sexta-feira, 28 de outubro de 2011

"Felicidade" - Pr. Edson Nunes Jr.

Terremoto atinge Peru e provoca pânico

Um forte terremoto de 6,9 graus de magnitude atingiu nesta sexta-feira uma área perto da costa no sul do Peru, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês), mas ainda não há informações sobre danos ou vítimas. Não foi emitido um alerta imediato de tsunami.

De acordo com o USGS, o abalo sísmico teve epicentro a 50 km de Ica e a quase 35 km de profundidade. Mas, segundo o Instituto Geofísico do Peru, o terremoto foi de 6,7 graus na escala Richter e ocorreu a cerca de 220 km ao sul de Lima, no Oceano Pacífico, a uma profundidade de 40 km.

O abalo foi sentido em várias cidades costeiras e dos Andes, incluindo Lima. O terremoto estremeceu edifícios na capital e causou pânico na população, que durante vários minutos esvaziou escritórios e casas. Também houve cortes temporários nas comunicações telefônicas.

"O epicentro foi perto da costa. Foi sentido em boa parte da serra, como Cuzco, Arequipa e Ayacucho, apesar de ali ter tido menor intensidade", disse o diretor do Instituto Geofísico peruano, Hernán Tavera.

Ruben Vargas, um policial em Ica, disse que as pessoas saíram correndo em pânico de suas casas, mas no momento não parece haver quaisquer danos. Segundo ele, as pessoas continuaram nas ruas quase meia hora depois do terremoto, que atingiu a região às 13h54 local (16h54 em Brasília).

O terremoto desta sexta-feira teve seu epicentro na mesma região onde em 15 de agosto de 2007 ocorreu um forte tremor, de 7,9 graus, que deixou mais de 500 mortos.

Fonte - iG

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Obama defende diálogo interreligioso em recado a Bento XVI

ROMA, 27 OUT (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, escreveu hoje ao papa Bento XVI defendendo o "diálogo interreligioso" como maneira de se unir "para levar a paz onde há conflito" e criar "um mundo melhor".

"Por meio do diálogo interreligioso podemos nos unir em uma causa comum para apoiar quem sofre, para levar a paz onde há conflito e encontrar o caminho para criar um mundo melhor para nós e para nossos filhos", defendeu o mandatário.

A mensagem do norte-americano foi enviada em razão da 25ª Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e a Justiça no Mundo, realizada na cidade italiana de Assis. A data comemorativa foi criada pelo papa beato João Paulo II em 1986.

Obama enviou suas saudações a todos os participantes da celebração do dia, entre os quais judeus, budistas, muçulmanos e representantes de outras religiões, além de ateus.

Também compareceram a Assis o embaixador norte-americano para a liberdade religiosa Suzan Johnson Cook e o embaixador norte-americano junto à Santa Sé, Miguel Díaz.

Em seu discurso em Assis, o Pontífice declarou que a celebração "é a imagem de como a dimensão espiritual é um elemento chave na construção da paz".

"Por meio desta peregrinação, pudemos nos comprometer com o diálogo fraterno, aprofundar a nossa amizade, alcançar aqui juntos no silêncio e na oração", atestou.

"Após termos renovado nosso compromisso pela paz e termos trocado reciprocamente um sinal de paz, nos sentimos ainda mais profundamente envolvidos, juntos com todos os homens e mulheres das comunidades que representamos, no nosso caminho humano comum", sustentou.

Joseph Ratzinger disse aos líderes religiosos presentes que "no estamos separados". "Continuaremos a nos encontrar, continuaremos a estar unidos neste caminho, no diálogo, na construção cotidiana da paz e no nosso comprometimento com um mundo melhor, um mundo no qual todos os homens e todas as mulheres e toda pessoa possa viver segundo as suas próprias aspirações legítimas". (ANSA)

Fonte - ANSA

Nota DDP: Absolutamente sem palavras. O SENHOR logo vem.

"Pedras que Clamam" - Pr. Rodrigo Silva

Semana de Oração Universitária realizada durante os dias 29 de agosto a 02 de setembro de 2.011 no Unasp Campus São Paulo.

O título “Pedras que clamam” foi idealizado pelo orador, Pr. Rodrigo Silva, Pós-doutor em Teologia e Doutorando em arqueologia na Universidade de São Paulo – SP, também professor no Centro Universitário Adventista de São Paulo campus Engenheiro Coelho.

Para ele “há experiências que não se descrevem, se sentem.” E ele espera que todos venham sentir fascinantes experiências durante a semana, especialmente as experiências em relação a Deus.

Temas:

01) - 29.08.11 - "O Escaravelho do Egito"
02) - 30.08.11 - "Moisés, Chamado para Libertar"
03) - 31.08.11 - "A Porta dourada de Jerusalém"
04) - 01.09.11 - "Um Pão Sobre as Águas, um Odre de Fumaça"
05) - 02.09.11 - "Que Queres que Eu Faça?"


Espero que seja útil aos irmãos. Não se esqueçam de duplicar, "como folhas de outono", atendendo ao "ide" do Mestre. E descansem no Senhor.

Soli Deo Gloria

"Disseminai-os como as folhas no outono. Esse trabalho deverá continuar sem estorvo de pessoa alguma. Almas perecem sem Cristo. Sejam elas advertidas de Seu breve aparecimento nas nuvens do céu." (Testemunhos Seletos V3 - Pág. 235)

Cristãos perseguidos

Morte de egípcios que protestavam contra atentado a uma igreja expõe o ódio aos seguidores de Jesus Cristo, algo que vai além do Oriente Médio

Imagine um país onde a filiação religiosa deva constar no documento de identidade de todos os cidadãos, onde sua crença implique restrições para ocupar postos de trabalho, ter acesso à educação e se casar. No Egito, predominantemente islâmico, isso acontece e as principais vítimas da intolerância religiosa são os cristãos, que representam 10% da população. Na semana passada, o mundo testemunhou um derramamento de sangue no país. Vinte e cinco pessoas – a maioria fiéis coptas, como são chamados os cristãos que não seguem o Alcorão – morreram no domingo 9, no Cairo, em confronto com outros civis e o Exército. Tanques passavam por cima dos manifestantes sem dó. Carregando cruzes e imagens de Jesus, milhares de pessoas estavam nas ruas em um protesto inédito contra a opressão histórica patrocinada pelos muçulmanos. Os representantes do cristianismo se revoltaram depois de mais um incêndio sofrido por uma igreja copta. “A primavera no mundo árabe parece que acordou muita gente, inclusive os coptas”, diz o sacerdote católico Celso Pedro da Silva, professor emérito da Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, de São Paulo.

Com o estado de insegurança que domina o Egito após a queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro, grupos muçulmanos tentam demarcar mais territórios em meio à indefinição do poder público. E os coptas, historicamente marginalizados pelo governo, estão levantando a voz. Há severas restrições – só para citar uma fonte de discriminação – para a construção e reformas de templos cristãos, patrulha que não ocorre entre os muçulmanos. Em solo egípcio há apenas duas mil igrejas perante as 93 mil mesquitas. Na quinta-feira 13, o papa Bento XVI manifestou-se no Vaticano: “Uno-me à dor das famílias das vítimas e de todo o povo egípcio, desgarrado pelas tentativas de sufocar a coexistência pacífica entre suas comunidades.” O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu proteção à minoria copta e afirmou estar profundamente preocupado com o Egito.

A intolerância religiosa contra os cristãos não ocorre só no Egito. Um levantamento feito, em maio, pela Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos mostra quanto a violência anticristã está disseminada mundo afora. Na China, segundo a comissão, pelo menos 40 bispos católicos estariam presos ou desaparecidos. Na Nigéria, cerca de 13 mil pessoas teriam morrido em conflitos violentos entre muçulmanos e cristãos desde 1999. Mais: na Arábia Saudita, lugares de cultos não muçulmanos são proibidos e livros escolares seguem pregando a intolerância a outras etnias. Irã e Iraque também são citados. No primeiro, mais de 250 cristãos teriam sido presos arbitrariamente desde meados de 2010. Já o país vizinho registra uma das maiores quedas no número de cristãos da sua história – em oito anos, esse grupo caiu pela metade e soma, hoje, 500 mil. “Os atos de violência têm como objetivo pressionar a população a abandonar suas terras”, explica Keith Roderick, secretário-geral da Coalizão para a Defesa dos Direitos Humanos.

Infelizmente tem funcionado. O Oriente Médio, berço do cristianismo, era constituído, no início do século XX, por cerca de 20% de seguidores de Jesus Cristo. Estimam os especialistas que o povo cristão atualmente não represente nem 2% dos habitantes daquela região. O papa Bento XVI chama a investida dos muçulmanos de “conquista à base da espada”. No ano passado, o Sumo Pontífice manifestou-se a favor da libertação de uma paquistanesa cristã condenada à forca por blasfêmia, no Paquistão, país onde mais de 30 pessoas foram assassinadas com essa justificativa. Asia Bibi, então com 45 anos, teria dito ao ser insultada por mulheres muçulmanas: “O que Maomé fez por vocês? Jesus, pelo menos, sacrificou-se por mim”. Graças à pressão internacional, a pena não foi cumprida, mas Asia aguarda novo julgamento. Ela é a primeira mulher na história a receber uma pena de morte por conta de perseguição religiosa. Um título que nenhum país deveria se orgulhar.

Fonte - Isto É

Nota DDP: Que a liberdade em Cristo seja recebida como benção que é aos que ainda podem professar sua fé e cumprir a missão sem restrições. Chegará o dia em que essa realidade terá seu fim não somente naquela região do globo.

'A bomba populacional' quatro décadas depois


O professor americano Paul R. Ehrlich fez uma previsão catastrófica em 1968. O mundo tinha pessoas demais, e milhões morreriam de fome, se não houvesse um controle do aumento populacional. A teoria era parte do livro "Population bomb" (Bomba populacional), que se tornou um dos mais vendidos da época e reabriu uma discussão antiga (a do economista inglês Thomas Malthus) sobre a sustentabilidade da vida de bilhões de pessoas no planeta.

Mais de 40 anos depois da publicação do seu trabalho mais conhecido, Ehrlich chegou a ser questionado por "erros" em suas estimativas, mas ele mantém a defesa da gravidade da situação. "Fui otimista na época em que publiquei o livro", disse, em entrevista ao G1 às vésperas de o número de pessoas no mundo atingir 7 bilhões - quase o dobro da população global na época em que o livro foi lançado.

"Quando o livro saiu, em 1968, ainda não sabíamos exatamente o que ocorria na bacia amazônica, em termos de desmatamento. Também não sabíamos do aquecimento global, não esperávamos que houvesse um aumento das desigualdades sociais como se vê atualmente em todo o mundo", explicou. Segundo ele, o risco de colapso global ainda existe, por mais que o crescimento populacional esteja perdendo velocidade. "O risco é menor de que o que prevíamos em 68, mas ele ainda existe."

Ehrlich nega que suas previsões tenham sido equivocadas, por tratarem de crescimento desenfreado. Mesmo que a ONU preveja atualmente uma estabilização do crescimento e até redução de população de alguns países até o fim do século, ele diz que a população atual já sobrecarrega o planeta. "Fala-se em 7 bilhões de pessoas como sendo menos do que o que esperávamos, mas não veem que estávamos certos em alguns aspectos, como a existência de um bilhão de pessoas que passam fome, ou 2 bilhões que vivem em pobreza extrema e se alimentam mal", disse.
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Fonte - G1

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

«Sinais inquietantes» exigem diálogo pela paz


Lisboa, 25 out 2011 (Ecclesia) - Guilherme d’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura, considera que o encontro inter-religioso pela paz que o Papa convocou para quinta-feira, em Assis (Itália), pode ajudar a responder a “sinais inquietantes”, “desde a violência à crise financeira”.

“O tema da paz mantém a sua atualidade e tornou-se porventura ainda mais premente. E o diálogo entre as culturas e as religiões é uma das chaves para superarmos a grave situação internacional em que vivemos”, escreve, em texto hoje publicado pelo semanário Agência ECCLESIA.

Por iniciativa do atual Papa, a cidade de Assis, terra natal de São Francisco (1182-1226), vai acolher um novo encontro mundial de líderes religiosos “pela justiça e a paz”, à imagem do que fez João Paulo II em 1986.

“Bento XVI, quando renovar o gesto de há vinte e cinco anos nestes dias de outubro de 2011, procurará, assim, dar passos concretos de entendimento e diálogo, lembrando que a responsabilidade das pessoas, políticos e cidadãos, de boa vontade, à luz da esperança cristã e ecuménica, deve ter consequência na história humana”, assinala Guilherme d’Oliveira Martins.

Frei Isidro Pereira Lamelas, da Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), fala no “Espírito de Assis”, sublinhando que o mesmo “poderá ter até outros nomes, mas não muitas alternativas”.

“Não existe um caminho para o diálogo: o caminho é o diálogo; assim como não há uma via para a paz: a via é a própria paz”, aponta o religioso.

Isabel Bento, da Comunidade de Santo Egídio (Igreja Católica), sublinha o facto de, neste encontro, haver espaço para “os não crentes” junto de representantes das “grandes religiões mundiais”.

“Para os crentes, este é quase um diálogo mais difícil do que aquele entre as diferentes religiões, e colocá-lo no mesmo patamar, mostra a maturidade da ‘vida adulta’ do diálogo”

O Vaticano anunciou a presença de 17 delegações das Igrejas cristãs do Oriente - incluindo o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla (Igreja Ortodoxa) -, 13 Igrejas ocidentais – com a presença do primaz anglicano, arcebispo Rowan Willams -, uma representação do Grão Rabinato de Israel (judaísmo), 48 muçulmanos e mais de outros 120 representantes de diversas tradições religiosas, para além de quatro professores europeus “que se professam como não crentes”.

Frei Vítor Melícias, responsável máximo pela Ordem dos Frades Menores em Portugal, refere à ECCLESIA que a ocasião vai ser marcada por “diversas iniciativas”, destacando a presença no dia 27, na Mesquita de Lisboa, para levar “um abraço da fraternidade” aos “irmãos muçulmanos”.

“É absolutamente necessário [celebrar o encontro de Assis] porque é uma das mensagens proféticas do grande Papa João Paulo II. Ele entendeu aquilo de que o mundo precisa: que os povos dialoguem, se abracem, se entreajudem no respeito pelas legítimas diferenças de religião, de cultura”, acrescenta.
Para o religioso franciscano Agostino Sposito, da Itália, o “ato profético” de João Paulo II continua a revestir-se de “grande atualidade”, para que os líderes religiosos possam “encontrar em conjunto a estrada para a verdade, que é o caminho para a paz”.

Os países representados em Assis vão ser mais de 50, entre os quais Egito, Paquistão, Jordânia, Irão, Arábia Saudita e outros que, segundo o Vaticano, “são talvez dos que mais sofrem neste momento histórico por causa dos problemas da liberdade religiosa”.

Fonte - Ecclesia 

Nota DDP: O esforço é cada vez mais claro no sentido de que a reunião das religiões seja utilizada como meio de controlar crises cada vez mais constantes em uma sociedade ímpia. Ver ainda "Bispos da UE debatem crise financeira" e "Rede de Peregrinação Verde" (via @MinutoProfetico)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Bento XVI inclui ateus na reunião de Assis

CIdade do Vaticano, Santa Sé, 25 Out 2011 (AFP) -O Papa Bento XVI vai incluir pela primeira vez, nesta quinta-feira, quatro ateus no encontro ecumênico de Assis, uma iniciativa original que leva sua marca e que torna concreta a prioridade de um diálogo entre fiéis e não crentes, entre "fé e razão".

A linguista francesa Julia Kristeva, o filósofo italiano Remo Bodei e o mexicano Guillermo Hurtado, o economista austríaco Walter Baier aceitaram o convite e vão se apresentar ao lado de bispos, pastores, imãs, rabinos e monges budistas, na cidade natal de São Francisco, por ocasião do 25º aniversário do encontro histórico organizado pelo Papa João Paulo II.

Julia Kristeva ficará encarregada de falar diante do Papa e dos demais religiosos.

O convite a personalidades ateias e ligadas à cultura será certamente mal recebido pelos cristãos fundamentalistas e expoentes de outras religiões, para quem essas quatro presenças desfiguram a dimensão estritamente religiosa da reunião em Assis.  

"Isto vem dele, é sua marca pessoal", disse à AFP o sacerdote católico francés Laurent Mazas, do Conselho Pontifício da Cultura. A decisão surpreendeu, inclusive, diversos cardeais.

Em 2009, o Papa havia adiantado à Cúria sua prioridade: "o diálogo com as religiões deve se ajustar ao diálogo com aqueles para os quais a religião é coisa estranha, para quem Deus é desconhecido, e entre os que não querem permanecer sem Deus".

Em julho, o secretário de Estado, Tarcisio Bertone, uma pessoa próxima a Bento XVI, opinou que os questionamentos legítimos dos ateus ajudam os crentes.

"Estamos convencidos de que a posição de quem não crê pode desempenhar um papel saudável para a religião como tal, ajudando, por exemplo, a identificar possíveis desvios ou falsificações", havia dito, em alusão a seitas e fundamentalismos que ameaçam todas as religiões.

Durante sua visita à Alemanha, em setembro, Joseph Ratzinger havia feito um elogio surpreendente aos "agnósticos, que não encontram a paz", "mais próximos do reino de Deus que os considerados fiéis rotineiros".

Para Mazas, "o Papa deseja eliminar a fronteira entre os dois mundos, sair da oposição dialética, onde apenas são lançados anátemas recíprocos".

De seu discurso de 2009 nasceu outra faceta deste diálogo: o "Pátio dos Gentios", em referência ao "Atrium Gentium" onde, no antigo templo de Jerusalém, os não judeus podiam dialogar com os judeus.

Vários encontros do "Pátio dos Gentios" já foram realizados, como o de Paris, em março - uma reunião com a França laica que havia indignado os católicos convictos.

O Conselho Pontifício da Cultura já planejou outros encontros com realizações em Tirana (Albânia), Barcelona (Espanha), Palermo (Itália), Praga (República Checa), Milão (Itália) e Nova York (Estados Unidos).

O diálogo com os não fiéis, explicou o padre Mazas, responde ao temperamento do Papa: um professor que gosta do confronto de ideias e quer mostrar que nada relativo à fé se opõe à razão. No entanto, para ele, um diálogo sadio se apoia no reconhecimento das diferenças.

O cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho da Cultura, está consciente de que o diálogo com intelectuais, que simpatizam com o cristianismo, possui alcance limitado, porque está longe de alcançar a imensa "zona cinzenta" dos que ignoram a fé e dos que simplesmente são indiferentes".

Fonte - BOL  

Nota DDP: Interessante face do ecumenismo proposto por este pontificado, que de forma a estabelecer pontes, inclusive com os incrédulos, mas a finalidade é explícita: "seitas e fundamentalismos que ameaçam todas as religiões". Os inimigos comuns eleitos por BXVI, o que certamente será seguido pelos seus neo "simpatizantes", serão aqueles que não se alinharem ao senso comum proposto pela religião oficial.

Países pequenos pedem ação climática imediata

PERTH, Austrália (Reuters) - Países da África, Caribe e Pacífico Sul afirmaram nesta terça-feira que a China e os Estados Unidos, grandes emissores de gases de efeito estufa, estavam caminhando lentamente no combate às alterações climáticas e pediram que os líderes na cúpula da Comunidade Britânica (Commonwealth) esta semana exijam uma ação imediata nas negociações climáticas globais em novembro.

"As evidências científicas disponíveis para nós mostram que devemos agir agora", disse o primeiro-ministro de Samoa, Tuilaepa Malielegaoi, depois de uma reunião de 48 pequenas ilhas e nações em desenvolvimento em Perth.

"Esta é a mensagem que queremos dar ao mundo inteiro, que todos nós somos um", disse ele em entrevista coletiva antes da cúpula do Commonwealth, que começa na sexta-feira.

O aquecimento global deverá ser o foco do Encontro de Chefes de Governo da Commonwealth (CHOGM), antes da conferência sobre mudança climática da ONU na África do Sul a partir de 28 de novembro.
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Fonte - BOL  

Nota DDP: Percebe-se claramente o tom religioso, ao mesmo tempo ameaçador, em torno das possibilidades sobre o clima. Seguramente um tema catalizador de opiniões e procedimentos para a fixação de condutas ao particular em um futuro próximo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Crise: Vaticano pede reforma do sistema financeiro e criação de «Banco central» mundial - Atualização

Cidade do Vaticano, 24 out 2011 (Ecclesia) – O Vaticano publicou hoje uma nota oficial sobre a necessidade de “reforma do sistema financeiro internacional”, defendendo a criação de uma “autoridade pública" com competência universal, uma espécie de “Banco central mundial”.

No documento, da autoria do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP), apela-se à criação de “algumas formas de controlo monetário global”, considerando que o Fundo Monetário Internacional (FMI) perdeu “a sua capacidade de garantir a estabilidade das finanças mundiais”.

O organismo da Santa Sé aponta para a “exigência de um organismo que desenvolva as funções de uma espécie de ‘Banco central mundial’ que regule o fluxo e o sistema das trocas monetárias, da mesma forma que os Bancos centrais nacionais”.

Em causa estão “os sistemas de câmbio existentes, para encontrar um modo eficaz de coordenação e supervisão” num processo que, para a Santa Sé, deve “envolver também os países emergentes e em via de desenvolvimento”.

O documento cita a encíclica ‘Caritas in veritate’, de Bento XVI, para apelar a uma “autoridade pública mundial” que seja capaz de favorecer a criação de “mercados livres e estáveis, disciplinados por um quadro jurídico adequado”.

O mercado financeiro global, “que cresceu muito mais rapidamente do que a economia geral”, deve ser colocado sob o controlo de um “número mínimo de regras partilhadas”, entende o CPJP, que lamenta a falta de controlo sobre movimentos de capitais e a “desregulamentação das atividades bancárias e financeiras”.
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Caso não se encontre “um remédio” para as injustiças que afligem o mundo, o CPJP teme que “os efeitos negativos” que daí derivariam para o plano social, político e económico possam “gerar um clima de crescente hostilidade e, no final, de violência”, chegando mesmo a “minar as próprias bases das instituições democráticas, mesmo das que se consideram mais sólidas”.
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Fonte - Ecclesia

Nota DDP: Embora em muito se identifique esta notícia com a da semana passada, ressaltamos um novo elemento, qual seja, a citação expressa da Encíclica Caritas in Veritatis. Para entender porque tal condição é relevante, basta ler os posts "“Caritas in veritate”, manual de sobrevivência para século 21", "O papa e a ética dos mercados" e "As orientações da igreja para a COP15". Destaco:

A caridade na verdade é a base da revolução social pretendida pelo papa na encíclica Caritas in Veritate. Os últimos discursos de Bento XVI aludem direta ou indiretamente ao documento, como se tratasse de uma campanha de marketing religioso. Neste contexto, quando Ratzinger propõe uma “aliança entre o ser humano e o meio ambiente” está jogando a isca para a transformação da sociedade dentro de um novo perfil de desenvolvimento global, apoiado no modelo de sua própria encíclica! (Pr. Douglas Reis - @DouglasReis)

Mude o tema (ecologia/economia) e as conclusões são exatamente as mesmas.

Não se engane, o Vaticano está construindo o caminho para a aceitação da lei moral natural (leia-se decálogo católico), como referência para um mundo que está a desabar. Em algum momento, que parece próximo, os discursos religioso/político/econômico deverão se cruzar, ainda mais em um mundo apavorado pelas manifestações em várias partes do globo.

Sobre a questão de um banco central mundial, sugiro a leitura de "A rede econômica que domina o mundo", via @MinutoProfetico.

Reavivamento e reforma

Deus está levantando forte movimento de reavivamento e reforma, que está despertando nossa igreja em todo o mundo. É emocionante ver irmãos renovando seu compromisso com Deus, membros e igrejas encontrando cura para suas feridas, experimentando unidade e se levantando poderosamente para cumprir a missão. Sem dúvida, “um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e mais urgente de todas as nossas necessidades. Buscá-lo deve ser nossa primeira ocupação” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121). É tempo das grandes ações do Espírito Santo, as primeiras gotas da chuva serôdia.

No território da Divisão Sul-Americana, queremos fortalecer essa visão e, ao mesmo tempo, alimentar e abastecer a igreja com iniciativas e materiais que possam ser usados na comunhão pessoal e na igreja local. Por isso, foi relançado o site www.reavivamentoereforma.com (em português), www.reavivamientoyreforma.com (em espanhol) e o site oficial www.revivalandreformation.org (em inglês). Além disso, é possível acompanhar pelo twitter as diferentes iniciativas em @reavivaereforma e @reavivayreforma. São apenas ferramentas para que, através da tecnologia, possamos apoiar, estar mais perto e alcançar o maior número possível de pessoas com essa visão.

Apesar dessas iniciativas, precisamos lembrar que o reavivamento não vai acontecer por meios virtuais, mas por atitudes reais, pessoais e espirituais. É chegado o tempo de buscar, de maneira mais decidida, o poder do Espírito Santo para que Ele nos purifique de nossos pecados, nos una como um só corpo e levante um exército para compartilhar a esperança da volta de Cristo a cada pessoa e cada casa de nosso continente.

Por outro lado, precisamos ter a visão correta. Não podemos permitir que, enquanto a igreja vai sendo despertada, o inimigo aproveite para semear desequilíbrio, agitação e, muitas vezes, divisão. Precisamos da sabedoria dos Céus para permanecer alinhados à visão divina de reavivamento e reforma.

1. É um movimento de busca a Deus na primeira hora de cada dia. Esse não é um movimento reservado a programas ou pregadores especiais. É um movimento de encontro pessoal com Deus e de busca pelo batismo diário do Espírito Santo, dedicando o melhor momento do dia para a comunhão por meio da oração, meditação, leitura da Bíblia, dos escritos inspirados de Ellen G. White e dos materiais devocionais. Esse é o primeiro passo e a base do reavivamento.

2. É um movimento com base sólida. A Bíblia precisa ser destacada em todo esse movimento, que não tem por base o que sentimos, mas como reagimos. A reação esperada por Deus não são apenas lágrimas, nem momentos agitados de “louvor”, muito menos a procura por pregadores carismáticos, mas uma busca séria e profunda pelas verdades da Palavra de Deus. Não existe despertamento místico, emocional ou ecumênico. O verdadeiro despertamento leva a igreja de volta à Bíblia, à mensagem original e às orientações de Deus.

3. Deve ser encarado com equilíbrio. É preciso ser prudente ao tratar do assunto, pregá-lo, ou mesmo julgar o envolvimento das outras pessoas. É muito fácil um movimento tão puro cair para o lado do fanatismo, radicalismo ou até criticismo. O resultado natural do reavivamento é profundo amor a Deus, à Sua Palavra e às outras pessoas.

4. O verdadeiro reavivamento leva à reforma. Vai além de um forte movimento de comunhão. O reavivamento produz reforma em nossa alimentação, músicas, aparência pessoal, amizades, vocabulário, temperamento, diversões, enfim, em toda a vida.

5. As consequências imediatas do reavivamento são a unidade e o cumprimento da missão. Membros reavivados amam seus irmãos, buscam sua felicidade e salvação, e não perdem nenhuma oportunidade para testemunhar de nossa esperança na breve volta de Jesus.

Quero fazer um chamado a você, sua família, seu pequeno grupo e sua igreja para que experimentem esse movimento levantado por Deus. A experiência da igreja também será diferente e renovada. O cumprimento da missão será destacado, com o derramamento da chuva serôdia. Já estamos vendo isso, nestes dias, ao apresentarmos o desafio de distribuição do livro missionário A Grande Esperança. Sem muito esforço humano, a igreja se levantou e se comprometeu a distribuir, em 2012, o total de 42 milhões de exemplares apenas no território da Divisão Sul-Americana. Isso é algo nunca visto! Mas, é apenas o começo dos milagres de Deus através da forte ação do Espírito Santo em uma igreja reavivada e com poder.

Fonte - Revista Adventista (Set/11)

domingo, 23 de outubro de 2011

Terremoto mata centenas de pessoas na Turquia

ANCARA, Turquia, 23 Out 2011 (AFP) -O terremoto que atingiu neste domingo a província de Van, no leste da Turquia, pode ter causado entre 500 e 1.000 mortos, indicou o Instituto de Sismologia de Kandilli.

"O tremor de 7,3 pode ter causado entre 500 e 1.000 mortes", afirmou o diretor do Instituto, Mustafa Gedik.

O forte terremoto provocou o desabamento de várias construções na província de Van, na fronteira com o Irã, informou, por sua vez, a agência de notícias Anatólia.

O Instituto de Geologia dos Estados Unidos (USGS) informou ainda que o epicentro ocorreu às 10h41 GMT, a 19 km no nordeste da cidade de Van.

Poucos minutos depois, ocorreu uma réplica de 5,6 de magnitude, localizada 19 km a nordeste de Van e a uma profundidade de 12 km, de acordo com o instituto americano, referência na matéria.

Antes, um canal de tv turco informou que o tremor foi magnitude 6,6. O instituto sismológico de Kandilli, em Istambul, afirmou, por sua parte, que a magnitude foi 6,6.

"Alguns edifícios sofreram danos, mas não recebemos informações de vítimas. O tremor causou muito pânico", afirmou o prefeito de Van, Bekir Kaya, ao canal NTV.

O dirigente informou ainda que a rede telefônica da cidade, que possui 380.000 habitantes, sofreu danos.

Um terremoto dessa intensidade costuma provocar muitos danos na Turquia, onde muitas casas são construídas sem respeitar as normas de segurança.

Estas leituras se baseiam na escala aberta de Magnitude de Momento, utilizada atualmente pelo serviço sismológico americano, que mede a área da falha de ruptura e a quantidade total de energia liberada pelo movimento telúrico.

Fonte - UOL

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vaticano quer autoridade financeira 'com competência universal'

"O Vaticano anunciou nesta quarta-feira ter preparado um documento para a reforma do sistema financeiro internacionalno qual convoca a criação de uma "autoridade pública com competência universal". O documento será apresentado na segunda-feira à imprensa e foi elaborado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, liderado pelo cardeal africano Peter Kodwo Appiah Turkson.

"A reforma do sistema financeiro internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal" é o título do documento, que ainda não teve seu conteúdo divulgado. O Vaticano apresenta assim propostas concretas perante a crise económica e social que afeta o mundo desde 2008.

Bento XVI se pronunciou em diversas ocasiões a favor de uma "intervenção pública" edenunciou o sistema econômico atual e suas consequências sobre os setores mais pobres da população, em particular os camponeses. "A crise financeira mundial demonstrou afragilidade do sistema econômico atual e das instituições a elas conectadas", declarou o Papa em abril.

Para o chefe da igreja, é "um erro considerar que o mercado é capaz de se autorregular, sem a necessidade de uma intervenção pública e sem referências morais internacionais", escreveu. (...)

Fonte: AFP (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final: Não posso deixar de fazer algumas observações que me parecem da maior relevância.

Que o sistema financeiro internacional precisa de reformulação, creio que todos estarão de acordo. O que falta saber é os termos dessa reforma, qual o novo método a seguir.

Pois bem, tal e qual já abordei anteriormente, também aqui o Vaticano se posiciona como portador da solução - veja bem que eu escrevi 'da' solução e não 'de uma' solução. E essa solução é, sugere a Igreja Romana, uma autoridade de âmbito e competência universais, que abrangerá todo o mundo.

Quanto à fragilidade do sistema económico atual, algo também constatado por todos, o Vaticano já não consegue disfarçar a vantagem que isso é para a sua estratégia: se há décadas o comunismo falhou e agora o capitalismo ocidental vai pelo mesmo caminho (veja aqui), fica escancarado o caminho para que o poder religioso romano se assuma como a solução ética e moral que regule (dito de outra forma: ordeneos comportamentos até agora errantes e que nos conduziram onde estamos.

Por isso, o próprio Papa considera que se trata de um erro pensar que o mercado se autorregulará, mas que necessita dessa norma moral internacional, que mais não é do que um padrão estabelecido segundo os princípios católicos romanos.

Repare que isto é o reflexo moderno de algo que faz parte da história de Roma:

"A Igreja Católica Romana, com todas as suas ramificações pelo mundo inteiro, forma vasta organização, dirigida da sé papal, e destinada a servir aos interesses desta. Seus milhões de adeptos, em todos os países do globo, são instruídos a se manterem sob obrigação de obedecer ao papa. Qualquer que seja a sua nacionalidade ou governo, devem considerar a autoridade da igreja acima de qualquer outra autoridade. Ainda que façam juramento prometendo lealdade ao Estado, por trás disto, todavia, jaz o voto de obediência a Roma, absolvendo-os de toda obrigação contrária aos interesses dela. A História testifica de seus esforços, astutos e persistentes, no sentido de insinuar-se nos negócios das nações; e, havendo conseguido pé firme, nada mais faz que favorecer seus próprios interesses, mesmo com a ruína de príncipes e povo" (Ellen White, O Grande Conflito, p. 580).

Mantenha-se atento. É isto que Roma está a fazer.

Sinais dos tempos na Veja desta semana

Quem conhece as profecias bíblicas e está atento aos sinais dos tempos, em praticamente cada noticiário – televisivo, radiofônico, internético e/ou impresso – pode perceber evidências da proximidade da volta de Jesus e da precisão das previsões proféticas. Na revista Veja desta semana há vários desses “sinais” que saltam aos olhos do observador atento, a começar pela entrevista (“O grande teste ainda virá”) com o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Lá pelas tantas, ao falar sobre a crise mundial e suas repercussões no Brasil, ele analisa: “A Europa tem se mostrado incapaz de reagir. Nos EUA, não há ambiente político para reformas. Os grandes blocos econômicos vivem dias dificílimos. É um quadro assustador. Há muito risco no ar.”

Mais adiante, nas páginas 90 a 92, a revista traz a matéria “Não é religião. Mas é fé”, sobre o movimento Ocupe Wall Street, que vem se espalhando pelos Estados Unidos e revelando o descontentamento de parcela significativa da população com os rumos políticos e econômicos daquele país. Segundo a reportagem, “na origem, o esquerdista Ocupe Wall Street é irmão gêmeo do direitista Tea Party. Os dois movimentos nasceram da costela da maior crise americana desde a Depressão dos anos 30. Ambos surgiram espontaneamente, sem uma organização prévia, sem líderes e sem vínculos partidários. [...] Nos dois casos está implícita uma denúncia de que os Estados Unidos foram sequestrados por uma elite indiferente à maioria da sociedade. [...] O governo americano é um gastador voraz, a farra fiscal tem sido ilimitada e a desigualdade no país se agrava tanto que a próxima geração corre o risco, pela primeira vez na história americana, de viver em condições menos favoráveis que a geração anterior.”

Imaginem-se as mudanças que podem resultar dessa insatisfação generalizada...

Outro texto (“Laico e religioso”) que me chamou a atenção está na coluna de Roberto Pompeu de Toledo, na última página da revista. Pompeu analisa a incoerência do Estado laico brasileiro que tem feriados religiosos (leia-se católicos) oficiais, como o 12 de outubro, em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida. Pompeu constata (o que todos já sabem) que “só a religião católica mantém sobre o calendário do país controle suficiente para impor feriados nacionais”, embora a Constituição assegure a liberdade de consciência e de crença (art. 5º, VI), donde decorre que o Estado se manterá neutro diante das várias religiões. No papel é assim...

Mais: “Outro sintoma da predominância católica”, diz Pompeu, “é a presença de símbolos dessa religião em recintos públicos, a começar pelos mais importantes deles, os plenários da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, todos eles decorados com crucifixos na mais vistosa das respectivas paredes”.

Enfim, é a laicidade brasileira impregnada de religião, fenômeno que pode também se intensificar, a seu modo, nos Estados Unidos, com sua direita cristã.

Finalmente, outros dois detalhes/sinais nessa edição de Veja não poderiam deixar de ser mencionados. Primeiro detalhe: uma das fotos das páginas 86 e 87, que estampam a matéria “O verão da Turquia”, sobre a abertura do país muçulmano para os valores democráticos e à secularização. A imagem em questão mostra o mal dos extremos e, talvez por um detalhe, o mau testemunho do cristianismo nominal, de fachada: um grupo de jovens moças sorridentes fuma e bebe num bar. No peito de duas há crucifixos pendurados com correntinhas que parecem ser de ouro. Seriam elas cristãs? É esse tipo de liberdade – de acabar com a saúde e os bons costumes – que países como a Turquia desejam? Claro que há muito mais envolvido nessa desejável abertura política, mas não deixa de ser lamentável o reforço diante dos muçulmanos desse estereótipo de pagãos intemperantes ostentado por cristãos secularizados.
...
Fonte - Michelson Borges

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A defesa do descanso dominical na Europa

há mais de um ano tinha aqui feito referência a um movimento com a colaboração das instâncias da União Europeia, com vista consagrar o domingo como dia de repouso. Uma das pessoas que, na altura, mencionei, foi Ilda Figueiredo, deputada no Parlamento Europeu pelo Partido Comunista Português (PCP).

Partilho um testemunho desta histórica figura do PCP a propósito do assunto.


Como dizia um e-mail que recebi com este vídeo, "comunistas e fascistas, pessoas de "esquerda" ou de "direita", todos se unirão em torno deste "grande" projeto para a Humanidade! Todos, isto é, "aqueles cujos nomes não foram escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Apocalipse 13:8)!".

Fonte - O Tempo Final

Papa convoca religiões pela paz

Bento XVI vai promover no próximo dia 27 um novo encontro mundial de líderes religiosos “pela justiça e a paz”, na cidade italiana de Assis, à imagem do que fez João Paulo II em 1986. O programa desta jornada de “reflexão, diálogo e oração” foi hoje [18] apresentado pelo Vaticano, em conferência de imprensa, anunciando a presença de 17 delegações das Igrejas cristãs do Oriente - incluindo o Patriarca Bartolomeu I de Constantinopla (Igreja Ortodoxa) -, 13 Igrejas ocidentais – com a presença do primaz anglicano, arcebispo Rowan Willams -, uma representação do Grão Rabinato de Israel (judaísmo) e outros 176 representantes de diversas tradições religiosas.

Do Médio Oriente e dos países árabes vão chegar 48 muçulmanos à cidade que viu nascer São Francisco de Assis, na qual se reuniram líderes religiosos em encontros similares convocados por João Paulo II, em 1986 e 2002. A Santa Sé destaca ainda a presença de um sobrinho de Mahatma Gandhi, na representação hindu, para além de quatro professores europeus “que se professam como não crentes”, entre os quais o economista Walter Baier, do partido comunista austríaco.

Bento XVI vai passar o dia inteiro em Assis, após uma viagem em comboio, estando prevista uma celebração especial, no dia 26, em vez da audiência pública semanal na Praça de São Pedro. "Peregrinos da verdade, peregrinos da paz" é o tema escolhido para o encontro inter-religioso anunciado logo no primeiro dia de 2011 pelo atual Papa, lembrando o “25.º aniversário do Dia Mundial de Oração pela Paz”.

“Irei como peregrino à cidade de são Francisco, convidando os irmãos cristãos das diferentes confissões, os representantes das tradições religiosas do mundo e todos os homens de boa vontade a unirem-se neste caminho com o objetivo de recordar aquele gesto histórico desejado pelo meu predecessor”, disse então Bento XVI.

Na conferência de imprensa desta manhã, o cardeal Peter Turkson, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz , destacou a importância de “colaboração entre as religiões”, perante desafios como a “crise económica e financeira” ou a “crise das instituições democráticas e sociais”. Para este responsável, o encontro de Assis serve para dizer “não” a “qualquer instrumentalização da religião”, em particular como justificação para a violência, e para “superar o laicismo que quer marginalizar da família humana aquele que é o princípio e o fim [Deus]”.

O programa do próximo dia 27 inicia-se pelas 08h00 italianas (menos uma em Lisboa), com a partida em comboio, desde o Vaticano, de Bento XVI e das delegações de outras Igrejas e confissões religiosas, rumo a Assis, onde devem chegar pelas 09h45. Na cidade italiana, os participantes no encontro reúnem-se na basílica de Santa Maria dos Anjos, para ouvir o Papa e recordar as iniciativas realizadas anteriormente. Após o almoço, todos os presentes vão dirigir-se em silêncio para a basílica de São Francisco, que acolhe o momento de renovação do “compromisso comum pela paz”.

Os países representados em Assis vão ser mais de 50, entre os quais Egito, Paquistão, Jordânia, Irão, Arábia Saudita e outros que, segundo o Vaticano, “são talvez dos que mais sofrem neste momento histórico por causa dos problemas da liberdade religiosa”.

Fonte: Ecclesia

NOTA Minuto Profético: Buscar e incentivar a paz deve ser algo natural para os cristãos, os quais, sob a influência do Espírito Santo, são chamados a ser pacificadores (Mt 5:9). No aspecto social, a paz só poderá ser alcançada quando as pessoas, individualmente, tiverem paz interior. E essa paz interior somente é obtida mediante a aceitação da Palavra de Deus no coração: “Assim será a palavra que sair da Minha boca: não voltará para Mim vazia, mas fará o que Me apraz e prosperará naquilo para que a designei. Saireis com alegria e em paz sereis guiados” (Is 55:11, 12).

O que significa dizer que a paz verdadeira não poderá ser uma realidade enquanto estiver amparada por conceitos e práticas pagãs: "Que paz, enquanto perduram as prostituições [idolatria] de tua mãe Jezabel e as suas muitas feitiçarias?" (2Rs 9:22) - o que é um fato quando se observa o Vaticano todo envolvido com o paganismo das religiões de mistério. Sendo assim, ao mesmo tempo em que o cristão deve ser um agente pacificador, deve também ser um promotor da verdade: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8:32).

Sobre a estratégia das Religiões de Mistério em adotar símbolos para supostamente promover a paz mundial, o economista Armindo Abreu, em sua obra O Poder Secreto, p. 349, afirma: "Explicam-nos os teóricos que, nos eventos pagãos, esses emblemas têm seu significado comum revertido, para passarem despercebidos aos olhos do público. Assim, nesses rituais ocultistas, a pomba, para todos nós, supostamente, o símbolo da paz, representaria, na realidade, a morte e a destruição. Essa reversão das simbologias permite que a Fraternidade [ocultista] possa dispor de seus ícones em público, sem despertar atenções, justamente porque as pessoas comuns não têm a mínima idéia do que representam para o círculo íntimo e mágico do poder".

Certa mais uma vez então, está a Palavra de Deus: "Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição" (1Ts 5:3).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

43 milhões sem dinheiro para pagar refeição diária

Hoje assinala-se o Dia mundial contra a pobreza extrema e o Programa Europeu de Apoio Alimentar realiza, em Bruxelas, uma conferência de imprensa para abordar o tema, com a presença de representantes do Comité Económico e Social e de Instituições de Solidariedade Social, entre as quais, a Federação Portuguesa de Bancos Alimentares.

O ano passado, os 240 Bancos Alimentares distribuíram 360 mil toneladas de produtos alimentares a Instituições de Solidariedade Social em 21 países europeus.

Estas Instituições distribuíram os produtos a pessoas carenciadas sob a forma de cabazes ou de refeições; mais de metade do total dos alimentos entregues provinham do Programa europeu que ajudou 18 milhões de pessoas carenciadas.

Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição.

Iniciado em 1987, o Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC) permite fornecer alimentos produzidos com os 'stocks' dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados "stocks de intervenção".

Fonte - DN Globo

sábado, 15 de outubro de 2011

O mundo em agitação

"As nações estão agitadas. Tempos de perplexidade se acham diante de nós. O coração dos homens está desmaiando de terror das coisas que sobrevirão ao mundo" (The Signs of the Times, 9 de outubro de 1901).

"Estranha e momentosa história está sendo registrada nos livros do Céu - eventos que, segundo foi declarado, precederiam de perto o grande dia de Deus. Tudo no mundo está em agitação" (Manuscript Releases, v. 3, p. 313).

"Estamos na iminência de importantes e solenes acontecimentos. Cumprem-se as profecias. Uma estranha e acidentada história está sendo registrada nos livros do Céu. Tudo em nosso mundo se mostra em estado de agitação" (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 369).

Veja de seguida como tudo isto se comprovou no dia de hoje.

Roma, Itália



Atenas, Grécia



Bruxelas, Bélgica



Berlim, Alemanha



Porto, Portugal



Fonte - O Tempo Final

Com tantos protestos, algo de diferente está acontecendo no mundo

Com tantos protestos sociais espontâneos irrompendo por toda parte, desde a Tunísia até Tel Aviv e Wall Street, é evidente que existe algo ocorrendo globalmente que necessita de definição. Estão em circulação duas teorias unificadoras que me intrigam. Uma delas diz que isso é o início da “Grande Ruptura”. A outra afirma que tudo o que está ocorrendo faz parte da “Grande Mudança”. Você decide.

Paul Gilding, ambientalista australiano e autor do livro “The Great Disruption” (“A Grande Ruptura), argumenta que essas manifestações se constituem em um sinal de que o atual sistema capitalista obcecado com o crescimento está atingindo os seus limites financeiros e ecológicos. “Eu vejo o mundo como um sistema integrado, de forma que não enxergo esses protestos, a crise da dívida, a desigualdade, a economia ou a mudança climática de forma isolada. O nosso sistema está passando por um processo doloroso de ruptura”, afirma Gilding. E é isso o que ele quer dizer com o termo Great Disruption.

“O nosso sistema de crescimento econômico, de democracia inefetiva, de sobrecarga do planeta Terra – o nosso sistema – está devorando a si próprio vivo. O movimento Occupy Wall Street (Ocupar Wall Street) é como aquela criança da história dizendo aquilo que todos sabem, mas têm medo de dizer: o imperador está nu. O sistema está falido. Pensem sobre a promessa do capitalismo global de mercado. Se deixarmos o sistema funcionar, se permitirmos os ricos ficarem mais ricos, se deixarmos que as corporações se concentrem nos lucros e que a poluição continue ocorrendo sem taxação e contestação, todos teremos uma vida melhor. Pode ser que a riqueza não seja igualmente distribuída, mas os pobres ficarão menos pobres, aqueles que trabalharem mais arduamente conseguirão empregos, os que estudarem mais obterão empregos melhores e nós contaremos com riqueza suficiente para consertar o meio ambiente.

“Mas o que estamos presenciando agora – de forma mais extrema nos Estados Unidos, mas basicamente no mundo inteiro – é a maior de todas as quebras de promessas”, acrescenta Gilding. “Sim, os ricos estão ficando mais ricos e as corporações estão lucrando – e os executivos delas são regiamente recompensados. Mas, enquanto isso, a situação do povo está piorando – a população está se afogando em dívidas referentes à casa própria ou à educação –; muita gente que trabalhou duro está desempregada; muitos que estudaram bastante não conseguem obter um bom emprego; o meio ambiente está sendo cada vez mais danificado; e as pessoas estão percebendo que os seus filhos ver-se-ão em uma situação ainda mais difícil do que os pais”.

“Esta onda particular de protestos poderá crescer ou não, mas o que não desaparecerá é a ampla coalizão daqueles indivíduos para os quais o sistema mentiu e que agora acordaram. Não são apenas os ambientalistas, os pobres, ou os desempregados. É a maioria das pessoas, incluindo aquelas da classe média com alto nível educacional, que estão sentindo na pele os resultados de um sistema que fez com que todo o crescimento econômico registrado nas últimas três décadas fosse parar no bolso da parcela de 1% da população que ocupa o topo da pirâmide de distribuição da riqueza”.

Mas John Hagel III, vice-diretor da instituição Center for the Edge, em Deloitte, e John Seely Brown veem as coisas de forma um pouco diferente. No seu livro recente, “The Power of Pull” (algo como, “O Poder da Retirada”), eles sugerem que nós estamos nos estágios iniciais de uma “Grande Mudança”, precipitada pela fusão da globalização com a Revolução das Tecnologias de Informação. Nos estágios iniciais, nós experimentamos essa Grande Mudança como uma pressão que se acumula, deteriorando o desempenho e provocando um aumento de estresse porque nós continuamos a operar com instituições e práticas que são cada vez menos funcionais – de maneira que o surgimento de movimentos de protesto não é nenhuma surpresa.

No entanto, a Grande Mudança desencadeia também um enorme fluxo global de ideias, inovações, novas possibilidades de colaboração e novas oportunidades de mercado. Esse fluxo está ficando cada vez mais intenso e rápido. Eles argumentam que, atualmente, a exploração do fluxo global se tornou um fator fundamental para a produtividade, o crescimento e a prosperidade. Mas, para explorar esse fluxo de maneira efetiva, todo país, toda companhia e todo indivíduo precisa aumentar constantemente os seus talentos.

“Nós estamos vivendo em um mundo no qual o fluxo prevalecerá e derrubará todos os obstáculos à sua frente”, afirma Hagel. “À medida que o fluxo ganha impulso, ele destrói as preciosas reservas de conhecimento que antigamente nos proporcionavam segurança e riqueza. Ele nos conclama a aprender mais rapidamente com trabalho conjunto e a retirar de nós próprios uma quantidade maior do nosso verdadeiro potencial, de maneira tanto individual quanto coletiva. Isso é algo que nos entusiasma com as possibilidades que só podem ser concretizadas com a participação em uma gama mais ampla de fluxos. Essa é a essência da Grande Mudança”.

Sim, as corporações contam atualmente com acesso a softwares, robôs, automação, mão-de-obra e talento intelectual mais baratos do que nunca. Portanto, a obtenção de um emprego exige mais talento. Mas a contrapartida disso é que indivíduos em qualquer lugar do mundo podem acessar o fluxo para fazer cursos online da Universidade Stanford mesmo se estiverem em uma vila na África, a fim de criarem uma companhia com clientes espalhados por toda parte ou para colaborarem com pessoas também dispersas pelo mundo. Nós estamos com mais problemas do que nunca, mas também com mais instrumentos para solução de problemas do que nunca.

Portanto, temos diante de nós duas narrativas. Uma focada na ameaça, a outra na oportunidade, mas ambas envolvendo mudanças colossais.

Gilding é, no fundo, um otimista. Ele acredita que, embora a Grande Ruptura seja inevitável, a humanidade funciona melhor em épocas de crise, e, assim que esta chegar com toda força, nós estaremos à altura do desafio e criaremos uma mudança econômica e social de potencial transformador (utilizando as ferramentas da Grande Mudança).

Hagel é também um otimista. Ele sabe que a Grande Ruptura pode estar pairando sobre nós, mas acredita que a Grande Mudança criou também um mundo no qual uma quantidade maior de pessoas dispõem das ferramentas, dos talentos e do potencial para superar essa crise.

O meu coração está com Hagel, mas a minha cabeça diz que seria arriscado ignorar Gilding.

Você decide.

Fonte - UOL

Nota DDP: Ruptura ou mudança, é certo que podemos estar diante da "Grande Esperança".

Decida por Jesus.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Unidos por uma mudança global"

O dia 15 de outubro gente de todo o mundo tomará as ruas e praças. Da América à Asia, da África à Europa, as pessoas estão-se levantando para reclamar seus direitos e pedir uma autêntica democracia. Agora chegou o momento de nos unirmos todos em um protesto mundial não-violento.

Os poderes estabelecidos atuam em beneficio de uns poucos, ignorando a vontade da grande maioria sem que se importem do custo humano ou ecológico que tenhamos que pagar. Esta intolerável situação deve terminar.

Unidos em uma só voz, faremos saber aos políticos, e as elites financeiras a quem eles servem, que agora somos nós, as pessoas, quem decidiremos nosso futuro. Não somos mercadorias nas mãos de políticos e banqueiros que não nos representam.

O 15 de outubro nos encontraremos nas ruas para botar em ação a mudança global que queremos. Nos manifestaremos pacificamente, debateremos e nos organizaremos até o conseguir.

É a hora de nos unirmos. É a hora de nos ouvirem.

Fonte - http://15october.net/pt/

Nota DDP: O mundo parece estar em convulsão cada vez mais permanente. Quais as consequências desta movimentação toda, o tempo dirá. Em relação ao tema do post, afastados inclusive eventuais paradigmas filosóficos, sociológicos ou políticos, chama a atenção o mote veiculado no movimento: "É necessária uma revolução ética".

Não por acaso, o BXVI tem seguidamente pregado sobre esta necessidade. Religião e política apresentarão seus caminhos cruzados em algum momento. Esperemos que esteja o mais próximo possível.

Terremoto de 6,2 graus abala ilha de Bali

DENPASAR, Indonésia (Reuters) - A turística ilha de Bali, na Indonésia, foi abalada nesta quinta-feira por um terremoto de magnitude 6,2 que provocou ferimentos em dezenas de pessoas e levou os turistas a saírem correndo dos hotéis.

A Cruz Vermelha informou que 44 pessoas do sul da ilha sofreram ferimentos leves, principalmente fraturas causadas pelo desabamento de tetos. Uma pessoa está em estado grave. A entidade disse que uma escola e uma casa desabaram..

O epicentro do tremor foi localizado a cerca de 160 quilômetros a sudoeste da capital da ilha, Denpasar, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Fonte - UOL

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Milão faz domingo sem carros para combater poluição

A cidade de Milão, no norte da Itália, proibiu a circulação de veículos por dez horas neste domingo, como forma de combater a poluição. A medida foi imposta após os níveis de poluição na cidade terem excedido o nível máximo tolerado por 12 dias seguidos. Milão já havia banido a circulação de veículos em suas ruas em 2007, mas na ocasião tratou-se apenas de um teste. Imagens de satélite já provaram que a cidade italiana é atualmente uma das mais poluídas da Europa. Um total de 120 mil veículos serão afetados pela medida, de acordo com o jornal Corriere della Sera. Desde quinta-feira, os veículos considerados mais poluentes já foram impedidos de circular pela cidade, mas o veto à circulação de quaisquer veículos entrou em vigor às 8h deste domingo, no horário local, e seguirá em vigor até 18h.

Para que o veto entre em vigor é preciso que o nível de poluição exceda 50 microgramas de partículas por metro cúbico ao longo de 12 dias consecutivos. A última vez que o veto foi implementado por completo foi em fevereiro.

A medida não desfruta de grande popularidade entre todos os ambientalistas, que argumentam que o sistema de transporte público da cidade deveria ser melhorado, a fim de estimular os moradores de Milão a deixarem seus carros em casa.

O deputado do Partido Verde local Enrico Fedrighini defende, entre outras medidas, que carros transportando três ou quatro pessoas deveriam contar com estacionamento gratuito. “Apenas um ou dois domingos sem carros por mês não fará nada para reduzir a poluição”, afirmou Fedrighini, em entrevista ao Corriere della Sera.

O transporte público na cidade também será ampliado ao longo do dia, com mais trens de metrô e ônibus.

(MSN Notícias)

Nota Michelson Borges: A proposta para que o domingo seja o dia de combate ao aquecimento global já existe (confira aqui). Essa iniciativa das autoridades de Milão é uma amostra do que pode ser feito em momentos de necessidade extrema e um ensaio em pequena escala dos argumentos que certamente serão usados para a promulgação do decreto dominical.[MB]

Leia também: "Parlamento croata limita compras aos domingos","Primeiras pedaladas rumo ao ECOmenismo""Bruxelas sedia conferência sobre lei dominical""O domingo na Europa e a liberdade religiosa sob ameaça""Arcebispo defende domingo em oposição ao sábado" e "Tutela do domingo e defesa dos direitos humanos"

sábado, 8 de outubro de 2011

Evangelismo urbano é o apelo do Pr. Ted Wilson para a Igreja Adventista Mundial

"O crescente número de pessoas que residem nas cidades do mundo - mais pessoas vivem hoje nas cidades do que nas zonas rurais - significa um toque de clarim para o evangelismo urbano, disse o Pastor Ted Wilson, presidente da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia, durante o culto do sábado na sede mundial em Silver Spring, Maryland.

Tomando o seu tema de Lucas 19:41-42, Wilson observou que Jesus, na Sua entrada definitiva em Jerusalém, chorou sobre a cidade onde estava para ser falsamente acusado, julgado e crucificado. "Jesus chorou pela cidade e pelo povo da cidade", disse Wilson. "Ele sabia o que estava para acontecer em questão de dias. Ele não ficou com raiva ou ressentido. Chorou! Ele chorou pelo povo da cidade!"

A partir desse exemplo, disse Wilson, os cristãos podem tirar a conclusão que as pessoas das cidades são importantes para Deus e para o cumprimento da comissão evangélica em levar as boas novas a todo o mundo.

"O nosso humilde objetivo será chegar a cerca de 650 das principais cidades do mundo antes da Sessão da Conferência Geral seguinte, em 2015, tudo baseado no poder do Espírito Santo através de reavivamento e reforma", disse ele.

"Deus está a chamar-nos para ir às cidades do mundo onde os trabalhadores são poucos e a seara é grande" disse Wilson à congregação de 500 líderes mundiais da igreja e convidados.

"Você está disposto a chorar e trabalhar pelo povo das grandes cidades? Ele chama por nós para proclamar o Seu amor, a Sua justiça, a Sua mensagem dos três anjos, a Sua advertência a um mundo agonizante, e o anúncio poderoso da Sua breve segunda vinda!"

Wilson disse: "A nossa mensagem bíblica para as cidades vai unir-nos como um povo mundial e proteger-nos a nós mesmos de nos isolarmos da sociedade e uns dos outros. A nossa mensagem para as cidades do mundo é que outra cidade está a chegar: a Nova Jerusalém, uma cidade de segurança, esperança e refúgio com Deus no seu centro".

Numa mensagem transmitida em direto pelo Hope Channel, Wilson disse que Jesus fez um apelo para trabalhar na área urbana, refletida nos escritos da co-fundadora da denominação, Ellen G. White: "Por mais de uma centena de anos, Ele tem pedido a Seu povo para trabalhar nas cidades de acordo com os Seus métodos. O Espírito de Profecia (os seus escritos) está repleto de instruções sobre o trabalho a ser feito para as cidades. É uma obra sustentável, cuidadosa e abrangente, um trabalho que une todos os aspetos do trabalho da igreja na sua abordagem para alcançar as multidões das cidades, e receberá a bênção de Deus quando feita segundo a Sua vontade com um coração humilde".

Em seguida, ele citou o livro de White, "Medicina e Salvação", página 304: "Quando as cidades forem trabalhadas como Deus deseja, o resultado será o pôr-se em operação um poderoso movimento como nunca foi testemunhado".

Wilson lembrou o relato de Ellen White da "colmeia de atividade" que os Adventistas criaram em San Francisco, Califórnia, no final do século XIX e início do século XX. Ele disse que tais esforços podem, e devem, ser duplicados hoje. "Precisamos de planeamento estratégico, sob a orientação do Espírito Santo, para cada cidade, em cada país, em cada divisão, em todo o mundo, que produzirá essa colmeia", disse Wilson.

Ele acrescentou: "Todos podem contribuir para o desenvolvimento dos planos de trabalho em andamento, incluindo os nossos departamentos e instituições. Estamos a pedir a todos para participarem: jovens e idosos, aqueles que vivem nas cidades e aqueles que vivem em áreas rurais, pastores e membros da igreja, organizações e instituições da Igreja. Todos os membros envolvidos de todas as formas possíveis para o evangelismo urbano abrangente".

Wilson lançou um desafio à plateia: "Estamos dispostos a tomar os passos determinados para pôr em prática os planos de Deus para os centros urbanos do mundo, para que um poderoso movimento resulte, ou vamos recusar e fugir como Jonas?

Confirmando a autenticidade do relato bíblico, ele disse: "Esta foi uma história real, um Jonas real, um peixe real e um verdadeiro apelo de Deus para ir a Nínive. Não desconsiderem esta história e outras na Bíblia como apenas simbólica ou alegórica. Os milagres da Bíblia são verdadeiros e demonstram a autoridade de Deus. Acreditem na autenticidade da Santa Palavra de Deus e do Espírito de Profecia. A Palavra de Deus fala-nos em linguagem clara, que mostra que Ele está no controle e que devemos seguir as Suas instruções e viver a vida em plenitude".

Wilson anunciou que o alcance urbano global começaria em Nova Iorque, onde o atual presidente da Conferência Geral começou o seu trabalho ministerial, e para onde Ellen White havia chamado para uma atenção especial dos adventistas.

"Em 2013 vamos lançar uma abordagem evangelística muito específica, abrangente e sustentada para o mundo, começando em Nova Iorque”, disse ele. "Queremos começar com Nova Iorque uma vez que Ellen White indicou que esta cidade devia ser um símbolo de como o resto do mundo deve ser trabalhado. Uma vez que as grandes cidades são compostas de muitas pequenas comunidades e bairros, esperamos ter cerca de 150 de 200 reuniões evangelísticas na região metropolitana de Nova Yorque de 7 a 23 de junho de 2013. Pela graça de Deus, eu comprometo-me com a Nancy a apreentar uma daqueles 200 reuniões evangelísticas na cidade de Nova Iorque em junho de 2013".

Wilson concluiu a sua mensagem com um apelo para o apoio através de oração e de trabalhadores para o alcance urbano.

"Tenho plena confiança de que Deus cumprirá a Sua promessa ao Lhe submetermos humildemente os nossos planos e seguirmos as Suas instruções na Bíblia e no Espírito de Profecia. Vamos pleitear com o Espírito Santo pelo poder para cumprir com a tarefa que nos foi confiada", disse.

"Que dia será quando Jesus voltar e nos unimos com aqueles que foram salvos nas grandes cidades e áreas rurais para subirmos com o Senhor até às nossas casas para a eternidade."

Fonte: Adventist News Network

[O texto integral do sermão do Pr. Ted Wilson (em inglês) pode ser lido ou descarregado aqui.]

Via @OTempoFinal

Operação tapa-buracos nas finanças

Um grande banco europeu está à beira do colapso. É o Dexia, um banco estatal franco-belga. A situação é grave a ponto de reunir os ministros da União Européia em reunião de emergência. A situação financeira de alguns países é tão grave, como o caso da Grécia, que está colocando em perigo grandes bancos, que emprestaram dinheiro a esses países. Se não pagarem, os bancos vão a falência. Agora, não ajuda emprestar dinheiro a Grécia, tem que socorrer esse banco também. Enquanto isso, milhares de pessoas perdem seus empregos, e elas jamais serão socorridas.

O ser humano criou um sistema gigantesco, que funcionou bem por muito tempo. Mas no limite da ação do pecado, o sistema entrará em colapso. Antes desse colapso, muitos remendos, tipo como fazem para tapar os buracos de asfalto, certamente serão feitas, na tentativa de remediar o desastre global. Enquanto isso, ministros dirão pela mídia: está tudo sob controle. Quando não falarem mais assim, é porque o colapso já estará em andamento.

A situação mundial, hoje, é diferente da de todas as crises anteriores. Os seres humanos nunca antes estiveram tão arrogantes contra DEUS, e nunca antes tantas profecias bíblicas se cumpriram em tal intensidade.

Fonte - Cristo Voltará

Chegou a vez dos indignados nos EUA?

Michael Bloomberg, o prefeito de Nova York, advertiu que se a crise do desemprego nos Estados Unidos não for resolvida logo, pode haver protestos nas ruas: “Temos muitos recém-formados que não conseguem encontrar emprego. Foi o que aconteceu no Cairo. Foi o que aconteceu em Madri. Não queremos esse tipo de revolta aqui.” Analistas de diferentes posições, de Thomas Kocham, do MIT, até Immanuel Wallerstein, da Universidade Yale, concordam. O primeiro se diz surpreso que ainda não tenham aparecido sinais mais visíveis de descontentamento. “Nosso povo é muito tolerante, não são inclinados à desordem civil. Mas com esta economia, o tempo está se esgotando.” Para Wallerstein, a incerteza e o caos estão por toda parte. Ele afirma que é a deterioração do dólar como moeda de reserva mundial é irreversível: era “o último poder real exercido pelos Estados Unidos”, disse Sally Burch. E acrescentou: “Os danos são reais, a situação dos EUA é séria e não é recuperável.”

No interior, cidades pequenas “estão indo à bancarrota e não conseguem pagar seus aposentados”, enquanto a situação da classe média se deteriora rapidamente. “Aqueles que perdem seus empregos, dificilmente encontram outro, especialmente na faixa entre 40 e 60 anos, chegando até mesmo a perder suas casas.”

Para Wallerstein, “a situação nos EUA vai piorar” por causa do freio aos gastos públicos imposto pelos republicanos. Ele prevê uma deterioração ainda maior. “A loucura do Tea Party – adverte – está levando os Estados Unidos, e, portanto, o mundo todo, para um crash”.

O desgaste social e econômico interno é evidente: por quarenta meses seguidos, o desemprego crônico se manteve acima de 9%, como revelado pelo BLS (Bureau of Labor Statistics), cuja metodologia, que considera “ajustes sazonais” e outras manipulações, maquia a realidade para que ela não pareça tão ruim. A manutenção de um desemprego nesses níveis por um período tão longo não é registrada desde o fim da Segunda Guerra Mundial e é comparável com a Grande Depressão.

Segundo John Williams, “a gravidade extraordinária e a duração dos choques econômicos dos EUA, durante os últimos três ou quatro anos, têm desestabilizado os ajustes sazonais usados nos cálculos do BLS, em algumas séries estatísticas.” Após 1994, houve ajustes na metodologia. Williams lembra que de acordo com o procedimento estatístico utilizado atualmente, depois que alguém está desempregado há mais de um ano, não está mais incluído nas contas do governo. Dessa forma, “se o desemprego fosse calculado como antes de 1994, então o verdadeiro número de desempregados seria de 22,2%”.

Entretanto, além do desemprego crônico e realmente elevado, um estudo realizado por Lawrence Mishel do EPI (Economic Policy Institute) mostra um declínio substancial no patrimônio da classe média e de outros grupos, como os negros, cujos principais bens são suas casas: “O valor da propriedade familiar agora é menor do que era em 1983, há uma geração, enquanto a riqueza dos setores de alta renda teve grande expansão”.

Note-se que essa é uma tendência de longo prazo, que mantém e intensifica a polarização social. Mishel mostra que os 5% de famílias mais ricas absorveram cerca de 82% do crescimento da riqueza total gerada entre 1983 e 2009, enquanto 60% dos domicílios tinham menos recursos do que em 1983. Pior ainda, outros estudos do EPI mostram que o crescimento dos salários está desacelerando de 3,8% até 2007, para 1,8% em maio de 2011.

Os dados dão respaldo ao prognóstico de Wallerstein: “Eu vejo guerras civis em muitos países do norte, especialmente nos EUA, onde a situação é muito pior do que na Europa Ocidental, embora lá também haja chance de guerra, porque há um limite até o qual as pessoas comuns aceitam a degradação de suas possibilidades.”

(OperaMundi)

Nota Michelson Borges: Some-se à crise social e financeira as catástrofes “naturais” anunciadas (e já sentidas em várias partes do mundo, em anos e meses recentes) e poderemos ter uma noção do caos global que nos aguarda. São prenúncios de que este mundo agonizante se aproxima do fim e de que a solução para esses males não será humana.[MB]

Leia também: "Mistério Babilônia" (para saber que nos bastidores de todos os eventos aparentes há interesses maiores)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mitt Romney diz que Deus quer que EUA comandem o mundo

pré-candidato republicano à eleição presidencial de 2012 nos Estados Unidos Mitt Romney declarou nesta sexta-feira que Deus criou os Estados Unidos para que o país liderasse o mundoe acusou o presidente democrata Barack Obama de enfraquecer voluntariamente o país.

Romney buscou fortalecer suas credenciais como potencial comandante-em-chefe das Forças Armadas, no momento em que as pesquisas o colocam em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pré-candidatos republicanos e em forte disputa com Obama para a eleição de novembro de 2012.

"Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio", disse Romney em seu discurso de campanha mais importante sobre política externa.

"Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão", acrescentou, afirmando que o planeta seria mais perigoso se Washington não tivesse um papel de liderança. O pré-candidato republicano pronunciou este discurso no aniversário de dez anos do início da intervenção americana no Afeganistão.

"Deixem-me ser claro: como presidente dos Estados Unidos, eu me dedicarei a um século americano", afirmou.

"Nunca, jamais, pedirei perdão em nome dos Estados Unidos", afirmou Romney rodeado por cadetes do Citadel, um colégio militar da Carolina do Sul. (...)

Fonte: Folha (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final: Mitt Romney mistura acerto com desconhecimento:

a) sim, os Estados Unidos comandam o mundo em várias frentes; não, não necessariamente porque Deus quer, mas porque Ele anunciou que assim seria.

b) sim, os Estados Unidos conduzirão o mundo; não, não apenas por iniciativa própria, masseguindo as instruções de um outro poder.

c) sim, como presidente, pode dedicar-se a um século americano; não, não deve demorar tanto tempo como um século, e não, não será um século americano mas sim um tempo americo-romano.

Caro Mitt, espere para ver.

Nota DDP: Lembraria apenas que Mitt Romney é mormon, guardadores do domingo por princípio...

domingo, 2 de outubro de 2011

Ecocídio, um crime mundial

Advogada ambientalista britânica propõe que desastres ambientais sejam considerados crimes contra a paz e passem a ser julgados pelo Tribunal Penal Internacional da ONU

Genocídio, crime contra a hu­manidade, agressão entre países e crime de guerra. Em breve, a lista de atrocidades passíveis de julgamento na mais alta corte da Organização das Nações Unidas, o Tribunal Penal Internacional, pode aumentar. E o delito em questão promete inaugurar um novo verbete em dicionários das mais diversas línguas: ecocídio, ou dano extensivo, destruição e perda de ecossistemas em qualquer parte do globo (leia a definição completa no quadro acima).

A ideia, que deve ser votada pela ONU em 2012, é fruto da mente inquieta da advogada ambientalista escocesa Polly Higgins. Filha de um meteorologista, ela abraçou a causa ambiental há cerca de uma década, depois de construir uma bem-sucedida carreira na vara trabalhista. Desde então, ganhou destaque como autora da Declaração Universal de Direitos do Planeta – baseada na Declaração Universal dos Direitos Humanos e já aceita pela ONU – e criadora da Wise Women Network (Rede de Mulheres Sábias), organização que tem como missão estimular a discussão sobre o aquecimento global entre as britânicas. Radical sem ser xiita, conquista cada vez mais respeito – e alguns detratores, claro – ao advogar em nome de um só cliente: o planeta Terra.

Depois de obter o apoio de figuras de peso na Grã-Bretanha, Higgins foi capaz de convencer a Suprema Corte de seu país a rea­lizar o julgamento de um ecocídio fictício. Encenado na sexta-feira 30 e transmitido ao vivo pela internet e via tevê por assinatura, ele foi protagonizado por procuradores e advogados de verdade, que acusaram e defenderam um alto executivo – interpretado por um ator – de uma gigante do petróleo. Sentado no banco dos réus, o CEO foi responsabilizado pelos danos causados por um derramamento sem precedentes no Golfo do México (alguém se lembra da tragédia da BP em 2010?) e por um desastre decorrente da extração de óleo de areias betuminosas no Canadá. O debate de improviso, segundo os organizadores, levantou questões importantes, como a divisão da culpa entre governos e empresas e as formas de medição do alcance dos danos. Depois de horas de argumentação, o júri considerou o CEO parcialmente culpado pelos desastres.

“Em sua essência, um ecocídio é a antítese da vida”, resumiu Higgins em conversa com ­ISTOÉ no Twitter enquanto o julgamento acontecia em Londres. Segundo a advogada, sua principal intenção ao propor a nova lei à ONU não tem nada a ver com o revanchismo típico dos defensores mais fundamentalistas da natureza. “Não quero ver um monte de executivos na cadeia. Acredito que uma lei para os ecocídios poderia fazer com que essas pessoas tenham mais responsabilidade sobre seu trabalho”, diz a escocesa.

Para Diogo Antônio Correa dos Santos, advogado especialista em direito internacional, a cruzada de Higgins na ONU não deve ser fácil. “Já existem diversas convenções que inclusive preveem sanções a quem não cumpri-las. Os Estados é que precisam se comprometer com a fiscalização”, afirma. Santos lembra que criar uma lei internacional ainda exige que ela esteja de acordo com o texto legal de cada país. “Se a legislação for contrária à Constituição local, não terá efeito”, diz. No caso das leis regidas pelo Tribunal Penal Internacional, elas precisam ser aprovadas por pelo menos 86 dos 116 países signatários – Brasil inclusive –, uma briga difícil.

A principal justificativa de Higgins em sua proposta para incluir o ecocídio na lista dos chamados crimes contra a paz é a de que a escassez de recursos inevitavelmente leva ao conflito. “A guerra vem a reboque nos lugares onde a natureza é destruída pela ação do homem”, conclui a ambientalista. Resta saber se o seu argumento será capaz de convencer o mundo.

Fonte - Isto É
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