Washington, 28 abr (EFE).- As mudanças registrados na quantidade de gelo que flutua nos oceanos polares estão provocando um aumento do nível dos mares, revelou um estudo publicado hoje na revista "Geophysical Research Letters".
Segundo o princípio de Arquímedes, todo corpo submerso em um fluído experimenta um empurrão vertical igual ao peso do fluído deslocado, o que significaria que o degelo não deve influenciar nos níveis marítimos.
No entanto, os cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, dizem que esse princípio não é aplicável uma vez que a água do mar é mais morna e mais salgada que os gelos flutuantes e que, por isso, influi nos níveis do mar.
Apesar da perda de gelo flutuante a cada ano ser similar, segundo os cientistas, a 1,5 milhão de icebergs como os que afundaram o Titanic no começo do século passado, o que torna o aumento do nível marinho insignificante. Em um ano esse aumento é de cerca de 49 micrometros, ou seja, o diâmetro de um fio de cabelo.
No entanto, Andrew Shepherd, autor do estudo baseado em observações de satélite e modelos computadorizados, afirma que o impacto do degelo é um sinal que não pode ser ignorado.
Shepherd lembrou que nas últimas décadas se registraram reduções consideráveis do gelo flutuante da Terra, particularmente nas plataformas antárticas e árticas.
"Estas mudanças tiveram um grande impacto no clima regional e, já que se espera que os oceanos aumentem sua temperatura no curso do século, o degelo dos icebergs deve ser considerado em avaliações futuras dos aumentos no nível marinho", disse.
Fonte - BOL
Nota DDP: Ver também "Gelo flutuante do mundo está em "retração constante"".
quinta-feira, 29 de abril de 2010
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Campo de concentração nos EUA
Se a moda pega, o território americano vai virar um imenso campo de concentração. Por sua conta e risco, a governadora republicana do Estado do Arizona, Jan Brewer, assinou uma lei na última sexta-feira, 23, depois de aprovada pelos legisladores estaduais, que transforma em crime a imigração ilegal. Uma lei discriminatória e covarde.
A lei autoriza os policiais do Estado do Arizona a pedirem documentos e prenderem qualquer um que eles considerem suspeitos. Ou seja, a partir dessa lei a polícia tem carta branca para prender e arrebentar. E a palavra da vítima não terá nenhum valor porque é apenas um imigrante ilegal.
A lei de Dona Brewer atende ao ideário dos mais radicais políticos e da mídia conservadora dos Estados Unidos, capitaneada por um tal Glenn Beck, o Jabor da TV americana. Não é de hoje que eles pregam abertamente a adoção de medidas mais duras contra os imigrantes indocumentados e os culpam pelos males do país, quando na verdade eles representam uma extraordinária força de trabalho e, se não recolhem mais impostos, é exatamente porque não são legalizados.
Há nos Estados Unidos estimados 10 a 12 milhões de imigrantes indocumentados, a grande maioria formada por mexicanos. Só no Arizona, são 460 mil.
A lei criou um clima de indignação geral na comunidade hispânica, o maior grupo minoritário do país, com quase 10% da população. Essa é a primeira vez na história do país, que pretende dar lições de democracia ao mundo, que a polícia tem o direito de prender e punir alguém pelo simples fato de não possuir um visto, mesmo que ele não tenha cometido crime algum.
Até agora, os Estados Unidos estavam a salvo desse comportamento arbitrário que tem sido adotado na maioria dos países europeus, como na Itália do “new facista” Berlusconi que colocou o Exército nas ruas para caçar imigrantes, ou na Suíça, onde a extrema direita de ideias neo-nazistas age com o mesmo rigor.
A lei do Arizona terá várias consequências. A primeira delas será a resposta da Casa Branca, que já acionou seu departamento jurídico para se manifestar sobre a legitimidade de uma lei estadual se sobrepor a um assunto da competência federal, como é a política migratória.
Outra consequência, essa de natureza política, é a força do eleitorado hispânico. Eles marcharam com Obama na eleição presidencial confiando na promessa de campanha de prioridade para a reforma imigratória. Obama não teve tempo. Passou todo primeiro ano de governo tentando debelar a crise econômica e aprovar sua sonhada reforma do sistema de saúde.
Mas agora, com a posição adotada pela governadora do Arizona, a comunidade hispânica está cobrando uma ação enérgica e efetiva do governo central, sobretudo depois que a governadora Brewer justificou a lei “pela incapacidade do governo federal de garantir nossas fronteiras”.
A Lei do Arizona vai obrigar o governo e os congressistas a arregaçarem as mangas para enfrentar a delicada questão migratória que não pode mais ser adiada. O ano é eleitoral. Toda a Câmara Federal será renovada (434 deputados) e parte do Senado (36 cadeiras). O risco para a classe política é enorme. Os hispânicos são 42,7 milhões de pessoas nos EUA, de acordo com o escritório do Censo. E serão 54 milhões em 2012, segundo projeções. É um extraordinário cacife político que pode decidir uma eleição.
A semana que está começando vai trazer novos elementos ao debate. Ou o governo Obama entra de sola no assunto, como fez com a reforma da saúde, ou a Lei do Arizona pode se espalhar e transformar os EUA em um imenso campo de concentração. A direita americana está aí pro que der e vier, cada vez mais agressiva e atrevida.
Fonte - Jornal Agora
A lei autoriza os policiais do Estado do Arizona a pedirem documentos e prenderem qualquer um que eles considerem suspeitos. Ou seja, a partir dessa lei a polícia tem carta branca para prender e arrebentar. E a palavra da vítima não terá nenhum valor porque é apenas um imigrante ilegal.
A lei de Dona Brewer atende ao ideário dos mais radicais políticos e da mídia conservadora dos Estados Unidos, capitaneada por um tal Glenn Beck, o Jabor da TV americana. Não é de hoje que eles pregam abertamente a adoção de medidas mais duras contra os imigrantes indocumentados e os culpam pelos males do país, quando na verdade eles representam uma extraordinária força de trabalho e, se não recolhem mais impostos, é exatamente porque não são legalizados.
Há nos Estados Unidos estimados 10 a 12 milhões de imigrantes indocumentados, a grande maioria formada por mexicanos. Só no Arizona, são 460 mil.
A lei criou um clima de indignação geral na comunidade hispânica, o maior grupo minoritário do país, com quase 10% da população. Essa é a primeira vez na história do país, que pretende dar lições de democracia ao mundo, que a polícia tem o direito de prender e punir alguém pelo simples fato de não possuir um visto, mesmo que ele não tenha cometido crime algum.
Até agora, os Estados Unidos estavam a salvo desse comportamento arbitrário que tem sido adotado na maioria dos países europeus, como na Itália do “new facista” Berlusconi que colocou o Exército nas ruas para caçar imigrantes, ou na Suíça, onde a extrema direita de ideias neo-nazistas age com o mesmo rigor.
A lei do Arizona terá várias consequências. A primeira delas será a resposta da Casa Branca, que já acionou seu departamento jurídico para se manifestar sobre a legitimidade de uma lei estadual se sobrepor a um assunto da competência federal, como é a política migratória.
Outra consequência, essa de natureza política, é a força do eleitorado hispânico. Eles marcharam com Obama na eleição presidencial confiando na promessa de campanha de prioridade para a reforma imigratória. Obama não teve tempo. Passou todo primeiro ano de governo tentando debelar a crise econômica e aprovar sua sonhada reforma do sistema de saúde.
Mas agora, com a posição adotada pela governadora do Arizona, a comunidade hispânica está cobrando uma ação enérgica e efetiva do governo central, sobretudo depois que a governadora Brewer justificou a lei “pela incapacidade do governo federal de garantir nossas fronteiras”.
A Lei do Arizona vai obrigar o governo e os congressistas a arregaçarem as mangas para enfrentar a delicada questão migratória que não pode mais ser adiada. O ano é eleitoral. Toda a Câmara Federal será renovada (434 deputados) e parte do Senado (36 cadeiras). O risco para a classe política é enorme. Os hispânicos são 42,7 milhões de pessoas nos EUA, de acordo com o escritório do Censo. E serão 54 milhões em 2012, segundo projeções. É um extraordinário cacife político que pode decidir uma eleição.
A semana que está começando vai trazer novos elementos ao debate. Ou o governo Obama entra de sola no assunto, como fez com a reforma da saúde, ou a Lei do Arizona pode se espalhar e transformar os EUA em um imenso campo de concentração. A direita americana está aí pro que der e vier, cada vez mais agressiva e atrevida.
Fonte - Jornal Agora
terça-feira, 27 de abril de 2010
Terremoto de magnitude 4,9 atinge Amazonas
Um terremoto de 4,9 graus de magnitude atingiu o extremo oeste do Amazonas, na noite deste domingo. O tremor ocorreu na divisa com o Acre, a uma profundidade de 17 km.
O epicentro foi a 100 km a noroeste de Cruzeiro do Sul, no Acre. Não há relatos de vítimas ou danos materiais.
Fonte - eBand
O epicentro foi a 100 km a noroeste de Cruzeiro do Sul, no Acre. Não há relatos de vítimas ou danos materiais.
Fonte - eBand
Privacidade é questionada por gurus da tecnologia
"Você não tem privacidade. Supere isso!". Essa foi uma das primeiras frases do hacker Kevin Mitnick em sua apresentação "Minha vida como um hacker", publicada no YouTube em julho de 2008 (bit.ly/mitnickprivacidade). Mitnick se junta a outros gurus da tecnologia que defendem que a privacidade é um conceito em mutação.
Para Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, a era da privacidade acabou. De acordo com o blog ReadWriteWeb (readwriteweb.com.br), Zuckerberg disse diante de uma plateia que, se tivesse que criar o Facebook novamente, as informações do usuário seriam colocadas públicas e não privadas.
O site funcionava com as informações fechadas até dezembro de 2009, quando fez uma controversa mudança. Para Zuckerberg, na época da fundação do Facebook as pessoas duvidavam se alguém colocaria qualquer informação na internet. "Nos últimos cinco ou seis anos, o ato de blogar decolou de maneira significativa. As pessoas têm se sentido mais confortáveis não só com o compartilhamento, mas também com isso sendo feito de uma forma aberta e com mais pessoas".
"Essa norma social é apenas algo que tem evoluído ao longo do tempo", disse o executivo-chefe do Facebook. Veja o vídeo com a entrevista de Zuckerberg em bit.ly/markentrevista.
As normas parecem estar mudando. De acordo com um estudo do Pew Internet Survey, lançado em 2009, quase 40% das pessoas com perfis on-line desabilitaram as opções de privacidade, informou o site de tecnologia Cnet.
Google
O gigante Google foi alvo de discussões no lançamento do Street View, o questionado serviço que fotografa cidades ao redor do mundo.
Em agosto de 2008, ao ser acionado judicialmente por um casal que teve a casa fotografada e divulgada, o Google defendeu o serviço com a frase "privacidade completa não existe", segundo o site PC Advisor (saiba mais sobre o andamento do processo em bit.ly/processogoogle).
O Google também sofreu com acusações recentes em relação à privacidade no seu novo serviço Google Buzz, que trazia configurações automáticas consideradas invasivas por alguns usuários.
Eugene Kaspesrky, executivo-chefe e fundador da empresa russa de segurança Kaspersky, pensa a privacidade dentro do prisma da cibersegurança. "Não há privacidade na internet se você viola a lei. Se você se comporta direito, o governo não está interessado em você. Mas, se você fizer algo errado, ele pode procurar o seu provedor e tomar providências", disse Kaspersky à Folha. Ele esteve no Brasil na semana passada para um evento.
O fundador da empresa de segurança contou um caso curioso em que um cibercriminoso foi descuidado e acabou ajudando nas investigações da polícia. Segundo ele, um pirata da rede que atuava no Reino Unido se mudou para o Canadá para tentar fugir da polícia e esperar as notícias em relação a seus crimes esfriarem.
Apesar disso, ele esqueceu de mudar suas credenciais e continuou jogando World of Warcraft com a mesma senha e foi pego pela polícia.
Mas "a maioria dos cibercriminosos sabe se comportar de um jeito anônimo, se esconder e dificultar as investigações", ressalta Kaspersky. Leia mais trechos da entrevista em folha.com.br/circuitointegrado.
Legislação
Nos Estados Unidos, um grupo de empresas de tecnologia que inclui gigantes como AT&T, Google e Microsoft disse ter se reunido para pressionar o Congresso por uma melhora na força das leis que protegem as informações digitais privadas do acesso ao governo, segundo o "New York Times".
O grupo também disse querer guardar informações de localização coletadas por empresas de celular e provedores.
Fonte - Folha
Para Mark Zuckerberg, executivo-chefe do Facebook, a era da privacidade acabou. De acordo com o blog ReadWriteWeb (readwriteweb.com.br), Zuckerberg disse diante de uma plateia que, se tivesse que criar o Facebook novamente, as informações do usuário seriam colocadas públicas e não privadas.
O site funcionava com as informações fechadas até dezembro de 2009, quando fez uma controversa mudança. Para Zuckerberg, na época da fundação do Facebook as pessoas duvidavam se alguém colocaria qualquer informação na internet. "Nos últimos cinco ou seis anos, o ato de blogar decolou de maneira significativa. As pessoas têm se sentido mais confortáveis não só com o compartilhamento, mas também com isso sendo feito de uma forma aberta e com mais pessoas".
"Essa norma social é apenas algo que tem evoluído ao longo do tempo", disse o executivo-chefe do Facebook. Veja o vídeo com a entrevista de Zuckerberg em bit.ly/markentrevista.
As normas parecem estar mudando. De acordo com um estudo do Pew Internet Survey, lançado em 2009, quase 40% das pessoas com perfis on-line desabilitaram as opções de privacidade, informou o site de tecnologia Cnet.
O gigante Google foi alvo de discussões no lançamento do Street View, o questionado serviço que fotografa cidades ao redor do mundo.
Em agosto de 2008, ao ser acionado judicialmente por um casal que teve a casa fotografada e divulgada, o Google defendeu o serviço com a frase "privacidade completa não existe", segundo o site PC Advisor (saiba mais sobre o andamento do processo em bit.ly/processogoogle).
O Google também sofreu com acusações recentes em relação à privacidade no seu novo serviço Google Buzz, que trazia configurações automáticas consideradas invasivas por alguns usuários.
Eugene Kaspesrky, executivo-chefe e fundador da empresa russa de segurança Kaspersky, pensa a privacidade dentro do prisma da cibersegurança. "Não há privacidade na internet se você viola a lei. Se você se comporta direito, o governo não está interessado em você. Mas, se você fizer algo errado, ele pode procurar o seu provedor e tomar providências", disse Kaspersky à Folha. Ele esteve no Brasil na semana passada para um evento.
O fundador da empresa de segurança contou um caso curioso em que um cibercriminoso foi descuidado e acabou ajudando nas investigações da polícia. Segundo ele, um pirata da rede que atuava no Reino Unido se mudou para o Canadá para tentar fugir da polícia e esperar as notícias em relação a seus crimes esfriarem.
Apesar disso, ele esqueceu de mudar suas credenciais e continuou jogando World of Warcraft com a mesma senha e foi pego pela polícia.
Mas "a maioria dos cibercriminosos sabe se comportar de um jeito anônimo, se esconder e dificultar as investigações", ressalta Kaspersky. Leia mais trechos da entrevista em folha.com.br/circuitointegrado.
Legislação
Nos Estados Unidos, um grupo de empresas de tecnologia que inclui gigantes como AT&T, Google e Microsoft disse ter se reunido para pressionar o Congresso por uma melhora na força das leis que protegem as informações digitais privadas do acesso ao governo, segundo o "New York Times".
O grupo também disse querer guardar informações de localização coletadas por empresas de celular e provedores.
Fonte - Folha
Alterações climáticas vão originar Estados 'falhados' e autoritários
Alerta: não é o fim do mundo, mas pode ser o fim de muitos Estados. Antonio Marquina, catedrático de Relações Internacionais da Universidade Complutense de Madrid e coordenador do livro 'Global Warming and Climate Change - Prospects and Policies in Asia and Europe', editado em Nova Iorque, Londres e Sydney, avisa que a segurança entre vários países está em risco devido ao aquecimento global e à desertificação
Antonio Marquina, professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Complutense em Madrid, acaba de editar o livro Global Warming and Climate Change - Prospects and Policies in Asia and Europe -, que perspectiva o impacto e as consequências do aquecimento global e das alterações climáticas na Ásia e na Europa. A obra, que começou a ser preparada há três anos e tem contributos de 29 especialistas asiáticos e europeus, chama a atenção para os problemas de segurança, que vão colocar-se a nível mundial, devido à proliferação de Estados "falhados", como a Somália e o Afeganistão.
A falta de água, de alimentos e de condições de vida mínimas, nomeadamente em alguns países asiáticos e no Norte de África, provocarão novas migrações e o surgimento de mais regimes autoritários. O Norte e o Sul da Europa, dentro de 30 anos, serão igualmente duas realidades bem distintas e haverá uma profunda clivagem entre os países que hoje fazem parte da União Europeia.
No livro descrevem-se situações provocadas pelas alterações climáticas que podem colocar em causa a segurança humana. Trata-se de um alerta?
Mais que isso, é uma reflexão sobre dados científicos que temos e que conhecemos e sobre aspectos que ainda hoje nos parecem pouco compreensíveis. Ainda não sabemos ao certo as interconexões de determinados fenómenos, mas, em função do que conhecemos, deduzimos uma série de consequências muito importantes e às quais há que dar a maior atenção. Gostaríamos que os governos e a opinião pública reflectissem sobre as consequências do aquecimento global nas vidas das pessoas, já que vai ter um impacto importante na vida de milhões de pessoas. Muitos países perderão força, capacidade de governo, de fornecer serviços públicos... E outros haverá que, devido a esta incapacidade, entrarão em colapso e terão graves convulsões políticas e sociais.
Aquilo a que chama "Estados falhados"...
Sem ser alarmista - a partir de 2030 até final do século - verificamos que há problemas de uma certa envergadura que, em função de uma extrapolação sobre a aplicação das políticas de mitigação ou de adaptação que existem, vão ter consequências terríveis se não se fizer algo mais. Haverá muitos países perdedores, muitos, e também ganhadores.
A que países se refere?
Estamos a falar de países da Ásia e da periferia da Europa.
Do Sul?
Sim. O Sul da Europa vai ser o grande perdedor devido às alterações climáticas. Perde no crescimento económico, nos recursos disponíveis, na disponibilidade de água. Terá de reorientar a despesa pública e não pública para os recursos básicos que vão escassear.
Vamos ter então conflitos por causa da água, dos alimentos... por causa da sobrevivência mais básica?
Primeiro vamos ter uma nova afectação de recursos, que deveriam ser destinados à melhoria da vida da população. Essa nova gestão dos recursos será essencial para que as populações possam comer e beber e também para uma distribuição de água pela agricultura, indústria, urbanização... A redistribuição vai ser complicada e há processos que já não têm solução. Por exemplo o da água dos rios em muitos países da bacia do Mediterrâneo, no Norte e no Sul, que já registam uma redução muito significativa ao longo dos últimos 40 anos. Em Marrocos, verificou-se nas ultimas quatro décadas uma diminuição de 35% no fluxo de água dos rios.
É possível que a temperatura suba 1 ou 2 graus na próxima década? Isso agravará a situação?
Depende das zonas. Para o Mediterrâneo, calcula-se - sendo optimista - que possa chegar a subir cinco ou seis graus ainda neste século. Em 2020, a subida das temperaturas, com base em medições realizadas nos anos 50 ou 60, poderá chegar a ser de um ou dois graus. Se ultrapassar este valor, imagine-se o que vai custar a adaptação a essa nova realidade.
E quais serão as consequências para a Península Ibérica?
Vão ser consequências líquidas. Boa parte das verbas que se poderiam empregar, por exemplo para o bem-estar da população, para melhores cidades, melhor meio ambiente, para o habitat, vão ter de ser para algo mais básico, que tem a ver com a água. Mas onde vamos conseguir água suficiente para tantas pessoas?
Há dados que podem demonstrar que isso vai realmente acontecer assim?
Os dados com que trabalhamos resultam de investigações feitas ao longo de anos. Na questão da água citamos estudos feitos pela União Europeia e pelo Ministério do Ambiente espanhol para o caso de Espanha. Os mapas são projecções que se fazem da actualidade até 2030 acerca de reservas e diminuições de recursos de água que são muito significativas em todo o Sul da Europa. A água para a agricultura vai reduzir-se drasticamente porque esta tem de servir também para as cidades e para a indústria. Essa vai ser a questão mais importante para que os governos tomem decisões nos próximos anos. Já é possível calcular os gastos em dessalinizadoras, em energia para tirar o sal à água, em instalações e na depuração da água para que possa ser reutilizada.
Vamos então pagar muito caro a água e a alimentação?
Sim, vai ser muito caro.
A Península Ibérica vai desertificar-se?
Sim, a desertificação é crescente. Mas, para já, é muito mais grave o que está a passar-se no Norte de África. O processo de desertificação em Marrocos, Argélia, Tunísia, até ao Egipto, é enorme. Isso vai provocar novas migrações? A Europa vai estar mais pressionada... Sem nenhuma dúvida.
Mas, se no Sul da Europa também houver escassez de água e de alimentos, para onde vão esses imigrantes que vêm do Norte de África?
O impacto vai ser muito diferente, dependendo dos casos. Por exemplo em Marrocos, em que 44% da população vivem da agricultura, mas que é uma agricultura de subsistência, que está nos limites, qualquer subida de temperatura de um grau ou de dois graus, qualquer alteração na estação das chuvas - antes era de seis em seis meses, agora é de três em três - poderá agravar a situação agrícola que, como disse, já está a atingir os limites. A Líbia e a Argélia também estão na mesma situação. O único país que se salva, para já, a nível agrícola, é o Egipto por causa do delta do Nilo. Mas isso só será assim enquanto o nível do mar não subir. Ora, os números mais conservadores falam de uma subida do nível do mar de meio metro neste século. Há outros estudos que indicam um metro, metro e meio e até dois metros...
Neste livro, há também uma importante abordagem aos problemas da segurança provocados por estas alterações do clima. Quais são as perspectivas? Terá de haver intervenções militares?
O que sabemos é que há questões muito sérias, que vão afectar a vida das pessoas, dos Estados, da segurança estatal. Se há Estados falhados ou Estados que se debilitam muito e onde a autoridade central não chega - caso da Somália e Afeganistão - que começam a dar problemas e a afectar a segurança de milhões de cidadãos, então vamos ter de acabar por intervir. Isso é uma das coisas que dizemos neste livro. Trata-se da responsabilidade de proteger que actualmente só se aplica para casos de grandes massacres. Mas, se isto continua assim, o Conselho de Segurança da ONU vai ter de reconhecer que existe a necessidade e a responsabilidade de proteger os cidadãos de Estados que são incapazes de fornecer o mínimo, porque estão enfraquecidos, porque dependem da importação para sobreviver ou porque tem imigrações internas maciças. Estes Estados vão estar sem capacidade para enfrentar seja o que for.
Significa que vai haver uma grande clivagem entre o Norte e o Sul?
O entendimento entre o Norte e o Sul será cada vez mais difícil. E note-se que a tendência é para o agravamento dos regimes autoritários. Na Ásia, estes casos já são notórios e no Norte de África, também. Os regimes só mudam em função da alternativa que as pessoas têm para viver melhor.
E a Europa?
Partindo de um estudo e projecções de alterações climáticas graduais, é claro que os países do Norte da Europa irão aumentar o seu poder em relação aos países do Sul, que estarão mais debilitados. O equilíbrio de forças vai mudar.
As alterações climáticas tornaram-se uma prioridade dos líderes europeus. A União Europeia tem feito um bom trabalho de casa?
A Europa fez o que tinha a fazer e fê-lo inclusivamente bem na Cimeira de Copenhaga. O que se passa é que ninguém segue a Europa nesta questão. A União Europeia tem de ser mais pragmática, mais negociadora. Afirmar- -se como actor normativo não a levou a sítio nenhum. Pode ser que tenha de ser necessário reduzir um pouco as suas posições para poder convencer a China, a Índia e os EUA e chegar a acordos concretos. As políticas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas são muito diferentes na Ásia e na Europa. Com a excepção do Japão e da Coreia do Sul, ninguém na Ásia fez ainda nada.
Fonte - DN Ciência
Antonio Marquina, professor catedrático de Relações Internacionais na Universidade Complutense em Madrid, acaba de editar o livro Global Warming and Climate Change - Prospects and Policies in Asia and Europe -, que perspectiva o impacto e as consequências do aquecimento global e das alterações climáticas na Ásia e na Europa. A obra, que começou a ser preparada há três anos e tem contributos de 29 especialistas asiáticos e europeus, chama a atenção para os problemas de segurança, que vão colocar-se a nível mundial, devido à proliferação de Estados "falhados", como a Somália e o Afeganistão.
A falta de água, de alimentos e de condições de vida mínimas, nomeadamente em alguns países asiáticos e no Norte de África, provocarão novas migrações e o surgimento de mais regimes autoritários. O Norte e o Sul da Europa, dentro de 30 anos, serão igualmente duas realidades bem distintas e haverá uma profunda clivagem entre os países que hoje fazem parte da União Europeia.
No livro descrevem-se situações provocadas pelas alterações climáticas que podem colocar em causa a segurança humana. Trata-se de um alerta?
Mais que isso, é uma reflexão sobre dados científicos que temos e que conhecemos e sobre aspectos que ainda hoje nos parecem pouco compreensíveis. Ainda não sabemos ao certo as interconexões de determinados fenómenos, mas, em função do que conhecemos, deduzimos uma série de consequências muito importantes e às quais há que dar a maior atenção. Gostaríamos que os governos e a opinião pública reflectissem sobre as consequências do aquecimento global nas vidas das pessoas, já que vai ter um impacto importante na vida de milhões de pessoas. Muitos países perderão força, capacidade de governo, de fornecer serviços públicos... E outros haverá que, devido a esta incapacidade, entrarão em colapso e terão graves convulsões políticas e sociais.
Aquilo a que chama "Estados falhados"...
Sem ser alarmista - a partir de 2030 até final do século - verificamos que há problemas de uma certa envergadura que, em função de uma extrapolação sobre a aplicação das políticas de mitigação ou de adaptação que existem, vão ter consequências terríveis se não se fizer algo mais. Haverá muitos países perdedores, muitos, e também ganhadores.
A que países se refere?
Estamos a falar de países da Ásia e da periferia da Europa.
Do Sul?
Sim. O Sul da Europa vai ser o grande perdedor devido às alterações climáticas. Perde no crescimento económico, nos recursos disponíveis, na disponibilidade de água. Terá de reorientar a despesa pública e não pública para os recursos básicos que vão escassear.
Vamos ter então conflitos por causa da água, dos alimentos... por causa da sobrevivência mais básica?
Primeiro vamos ter uma nova afectação de recursos, que deveriam ser destinados à melhoria da vida da população. Essa nova gestão dos recursos será essencial para que as populações possam comer e beber e também para uma distribuição de água pela agricultura, indústria, urbanização... A redistribuição vai ser complicada e há processos que já não têm solução. Por exemplo o da água dos rios em muitos países da bacia do Mediterrâneo, no Norte e no Sul, que já registam uma redução muito significativa ao longo dos últimos 40 anos. Em Marrocos, verificou-se nas ultimas quatro décadas uma diminuição de 35% no fluxo de água dos rios.
É possível que a temperatura suba 1 ou 2 graus na próxima década? Isso agravará a situação?
Depende das zonas. Para o Mediterrâneo, calcula-se - sendo optimista - que possa chegar a subir cinco ou seis graus ainda neste século. Em 2020, a subida das temperaturas, com base em medições realizadas nos anos 50 ou 60, poderá chegar a ser de um ou dois graus. Se ultrapassar este valor, imagine-se o que vai custar a adaptação a essa nova realidade.
E quais serão as consequências para a Península Ibérica?
Vão ser consequências líquidas. Boa parte das verbas que se poderiam empregar, por exemplo para o bem-estar da população, para melhores cidades, melhor meio ambiente, para o habitat, vão ter de ser para algo mais básico, que tem a ver com a água. Mas onde vamos conseguir água suficiente para tantas pessoas?
Há dados que podem demonstrar que isso vai realmente acontecer assim?
Os dados com que trabalhamos resultam de investigações feitas ao longo de anos. Na questão da água citamos estudos feitos pela União Europeia e pelo Ministério do Ambiente espanhol para o caso de Espanha. Os mapas são projecções que se fazem da actualidade até 2030 acerca de reservas e diminuições de recursos de água que são muito significativas em todo o Sul da Europa. A água para a agricultura vai reduzir-se drasticamente porque esta tem de servir também para as cidades e para a indústria. Essa vai ser a questão mais importante para que os governos tomem decisões nos próximos anos. Já é possível calcular os gastos em dessalinizadoras, em energia para tirar o sal à água, em instalações e na depuração da água para que possa ser reutilizada.
Vamos então pagar muito caro a água e a alimentação?
Sim, vai ser muito caro.
A Península Ibérica vai desertificar-se?
Sim, a desertificação é crescente. Mas, para já, é muito mais grave o que está a passar-se no Norte de África. O processo de desertificação em Marrocos, Argélia, Tunísia, até ao Egipto, é enorme. Isso vai provocar novas migrações? A Europa vai estar mais pressionada... Sem nenhuma dúvida.
Mas, se no Sul da Europa também houver escassez de água e de alimentos, para onde vão esses imigrantes que vêm do Norte de África?
O impacto vai ser muito diferente, dependendo dos casos. Por exemplo em Marrocos, em que 44% da população vivem da agricultura, mas que é uma agricultura de subsistência, que está nos limites, qualquer subida de temperatura de um grau ou de dois graus, qualquer alteração na estação das chuvas - antes era de seis em seis meses, agora é de três em três - poderá agravar a situação agrícola que, como disse, já está a atingir os limites. A Líbia e a Argélia também estão na mesma situação. O único país que se salva, para já, a nível agrícola, é o Egipto por causa do delta do Nilo. Mas isso só será assim enquanto o nível do mar não subir. Ora, os números mais conservadores falam de uma subida do nível do mar de meio metro neste século. Há outros estudos que indicam um metro, metro e meio e até dois metros...
Neste livro, há também uma importante abordagem aos problemas da segurança provocados por estas alterações do clima. Quais são as perspectivas? Terá de haver intervenções militares?
O que sabemos é que há questões muito sérias, que vão afectar a vida das pessoas, dos Estados, da segurança estatal. Se há Estados falhados ou Estados que se debilitam muito e onde a autoridade central não chega - caso da Somália e Afeganistão - que começam a dar problemas e a afectar a segurança de milhões de cidadãos, então vamos ter de acabar por intervir. Isso é uma das coisas que dizemos neste livro. Trata-se da responsabilidade de proteger que actualmente só se aplica para casos de grandes massacres. Mas, se isto continua assim, o Conselho de Segurança da ONU vai ter de reconhecer que existe a necessidade e a responsabilidade de proteger os cidadãos de Estados que são incapazes de fornecer o mínimo, porque estão enfraquecidos, porque dependem da importação para sobreviver ou porque tem imigrações internas maciças. Estes Estados vão estar sem capacidade para enfrentar seja o que for.
Significa que vai haver uma grande clivagem entre o Norte e o Sul?
O entendimento entre o Norte e o Sul será cada vez mais difícil. E note-se que a tendência é para o agravamento dos regimes autoritários. Na Ásia, estes casos já são notórios e no Norte de África, também. Os regimes só mudam em função da alternativa que as pessoas têm para viver melhor.
E a Europa?
Partindo de um estudo e projecções de alterações climáticas graduais, é claro que os países do Norte da Europa irão aumentar o seu poder em relação aos países do Sul, que estarão mais debilitados. O equilíbrio de forças vai mudar.
As alterações climáticas tornaram-se uma prioridade dos líderes europeus. A União Europeia tem feito um bom trabalho de casa?
A Europa fez o que tinha a fazer e fê-lo inclusivamente bem na Cimeira de Copenhaga. O que se passa é que ninguém segue a Europa nesta questão. A União Europeia tem de ser mais pragmática, mais negociadora. Afirmar- -se como actor normativo não a levou a sítio nenhum. Pode ser que tenha de ser necessário reduzir um pouco as suas posições para poder convencer a China, a Índia e os EUA e chegar a acordos concretos. As políticas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas são muito diferentes na Ásia e na Europa. Com a excepção do Japão e da Coreia do Sul, ninguém na Ásia fez ainda nada.
Fonte - DN Ciência
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Terremoto de 6,9 graus afeta Taiwan
Um terremoto de 6,9 graus de magnitude foi registrado na manhã desta segunda-feira ao sudeste da ilha de Taiwan, anunciou o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS).
Não foi emitido um alerta de tsunami após o tremor submarino registrado às 10H59 locais (23H59 de Brasília), a 10 km de profundidade e 269 km ao leste da cidade costeira de Taitung, sudeste da ilha.
O terremoto foi sentido em Taipé, a capital de Taiwan.
Fonte - G1
Não foi emitido um alerta de tsunami após o tremor submarino registrado às 10H59 locais (23H59 de Brasília), a 10 km de profundidade e 269 km ao leste da cidade costeira de Taitung, sudeste da ilha.
O terremoto foi sentido em Taipé, a capital de Taiwan.
Fonte - G1
sábado, 24 de abril de 2010
Aquecimento global pode levar ao aumento de sismos e vulcões
As mudanças climáticas, como o aumento das temperaturas, podem desencadear erupções vulcânicas e outros incidentes geológicos como sismos e derrocadas, revela uma edição especial da revista «Philosophical Transactions of the Royal Society A», citada pela Lusa.
Num número exclusivamente dedicado aos efeitos geológicos causados pelas alterações climáticas, a revista aponta como possíveis consequências a derrocada de encostas, por causa do derreter da neve e do gelo, o crescimento da actividade sísmica (à medida que pequenos depósitos de gelo alteram a intensidade da pressão em vários locais do mundo) e o aumento da produção de magma graças a mudanças de pressão em vulcões subglaciares, como ocorreu recentemente na Islândia.
Nesta edição da revista britânica, citada pela Lusa, um dos estudos publicados, com base em modelos e observações efectuadas na Islândia, demonstra que a redução das camadas de gelo na superfície dos vulcões alivia a pressão nas câmaras de magma abaixo, permitindo uma maior produção de rocha derretida.
Porém, escrevem os autores, a produção de magma que resulta da redução das camadas de gelo pode levar décadas, ou mesmo séculos, a atingir a superfície.
...
Fonte - Diário IOL
Nota DDP: Veja também "Estudo em Bangladesh aponta novo erro de painel do clima da ONU" e "Terremotos no Brasil: Sismógrafos serão instalados em Pernambuco".
Num número exclusivamente dedicado aos efeitos geológicos causados pelas alterações climáticas, a revista aponta como possíveis consequências a derrocada de encostas, por causa do derreter da neve e do gelo, o crescimento da actividade sísmica (à medida que pequenos depósitos de gelo alteram a intensidade da pressão em vários locais do mundo) e o aumento da produção de magma graças a mudanças de pressão em vulcões subglaciares, como ocorreu recentemente na Islândia.
Nesta edição da revista britânica, citada pela Lusa, um dos estudos publicados, com base em modelos e observações efectuadas na Islândia, demonstra que a redução das camadas de gelo na superfície dos vulcões alivia a pressão nas câmaras de magma abaixo, permitindo uma maior produção de rocha derretida.
Porém, escrevem os autores, a produção de magma que resulta da redução das camadas de gelo pode levar décadas, ou mesmo séculos, a atingir a superfície.
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Fonte - Diário IOL
Nota DDP: Veja também "Estudo em Bangladesh aponta novo erro de painel do clima da ONU" e "Terremotos no Brasil: Sismógrafos serão instalados em Pernambuco".
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Conselho Mundial de Igrejas promove o ECOmenismo
Concluiu-se ontem em Cochabamba, na Bolívia, a Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e os Direitos da Mãe Terra.
No final do evento, foi apresentada uma declaração ecumênica, na qual organizações e personalidades cristãs insistem na função positiva que as religiões e a espiritualidade podem desempenhar para obter uma coexistência mais harmoniosa entre a humanidade e a natureza.
"As mudanças climáticas são o produto de uma mentalidade humana que considera a natureza como objeto de dominação, exploração e manipulação, e o ser humano como dono e medida" – lê-se na declaração.
Os signatários reconhecem "que uma interpretação da tradição judaico-cristã contribuiu na história a fomentar este tipo de antropocentrismo e a exploração indiscriminada da natureza, mal interpretando a responsabilidade de cuidar da criação, a pedido de seu Criador".
A declaração ecumênica pede uma nova espiritualidade de coexistência respeitosa, que se forje em um diálogo entre os povos da Terra.
A coalizão organizou painéis sobre as religiões – especialmente o Cristianismo – e as mudanças climáticas, assim como a apresentação de publicações recentes sobre o tema.
Para o encarregado do Conselho Mundial de Igrejas sobre Mudanças Climáticas, Dr. Guillermo Kerber, a Conferência dos Povos ofereceu a oportunidade de escutar quem serão os mais afetados pelo clima.
A finalidade do evento, convocado pelo Presidente boliviano, Evo Morales, foi unir os defensores da natureza, analisar as causas estruturais que provocam as mudanças climáticas e elaborar propostas e medidas em favor da vida e da sobrevivência da Mãe Terra.
Fonte: Rádio Vaticano
NOTA Minuto Profético: A linguagem usada ("Mãe Terra") evidencia a inspiração deste movimento ECOmênico: paganismo. Que os cristãos devem cuidar da natureza é óbvio, mas não para promover conceitos pagãos de adoração à criatura em lugar do Criador. O objetivo do ECOmenismo, além de político e econômico, é também religioso: adoração à Gaia e anulação da Lei de Deus através da exaltação do domingo (dia que o homem santificou no lugar do sábado bíblico)...
No final do evento, foi apresentada uma declaração ecumênica, na qual organizações e personalidades cristãs insistem na função positiva que as religiões e a espiritualidade podem desempenhar para obter uma coexistência mais harmoniosa entre a humanidade e a natureza.
"As mudanças climáticas são o produto de uma mentalidade humana que considera a natureza como objeto de dominação, exploração e manipulação, e o ser humano como dono e medida" – lê-se na declaração.
Os signatários reconhecem "que uma interpretação da tradição judaico-cristã contribuiu na história a fomentar este tipo de antropocentrismo e a exploração indiscriminada da natureza, mal interpretando a responsabilidade de cuidar da criação, a pedido de seu Criador".
A declaração ecumênica pede uma nova espiritualidade de coexistência respeitosa, que se forje em um diálogo entre os povos da Terra.
A coalizão organizou painéis sobre as religiões – especialmente o Cristianismo – e as mudanças climáticas, assim como a apresentação de publicações recentes sobre o tema.
Para o encarregado do Conselho Mundial de Igrejas sobre Mudanças Climáticas, Dr. Guillermo Kerber, a Conferência dos Povos ofereceu a oportunidade de escutar quem serão os mais afetados pelo clima.
A finalidade do evento, convocado pelo Presidente boliviano, Evo Morales, foi unir os defensores da natureza, analisar as causas estruturais que provocam as mudanças climáticas e elaborar propostas e medidas em favor da vida e da sobrevivência da Mãe Terra.
Fonte: Rádio Vaticano
NOTA Minuto Profético: A linguagem usada ("Mãe Terra") evidencia a inspiração deste movimento ECOmênico: paganismo. Que os cristãos devem cuidar da natureza é óbvio, mas não para promover conceitos pagãos de adoração à criatura em lugar do Criador. O objetivo do ECOmenismo, além de político e econômico, é também religioso: adoração à Gaia e anulação da Lei de Deus através da exaltação do domingo (dia que o homem santificou no lugar do sábado bíblico)...
domingo, 18 de abril de 2010
Terremoto de 6,3 graus atinge o leste de Papua Nova Guiné
Um terremoto de 6,3 graus de magnitude sábado a costa leste de Papua Nova Guiné. Não há informações sobre vítimas ou danos.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que vigia a atividade sísmica mundial informou que o epicentro foi detectado a 66 quilômetros de profundidade, a 28 quilômetros ao leste da localidade de Lae e a 303 ao norte de Port Moresby, capital do país.
Papua-Nova Guiné ocupa a parte oriental da ilha de Papua, cuja metade ocidental pertence à Indonésia, e se assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida por cerca de sete mil tremores ao ano, a maioria moderados.
Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto superior a nove graus de magnitude sacudiu a costa ocidental da ilha indonésia de Sumatra e gerou um tsunami.
Fonte - Último Segundo
Nota DDP: Veja também "Nuvem de cinzas avança sobre Europa e agrava caos na aviação".
O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que vigia a atividade sísmica mundial informou que o epicentro foi detectado a 66 quilômetros de profundidade, a 28 quilômetros ao leste da localidade de Lae e a 303 ao norte de Port Moresby, capital do país.
Papua-Nova Guiné ocupa a parte oriental da ilha de Papua, cuja metade ocidental pertence à Indonésia, e se assenta sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma região de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida por cerca de sete mil tremores ao ano, a maioria moderados.
Em 26 de dezembro de 2004, um terremoto superior a nove graus de magnitude sacudiu a costa ocidental da ilha indonésia de Sumatra e gerou um tsunami.
Fonte - Último Segundo
Nota DDP: Veja também "Nuvem de cinzas avança sobre Europa e agrava caos na aviação".
sábado, 17 de abril de 2010
Europa segue vivendo caos aéreo por cinzas de vulcão
O caos aéreo na Europa, causado pelas cinzas do vulcão islandês Eyjafjälla, prossegue neste sábado, e vários países do continente já informaram que vão manter seus espaços aéreos fechados, total ou parcialmente. Oficiais responsáveis pelo tráfego aéreo do Reino Unido estenderam o fechamento do espaço aéreo até as 1h de domingo (21h de sábado em Brasília) segundo informações do Breaking News. Anteriormente, o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo (NATS, na sigla em inglês) tinha divulgado que o espaço aéreo ficaria fechado até às 19h (15h de Brasília). Após o comunicado e o alerta enviado, Escócia e Irlanda também anunciaram o fechamento do espaço aéreo.
"As previsões atuais mostram que a situação pode se agravar ao longo de sábado. Mas nós continuamos procurando por oportunidades de assegurar, ao menos, a partida de voos individuais", informou o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo em um comunicado. O NATS havia informado que existia uma possibilidade dos aeroportos de Manchester e de Liverpool realizarem algumas partidas e chegadas. O espaço aéreo escocês e irlandês também foi fechado após o comunicado e os alertas enviados pelo NATS.
A Alemanha anunciou que todo seu espaço aéreo estará fechado pelo menos até as 0h de domingo pelo horário local. A situação na Itália é menos drástica, mas ainda assim os aeroportos de Turim, Milão, Bérgamo, Veneza e Bolonha, cidades no norte do país, estão fechados também até as 18h pelo horário local.
Na França e na Suíça, as autoridades já descartaram abrir os aeroportos pela manhã e à tarde, e o último aviso oficial dá conta de que pelo menos até as 20h locais (15h em Brasília) não haverá voos. Países do leste europeu, para onde as cinzas se dirigiam, tiveram seus espaços aéreos fechados na noite dessa sexta-feira, e a situação se mantém neste sábado na Áustria, na Eslovênia, na Romenia, na Hungria, na República Tcheca e em parte da Croácia.
A situação tem aumentado a demanda dos passageiros pelas viagens de trem, o que tem causado longas filas em estações centrais de cidades como Viena. As empresas que operam as linhas ferroviárias têm disponibilizado mais composições para diminuir o problema.
Erupção
A segunda erupção do vulcão da geleira de Eyjafjallajokull em um mês começou na quarta-feira, lançando uma nuvem de fumaça a uma altura de 11 km na atmosfera. Uma fissura de 500 m apareceu no topo da cratera. O calor do vulcão derreteu parte do gelo em volta, provocando enchentes na região na quarta-feira. Cerca de 800 pessoas tiveram que deixar suas casas, mas as informações são de que, na quinta-feira, as águas tinham baixado. O vulcão, no entanto, continuou emitindo nuvens de poeira em direção à Europa. Especialistas não sabem quanto tempo esta erupção deve durar. A última erupção vulcânica debaixo da geleira, antes deste ano, começou em 1821 e continuou por dois anos. A Islândia é localizada em uma região propensa a erupções vulcânicas.
Fonte - Terra
"As previsões atuais mostram que a situação pode se agravar ao longo de sábado. Mas nós continuamos procurando por oportunidades de assegurar, ao menos, a partida de voos individuais", informou o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo em um comunicado. O NATS havia informado que existia uma possibilidade dos aeroportos de Manchester e de Liverpool realizarem algumas partidas e chegadas. O espaço aéreo escocês e irlandês também foi fechado após o comunicado e os alertas enviados pelo NATS.
A Alemanha anunciou que todo seu espaço aéreo estará fechado pelo menos até as 0h de domingo pelo horário local. A situação na Itália é menos drástica, mas ainda assim os aeroportos de Turim, Milão, Bérgamo, Veneza e Bolonha, cidades no norte do país, estão fechados também até as 18h pelo horário local.
Na França e na Suíça, as autoridades já descartaram abrir os aeroportos pela manhã e à tarde, e o último aviso oficial dá conta de que pelo menos até as 20h locais (15h em Brasília) não haverá voos. Países do leste europeu, para onde as cinzas se dirigiam, tiveram seus espaços aéreos fechados na noite dessa sexta-feira, e a situação se mantém neste sábado na Áustria, na Eslovênia, na Romenia, na Hungria, na República Tcheca e em parte da Croácia.
A situação tem aumentado a demanda dos passageiros pelas viagens de trem, o que tem causado longas filas em estações centrais de cidades como Viena. As empresas que operam as linhas ferroviárias têm disponibilizado mais composições para diminuir o problema.
Erupção
A segunda erupção do vulcão da geleira de Eyjafjallajokull em um mês começou na quarta-feira, lançando uma nuvem de fumaça a uma altura de 11 km na atmosfera. Uma fissura de 500 m apareceu no topo da cratera. O calor do vulcão derreteu parte do gelo em volta, provocando enchentes na região na quarta-feira. Cerca de 800 pessoas tiveram que deixar suas casas, mas as informações são de que, na quinta-feira, as águas tinham baixado. O vulcão, no entanto, continuou emitindo nuvens de poeira em direção à Europa. Especialistas não sabem quanto tempo esta erupção deve durar. A última erupção vulcânica debaixo da geleira, antes deste ano, começou em 1821 e continuou por dois anos. A Islândia é localizada em uma região propensa a erupções vulcânicas.
Fonte - Terra
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter deixa centenas de mortos na China
Pelo menos 400 pessoas morreram e oito mil ficaram feridas em decorrência do terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter que atingiu nesta quarta-feira (14) a província ocidental chinesa de Qinghai (noroeste do país), informou a agência estatal de notícias Xinhua.
O abalo aconteceu às 7h49 no horário local (20h49 de terça-feira em Brasília).De acordo com a Agência Sismológica Chinesa, outras pessoas podem estar presas sob os escombros. A entidade informa que o epicentro do tremor aconteceu no distrito de Yushu, na Província autônoma tibetana de mesmo nome.
Cerca de 700 soldados participam das buscas por pessoas soterradas e mais mil serão enviados ao local para ajudar nas buscas, afirmou um porta-voz da secretaria de emergência da província de Qinghai. Segundo o porta-voz, as autoridades ainda avaliam o tamanho real da tragédia e temem que o número de vítimas possa ser muito maior em virtude do horário dos abalos. "Era muito cedo e as pessoas ainda estavam em suas casas", disse ele.
“Muitos estudantes ficaram presos sob os escombros de uma escola vocacional derrubada", disse à Xinhua o assessor da Prefeitura Tibetana Autônoma de Yushu. "Há feridos por toda a parte. Faltam barracas, equipamentos médicos, remédios e médicos", afirmou.
"Nossa unidade resgatou mais de 900 pessoas dos escombros", informou Yan Junfu, um oficial do exército em Yushu. De acordo com ele, o primeiro grupo de resgate enviado pelo governo da província de Qinghai conta com o apoio de 25 médicos e 65 bombeiros.
A agência estatal de notícias Xinhua informa que os condados de Yushu e Jiegu foram os mais atingidos pelos tremores desta manhã. Moradores locais contam que viram diversas casas e templos desabando. A agência diz que 85% das residências de Jiegu desabaram, obrigando o governo central do país a deslocar equipes de resgate de várias partes para atender as vítimas.
Os relatos da Agência Sismológica Chinesa afirmam que o sistema de telecomunicações da província entraram em colapso e as estradas que fazem a ligação com o aeroporto local foram gravemente prejudicadas.
Localização
A província de Qinghai faz fronteira com o Tibete e é habitada principalmente por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han, e foi uma das zonas afetadas pelo terremoto de maio de 2008 que sacudiu o norte da vizinha província de Sichuan, deixando cerca de 90 mil mortos e desaparecidos. Na ocasião, cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor.
O oeste da China, com grandes cadeias montanhosas como o Himalaia, é zona de frequente de terremotos, embora muitos deles aconteçam em áreas pouco povoadas ou desabitadas.
O principal tremor desta quarta foi sucedido por vários outros abalos: um de 5,3 e 5,1 graus da escala internacional de Richter.
Fonte - UOL
O abalo aconteceu às 7h49 no horário local (20h49 de terça-feira em Brasília).De acordo com a Agência Sismológica Chinesa, outras pessoas podem estar presas sob os escombros. A entidade informa que o epicentro do tremor aconteceu no distrito de Yushu, na Província autônoma tibetana de mesmo nome.
Cerca de 700 soldados participam das buscas por pessoas soterradas e mais mil serão enviados ao local para ajudar nas buscas, afirmou um porta-voz da secretaria de emergência da província de Qinghai. Segundo o porta-voz, as autoridades ainda avaliam o tamanho real da tragédia e temem que o número de vítimas possa ser muito maior em virtude do horário dos abalos. "Era muito cedo e as pessoas ainda estavam em suas casas", disse ele.
“Muitos estudantes ficaram presos sob os escombros de uma escola vocacional derrubada", disse à Xinhua o assessor da Prefeitura Tibetana Autônoma de Yushu. "Há feridos por toda a parte. Faltam barracas, equipamentos médicos, remédios e médicos", afirmou.
"Nossa unidade resgatou mais de 900 pessoas dos escombros", informou Yan Junfu, um oficial do exército em Yushu. De acordo com ele, o primeiro grupo de resgate enviado pelo governo da província de Qinghai conta com o apoio de 25 médicos e 65 bombeiros.
A agência estatal de notícias Xinhua informa que os condados de Yushu e Jiegu foram os mais atingidos pelos tremores desta manhã. Moradores locais contam que viram diversas casas e templos desabando. A agência diz que 85% das residências de Jiegu desabaram, obrigando o governo central do país a deslocar equipes de resgate de várias partes para atender as vítimas.
Os relatos da Agência Sismológica Chinesa afirmam que o sistema de telecomunicações da província entraram em colapso e as estradas que fazem a ligação com o aeroporto local foram gravemente prejudicadas.
Localização
A província de Qinghai faz fronteira com o Tibete e é habitada principalmente por tibetanos, mongóis, hui (muçulmanos) e chineses da etnia majoritária han, e foi uma das zonas afetadas pelo terremoto de maio de 2008 que sacudiu o norte da vizinha província de Sichuan, deixando cerca de 90 mil mortos e desaparecidos. Na ocasião, cinco milhões de pessoas perderam suas casas no tremor.
O oeste da China, com grandes cadeias montanhosas como o Himalaia, é zona de frequente de terremotos, embora muitos deles aconteçam em áreas pouco povoadas ou desabitadas.
O principal tremor desta quarta foi sucedido por vários outros abalos: um de 5,3 e 5,1 graus da escala internacional de Richter.
Fonte - UOL
terça-feira, 13 de abril de 2010
Ano de catástrofes ou esperança?
Acabo de chegar do Chile, depois de visitar várias das cidades afetadas pelo terremoto e tsunami, na região sul do país. Voltei com a impressão de um país preparado para se refazer da crise e um grupo de membros e líderes que perderam muita coisa, mas não a esperança.
Pessoas que têm um sorriso no rosto, palavras positivas e muita confiança de que vamos sair mais fortes de toda essa crise.
Fiquei muito impressionado ao visitar a família da irmã Yolanda, tesoureira da igreja central de Constitución. Encontrei os quatro membros da família no local em que estava sua casa, antes do tsunami.
Hoje, resta apenas uma pequena parte e uma montanha de entulhos. Na frente estava o carro da família com um grande adesivo no vidro traseiro apresentando a imagem do Impacto Esperança 2008, com a volta de Jesus e a mensagem “Viva com Esperança”. Aquelas palavras eram o que os habitantes da cidade precisavam ouvir e recordar, e nelas confiar. Ela me contou do momento, logo após o terremoto, em que fugiram apenas com a roupa do corpo para a parte alta da cidade, e dali acompanharam o momento em que as ondas gigantes tragaram um pedaço da cidade.
Em uma pequena ilha próxima, cerca de duzentas pessoas aproveitavam o fim de semana. Depois do terremoto, também sabiam do risco da chegada de um tsunami. Infelizmente, não conseguiram sair para se refugiar em uma região mais alta. Ao conversar com a irmã Yolanda, percebi sua emoção ao contar que, do lugar alto em que estavam, podiam ouvir os gritos desesperados das pessoas da ilha e seus sinais de luz com as lanternas, pedindo socorro, mas ninguém conseguia oferecer ajuda. Tão logo as ondas gigantes chegaram, o barulho e as luzes desapareceram.
Foi muito difícil para todos acompanhar uma situação como aquela. São cenas que nos relembram diferentes momentos bíblicos e proféticos que para alguns parecem impossíveis. Nossa igreja também sofreu as consequências da tragédia. As sedes da Associação Sul e da Missão Central foram condenadas e desocupadas.
Três escolas foram bastante danificadas e dez igrejas, destruídas. A maior delas, a igreja central da cidade de Concepción (dois milhões de habitantes), tinha lugar para 700 membros e o pouco que sobrou terá de ser demolido. Mais de setenta igrejas tiveram sérios danos estruturais e cerca de 700 casas de adventistas também foram afetadas. Lamentavelmente, quatro de nossos membros faleceram.
Ao descrever toda essa situação, quero lhe dar a oportunidade de ajudar nossos irmãos no Chile e orar por eles. Quero que você veja como Deus renova as forças de Seus filhos em meio à dor e ao sofrimento.
Além disso, quero que você tire outras lições importantes:
1. Vale a pena ser uma família mundial. Não somos igrejas independentes espalhadas pelo mundo.
Somos uma igreja mundial. Uma organização que avança unida e se apoia em um momento assim.
Em poucos dias, todas as uniões e instituições da Divisão Sul-Americana, além da própria Divisão, Associação Geral e outras Divisões mundiais, enviaram recursos para a reconstrução da igreja no país. Se você também quiser ajudar, não deixe de visitar o portal adventista na internet (www.portaladventista.org).
2. Precisamos reconhecer o tempo em que estamos vivendo. Esse tem sido denominado o ano das calamidades. Precisamos entender a agitação de nosso planeta, observar como os ventos estão sendo soltos (Ap 7) e o que o inimigo está fazendo com este mundo (Ap 12:12). É tempo de levantar a cabeça, pois a redenção está próxima (Lc 21:28).
3. Cada sinal é uma oportunidade. Os versos 6, 8 e 13 de Mateus 24 indicam que as catástrofes, incluindo os terremotos, não são sinais iminentes da volta de Cristo. O próprio Cristo, no verso 14, destaca que o fim virá com a forte pregação do evangelho.
O surgimento e a intensidade dos sinais negativos deverão servir para facilitar a pregação do evangelho. Eles não são o fim, mas facilitam o cumprimento do sinal iminente do fim (Mt 24:14).
Daí a pergunta: Quantos outros sinais ainda precisam acontecer, quantas oportunidades mais ainda precisamos ter para pregar o evangelho a todo o mundo, para que Cristo volte à Terra?
Erton Köhler – é presidente da Divisão Sul-Americana.
Fonte - Advir
Pessoas que têm um sorriso no rosto, palavras positivas e muita confiança de que vamos sair mais fortes de toda essa crise.
Fiquei muito impressionado ao visitar a família da irmã Yolanda, tesoureira da igreja central de Constitución. Encontrei os quatro membros da família no local em que estava sua casa, antes do tsunami.
Hoje, resta apenas uma pequena parte e uma montanha de entulhos. Na frente estava o carro da família com um grande adesivo no vidro traseiro apresentando a imagem do Impacto Esperança 2008, com a volta de Jesus e a mensagem “Viva com Esperança”. Aquelas palavras eram o que os habitantes da cidade precisavam ouvir e recordar, e nelas confiar. Ela me contou do momento, logo após o terremoto, em que fugiram apenas com a roupa do corpo para a parte alta da cidade, e dali acompanharam o momento em que as ondas gigantes tragaram um pedaço da cidade.
Em uma pequena ilha próxima, cerca de duzentas pessoas aproveitavam o fim de semana. Depois do terremoto, também sabiam do risco da chegada de um tsunami. Infelizmente, não conseguiram sair para se refugiar em uma região mais alta. Ao conversar com a irmã Yolanda, percebi sua emoção ao contar que, do lugar alto em que estavam, podiam ouvir os gritos desesperados das pessoas da ilha e seus sinais de luz com as lanternas, pedindo socorro, mas ninguém conseguia oferecer ajuda. Tão logo as ondas gigantes chegaram, o barulho e as luzes desapareceram.
Foi muito difícil para todos acompanhar uma situação como aquela. São cenas que nos relembram diferentes momentos bíblicos e proféticos que para alguns parecem impossíveis. Nossa igreja também sofreu as consequências da tragédia. As sedes da Associação Sul e da Missão Central foram condenadas e desocupadas.
Três escolas foram bastante danificadas e dez igrejas, destruídas. A maior delas, a igreja central da cidade de Concepción (dois milhões de habitantes), tinha lugar para 700 membros e o pouco que sobrou terá de ser demolido. Mais de setenta igrejas tiveram sérios danos estruturais e cerca de 700 casas de adventistas também foram afetadas. Lamentavelmente, quatro de nossos membros faleceram.
Ao descrever toda essa situação, quero lhe dar a oportunidade de ajudar nossos irmãos no Chile e orar por eles. Quero que você veja como Deus renova as forças de Seus filhos em meio à dor e ao sofrimento.
Além disso, quero que você tire outras lições importantes:
1. Vale a pena ser uma família mundial. Não somos igrejas independentes espalhadas pelo mundo.
Somos uma igreja mundial. Uma organização que avança unida e se apoia em um momento assim.
Em poucos dias, todas as uniões e instituições da Divisão Sul-Americana, além da própria Divisão, Associação Geral e outras Divisões mundiais, enviaram recursos para a reconstrução da igreja no país. Se você também quiser ajudar, não deixe de visitar o portal adventista na internet (www.portaladventista.org).
2. Precisamos reconhecer o tempo em que estamos vivendo. Esse tem sido denominado o ano das calamidades. Precisamos entender a agitação de nosso planeta, observar como os ventos estão sendo soltos (Ap 7) e o que o inimigo está fazendo com este mundo (Ap 12:12). É tempo de levantar a cabeça, pois a redenção está próxima (Lc 21:28).
3. Cada sinal é uma oportunidade. Os versos 6, 8 e 13 de Mateus 24 indicam que as catástrofes, incluindo os terremotos, não são sinais iminentes da volta de Cristo. O próprio Cristo, no verso 14, destaca que o fim virá com a forte pregação do evangelho.
O surgimento e a intensidade dos sinais negativos deverão servir para facilitar a pregação do evangelho. Eles não são o fim, mas facilitam o cumprimento do sinal iminente do fim (Mt 24:14).
Daí a pergunta: Quantos outros sinais ainda precisam acontecer, quantas oportunidades mais ainda precisamos ter para pregar o evangelho a todo o mundo, para que Cristo volte à Terra?
Erton Köhler – é presidente da Divisão Sul-Americana.
Fonte - Advir
O próximo será o "big one"?
Há mais de um século, a população da costa oeste da América do Norte convive com uma tensão constante. De uma forma ou de outra, todos esperam pelo “Big One”, o temido terremoto que, segundo consenso de especialistas, tem 70% de chance de acontecer nos próximos 30 anos e pode fazer com que parte do litoral desmorone no Oceano Pacífico. O tremor de 7.2 graus de magnitude na Escala Richter que atingiu a província de Mexicali, no México, no domingo 4, foi o mais recente aviso de que o pior pode estar próximo. O abalo, que matou quatro pessoas, feriu 223 e causou uma ruptura de 80 quilômetros de largura no plano da falha San Andreas (confira quadro na página seguinte), elevou o alerta das cidades localizadas em sua extensão ao nível máximo. Isso porque o Estado americano da Califórnia e a cidade de São Francisco em especial – localizada no crítico segmento sudeste da falha – convivem com a iminência de um acontecimento que pode chegar sem aviso. “Pode-se dizer que a falha está grávida de nove meses”, alerta Thomas Jordan, do Centro Sismológico da Califórnia do Sul.
Somado às recentes tragédias no Haiti e no Chile, o tremor do dia 4 deixa de fato a sensação de que uma grande hecatombe está prestes a acontecer. O Centro de Investigação Científica e de Educação Superior de Enseada, no México, classificou como “sem precedentes” o terremoto na região. Ele foi sentido, inclusive, nos municípios americanos de Calexico, San Diego e Los Angeles. A brasileira Elaine Wanderley, 30 anos, mora desde 2005 em San Diego e relatou à ISTOÉ que o evento causou grande comoção na cidade, antes tranquila. “Foram os 90 segundos mais longos da minha vida”, diz Elaine. “A sensação é muito estranha.Os quadros da parede ficaram tortos, vasos e copos balançaram sobre a mesa. Foi chocante”, completa.
Apesar de não ter acusado o tremor, São Francisco vive sob constante ameaça de terremotos. John Chappel, designer de 39 anos e morador da cidade, conta que as pessoas estão assustadas diante da quantidade de eventos do tipo que ocorrem mundo afora. “Com tanto terremoto acontecendo por aí, fica difícil não pensar que o Big One está se aproximando”, diz. “O medo é de que se repita a tragédia de 1906, mas com proporções ainda maiores”, conclui. O evento ao qual John se refere é o terremoto ocorrido em 17 de abril daquele ano. Com 8.0 graus de magnitude, o fenômeno destruiu a cidade, tomada pelas chamas logo depois. O jornalista Jack London foi testemunha ocular da tragédia e escreveu um impressionante e agora clássico relato sobre ela. “Todas as engenhocas e salvaguardas humanas foram desmanteladas por 30 segundos de contorção da crosta terrestre”, escreveu London. “São Francisco desapareceu. Não ficou nada além da lembrança.” O terremoto causou três mil mortes e prejuízos da ordem de US$ 500 milhões.
...
Fonte - Isto É
Somado às recentes tragédias no Haiti e no Chile, o tremor do dia 4 deixa de fato a sensação de que uma grande hecatombe está prestes a acontecer. O Centro de Investigação Científica e de Educação Superior de Enseada, no México, classificou como “sem precedentes” o terremoto na região. Ele foi sentido, inclusive, nos municípios americanos de Calexico, San Diego e Los Angeles. A brasileira Elaine Wanderley, 30 anos, mora desde 2005 em San Diego e relatou à ISTOÉ que o evento causou grande comoção na cidade, antes tranquila. “Foram os 90 segundos mais longos da minha vida”, diz Elaine. “A sensação é muito estranha.Os quadros da parede ficaram tortos, vasos e copos balançaram sobre a mesa. Foi chocante”, completa.
Apesar de não ter acusado o tremor, São Francisco vive sob constante ameaça de terremotos. John Chappel, designer de 39 anos e morador da cidade, conta que as pessoas estão assustadas diante da quantidade de eventos do tipo que ocorrem mundo afora. “Com tanto terremoto acontecendo por aí, fica difícil não pensar que o Big One está se aproximando”, diz. “O medo é de que se repita a tragédia de 1906, mas com proporções ainda maiores”, conclui. O evento ao qual John se refere é o terremoto ocorrido em 17 de abril daquele ano. Com 8.0 graus de magnitude, o fenômeno destruiu a cidade, tomada pelas chamas logo depois. O jornalista Jack London foi testemunha ocular da tragédia e escreveu um impressionante e agora clássico relato sobre ela. “Todas as engenhocas e salvaguardas humanas foram desmanteladas por 30 segundos de contorção da crosta terrestre”, escreveu London. “São Francisco desapareceu. Não ficou nada além da lembrança.” O terremoto causou três mil mortes e prejuízos da ordem de US$ 500 milhões.
...
Fonte - Isto É
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Ecumenismo: Unindo as Igrejas
Por Clifford Goldstein
Em uma fervorosa oração e em agonia na cruz, Jesus pediu ao Pai a unidade entre os membros da igreja a ser fundada após sua morte. “Eu não rogo somente por estes,” Ele disse, “mas também por aqueles que hão de crer em mim pela sua palavra, para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles também estejam em nós”(João 17:20-21 NVI).
Apesar da oração fervorosa, mesmo o olhar mais superficial sobre a história revela que dentre os adjetivos usados para descrever a igreja, “unidos” não seria um deles. Embora, pelo menos ainda não estejam matando uns aos outros, como foi frequentemente o caso no passado, os cristãos estão longe de ser o corpo unificado pelo qual Jesus orou. A lista das centenas de denominações, testemunha quão fragmentada a igreja cristã permanece quase dois mil anos depois da oração de Jesus.
Ao longo das últimas décadas, porém, algumas tendências poderosas surgiram no cristianismo buscando reverter essas fraturas para fazer com que a oração de Jesus pela unidade torne-se real. Conhecido como “movimento ecumênico”, essas tentativas vieram de vários quadrantes e já se reuniu com diferentes níveis de sucesso. Talvez de todos os movimentos em direção à unidade, nenhum foi mais dramático, e surpreendente, que o que está acontecendo entre os católicos romanos e protestantes determinados, incluindo luteranos. Católicos e luteranos assinaram algumas declarações bastante surpreendentes da unidade professada, algo que mesmo 30 anos atrás teria sido considerado quase impossível.
O que está a fazer uma dessas tendências? Se nem todos os cristãos estão avidamente envolvidos neste impulso para a unidade, para ajudar a cumprir a oração do seu próprio Senhor? Poderiam esses movimentos, especialmente entre católicos e protestantes, na verdade, ser a resposta à oração de Cristo? Ou, pelo contrário, algo mais poderia estar acontecendo que devem fazer os cristãos um pouco desconfiados? Como devemos ver estes eventos?
Os Primeiros Dias
É difícil para as pessoas de hoje compreender a animosidade que envenenava as relações entre católicos e protestantes, desde o início da Reforma, no início de 1500. O vitríolo e retórica dos protestantes contra os católicos, e vice-versa, era o tipo de conversa que as pessoas hoje esperam entre as nações em guerra, e não entre os cristãos professos.
A conversa, porém, não era nada em contraste com a violência, como na execução de Dr. John Hooper, na Inglaterra (1555), que foi queimado na fogueira. O Livro dos Mártires de Fox descreveu seu últimos momentos no fogo: “Mas quando tinha a boca escurecida e sua língua estava tão inchada que não podia falar, catacumba se moveram seus lábios até ficarem encolhidos sobre as gengivas, e se batia no peito com suas mãos até que um de seus braços se desprendeu, e depois continuou batendo com a outra,mas enquanto saia gordura, sangue e água dos extremos dos dedos; finalmente, ao renovar-se o fogo, desapareceram suas energias, e sua mão ficou fixa após bater na corrente sobre seu peito. Depois, inclinando-se para a frente, entregou seu espírito. (pág. 215). Esta atrocidade foi feita, lembrem-se, por cristãos professos para outros cristãos professos.
Naturalmente, não era apenas protestantes versus católicos. Como as igrejas reformadas romperam com Roma, fragmentaram-se em várias seitas e denominações que se encontravam em conflito umas com as outras. Numa altura em que a idéia de liberdade religiosa estava ainda a séculos de distância, estas divisões se tornaram violentas, muitas vezes, como quando o reformador suíço Ulrich Zwingli, chateado com os anabatistas por instarem pela imersão total no batismo de adultos ( ao invés da regra de aspersão infantil), os levou para um lago e os afogou. Novamente isso era violência cristã, contra cristãos.
Eventualmente, os ideais de liberdade e tolerância religiosa começaram a se firmar na psique ocidental, e os cristãos aprenderam a conviver uns com os outros, apesar das clivagens teológicas. Esse fato, juntamente com o surgimento de democracias laicas, que tomaram o poder político da igreja (e, consequentemente, sua capacidade de perseguir), criou um novo ambiente no qual os cristãos se encontravam lado a lado uns com os outros, mesmo que não estivessem cumprindo exatamente as palavras de Cristo: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35, KJV).
Movimentos Ecumênicos
Sem dúvida, muitos ficaram horrorizados com essas divisões, e as tentativas bem-intencionadas pela unidade começaram. Estes primeiros esforços iniciados em 1800, com grupos como a Aliança Evangélica (1846), Associação Cristã de Moços (1844), Associação das jovens Cristãs (1884), Christian Endeavor Society (1881), bem como o Conselho Federal das Igrejas de Cristo (1908).
Este “movimento ecumênico”, como logo foi chamado, floresceu no século XX com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), fundado em 1948 com cerca de 147 igrejas de 44 países. Hoje, o “CMI é uma comunhão de igrejas, agora mais de 347 em 120 países em todos os continentes e de praticamente todas as tradições cristãs” (www.wcc-coe.org/wcc).
Talvez, a tendência mais interessante no movimento ecumênico teve lugar nos últimos 20 anos. A princípio, a maioria das tentativas de unidade estavam entre as várias denominações protestantes. Poucas delas contemplaram qualquer discussão séria com o seu inimigo tradicional, a Igreja Católica Romana, que considera os protestantes como apóstatas. Tudo o que temos agora muito mudou, e houve uma enxurrada de discussões ecumênicas e diálogo entre Roma e outros órgãos protestantes. Isto levou a uma encíclica do papa João Paulo II, Ut Unum Sint (1995), na qual ele reafirmou o compromisso da Igreja Católica Romana para o ecumenismo, afirmando que “em conjunto com todos os discípulos de Cristo, a Igreja Católica baseia-se sobre o plano de Deus e seu compromisso ecumênico de reunir todos os cristãos na unidade. “
Surpreendentemente, as declarações oficiais da unidade doutrinária, foram assinadas entre católicos e alguns líderes protestantes conservadores (aqueles historicamente mais hostis a Roma) em 1990. O que fez estas declarações é tão inesperado que eles reivindicaram um terreno comum entre católicos e protestantes sobretudo a justificação pela fé, o ensino que primeiro deu origem à Reforma Protestante quase 500 anos antes. Agora, surpreendentemente, esses grupos estão reivindicando a unidade sobre a mesma coisa que os dividiu!
De todos os movimentos em direção à unidade doutrinária entre católicos e protestantes, a mais dramática foi a “Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação”, assinada em 1999 por dignitários do Vaticano e da Federação Luterana Mundial (que representa 58 milhões dos 61,5 milhões de luteranos do mundo). A declaração afirma que, apesar das “diferenças remanescentes”, católicos e luteranos possuem a mesma visão fundamental da justificação pela fé, e que “as diferenças existentes na sua explicação não são mais uma ocasião para condenações doutrinais.” E esse documento foi apenas um precursor de um novo, agora na “apostolicidade da Igreja” (entenda-se, a autoridade do papa).
Assim, ao que parece, na superfície, a oração de Jesus pela unidade, que “também eles sejam um em nós” está, finalmente, a ser cumprida.
Preocupações
Certamente todas as pessoas devem se alegrar quando animosidades antigas, que muitas vezes foram feias, violentas, são postas de lado e os inimigos se reconciliam. Ao mesmo tempo, no entanto, é preciso também ser cuidadoso.
Por quê?
A história mostra que as igrejas com poder político se provaram tão susceptíveis de perseguirem e oprimirem os dissidentes assim como os secularistas quando tiveram esse mesmo poder. Em certo sentido, a desunião da igreja ajudou a impedi-la de ganhar o tipo de força política que se revelou ruinoso em suas mãos no passado.
Mais de dois séculos atrás, James Madison escreveu: “A liberdade decorre da multiplicidade de seitas, que permeia a América e que é a melhor e a única garantia para a liberdade religiosa em qualquer sociedade. Porque onde há uma tal variedade de seitas, não pode haver uma maioria de uma qualquer seita para oprimir e perseguir as restantes” (citado em Ralph Ketcham, James Madison: A Biography, p. 166). Poderia as igrejas de hoje, uma vez que estejam unidas, acumular suficiente poder político para se tornar uma ameaça de novo?
Isso não é um medo sem razão. O livro do Apocalipse adverte sobre justamente essa ameaça: um enorme poder religioso-político que trará a perseguição e a morte para aqueles que se recusarem a “adorar a imagem da besta” (Apocalipse 13:15, KJV). Embora exista muita especulação sobre o que exatamente signifique tudo isso, o fato da “adoração” desempenhar um papel central na luta prova que este poder no fim dos tempos, é claramente uma entidade religiosa, e que as questões de fé, adoração e obediência a Deus estarão envolvidas.
De fato, alguns estudantes do Apocalipse, mais de um século atrás, previram o tipo de movimento em direção à unidade, principalmente entre protestantes e católicos, que estamos vendo hoje. Assim, eles vêem essas tendências, não como sinais da oração de Cristo pela unidade a ser respondida, mas, pelo contrário, como sinais de eventos de desdobramento final, eventos que levarão à perseguição dos fiéis de Deus antes da segunda vinda de Jesus.
Assim, todos os cristãos, sem dúvida, querem que a oração de Cristo pela unidade seja cumprida em seus dias. Seria sensato portanto, atentar também para algumas outras palavras de Cristo, enquanto eles vêem essas várias tendências ecumênicas se desdobrarem: “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16).
Fonte - Sétimo Dia
Em uma fervorosa oração e em agonia na cruz, Jesus pediu ao Pai a unidade entre os membros da igreja a ser fundada após sua morte. “Eu não rogo somente por estes,” Ele disse, “mas também por aqueles que hão de crer em mim pela sua palavra, para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles também estejam em nós”(João 17:20-21 NVI).
Apesar da oração fervorosa, mesmo o olhar mais superficial sobre a história revela que dentre os adjetivos usados para descrever a igreja, “unidos” não seria um deles. Embora, pelo menos ainda não estejam matando uns aos outros, como foi frequentemente o caso no passado, os cristãos estão longe de ser o corpo unificado pelo qual Jesus orou. A lista das centenas de denominações, testemunha quão fragmentada a igreja cristã permanece quase dois mil anos depois da oração de Jesus.
Ao longo das últimas décadas, porém, algumas tendências poderosas surgiram no cristianismo buscando reverter essas fraturas para fazer com que a oração de Jesus pela unidade torne-se real. Conhecido como “movimento ecumênico”, essas tentativas vieram de vários quadrantes e já se reuniu com diferentes níveis de sucesso. Talvez de todos os movimentos em direção à unidade, nenhum foi mais dramático, e surpreendente, que o que está acontecendo entre os católicos romanos e protestantes determinados, incluindo luteranos. Católicos e luteranos assinaram algumas declarações bastante surpreendentes da unidade professada, algo que mesmo 30 anos atrás teria sido considerado quase impossível.
O que está a fazer uma dessas tendências? Se nem todos os cristãos estão avidamente envolvidos neste impulso para a unidade, para ajudar a cumprir a oração do seu próprio Senhor? Poderiam esses movimentos, especialmente entre católicos e protestantes, na verdade, ser a resposta à oração de Cristo? Ou, pelo contrário, algo mais poderia estar acontecendo que devem fazer os cristãos um pouco desconfiados? Como devemos ver estes eventos?
Os Primeiros Dias
É difícil para as pessoas de hoje compreender a animosidade que envenenava as relações entre católicos e protestantes, desde o início da Reforma, no início de 1500. O vitríolo e retórica dos protestantes contra os católicos, e vice-versa, era o tipo de conversa que as pessoas hoje esperam entre as nações em guerra, e não entre os cristãos professos.
A conversa, porém, não era nada em contraste com a violência, como na execução de Dr. John Hooper, na Inglaterra (1555), que foi queimado na fogueira. O Livro dos Mártires de Fox descreveu seu últimos momentos no fogo: “Mas quando tinha a boca escurecida e sua língua estava tão inchada que não podia falar, catacumba se moveram seus lábios até ficarem encolhidos sobre as gengivas, e se batia no peito com suas mãos até que um de seus braços se desprendeu, e depois continuou batendo com a outra,mas enquanto saia gordura, sangue e água dos extremos dos dedos; finalmente, ao renovar-se o fogo, desapareceram suas energias, e sua mão ficou fixa após bater na corrente sobre seu peito. Depois, inclinando-se para a frente, entregou seu espírito. (pág. 215). Esta atrocidade foi feita, lembrem-se, por cristãos professos para outros cristãos professos.
Naturalmente, não era apenas protestantes versus católicos. Como as igrejas reformadas romperam com Roma, fragmentaram-se em várias seitas e denominações que se encontravam em conflito umas com as outras. Numa altura em que a idéia de liberdade religiosa estava ainda a séculos de distância, estas divisões se tornaram violentas, muitas vezes, como quando o reformador suíço Ulrich Zwingli, chateado com os anabatistas por instarem pela imersão total no batismo de adultos ( ao invés da regra de aspersão infantil), os levou para um lago e os afogou. Novamente isso era violência cristã, contra cristãos.
Eventualmente, os ideais de liberdade e tolerância religiosa começaram a se firmar na psique ocidental, e os cristãos aprenderam a conviver uns com os outros, apesar das clivagens teológicas. Esse fato, juntamente com o surgimento de democracias laicas, que tomaram o poder político da igreja (e, consequentemente, sua capacidade de perseguir), criou um novo ambiente no qual os cristãos se encontravam lado a lado uns com os outros, mesmo que não estivessem cumprindo exatamente as palavras de Cristo: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35, KJV).
Movimentos Ecumênicos
Sem dúvida, muitos ficaram horrorizados com essas divisões, e as tentativas bem-intencionadas pela unidade começaram. Estes primeiros esforços iniciados em 1800, com grupos como a Aliança Evangélica (1846), Associação Cristã de Moços (1844), Associação das jovens Cristãs (1884), Christian Endeavor Society (1881), bem como o Conselho Federal das Igrejas de Cristo (1908).
Este “movimento ecumênico”, como logo foi chamado, floresceu no século XX com o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), fundado em 1948 com cerca de 147 igrejas de 44 países. Hoje, o “CMI é uma comunhão de igrejas, agora mais de 347 em 120 países em todos os continentes e de praticamente todas as tradições cristãs” (www.wcc-coe.org/wcc).
Talvez, a tendência mais interessante no movimento ecumênico teve lugar nos últimos 20 anos. A princípio, a maioria das tentativas de unidade estavam entre as várias denominações protestantes. Poucas delas contemplaram qualquer discussão séria com o seu inimigo tradicional, a Igreja Católica Romana, que considera os protestantes como apóstatas. Tudo o que temos agora muito mudou, e houve uma enxurrada de discussões ecumênicas e diálogo entre Roma e outros órgãos protestantes. Isto levou a uma encíclica do papa João Paulo II, Ut Unum Sint (1995), na qual ele reafirmou o compromisso da Igreja Católica Romana para o ecumenismo, afirmando que “em conjunto com todos os discípulos de Cristo, a Igreja Católica baseia-se sobre o plano de Deus e seu compromisso ecumênico de reunir todos os cristãos na unidade. “
Surpreendentemente, as declarações oficiais da unidade doutrinária, foram assinadas entre católicos e alguns líderes protestantes conservadores (aqueles historicamente mais hostis a Roma) em 1990. O que fez estas declarações é tão inesperado que eles reivindicaram um terreno comum entre católicos e protestantes sobretudo a justificação pela fé, o ensino que primeiro deu origem à Reforma Protestante quase 500 anos antes. Agora, surpreendentemente, esses grupos estão reivindicando a unidade sobre a mesma coisa que os dividiu!
De todos os movimentos em direção à unidade doutrinária entre católicos e protestantes, a mais dramática foi a “Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação”, assinada em 1999 por dignitários do Vaticano e da Federação Luterana Mundial (que representa 58 milhões dos 61,5 milhões de luteranos do mundo). A declaração afirma que, apesar das “diferenças remanescentes”, católicos e luteranos possuem a mesma visão fundamental da justificação pela fé, e que “as diferenças existentes na sua explicação não são mais uma ocasião para condenações doutrinais.” E esse documento foi apenas um precursor de um novo, agora na “apostolicidade da Igreja” (entenda-se, a autoridade do papa).
Assim, ao que parece, na superfície, a oração de Jesus pela unidade, que “também eles sejam um em nós” está, finalmente, a ser cumprida.
Preocupações
Certamente todas as pessoas devem se alegrar quando animosidades antigas, que muitas vezes foram feias, violentas, são postas de lado e os inimigos se reconciliam. Ao mesmo tempo, no entanto, é preciso também ser cuidadoso.
Por quê?
A história mostra que as igrejas com poder político se provaram tão susceptíveis de perseguirem e oprimirem os dissidentes assim como os secularistas quando tiveram esse mesmo poder. Em certo sentido, a desunião da igreja ajudou a impedi-la de ganhar o tipo de força política que se revelou ruinoso em suas mãos no passado.
Mais de dois séculos atrás, James Madison escreveu: “A liberdade decorre da multiplicidade de seitas, que permeia a América e que é a melhor e a única garantia para a liberdade religiosa em qualquer sociedade. Porque onde há uma tal variedade de seitas, não pode haver uma maioria de uma qualquer seita para oprimir e perseguir as restantes” (citado em Ralph Ketcham, James Madison: A Biography, p. 166). Poderia as igrejas de hoje, uma vez que estejam unidas, acumular suficiente poder político para se tornar uma ameaça de novo?
Isso não é um medo sem razão. O livro do Apocalipse adverte sobre justamente essa ameaça: um enorme poder religioso-político que trará a perseguição e a morte para aqueles que se recusarem a “adorar a imagem da besta” (Apocalipse 13:15, KJV). Embora exista muita especulação sobre o que exatamente signifique tudo isso, o fato da “adoração” desempenhar um papel central na luta prova que este poder no fim dos tempos, é claramente uma entidade religiosa, e que as questões de fé, adoração e obediência a Deus estarão envolvidas.
De fato, alguns estudantes do Apocalipse, mais de um século atrás, previram o tipo de movimento em direção à unidade, principalmente entre protestantes e católicos, que estamos vendo hoje. Assim, eles vêem essas tendências, não como sinais da oração de Cristo pela unidade a ser respondida, mas, pelo contrário, como sinais de eventos de desdobramento final, eventos que levarão à perseguição dos fiéis de Deus antes da segunda vinda de Jesus.
Assim, todos os cristãos, sem dúvida, querem que a oração de Cristo pela unidade seja cumprida em seus dias. Seria sensato portanto, atentar também para algumas outras palavras de Cristo, enquanto eles vêem essas várias tendências ecumênicas se desdobrarem: “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16).
Fonte - Sétimo Dia
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Carta aberta a um teólogo que vê a música sacra como letra religiosa
As opiniões que você expressou nos últimos comentários à postagem Critérios para a Música Sacra são, no mínimo, curiosas. Elas lembram mais a exegese que os adversários tradicionais da Igreja Adventista utilizam contra nós do que a maneira de argumentar que nos é própria.
Exemplifico: Você usa uma parte de um texto de Ellen White para basear um princípio que fere todas as demais declarações da escritora; semelhantemente, há aqueles que se valem de textos como Rm 14:5 para relatizivar a guarda do sábado, sem considerar adequadamente o contexto do verso, e desprezando todas as outras referências – centenas delas! – ao sábado como dia de repouso.
Para você, quando Ellen White escreveu que “nem todas as mentes são alcançadas pelos mesmos métodos" (Testimonies 6:616) pode se entender que, qualquer método que leve alguém a Cristo, o que inclui gêneros musicais diversos, é válido. Sua interpretação condiz com o texto?
Ponderemos: se qualquer música serve, desde que se “encaixe” em um determinado contexto, e, naturalmente tenha uma letra biblicamente correta, então o que fazer com as demais declarações de Ellen White, que repreendem ou orientam as pessoas sobre o tipo de música que agrada a Deus?
Além disso, por que a declaração de Ellen White não é avaliada à luz do ela escreveu sobre métodos missionários, que, de fato, é o assunto principal do contexto (e não a música, que sequer é citada?). Vejamos esta declaração: ““Em seus esforços por alcançar o povo, os mensageiros do Senhor não devem seguir os costumes do mundo”. (Testimonies, vol. 9, p.143). Será que, ao confrontarmos as duas declarações, seria correto considerar qualquer gênero musical como adequado ao Senhor? Será que usar o pop com letra cristã ou mesmo o samba não incorreria em “seguir os costumes do mundo”?
Quanto aquilo que você menciona ser “o segundo princípio axiomático”, ou seja, o do culto racional, não é interessante que ele encontra paralelos nos escritos de Ellen White com a frase “espírito e entendimento”, também usado por Paulo (1 Co 14:15). Agora, ao contráriuo do que você afirma, Ellen White associa esse termo a orientações bem específicas (veja os slides 14,15, 37 da postagem Critérios para a Música Sacra); aquilo que você chama de “elementos periféricos” está, nos escritos de White associado ao culto racional, ao cantar com “espírito e entendimento”. Caso não fossem elementos importantes, por que ela os mencionaria? Deixarei que você explique…
Você ainda questionou sobre ser possível seguir as orientações de Ellen White, uma vez que ela não nos deixou partituras. Objeções de mesma natureza poderiam levantar nutricionista adventistas: “será possível seguir os conselhos de Ellen White se ela não montou cardápios?” E diriam os pedagogos: “como pautar nossos bases educacionais em Ellen White se ela não legou um plano de aula ou um currículo modelo?” Enfim, se todos fôssemos seguir tal raciocínio, terminaríamos perguntando: afinal, de que valem os conselhos de Ellen White, se não os podemos praticar?
Voltando à música, deixarei um músico adventista responder sua objeção por mim: “Algumas pessoas podem afirmar em tom irônico que Ellen não nos deixou partituras. Mas reflitamos: seus conselhos foram em sua maioria de cunho filosófico. Entretanto, a Música Filosófica está intimamente relacionada com a Música Notação." (Samuel Krähenbühl, Ellen G. White: Autoridade em Música?, Revista Adventista, Março de 1999, p. 11).
Deus não nos deixou esquemas prontas, coisas mastigadinhas. Há trabalho para aqueles que aceitam a Revelação. Os conselhos devem ser considerados e aplicados de forma coerente. Quando você, por exemplo trata da dissonância (Ellen White fala da música deveria não ter dissonâncias), apresenta a mesma solução que esbocei, a qual tem sido proposta pelos estudiosos dos escritos dela: obviamente, ela trata de dissonância mal resolvida. Música sem dissonância é quase como um carro sem rodas – não sai do lugar. Mas há uma forma inteligente de interpretar e colocar em prática o que ela escreveu. É você quem o afirma: “[…]Temos que fazer escolhas com nossa mente iluminada pelo Espírito.” Nisso, estamos de acordo.
Quero abordar um outro tópico: você afirma que música sacra provem da vertente secular. Em sentido restrito, aceito a declaração. Como eu já havia me expressado anteriormente: “Em partes isso tem algum cabimento, porque, quando uma determinada cultura começa a se expressar, dificilmente produz algo sacro (a não ser uma cultura permeada de forte senso religioso, seja de qual orientação for). Nesse caso, a religiosidade surge com o tempo, tomando aspectos legítimos da própria cultura para se expressar. Não vejo como ofensivo a Deus que, no caso dos brasileiros, a poética da música popular influenciem nossos letristas ou que tenhamos, enquanto adventistas brasileiros, o gosto por orquestrações (como já observou em uma entrevista o maestro Jetro, do UNASP). Há aspectos da cultura que podem ser aproveitados. Mas, como já asseverou B.B. Beach, o culto é transcultural, porque ultrapassa os valores da cultura e os transforma.”
Entretanto, amigo, essa é uma perspectiva estritamente sociológica (e de uma Sociologia Secular), que admite que a música, como qualquer outra manifestação cultural, parte do ser humano apenas. Na Bíblia, já existia música antes de haver seres humanos para comerem arroz e feijão e poluir os oceanos (Jó 38:7). E o que dizer da música sacra produzida pelos nossos primeiros pais? E o povo de Israel, seriam eles influenciados pelos seus vizinhos pagãos em sua adoração (apenas se você recorrer a algum teólogo alemão liberal, desses que explicam milagres de forma racionalista, terá uma afirmação nesse sentido)?
Finalmente, sobre Ellen White e a Bíblia: você afirma que a Bíblia deve ser prioritária, e eu concordo. O propósito de minha pequena apresentação foi destacar conceitos de Ellen White na adoração. Entretanto, o principal paradigma que utilizei parte de um verso bíblico (slides 11-13), além de suscitar a necessidade de compreender a adoração no contexto da primeira mensagem angélica (Ap. 14:7, slide 2). Além disso, já pude abordar, em outros materiais, princípios bíblicos de forma mais abrangente (sugiro a leitura de dois artigos que escrevi: A batalha cósmica pela forma e a “dupla restauração” e A música sacra dentro da cosmovisão adventista: interpretando e aplicando conceitos de Ellen White – parte 1; apesar do título, o segundo texto também recorre a textos bíblicos e trata de muitas objeções que você levantou).
Todavia, volto a enunciar a questão que você ainda não quis ou não soube responder: “Se eu fosse empreender um estudo cúltico a partir dos Salmos, ou mesmo de qualquer outro livro bíblico, você acha que encontraria padrões diferentes, em essência, que chegassem a contradizer o Espírito de Profecia? Se a sua resposta for positiva, então Ellen White não pode ser inspirada! Se a sua resposta for negativa, então você terá de concordar que estudar o assunto explorando o Espírito de Profecia ou a Bíblia chega ao mesmo resultado e há critérios para a adoração! Qual a sua resposta?”
Aliás, esse é um dos pontos de tensão mais sensíveis para os adventistas contemporâneos: acatar aspectos da Revelação que tratam do entretenimento ou que ferem gostos pessoais. Tudo bem crer na inspiração de Ellen White, desde que eu continue indo ao MacDonalds. Posso aceitar que ela não respirava quando estava em visão, desde que não deixe de frequentar o cinema. Até gosto do Caminho a Cristo, mas quero continuar ouvindo Jeremy Camp ou Jars of Clay.
Será que essa recusa que assistimos em nossa denominação em aceitar os aspectos normativos da mensagem do profeta não é uma sutil forma de descredenciá-lo? Quando escolho o que me agrada na mensagem profética, não estou deixando de atender à vontade de um Deus tão amoroso, que foi capaz de providenciar orientações seguras para a minha vida?
Enfim, espero que você reflita nesse assunto. Não quero que você pense que me considero totalmente alinhado com a Revelação, porque ainda estou aprendendo muita coisa e quero continuar disposto a aprender. Eu o considero um irmão em Cristo e, apesar de divergirmos em nossas perspectivas, sei que podemos aprender um com o outro, até atingirmos a plenitude de Cristo, naquele Lar onde a adoração será perfeita.
Fraternalmente,
Douglas Reis.
Fonte - Questão de Confiança
Exemplifico: Você usa uma parte de um texto de Ellen White para basear um princípio que fere todas as demais declarações da escritora; semelhantemente, há aqueles que se valem de textos como Rm 14:5 para relatizivar a guarda do sábado, sem considerar adequadamente o contexto do verso, e desprezando todas as outras referências – centenas delas! – ao sábado como dia de repouso.
Para você, quando Ellen White escreveu que “nem todas as mentes são alcançadas pelos mesmos métodos" (Testimonies 6:616) pode se entender que, qualquer método que leve alguém a Cristo, o que inclui gêneros musicais diversos, é válido. Sua interpretação condiz com o texto?
Ponderemos: se qualquer música serve, desde que se “encaixe” em um determinado contexto, e, naturalmente tenha uma letra biblicamente correta, então o que fazer com as demais declarações de Ellen White, que repreendem ou orientam as pessoas sobre o tipo de música que agrada a Deus?
Além disso, por que a declaração de Ellen White não é avaliada à luz do ela escreveu sobre métodos missionários, que, de fato, é o assunto principal do contexto (e não a música, que sequer é citada?). Vejamos esta declaração: ““Em seus esforços por alcançar o povo, os mensageiros do Senhor não devem seguir os costumes do mundo”. (Testimonies, vol. 9, p.143). Será que, ao confrontarmos as duas declarações, seria correto considerar qualquer gênero musical como adequado ao Senhor? Será que usar o pop com letra cristã ou mesmo o samba não incorreria em “seguir os costumes do mundo”?
Quanto aquilo que você menciona ser “o segundo princípio axiomático”, ou seja, o do culto racional, não é interessante que ele encontra paralelos nos escritos de Ellen White com a frase “espírito e entendimento”, também usado por Paulo (1 Co 14:15). Agora, ao contráriuo do que você afirma, Ellen White associa esse termo a orientações bem específicas (veja os slides 14,15, 37 da postagem Critérios para a Música Sacra); aquilo que você chama de “elementos periféricos” está, nos escritos de White associado ao culto racional, ao cantar com “espírito e entendimento”. Caso não fossem elementos importantes, por que ela os mencionaria? Deixarei que você explique…
Você ainda questionou sobre ser possível seguir as orientações de Ellen White, uma vez que ela não nos deixou partituras. Objeções de mesma natureza poderiam levantar nutricionista adventistas: “será possível seguir os conselhos de Ellen White se ela não montou cardápios?” E diriam os pedagogos: “como pautar nossos bases educacionais em Ellen White se ela não legou um plano de aula ou um currículo modelo?” Enfim, se todos fôssemos seguir tal raciocínio, terminaríamos perguntando: afinal, de que valem os conselhos de Ellen White, se não os podemos praticar?
Voltando à música, deixarei um músico adventista responder sua objeção por mim: “Algumas pessoas podem afirmar em tom irônico que Ellen não nos deixou partituras. Mas reflitamos: seus conselhos foram em sua maioria de cunho filosófico. Entretanto, a Música Filosófica está intimamente relacionada com a Música Notação." (Samuel Krähenbühl, Ellen G. White: Autoridade em Música?, Revista Adventista, Março de 1999, p. 11).
Deus não nos deixou esquemas prontas, coisas mastigadinhas. Há trabalho para aqueles que aceitam a Revelação. Os conselhos devem ser considerados e aplicados de forma coerente. Quando você, por exemplo trata da dissonância (Ellen White fala da música deveria não ter dissonâncias), apresenta a mesma solução que esbocei, a qual tem sido proposta pelos estudiosos dos escritos dela: obviamente, ela trata de dissonância mal resolvida. Música sem dissonância é quase como um carro sem rodas – não sai do lugar. Mas há uma forma inteligente de interpretar e colocar em prática o que ela escreveu. É você quem o afirma: “[…]Temos que fazer escolhas com nossa mente iluminada pelo Espírito.” Nisso, estamos de acordo.
Quero abordar um outro tópico: você afirma que música sacra provem da vertente secular. Em sentido restrito, aceito a declaração. Como eu já havia me expressado anteriormente: “Em partes isso tem algum cabimento, porque, quando uma determinada cultura começa a se expressar, dificilmente produz algo sacro (a não ser uma cultura permeada de forte senso religioso, seja de qual orientação for). Nesse caso, a religiosidade surge com o tempo, tomando aspectos legítimos da própria cultura para se expressar. Não vejo como ofensivo a Deus que, no caso dos brasileiros, a poética da música popular influenciem nossos letristas ou que tenhamos, enquanto adventistas brasileiros, o gosto por orquestrações (como já observou em uma entrevista o maestro Jetro, do UNASP). Há aspectos da cultura que podem ser aproveitados. Mas, como já asseverou B.B. Beach, o culto é transcultural, porque ultrapassa os valores da cultura e os transforma.”
Entretanto, amigo, essa é uma perspectiva estritamente sociológica (e de uma Sociologia Secular), que admite que a música, como qualquer outra manifestação cultural, parte do ser humano apenas. Na Bíblia, já existia música antes de haver seres humanos para comerem arroz e feijão e poluir os oceanos (Jó 38:7). E o que dizer da música sacra produzida pelos nossos primeiros pais? E o povo de Israel, seriam eles influenciados pelos seus vizinhos pagãos em sua adoração (apenas se você recorrer a algum teólogo alemão liberal, desses que explicam milagres de forma racionalista, terá uma afirmação nesse sentido)?
Finalmente, sobre Ellen White e a Bíblia: você afirma que a Bíblia deve ser prioritária, e eu concordo. O propósito de minha pequena apresentação foi destacar conceitos de Ellen White na adoração. Entretanto, o principal paradigma que utilizei parte de um verso bíblico (slides 11-13), além de suscitar a necessidade de compreender a adoração no contexto da primeira mensagem angélica (Ap. 14:7, slide 2). Além disso, já pude abordar, em outros materiais, princípios bíblicos de forma mais abrangente (sugiro a leitura de dois artigos que escrevi: A batalha cósmica pela forma e a “dupla restauração” e A música sacra dentro da cosmovisão adventista: interpretando e aplicando conceitos de Ellen White – parte 1; apesar do título, o segundo texto também recorre a textos bíblicos e trata de muitas objeções que você levantou).
Todavia, volto a enunciar a questão que você ainda não quis ou não soube responder: “Se eu fosse empreender um estudo cúltico a partir dos Salmos, ou mesmo de qualquer outro livro bíblico, você acha que encontraria padrões diferentes, em essência, que chegassem a contradizer o Espírito de Profecia? Se a sua resposta for positiva, então Ellen White não pode ser inspirada! Se a sua resposta for negativa, então você terá de concordar que estudar o assunto explorando o Espírito de Profecia ou a Bíblia chega ao mesmo resultado e há critérios para a adoração! Qual a sua resposta?”
Aliás, esse é um dos pontos de tensão mais sensíveis para os adventistas contemporâneos: acatar aspectos da Revelação que tratam do entretenimento ou que ferem gostos pessoais. Tudo bem crer na inspiração de Ellen White, desde que eu continue indo ao MacDonalds. Posso aceitar que ela não respirava quando estava em visão, desde que não deixe de frequentar o cinema. Até gosto do Caminho a Cristo, mas quero continuar ouvindo Jeremy Camp ou Jars of Clay.
Será que essa recusa que assistimos em nossa denominação em aceitar os aspectos normativos da mensagem do profeta não é uma sutil forma de descredenciá-lo? Quando escolho o que me agrada na mensagem profética, não estou deixando de atender à vontade de um Deus tão amoroso, que foi capaz de providenciar orientações seguras para a minha vida?
Enfim, espero que você reflita nesse assunto. Não quero que você pense que me considero totalmente alinhado com a Revelação, porque ainda estou aprendendo muita coisa e quero continuar disposto a aprender. Eu o considero um irmão em Cristo e, apesar de divergirmos em nossas perspectivas, sei que podemos aprender um com o outro, até atingirmos a plenitude de Cristo, naquele Lar onde a adoração será perfeita.
Fraternalmente,
Douglas Reis.
Fonte - Questão de Confiança
Confirmados 95 mortos no Rio de Janeiro
Governador do Estado brasileiro pondera decretar calamidade pública e apela às pessoas que vivem em zonas de risco para abandonarem as suas casas. Folha Online diz que é "o pior temporal da história".
O Corpo de Bombeiros informou que o número de mortos na sequência da chuva intensa que atinge o Estado do Rio de Janeiro desde o início da tarde de ontem, segunda-feira, subiu para 95.
Entre as vítimas, há um bebé de cinco meses que morreu soterrado por um deslizamento de terras, na Tijuca, no norte da cidade, provocado pelo mau tempo.
Só na cidade do Rio de Janeiro, morreram 26 pessoas. Segundo os bombeiros, as mortes aconteceram nos morros do Borel, Turano e dos Macacos, no Andaraí, também na zona norte, Santa Teresa, na região central, Petrópolis, na região da serra e Niterói, na região metropolitana.
O portal de notícias da rede Globo, o G1, diz também que houve mortes em Niterói, Região Metropolitana, nos bairros de Engenhoca, Cubango e São Francisco e no bairro Novo México da mesma cidade.
Um deslizamento de terra no morro do Borel, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, provocou a morte a três pessoas, entre as quais um bebé de cinco meses.
No total, as chuvas intensas já fizeram, pelo menos, 14 desabamentos e 60 inundações em diversos bairros da cidade, de acordo com a imprensa local brasileira. A chuva começou a cair, ontem, segunda-feira, pelas 17 horas locais (21 horas em Portugal continental) e prolongou-se durante a madrugada de hoje.
O rio Maracaná transbordou provocando um verdadeiro caos no trânsito. Muitos dos condutores foram obrigados a abandonar os carros e a procurar abrigo num local seguro. Os bombeiros usaram barcos salva-vidas para resgatar pessoas que ficaram presas com a subida do Rio Maracaná.
Houve ainda muita gente ficou impedida de regressar a casa, já que a Avenida Brasil, a principal ligação do centro com as zonas norte e oeste do Rio, ficou inundada em alguns pontos.
As autoridades estão a avaliar os estragos provocados pelo mau tempo e pelas fortes rajadas de ventos, que chegaram aos 70 quilómetros/hora. À população foi pedido que evitem grandes deslocações, devido ao risco de ficarem presas em engarrafamentos. As aulas foram suspensas em todo o município.
O aeroporto Santos Dumont chegou a ser fechado, mas a circulação aérea começa já a voltar à normalidade.
Para já, a Prefeitura mantém alerta e pede à população para não sair de casa, apesar de o nível de intensidade das chuvas começar a diminuir.
Entretanto, várias linhas de metropolitano registaram recordes de afluência, num total de 632 mil passageiros.
Só em 12 horas choveu mais do dobro do que o esperado num mês inteiro, no Rio de Janeiro.
Fonte - Jornal de Notícias
Nota DDP: Veja também "Retrato de um país despreparado para adversidades climáticas". A pergunta é: "Quem está?"
O Corpo de Bombeiros informou que o número de mortos na sequência da chuva intensa que atinge o Estado do Rio de Janeiro desde o início da tarde de ontem, segunda-feira, subiu para 95.
Entre as vítimas, há um bebé de cinco meses que morreu soterrado por um deslizamento de terras, na Tijuca, no norte da cidade, provocado pelo mau tempo.
Só na cidade do Rio de Janeiro, morreram 26 pessoas. Segundo os bombeiros, as mortes aconteceram nos morros do Borel, Turano e dos Macacos, no Andaraí, também na zona norte, Santa Teresa, na região central, Petrópolis, na região da serra e Niterói, na região metropolitana.
O portal de notícias da rede Globo, o G1, diz também que houve mortes em Niterói, Região Metropolitana, nos bairros de Engenhoca, Cubango e São Francisco e no bairro Novo México da mesma cidade.
Um deslizamento de terra no morro do Borel, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, provocou a morte a três pessoas, entre as quais um bebé de cinco meses.
No total, as chuvas intensas já fizeram, pelo menos, 14 desabamentos e 60 inundações em diversos bairros da cidade, de acordo com a imprensa local brasileira. A chuva começou a cair, ontem, segunda-feira, pelas 17 horas locais (21 horas em Portugal continental) e prolongou-se durante a madrugada de hoje.
O rio Maracaná transbordou provocando um verdadeiro caos no trânsito. Muitos dos condutores foram obrigados a abandonar os carros e a procurar abrigo num local seguro. Os bombeiros usaram barcos salva-vidas para resgatar pessoas que ficaram presas com a subida do Rio Maracaná.
Houve ainda muita gente ficou impedida de regressar a casa, já que a Avenida Brasil, a principal ligação do centro com as zonas norte e oeste do Rio, ficou inundada em alguns pontos.
As autoridades estão a avaliar os estragos provocados pelo mau tempo e pelas fortes rajadas de ventos, que chegaram aos 70 quilómetros/hora. À população foi pedido que evitem grandes deslocações, devido ao risco de ficarem presas em engarrafamentos. As aulas foram suspensas em todo o município.
O aeroporto Santos Dumont chegou a ser fechado, mas a circulação aérea começa já a voltar à normalidade.
Para já, a Prefeitura mantém alerta e pede à população para não sair de casa, apesar de o nível de intensidade das chuvas começar a diminuir.
Entretanto, várias linhas de metropolitano registaram recordes de afluência, num total de 632 mil passageiros.
Só em 12 horas choveu mais do dobro do que o esperado num mês inteiro, no Rio de Janeiro.
Fonte - Jornal de Notícias
Nota DDP: Veja também "Retrato de um país despreparado para adversidades climáticas". A pergunta é: "Quem está?"
terça-feira, 6 de abril de 2010
Terremoto de magnitude 7,8 atinge Indonésia
WASHINGTON (Reuters) - Um forte terremoto de magnitude 7,8 atingiu a ilha indonésia de Sumatra, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos nesta terça-feira. Um alerta de tsunami local foi emitido para a Indonésia, segundo o Centro de Alertas para Tsunamis no Pacífico.
"Não existe o risco de um tsunami destruidor e abrangente, baseado em dados históricos de terremoto e tsunami", informou o centro.
Mas acrescentou que "há a possibilidade de um tsunami local que pode afetar os litorais" de regiões a 100 quilômetros do epicentro do sismo.
Foram registrados ao menos três tremores secundários na Indonésia, causando pânico e cortes no fornecimento de energia em algumas áreas da província de Aceh, em Sumatra, informaram a agência de meteorologia e uma testemunha da Reuters.
O tremor teve epicentro a 204 quilômetros oeste-noroeste de Sibolga, na Indonésia, e profundidade de 46 quilômetros, disse o Serviço, que havia informado inicialmente magnitude de 7,6.
Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,15 atingiu a costa da província de Aceh, em Sumatra, causando um tsunami no Oceano Índico que matou cerca de 226 mil pessoas na Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e em outros nove países.
Fonte - Último Segundo
"Não existe o risco de um tsunami destruidor e abrangente, baseado em dados históricos de terremoto e tsunami", informou o centro.
Mas acrescentou que "há a possibilidade de um tsunami local que pode afetar os litorais" de regiões a 100 quilômetros do epicentro do sismo.
Foram registrados ao menos três tremores secundários na Indonésia, causando pânico e cortes no fornecimento de energia em algumas áreas da província de Aceh, em Sumatra, informaram a agência de meteorologia e uma testemunha da Reuters.
O tremor teve epicentro a 204 quilômetros oeste-noroeste de Sibolga, na Indonésia, e profundidade de 46 quilômetros, disse o Serviço, que havia informado inicialmente magnitude de 7,6.
Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,15 atingiu a costa da província de Aceh, em Sumatra, causando um tsunami no Oceano Índico que matou cerca de 226 mil pessoas na Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e em outros nove países.
Fonte - Último Segundo
Um ponto sem volta?
Segundo afirmado por Thomas Sowell, economista, comentarista econômico e social americano, a aprovação do novo sistema de saúde nos EUA indica que foi atingido um ponto decisivo de desmantelamento dos valores e instituições da América.
Neste sentido o articulista indica uma série de fatores que subsidiam suas conclusões, no entanto, para efeito do interesse deste espaço, destacamos algumas que nos parecem pertinentes ao papel dos EUA na profecia:
"A forma corrupta pela qual essa extensa e pesada legislação foi empurrada através do Congresso, sem a consideração de nenhum dos comitês de audiência pública ou de longos debates que marcaram os ritos da maioria das mais importantes legislações anteriores aprovadas, definiu um modelo de procedimento para pressionar e aprovar outras leis tão ou mais abrangentes, em completo desafio aquilo que o público quer."
...
"A maneira virulenta e corrupta pela qual este projeto foi forçado no Congresso, numa votação partidária, e em desafio à opinião pública, provê um modelo de como outras mudanças “históricas” poderão ser impostas por Obama, Pelosi e Reid."
Ele se preocupa ainda com o que ocorreria em um eventual segundo mandato do atual Presidente americano, "durante o qual ele indicaria um número suficiente de juízes para a Suprema Corte que lhe garantiriam a aprovação automática de mais expansão do seu poder."
O ponto sem volta que dá nome ao artigo são as eleições de meio de mandato deste ano, onde o articulista entende que se definirão os processos de forma a não mais haver possibilidade de se reverte o processo de domínio que o mesmo denuncia em seu artigo ora considerado.
Fonte - Jewish World Review
Neste sentido o articulista indica uma série de fatores que subsidiam suas conclusões, no entanto, para efeito do interesse deste espaço, destacamos algumas que nos parecem pertinentes ao papel dos EUA na profecia:
"A forma corrupta pela qual essa extensa e pesada legislação foi empurrada através do Congresso, sem a consideração de nenhum dos comitês de audiência pública ou de longos debates que marcaram os ritos da maioria das mais importantes legislações anteriores aprovadas, definiu um modelo de procedimento para pressionar e aprovar outras leis tão ou mais abrangentes, em completo desafio aquilo que o público quer."
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"A maneira virulenta e corrupta pela qual este projeto foi forçado no Congresso, numa votação partidária, e em desafio à opinião pública, provê um modelo de como outras mudanças “históricas” poderão ser impostas por Obama, Pelosi e Reid."
Ele se preocupa ainda com o que ocorreria em um eventual segundo mandato do atual Presidente americano, "durante o qual ele indicaria um número suficiente de juízes para a Suprema Corte que lhe garantiriam a aprovação automática de mais expansão do seu poder."
O ponto sem volta que dá nome ao artigo são as eleições de meio de mandato deste ano, onde o articulista entende que se definirão os processos de forma a não mais haver possibilidade de se reverte o processo de domínio que o mesmo denuncia em seu artigo ora considerado.
Fonte - Jewish World Review
domingo, 4 de abril de 2010
Tremor de 7,2 graus atinge México e é sentido em Los Angeles
Um terremoto de magnitude 7,2 abalou neste domingo a região da cidade de Mexicali, no Estado mexicano da Baixa Califórnia, próximo à fronteira com a Califórnia, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor foi sentido nas cidades americanas de Los Angeles e San Diego.
As primeiras informações davam conta de um terremoto de 6,9 graus, dado que foi atualizado pelo USGS. Não há informações sobre danos ou feridos até o momento, mas a polícia e os bombeiros de San Diego receberam diversos chamados. Em Los Angeles, autoridades inspecionaram prédios.
Segundo o canal de TV KABC, de Los Angeles, vários arranha-céus da cidade foram sacudidos com força e o corpo de bombeiros local respondeu a vários chamados para tirar pessoas presas em elevadores. Não há informações sobre feridos, danos ou cortes de energia na cidade.
"Nós sentimos a terra tremer por cerca de 30 segundos", disse o oficial da polícia de San Diego Scott Ybarrondo à CNN. "Aqui, os quadros não chegaram a cair das paredes. Mas nós recebemos informações de que em vários outros lugares da cidade o tremor arrancou quadros das paredes".
Segundo o Serviço Sismológico Nacional (SSN) mexicano, não houve informes de danos no país. "Até o momento não recebemos nenhum chamado avisando sobre danos. Tivemos pessoas que sentiram o sismo na Baixa Califórnia e no Estado de Sonora", disse Adriana González, pesquisadora do SSN.
Segundo informações do USGS, o terremoto, que ocorreu às 19h40 de Brasília (15h40 local), teve o epicentro a 26 km sul-sudoeste de Guadalupe Victoria, em Baixa Califórnia, e a 64 km a sudoeste de San Luis, no Estado americano do Arizona. A profundidade do abalo foi registrado a 32,3 km.
Tremores secundários
De acordo com informações da CNN, dois tremores secundários foram sentidos na Califórnia. O primeiro, de 5,1 graus na escala Richter, abalou a região próxima a Imperial. O segundo, de 4,1 sacudiu o norte do Estado cerca de 9 minutos após o tremor principal, registrado do México.
Fonte - Terra
As primeiras informações davam conta de um terremoto de 6,9 graus, dado que foi atualizado pelo USGS. Não há informações sobre danos ou feridos até o momento, mas a polícia e os bombeiros de San Diego receberam diversos chamados. Em Los Angeles, autoridades inspecionaram prédios.
Segundo o canal de TV KABC, de Los Angeles, vários arranha-céus da cidade foram sacudidos com força e o corpo de bombeiros local respondeu a vários chamados para tirar pessoas presas em elevadores. Não há informações sobre feridos, danos ou cortes de energia na cidade.
"Nós sentimos a terra tremer por cerca de 30 segundos", disse o oficial da polícia de San Diego Scott Ybarrondo à CNN. "Aqui, os quadros não chegaram a cair das paredes. Mas nós recebemos informações de que em vários outros lugares da cidade o tremor arrancou quadros das paredes".
Segundo o Serviço Sismológico Nacional (SSN) mexicano, não houve informes de danos no país. "Até o momento não recebemos nenhum chamado avisando sobre danos. Tivemos pessoas que sentiram o sismo na Baixa Califórnia e no Estado de Sonora", disse Adriana González, pesquisadora do SSN.
Segundo informações do USGS, o terremoto, que ocorreu às 19h40 de Brasília (15h40 local), teve o epicentro a 26 km sul-sudoeste de Guadalupe Victoria, em Baixa Califórnia, e a 64 km a sudoeste de San Luis, no Estado americano do Arizona. A profundidade do abalo foi registrado a 32,3 km.
Tremores secundários
De acordo com informações da CNN, dois tremores secundários foram sentidos na Califórnia. O primeiro, de 5,1 graus na escala Richter, abalou a região próxima a Imperial. O segundo, de 4,1 sacudiu o norte do Estado cerca de 9 minutos após o tremor principal, registrado do México.
Fonte - Terra
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Papa pode sair fortalecido de escândalos
As denúncias de abusos sexuais cometidos por sacerdotes provocaram um forte abalo no pontificado de Bento 16, mas o papa está confrontando o problema e poderá sair fortalecido do episódio, na opinião de vaticanistas ouvidos pela BBC Brasil.
“Esse é o grande terremoto do pontificado de Bento 16, embora o papa seja muito claro e determinado no combate à pedofilia”, afirmou o vaticanista Marco Politi.
Segundo ele, a decisão de Bento 16, que está fazendo cinco anos de papado no dia 19 de abril, de adotar a regra da tolerância zero com os padres que cometem abusos está sendo aplicada nos países atingidos pelos escândalos e mudou o jeito de enfrentar o problema nos Estados Unidos.
“O resultado histórico será positivo para Bento 16”, disse outro vaticanista, Luigi Accattoli, que vê o papa como um religioso que sempre foi severo em relação ao comportamento moral do clero e um líder que promove uma ação transparente para combater a pedofilia na igreja e a colaboração com os tribunais civis.
Na opinião de Accattoli, muitos atribuíram ao papa a responsabilidade por abusos cometidos por padres por acreditarem que o então cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé Joseph Ratzinger teria contribuído para ocultar os casos para defender a imagem da Igreja Católica.
Mas, segundo Accatoli, essa atribuição seria injusta, porque "o segredo era mantido graças a regras que já existiam e não tinham sido aprovadas por Ratzinger, porque ele não era um legislador".
Já na avaliação do vaticanista Andrea Tornielli o escândalo esta assumindo dimensões imprevisíveis e "é impossível prever onde isso vai levar”.
Segundo Tornielli, a divulgação quase diária de casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes, deixou marcas profundas na imagem da igreja.
Fonte - BBC
“Esse é o grande terremoto do pontificado de Bento 16, embora o papa seja muito claro e determinado no combate à pedofilia”, afirmou o vaticanista Marco Politi.
Segundo ele, a decisão de Bento 16, que está fazendo cinco anos de papado no dia 19 de abril, de adotar a regra da tolerância zero com os padres que cometem abusos está sendo aplicada nos países atingidos pelos escândalos e mudou o jeito de enfrentar o problema nos Estados Unidos.
“O resultado histórico será positivo para Bento 16”, disse outro vaticanista, Luigi Accattoli, que vê o papa como um religioso que sempre foi severo em relação ao comportamento moral do clero e um líder que promove uma ação transparente para combater a pedofilia na igreja e a colaboração com os tribunais civis.
Na opinião de Accattoli, muitos atribuíram ao papa a responsabilidade por abusos cometidos por padres por acreditarem que o então cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé Joseph Ratzinger teria contribuído para ocultar os casos para defender a imagem da Igreja Católica.
Mas, segundo Accatoli, essa atribuição seria injusta, porque "o segredo era mantido graças a regras que já existiam e não tinham sido aprovadas por Ratzinger, porque ele não era um legislador".
Já na avaliação do vaticanista Andrea Tornielli o escândalo esta assumindo dimensões imprevisíveis e "é impossível prever onde isso vai levar”.
Segundo Tornielli, a divulgação quase diária de casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes, deixou marcas profundas na imagem da igreja.
Fonte - BBC
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