhecer que a ação atribuída aos evangélicos teve sérias consequências do ponto de vista espiritual.
A visita dos pastores ao terreiro, emocionou Mãe Branca. “É um acontecimento histórico para os povos de terreiro. Nunca imaginei que um dia receberia pastores em minha casa. Tenha certeza de que essa luta não será em vão”, afirmou. No final do encontro, todos deram as mãos e proferiram rezas em iorubá. A pastora, que vestia uma camiseta com os dizeres “Eu respeito as diversidades”, conduziu uma oração do Pai-Nosso. Sua postura e discurso são totalmente divergentes do que os pastores normalmente ensinam sobre as religiões afro.
Fonte - Gospel Prime
Papa Francisco afirma que tempo para achar soluções para o clima "está se esgotando"
O papa Francisco alertou os países participantes da Cúpula do Clima, em Lima, no Peru, que o tempo para encontrar soluções para a mudança climática "está se esgotando".
Esta foi a mensagem enviada ao ministro do Meio Ambiente peruano e presidente da Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP20), Manuel Pulgar Vidal, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo escritório de imprensa do Vaticano.
"O tempo para encontrar soluções globais está se esgotando. Só poderemos achar soluções adequadas se atuarmos juntos. Existe, portanto, uma clara, definitiva e inadiável ética de atuar", asseverou o pontífice.
Para Francisco, a luta contra aquecimento global "será possível unicamente com uma responsável resposta coletiva, que supere interesses e comportamentos individuais e seja desenvolvida livre de pressões políticas e econômicas".
O pontífice acrescentou que uma resposta coletiva também pode ser capaz "de superar a desconfiança e promover uma cultura de solidariedade, do encontro e do diálogo, capaz de mostrar a responsabilidade de proteger o planeta e a família".
Na mensagem, o pontífice argentino expressou sua "proximidade e estímulo" aos participantes e lembrou que os temas debatidos "afetam toda a humanidade, principalmente os mais pobres e as gerações futuras. Mais ainda, trata-se de uma grave responsabilidade ética e moral", destacou.
Francisco lembrou que é "importante que a conferência seja realizada no litoral adjacente à corrente marítima de Humboldt, que une em um abraço simbólico os povos da América, da Oceania e da Ásia e que cumpre um papel determinante no clima de todo o planeta".
Segundo o pontífice, "as consequências das mudanças climáticas, que já são sentidas de modo dramático em muitos países, nos lembram a gravidade da negligência e da inação".
O papa concluiu a mensagem desejando que a COP20, assim como os próximos encontros, "seja decisiva para as negociações sobre o clima".
Fonte - UOL
Esta foi a mensagem enviada ao ministro do Meio Ambiente peruano e presidente da Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP20), Manuel Pulgar Vidal, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo escritório de imprensa do Vaticano.
"O tempo para encontrar soluções globais está se esgotando. Só poderemos achar soluções adequadas se atuarmos juntos. Existe, portanto, uma clara, definitiva e inadiável ética de atuar", asseverou o pontífice.
Para Francisco, a luta contra aquecimento global "será possível unicamente com uma responsável resposta coletiva, que supere interesses e comportamentos individuais e seja desenvolvida livre de pressões políticas e econômicas".
O pontífice acrescentou que uma resposta coletiva também pode ser capaz "de superar a desconfiança e promover uma cultura de solidariedade, do encontro e do diálogo, capaz de mostrar a responsabilidade de proteger o planeta e a família".
Na mensagem, o pontífice argentino expressou sua "proximidade e estímulo" aos participantes e lembrou que os temas debatidos "afetam toda a humanidade, principalmente os mais pobres e as gerações futuras. Mais ainda, trata-se de uma grave responsabilidade ética e moral", destacou.
Francisco lembrou que é "importante que a conferência seja realizada no litoral adjacente à corrente marítima de Humboldt, que une em um abraço simbólico os povos da América, da Oceania e da Ásia e que cumpre um papel determinante no clima de todo o planeta".
Segundo o pontífice, "as consequências das mudanças climáticas, que já são sentidas de modo dramático em muitos países, nos lembram a gravidade da negligência e da inação".
O papa concluiu a mensagem desejando que a COP20, assim como os próximos encontros, "seja decisiva para as negociações sobre o clima".
Fonte - UOL
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Escritora alerta contra influência antibíblica em livros e filmes para adolescentes
Brasília, DF… [ASN] Devido ao grande sucesso em todo o mundo de material com conteúdo considerado antibíblico para crianças e adolescentes, que vai contra os princípios bíblicos, aCasa Publicadora Brasileira lançará em 2015 o livro Vaso de Barro, cuja autora é a professora e escritora Neila Oliveira. O conteúdo é sobre a vida de Ellen White e coincidirá com o centenário das obras da escritora adventista norte-americana. Neila lançou o livro nesta segunda-feira, 8 de dezembro, durante o culto dos servidores da sede sul-americana adventista, em Brasília.
Material com maior acolhida
Segundo a escritora, obras como Harry Potter, Crepúsculo, Cinquenta Tons de Cinza, a série Instrumentos Mortais, Sombra de um Anjo, entre outras, têm capturado as mentes de milhões de crianças e adolescentes distorcendo a conhecida história bíblica de rebelião de Lúcifer no céu. Esses são apenas exemplos da variedade de materiais que têm hipnotizado milhares de jovens.
É importante mencionar que as crianças estão sendo influenciadas até pelas “inocentes” bonecas Monster High, que têm grande sucesso entre as meninas, e os bonecos Ever After High, que são as filhas e os filhos dos personagens dos contos de fadas.
Para a educadora, os pais de família estão chocados diante da incrível acolhida, por parte de seus filhos, dos vídeos, filmes e livros mais vendidos dos últimos tempos. Entre os que se destacam mais está o trailer deCinquenta Tons de Cinza, que explora o sadomasoquismo, que é o mais visto do ano no YouTube e já alcançou mais de 36 milhões de visualizações em cinco dias. Outro exemplo é o livro Sombra de um Anjo, com 500 páginas, que adolescentes estão lendo em apenas 10 horas. Esses são alguns exemplos de material visual e escrito que ocupam o tempo dos fãs e que têm substituído a Bíblia por esse tipo de conteúdo.
“Os livros são uma força poderosa para o bem ou para o mal porque refletem os pensamentos, as crenças, as convicções e o caráter de seus autores. Eles podem inspirar bons princípios ou podem despertar, de forma sedutora, a natureza caída do ser humano e induzi-lo à rebelião e ao pecado”, destaca Neila Oliveira, citando Steve Wohlberg, pastor adventista e conhecido apresentador de rádio e televisão nos Estados Unidos.
Seitas lançam material antibíblico
De acordo com a escritora adventista, uma seita se uniu a uma conhecida marca de fraldas descartáveis para lançar na próxima semana um livro ilustrado que apresentará conceitos do Evangelho e que tem como objetivo ensinar crenças que fogem do conceito bíblico. O autor, Maurício de Souza, disse que o material pode ser usado no dia a dia, independente da religião que se professe.
Outras das seitas que estão investindo em material para disseminar suas doutrinas entre os adolescentes e as crianças apresentam materiais como o livro The Big Book, que nos Estados Unidos já tem grande aceitação.
Vaso de Barro
O livro escrito por Neila apresenta dois personagens jovens, Ana Beatriz e Gary, que estão buscando ansiosamente conhecer mais sobre uma pessoa muito influente chamada Ellen White, uma das autoras cristãs mais traduzidas do mundo. Não sendo possível encontrar-se com ela pessoalmente, os personagens se envolvem em uma fascinante investigação sobre sua trajetória e seus escritos, uma experiência que mudará a vida dos jovens para sempre. É uma história que vai na direção contrária à dos livros que estão influenciando milhões de jovens, crianças e adolescentes em todo o mundo e que fortalece conceitos bíblicos.
O livro Vaso de Barro foi apresentado aos servidores da sede sul-americana adventista e dedicado a Deus pelos líderes sul-americanos. O programa foi transmitido ao vivo pela Internet e pode ser visto no vídeo abaixo.
Outros dados
Vaso de Barro já está em processo de tradução para o espanhol, francês e posteriormente também será traduzido ao inglês.
“A responsabilidade dos pais não pode ser transferida para outras pessoas, muito menos para equipamentos nem para livros. Temos a responsabilidade de educá-los, porque, quando Jesus voltar, daremos conta deles a Deus. São os tesouros que Deus colocou sob nossa responsabilidade”, pontua Neila. “Resgatem o estudo da Bíblia em casa com as crianças. Os cultos são a maior oportunidade que vejo para que as crianças estudem a Bíblia e leiam livros cristãos. Entendo que essa é a geração escolhida para este tempo. Deus tem um plano especial para as crianças, adolescentes e jovens. Devemos estar prontos para apoiá-los.” [Equipe ASN, Cárolyn Azo]
Fonte - Adventistas.org
Material com maior acolhida
Segundo a escritora, obras como Harry Potter, Crepúsculo, Cinquenta Tons de Cinza, a série Instrumentos Mortais, Sombra de um Anjo, entre outras, têm capturado as mentes de milhões de crianças e adolescentes distorcendo a conhecida história bíblica de rebelião de Lúcifer no céu. Esses são apenas exemplos da variedade de materiais que têm hipnotizado milhares de jovens.
É importante mencionar que as crianças estão sendo influenciadas até pelas “inocentes” bonecas Monster High, que têm grande sucesso entre as meninas, e os bonecos Ever After High, que são as filhas e os filhos dos personagens dos contos de fadas.
Para a educadora, os pais de família estão chocados diante da incrível acolhida, por parte de seus filhos, dos vídeos, filmes e livros mais vendidos dos últimos tempos. Entre os que se destacam mais está o trailer deCinquenta Tons de Cinza, que explora o sadomasoquismo, que é o mais visto do ano no YouTube e já alcançou mais de 36 milhões de visualizações em cinco dias. Outro exemplo é o livro Sombra de um Anjo, com 500 páginas, que adolescentes estão lendo em apenas 10 horas. Esses são alguns exemplos de material visual e escrito que ocupam o tempo dos fãs e que têm substituído a Bíblia por esse tipo de conteúdo.
“Os livros são uma força poderosa para o bem ou para o mal porque refletem os pensamentos, as crenças, as convicções e o caráter de seus autores. Eles podem inspirar bons princípios ou podem despertar, de forma sedutora, a natureza caída do ser humano e induzi-lo à rebelião e ao pecado”, destaca Neila Oliveira, citando Steve Wohlberg, pastor adventista e conhecido apresentador de rádio e televisão nos Estados Unidos.
Seitas lançam material antibíblico
De acordo com a escritora adventista, uma seita se uniu a uma conhecida marca de fraldas descartáveis para lançar na próxima semana um livro ilustrado que apresentará conceitos do Evangelho e que tem como objetivo ensinar crenças que fogem do conceito bíblico. O autor, Maurício de Souza, disse que o material pode ser usado no dia a dia, independente da religião que se professe.
Outras das seitas que estão investindo em material para disseminar suas doutrinas entre os adolescentes e as crianças apresentam materiais como o livro The Big Book, que nos Estados Unidos já tem grande aceitação.
Vaso de Barro
O livro escrito por Neila apresenta dois personagens jovens, Ana Beatriz e Gary, que estão buscando ansiosamente conhecer mais sobre uma pessoa muito influente chamada Ellen White, uma das autoras cristãs mais traduzidas do mundo. Não sendo possível encontrar-se com ela pessoalmente, os personagens se envolvem em uma fascinante investigação sobre sua trajetória e seus escritos, uma experiência que mudará a vida dos jovens para sempre. É uma história que vai na direção contrária à dos livros que estão influenciando milhões de jovens, crianças e adolescentes em todo o mundo e que fortalece conceitos bíblicos.
O livro Vaso de Barro foi apresentado aos servidores da sede sul-americana adventista e dedicado a Deus pelos líderes sul-americanos. O programa foi transmitido ao vivo pela Internet e pode ser visto no vídeo abaixo.
Outros dados
Vaso de Barro já está em processo de tradução para o espanhol, francês e posteriormente também será traduzido ao inglês.
“A responsabilidade dos pais não pode ser transferida para outras pessoas, muito menos para equipamentos nem para livros. Temos a responsabilidade de educá-los, porque, quando Jesus voltar, daremos conta deles a Deus. São os tesouros que Deus colocou sob nossa responsabilidade”, pontua Neila. “Resgatem o estudo da Bíblia em casa com as crianças. Os cultos são a maior oportunidade que vejo para que as crianças estudem a Bíblia e leiam livros cristãos. Entendo que essa é a geração escolhida para este tempo. Deus tem um plano especial para as crianças, adolescentes e jovens. Devemos estar prontos para apoiá-los.” [Equipe ASN, Cárolyn Azo]
Fonte - Adventistas.org
sábado, 6 de dezembro de 2014
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Papa compara fundamentalistas cristãos com terroristas
Papa visita Mesquita Azul, na Turquia
No avião que o levou de volta à Itália depois de uma visita de três dias à Turquia, o papa conversou com jornalistas durante quase uma hora. “O Alcorão é um livro de paz.” A declaração do papa Francisco, durante a viagem de volta à Roma, repercutiu no mundo inteiro. “Não se pode dizer que todos os islâmicos são terroristas, assim como não se pode dizer que todos os cristãos são fundamentalistas”, completou o Papa. Para ele, é preciso que os líderes islâmicos - sejam eles políticos, religiosos ou acadêmicos - condenem claramente o terrorismo. Uma condenação mundial, segundo o pontífice, ajudaria a maioria dos muçulmanos a se livrar das reações negativas que enfrentam em vários lugares do planeta. Sobre o momento em que rezou na Mesquita Azul, disse que estava ali como um peregrino e que fez orações pela Turquia e pela paz. A viagem à Turquia foi um dos passos mais importantes que um líder da Igreja Católica romana deu na aproximação com os cristãos ortodoxos desde que eles se separaram no século XI. O papa também manifestou o desejo de se encontrar com o patriarca de Moscou. A Igreja Ortodoxa Russa é a que mantém as relações mais delicadas com o Vaticano.
O papa Francisco declarou ainda que não acredita que a Síria possua armas químicas e afirmou que gostaria de viajar para o Iraque, mas reconhece que neste momento criaria um problema de segurança para as autoridades iraquianas.
(O Globo)
Nota 1: Finalmente, o papa associa/compara claramente os fundamentalistas cristãos aos terroristas islâmicos. De acordo com declarações anteriores de Francisco (veja aqui e aqui), fundamentalistas são os que leem os primeiros capítulos de Gênesis como relato histórico e que creem que Deus seja uma espécie de “mágico” (confira), por ter criado a vida neste planeta em seis dias literais de 24 horas. Logo, fundamentalistas cristãos são, de maneira especial, os adventistas criacionistas – muito embora esse povo não seja capaz de matar uma mosca. O objetivo do papa é unir os religiosos (cristãos, islâmicos, ortodoxos e outros) sob a bandeira da teologia liberal simpática, inclusiva e da paz, o que acabará por enviar para o gueto da discriminação todos aqueles que serão vistos como fanáticos, fundamentalistas, extremistas – violentos ou não. O cenário vai se tornando escuro para uma minoria que quer simplesmente se manter fiel à Palavra de Deus, sem reinterpretá-la a seu bel prazer. Estaria essa minoria preparada para os dias que virão? [MB]
Nota 2: Quanto à declaração do papa de que o Alcorão seria um livro de paz, de fato, há textos que orientam os muçulmanos a que, se os adversários se inclinam para a trégua, eles devem buscar o fim das hostilidades: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela” (Al-Anfal 8:61). Karen Armstrong, em seu livro Muhammad: uma biografia do profeta, escreveu: “O Alcorão ensina que a guerra é sempre abominável. Os muçulmanos nunca devem iniciar hostilidades, [...] mas, depois de terem tomado uma guerra, os muçulmanos lutam com o compromisso de levar a luta ao fim o mais rápido possível” (p. 209). Mas também há os textos que parecem promover um tipo de “guerra santa”, com um incentivo, no mínimo, pornográfico, com respeito ao “céu” que aguarda os fieis:
“E se deitarão sobre leitos incrustados com pedras preciosas, frente a frente, onde lhes servirão jovens de frescores imortais com taças e jarras cheias de vinho que não lhes provocará dores de cabeça nem intoxicação [nesta vida, os muçulmanos são proibidos de consumir bebidas alcoólicas], e frutas de sua predileção, e carne das aves que desejarem. E deles serão as huris [virgens] de olhos escuros, castas como pérolas bem guardadas, em recompensa por tudo quanto houverem feito. [...] Sabei que criamos as huris para eles, e as fizemos virgens, companheiras amorosas para os justos” (Alcorão, surata 56, versículos 12-40).
Além do Alcorão, existem também as hadiths, coletâneas de histórias sobre tudo o que supostamente disse ou fez o profeta Maomé durante sua vida, que circularam oralmente por mais de um século até serem escritas em sua forma atual. Uma delas diz: “A menor recompensa para aqueles que se encontram no paraíso é um átrio com 80 mil servos e 72 esposas, sobre o qual repousa um domo decorado com pérolas, aquamarinas e rubis, tão largo quanto a distância entre Al-Jabiyyah e Sana’a” (Livro de Sunan, v. IV).
Ainda segundo as hadith, Maomé teria dito: “Existe no paraíso um mercado onde não há compra ou venda, mas homens e mulheres. Quando um homem deseja uma mulher, ele vai até lá e tem relações sexuais com ela” (Al Hadis, v. 4, p. 172, n. 34).
Estaria aí o incentivo para as ações dos jovens terroristas, privados de praticamente todos os prazeres aqui na Terra?
No avião que o levou de volta à Itália depois de uma visita de três dias à Turquia, o papa conversou com jornalistas durante quase uma hora. “O Alcorão é um livro de paz.” A declaração do papa Francisco, durante a viagem de volta à Roma, repercutiu no mundo inteiro. “Não se pode dizer que todos os islâmicos são terroristas, assim como não se pode dizer que todos os cristãos são fundamentalistas”, completou o Papa. Para ele, é preciso que os líderes islâmicos - sejam eles políticos, religiosos ou acadêmicos - condenem claramente o terrorismo. Uma condenação mundial, segundo o pontífice, ajudaria a maioria dos muçulmanos a se livrar das reações negativas que enfrentam em vários lugares do planeta. Sobre o momento em que rezou na Mesquita Azul, disse que estava ali como um peregrino e que fez orações pela Turquia e pela paz. A viagem à Turquia foi um dos passos mais importantes que um líder da Igreja Católica romana deu na aproximação com os cristãos ortodoxos desde que eles se separaram no século XI. O papa também manifestou o desejo de se encontrar com o patriarca de Moscou. A Igreja Ortodoxa Russa é a que mantém as relações mais delicadas com o Vaticano.
O papa Francisco declarou ainda que não acredita que a Síria possua armas químicas e afirmou que gostaria de viajar para o Iraque, mas reconhece que neste momento criaria um problema de segurança para as autoridades iraquianas.
(O Globo)
Nota 1: Finalmente, o papa associa/compara claramente os fundamentalistas cristãos aos terroristas islâmicos. De acordo com declarações anteriores de Francisco (veja aqui e aqui), fundamentalistas são os que leem os primeiros capítulos de Gênesis como relato histórico e que creem que Deus seja uma espécie de “mágico” (confira), por ter criado a vida neste planeta em seis dias literais de 24 horas. Logo, fundamentalistas cristãos são, de maneira especial, os adventistas criacionistas – muito embora esse povo não seja capaz de matar uma mosca. O objetivo do papa é unir os religiosos (cristãos, islâmicos, ortodoxos e outros) sob a bandeira da teologia liberal simpática, inclusiva e da paz, o que acabará por enviar para o gueto da discriminação todos aqueles que serão vistos como fanáticos, fundamentalistas, extremistas – violentos ou não. O cenário vai se tornando escuro para uma minoria que quer simplesmente se manter fiel à Palavra de Deus, sem reinterpretá-la a seu bel prazer. Estaria essa minoria preparada para os dias que virão? [MB]
Nota 2: Quanto à declaração do papa de que o Alcorão seria um livro de paz, de fato, há textos que orientam os muçulmanos a que, se os adversários se inclinam para a trégua, eles devem buscar o fim das hostilidades: “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela” (Al-Anfal 8:61). Karen Armstrong, em seu livro Muhammad: uma biografia do profeta, escreveu: “O Alcorão ensina que a guerra é sempre abominável. Os muçulmanos nunca devem iniciar hostilidades, [...] mas, depois de terem tomado uma guerra, os muçulmanos lutam com o compromisso de levar a luta ao fim o mais rápido possível” (p. 209). Mas também há os textos que parecem promover um tipo de “guerra santa”, com um incentivo, no mínimo, pornográfico, com respeito ao “céu” que aguarda os fieis:
“E se deitarão sobre leitos incrustados com pedras preciosas, frente a frente, onde lhes servirão jovens de frescores imortais com taças e jarras cheias de vinho que não lhes provocará dores de cabeça nem intoxicação [nesta vida, os muçulmanos são proibidos de consumir bebidas alcoólicas], e frutas de sua predileção, e carne das aves que desejarem. E deles serão as huris [virgens] de olhos escuros, castas como pérolas bem guardadas, em recompensa por tudo quanto houverem feito. [...] Sabei que criamos as huris para eles, e as fizemos virgens, companheiras amorosas para os justos” (Alcorão, surata 56, versículos 12-40).
Além do Alcorão, existem também as hadiths, coletâneas de histórias sobre tudo o que supostamente disse ou fez o profeta Maomé durante sua vida, que circularam oralmente por mais de um século até serem escritas em sua forma atual. Uma delas diz: “A menor recompensa para aqueles que se encontram no paraíso é um átrio com 80 mil servos e 72 esposas, sobre o qual repousa um domo decorado com pérolas, aquamarinas e rubis, tão largo quanto a distância entre Al-Jabiyyah e Sana’a” (Livro de Sunan, v. IV).
Ainda segundo as hadith, Maomé teria dito: “Existe no paraíso um mercado onde não há compra ou venda, mas homens e mulheres. Quando um homem deseja uma mulher, ele vai até lá e tem relações sexuais com ela” (Al Hadis, v. 4, p. 172, n. 34).
Estaria aí o incentivo para as ações dos jovens terroristas, privados de praticamente todos os prazeres aqui na Terra?
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