A situação no Japão após o acidente nuclear na central de Fukushima está «fora de controlo», apelidou o comissário europeu da Energia, Günther Öttinger, indo ainda mais longe: «Há quem fale em apocalipse e a palavra parece-me muito apropriada. Não excluo o pior para as próximas horas ou dias».
O alarme de um desastre nuclear continua a crescer em torno da central de Fukushima Daiichi, afectada em quatro dos seis reactores devido ao terramoto e tsunami que afectaram o país. A situação agravou-se na última noite após um incêndio no reactor 4 e uma explosão no número 2.
Segundo o Organismo Internacional de Energia Atómica (OIEA), a contenção primária no segundo reactor pode estar danificada, algo que tem sido sempre rejeitada pela agência nuclear japonesa.
Recorde-se que os níveis de radioactividade em Tóquio estiveram esta manhã ligeiramente acima do normal, mas o vento que se fez sentir acabou por dispersar a radioactividade para o oceano. A informação é da agência meteorológica das Nações Unidas, que garante não existir, nesta altura, perigo de radioactividade no Japão - em nenhuma região. Ainda assim, 140 mil pessoas foram aconselhadas pelas autoridades a permanecerem dentro de casa para evitarem riscos radioactivos.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AEIA) admitiu hoje que a explosão - a terceira desde o sismo de 9.0 de sexta-feira - num reactor nuclear de Fukushima Dai-ichi lançou radioactividade «directamente para a atmosfera». Numa mensagem televisiva, o primeiro-ministro confirmou a fuga de radiação.
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Fonte - Diario IOL
Nota DDP: É certo que o "Fim do Mundo" não decorre de um cataclisma atômico, no entanto, é certo também que as crises que o evento suscita (econômica, ecológica, social, etc), podem apontar para o desencadeamento de medidas tendentes à implementação do quadro profético esperado.