quarta-feira, 7 de abril de 2010

Confirmados 95 mortos no Rio de Janeiro

Governador do Estado brasileiro pondera decretar calamidade pública e apela às pessoas que vivem em zonas de risco para abandonarem as suas casas. Folha Online diz que é "o pior temporal da história".

O Corpo de Bombeiros informou que o número de mortos na sequência da chuva intensa que atinge o Estado do Rio de Janeiro desde o início da tarde de ontem, segunda-feira, subiu para 95.

Entre as vítimas, há um bebé de cinco meses que morreu soterrado por um deslizamento de terras, na Tijuca, no norte da cidade, provocado pelo mau tempo.

Só na cidade do Rio de Janeiro, morreram 26 pessoas. Segundo os bombeiros, as mortes aconteceram nos morros do Borel, Turano e dos Macacos, no Andaraí, também na zona norte, Santa Teresa, na região central, Petrópolis, na região da serra e Niterói, na região metropolitana.

O portal de notícias da rede Globo, o G1, diz também que houve mortes em Niterói, Região Metropolitana, nos bairros de Engenhoca, Cubango e São Francisco e no bairro Novo México da mesma cidade.

Um deslizamento de terra no morro do Borel, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, provocou a morte a três pessoas, entre as quais um bebé de cinco meses.

No total, as chuvas intensas já fizeram, pelo menos, 14 desabamentos e 60 inundações em diversos bairros da cidade, de acordo com a imprensa local brasileira. A chuva começou a cair, ontem, segunda-feira, pelas 17 horas locais (21 horas em Portugal continental) e prolongou-se durante a madrugada de hoje.

O rio Maracaná transbordou provocando um verdadeiro caos no trânsito. Muitos dos condutores foram obrigados a abandonar os carros e a procurar abrigo num local seguro. Os bombeiros usaram barcos salva-vidas para resgatar pessoas que ficaram presas com a subida do Rio Maracaná.

Houve ainda muita gente ficou impedida de regressar a casa, já que a Avenida Brasil, a principal ligação do centro com as zonas norte e oeste do Rio, ficou inundada em alguns pontos.

As autoridades estão a avaliar os estragos provocados pelo mau tempo e pelas fortes rajadas de ventos, que chegaram aos 70 quilómetros/hora. À população foi pedido que evitem grandes deslocações, devido ao risco de ficarem presas em engarrafamentos. As aulas foram suspensas em todo o município.

O aeroporto Santos Dumont chegou a ser fechado, mas a circulação aérea começa já a voltar à normalidade.

Para já, a Prefeitura mantém alerta e pede à população para não sair de casa, apesar de o nível de intensidade das chuvas começar a diminuir.

Entretanto, várias linhas de metropolitano registaram recordes de afluência, num total de 632 mil passageiros.

Só em 12 horas choveu mais do dobro do que o esperado num mês inteiro, no Rio de Janeiro.

Fonte - Jornal de Notícias

Nota DDP: Veja também "Retrato de um país despreparado para adversidades climáticas". A pergunta é: "Quem está?"


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