“Conservemos no nosso coração, como um tesouro precioso, a recordação dos nossos recentes encontros em Jerusalém e em Roma, que renovaram e selaram ulteriormente nossas ligações fraternas, confirmando também o nosso desejo de continuar o caminho para a nossa plena união e comunhão, desejada pelo Senhor”. Foi o que escreveu o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, em uma carta pessoal dirigida ao Papa Francisco por ocasião da Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo.
Na carta, o Patriarca Ecumênico evocou a viagem à Terra Santa por ocasião do 50º aniversário do abraço entre Paulo VI e Atenágoras e expressou a sua gratidão pela iniciativa de oração pela paz promovida no Vaticano, reunindo os Presidentes de Israel e Palestina, evento por ele definido como “comovente”.
Bartolomeu I, por fim, eleva a sua oração para que o Papa Francisco possa “continuar a sua preciosa liderança e serviço no mundo moderno, inspirando a todos” com as virtudes da sua personalidade e amor “para Deus e para a humanidade”.
Fonte - Catolicanet
segunda-feira, 30 de junho de 2014
Muçulmanos impedem culto cristão pela primeira vez em 1.600 anos
Enquanto grande parte da mídia mundial parece ignorar os ataques do grupo terrorista ISIS (sigla que no original quer dizer Estado Islâmico no Iraque e na Síria), seus integrantes continuam perseguindo cristãos, muitas vezes crucificando-os ou decepando suas cabeças.
Nascida no seio da Al Qaeda, mas atualmente operando de forma independente, eles têm controlado a região norte do Iraque, o Curdistão. O clima de terror imposto por eles conseguiu impedir pela primeira vez o culto cristão na região de Mosul em 1600 anos.
Relatórios internacionais apontam que ali vivem mais de 3.000 cristãos. Eram 35.000 em 2003. A grande maioria abandonou a região quando as milícias tomaram controle. Segundo a ONG cristã World Watch Monitor, as famílias restantes estão abrigadas em um bairro cristão. A cidade vizinha, Qaraqosh, já teve cerca de 70 mil cristãos, hoje o número é dez vezes menor.
Na quarta-feira, 25 de junho, as forças aliadas com o ISIS tentaram entrar em Qaraqosh. Várias famílias cristãs morreram por causa do bombardeio. Com isso, grande parte dos cristãos que ainda restavam foram forçados a evacuar a cidade. O premiê iraquiano, Nuri Al Maliki, confirmou que aviões do governo sírio bombardearam ISIS em outras partes do norte do Iraque.
Um membro da Alta Comissão do Iraque para os Direitos Humanos, Dr. Sallama Al Khafaji, relatou que os invasores do ISIS começaram a exigir um imposto (jizya) dos cristãos na região de Mosul. Trata-se do resgate de um costume dos tempos medievais, quando a rígida lei islâmica exigia que os pagassem uma espécie de taxa de proteção e eram proibidos de expressar publicamente sua fé.
Os que se recusam a pagar são agredidos, suas casas incendiadas e algumas vezes até mortos. Entre osobjetivos declarados do ISIS está criar um estado islâmico em áreas sunitas do Iraque e da Síria, destruir os cristãos e aniquilar Israel.
Para muitos líderes cristãos iraquianos, há um temor crescente de que os ataques da ISIS fazem com que o cristianismo corra o risco real de ser extinto no país. Pela primeira vez em 1600 anos, os cristãos estão proibidos de cultuar a Deus no norte do Iraque. O bispo de Bagdá, Saad Sirop, desabafou: “Pedimos a Deus que nos dê sabedoria para enfrentar estes problemas com coragem. Não há dúvida que estamos passando por um período muito difícil”.
Fonte - Gospel Prime
Nascida no seio da Al Qaeda, mas atualmente operando de forma independente, eles têm controlado a região norte do Iraque, o Curdistão. O clima de terror imposto por eles conseguiu impedir pela primeira vez o culto cristão na região de Mosul em 1600 anos.
Relatórios internacionais apontam que ali vivem mais de 3.000 cristãos. Eram 35.000 em 2003. A grande maioria abandonou a região quando as milícias tomaram controle. Segundo a ONG cristã World Watch Monitor, as famílias restantes estão abrigadas em um bairro cristão. A cidade vizinha, Qaraqosh, já teve cerca de 70 mil cristãos, hoje o número é dez vezes menor.
Na quarta-feira, 25 de junho, as forças aliadas com o ISIS tentaram entrar em Qaraqosh. Várias famílias cristãs morreram por causa do bombardeio. Com isso, grande parte dos cristãos que ainda restavam foram forçados a evacuar a cidade. O premiê iraquiano, Nuri Al Maliki, confirmou que aviões do governo sírio bombardearam ISIS em outras partes do norte do Iraque.
Um membro da Alta Comissão do Iraque para os Direitos Humanos, Dr. Sallama Al Khafaji, relatou que os invasores do ISIS começaram a exigir um imposto (jizya) dos cristãos na região de Mosul. Trata-se do resgate de um costume dos tempos medievais, quando a rígida lei islâmica exigia que os pagassem uma espécie de taxa de proteção e eram proibidos de expressar publicamente sua fé.
Os que se recusam a pagar são agredidos, suas casas incendiadas e algumas vezes até mortos. Entre osobjetivos declarados do ISIS está criar um estado islâmico em áreas sunitas do Iraque e da Síria, destruir os cristãos e aniquilar Israel.
Para muitos líderes cristãos iraquianos, há um temor crescente de que os ataques da ISIS fazem com que o cristianismo corra o risco real de ser extinto no país. Pela primeira vez em 1600 anos, os cristãos estão proibidos de cultuar a Deus no norte do Iraque. O bispo de Bagdá, Saad Sirop, desabafou: “Pedimos a Deus que nos dê sabedoria para enfrentar estes problemas com coragem. Não há dúvida que estamos passando por um período muito difícil”.
Fonte - Gospel Prime
terça-feira, 17 de junho de 2014
O Papa na abertura do Congresso Diocesano de Roma: sonho uma Igreja mãe que sabe abraçar e acolher os seus filhos
Os ritmos da vida quotidiana, o cansaço do trabalho e da educação esmagam as pessoas. Isso vale na sociedade, mas também na Igreja, e também na Igreja se corre o risco de encontrar-se diante de uma geração de "órfãos".O Papa pediu às paróquias que estudem este aspecto de "orfandade", como para fazer recuperar a memória de família, estudar de modo que nas paróquias haja a memória. O Santo Padre o fez ao abrir o Congresso Diocesano de Roma, reflectindo sobre o conceito de evangelização expresso por Paulo VI na Evangelii nuntiandi e sobre o de Igreja que não faz proselitismo, mas que "atrai", conceito expresso e recomendado por Bento XVI ("a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração").
Falando em grande parte de modo espontâneo, ou seja, sem texto, Francisco disse que em numerosas cartas que recebe todos os dias – contou – leio relatos "de muitos homens e mulheres que se sentem desorientados porque a vida é muitas vezes cansativa e não se consegue encontrar o seu sentido e valor, por demais corrida, e imagino quanto é confusa a jornada de um pai e de uma mãe que se levantam cedo, acompanham os filhos à escola e depois vão trabalhar muitas vezes em lugares repletos de conflitos".
O Papa Bergoglio contou que quando era Arcebispo de Buenos Aires e conseguia falar com mais frequência com os jovens, deu-se conta de que eles sofrem de orfandade, "nossas crianças e jovens sofrem de orfandade – reiterou –, creio que o mesmo aconteça em Roma. Os jovens são órfãos de um caminho seguro para percorrer, de um mestre, de ideais que aqueçam o coração, de esperanças que sustentem a faina quotidiana. São órfãos, mas conservam o desejo de tudo isso", frisou.
"Essa é a sociedade dos órfãos, sem memória de família porque, por exemplo, os avós são levados para casas de repouso, sem afecto de hoje, ou um afecto muito veloz, pai e mãe estão cansados e vão dormir e eles ficam cansados, órfãos de gratuidade, daquela gratuidade do pai e da mãe que sabem perder tempo brincando com os filhos. Precisamos do sentido da gratuidade nas famílias e nas paróquias.
O Papa Francisco disse ainda que "a Igreja deve tornar-se mãe, não uma ONG bem organizada". "Se a Igreja não é mãe, não é fecunda e se torna solteirona" – disse. A sua identidade é evangelizar, ou seja, fazer filhos". "A fecundidade é a graça que devemos pedir ao Espírito Santo. Não é ir buscar proselitismo". A Igreja "não cresce por proselitismo, mas por atracção materna, por testemunho que gera filhos", reiterou.
Hoje a "mãe Igreja envelheceu um pouco, não digamos que é avó, mas devemos rejuvenescê-la, não levá-la ao médico que faz maquiagem. A Igreja torna-se jovem quando é capaz de fazer filhos".
Fonte - News.VA
Nota DDP: O papel da Igreja ao reverso de ser "mãe", é ser formada pelos filhos, não dela, mas do Senhor. A igreja que pretende ser mãe, tendo suas filhas, é aquela descrita no Apocalipse.
Falando em grande parte de modo espontâneo, ou seja, sem texto, Francisco disse que em numerosas cartas que recebe todos os dias – contou – leio relatos "de muitos homens e mulheres que se sentem desorientados porque a vida é muitas vezes cansativa e não se consegue encontrar o seu sentido e valor, por demais corrida, e imagino quanto é confusa a jornada de um pai e de uma mãe que se levantam cedo, acompanham os filhos à escola e depois vão trabalhar muitas vezes em lugares repletos de conflitos".
O Papa Bergoglio contou que quando era Arcebispo de Buenos Aires e conseguia falar com mais frequência com os jovens, deu-se conta de que eles sofrem de orfandade, "nossas crianças e jovens sofrem de orfandade – reiterou –, creio que o mesmo aconteça em Roma. Os jovens são órfãos de um caminho seguro para percorrer, de um mestre, de ideais que aqueçam o coração, de esperanças que sustentem a faina quotidiana. São órfãos, mas conservam o desejo de tudo isso", frisou.
"Essa é a sociedade dos órfãos, sem memória de família porque, por exemplo, os avós são levados para casas de repouso, sem afecto de hoje, ou um afecto muito veloz, pai e mãe estão cansados e vão dormir e eles ficam cansados, órfãos de gratuidade, daquela gratuidade do pai e da mãe que sabem perder tempo brincando com os filhos. Precisamos do sentido da gratuidade nas famílias e nas paróquias.
O Papa Francisco disse ainda que "a Igreja deve tornar-se mãe, não uma ONG bem organizada". "Se a Igreja não é mãe, não é fecunda e se torna solteirona" – disse. A sua identidade é evangelizar, ou seja, fazer filhos". "A fecundidade é a graça que devemos pedir ao Espírito Santo. Não é ir buscar proselitismo". A Igreja "não cresce por proselitismo, mas por atracção materna, por testemunho que gera filhos", reiterou.
Hoje a "mãe Igreja envelheceu um pouco, não digamos que é avó, mas devemos rejuvenescê-la, não levá-la ao médico que faz maquiagem. A Igreja torna-se jovem quando é capaz de fazer filhos".
Fonte - News.VA
Nota DDP: O papel da Igreja ao reverso de ser "mãe", é ser formada pelos filhos, não dela, mas do Senhor. A igreja que pretende ser mãe, tendo suas filhas, é aquela descrita no Apocalipse.
Líderes convocam cristãos para “segundo Pentecostes” em 2015
Encontro em Jerusalém pedirá por avivamento de uma nova geração
O mundo está pronto para um segundo Pentecostes? Essa é a expectativa de um movimento global chamado Empowered 21. Seus organizadores estiveram reunidos em Jerusalém, onde o primeiro Pentecostes ocorreu.
Dezenas de líderes cristãos viajaram de todo o mundo até Israel para adorar, orar e fazer planos conjuntos para o que eles esperam que ocorra a partir do ano que vem. “É incrível ver como muitos líderes maravilhosos que Deus tem levantado com o objetivo de ver cada pessoa tendo um encontro real com o Espírito Santo até o ano de 2033. É impressionante”, afirmou Bill Johnson, da Bethel Church.
Billy Wilson, presidente da Oral Roberts University e diretor da E-21, falou sobre o movimento global. “Nossa grande visão é maior do que todos nós. Veio de Habacuque 2:14, mostrando que o conhecimento da glória do Senhor cobrirá a terra como as águas cobrem o mar”, esclareceu.
O primeiro Pentecostes, segundo o livro de Atos ocorreu no Monte Sião em Jerusalém, cerca de 2000 anos atrás. O objetivo agora é que os cristãos de todo o mundo orem por um “novo Pentecostes” para ocorrer a partir de 24 de maio de 2015.
“Estamos convidando os crentes de todo o mundo a celebrar o poder do Espírito Santo, e serem cheios do Espírito no século 21, clamando que uma nova geração possa experimentar mais de Deus”, afirmou Wilson. Um dos objetivos do movimento é o avivamento de uma nova geração, que poderá liderar a Igreja global nos próximos anos.
Os líderes do projeto são todos pertencentes a movimentos pentecostais e explicam que a “chave” para o sucesso da empreitada será a união de propósitos. A profetiza Cindy Jacobs disse que tem sonhado com esse momento e afirma “a vida dessas pessoas nunca mais será a mesma”.
Fonte - Gospel Prime
Nota DDP: Curiosamente a data de início é um... domingo.
O mundo está pronto para um segundo Pentecostes? Essa é a expectativa de um movimento global chamado Empowered 21. Seus organizadores estiveram reunidos em Jerusalém, onde o primeiro Pentecostes ocorreu.
Dezenas de líderes cristãos viajaram de todo o mundo até Israel para adorar, orar e fazer planos conjuntos para o que eles esperam que ocorra a partir do ano que vem. “É incrível ver como muitos líderes maravilhosos que Deus tem levantado com o objetivo de ver cada pessoa tendo um encontro real com o Espírito Santo até o ano de 2033. É impressionante”, afirmou Bill Johnson, da Bethel Church.
Billy Wilson, presidente da Oral Roberts University e diretor da E-21, falou sobre o movimento global. “Nossa grande visão é maior do que todos nós. Veio de Habacuque 2:14, mostrando que o conhecimento da glória do Senhor cobrirá a terra como as águas cobrem o mar”, esclareceu.
O primeiro Pentecostes, segundo o livro de Atos ocorreu no Monte Sião em Jerusalém, cerca de 2000 anos atrás. O objetivo agora é que os cristãos de todo o mundo orem por um “novo Pentecostes” para ocorrer a partir de 24 de maio de 2015.
“Estamos convidando os crentes de todo o mundo a celebrar o poder do Espírito Santo, e serem cheios do Espírito no século 21, clamando que uma nova geração possa experimentar mais de Deus”, afirmou Wilson. Um dos objetivos do movimento é o avivamento de uma nova geração, que poderá liderar a Igreja global nos próximos anos.
Os líderes do projeto são todos pertencentes a movimentos pentecostais e explicam que a “chave” para o sucesso da empreitada será a união de propósitos. A profetiza Cindy Jacobs disse que tem sonhado com esse momento e afirma “a vida dessas pessoas nunca mais será a mesma”.
Fonte - Gospel Prime
Nota DDP: Curiosamente a data de início é um... domingo.
domingo, 15 de junho de 2014
Os adventistas preferem especialistas em crescimento de igreja
O apologeta é o sujeito de óculos espessos e mal humor ainda mais espesso! Ele vê ameaça em qualquer transeunte. Você não gostaria de passar um natal em família tendo um tio apologeta, o qual, indubitavelmente, falaria das origens pagãs da festa, ao invés de se preocupar com o recheio do peru.
Entrementes, todos gostam do carisma de um especialista em crescimento de igreja. Defesa racional da fé cristã? Ora, isto é um ranço de outro período. A tendência das pessoas é seguir as emoções; desse modo, vamos usar o evangelismo da amizade. E quando a pessoa estiver com dúvidas, daremos a ela um livro de auto-ajuda cristã que não lhe dirá nada com nada, mas a motivará!
Há três tipos de especialistas em crescimento de igreja: os que já estudaram no Fuller; os que estudaram em outro lugar, mas leram os grandes nomes do Fuller; e aqueles que se apoiam nas conclusões dos dois primeiros. O Fuller, como se sabe, é um seminário teológico que hoje segue a versão mais descolada do pentecostalismo. Na proposta pragmática do Fuller, crescimento de igreja e renovação litúrgica são como ovo e farinha do bolo: um existe para dar liga com o outro.
Não importa como ou por quais métodos – desde que a igreja cresça, "faze o que tu queres pois é tudo da lei", cantariam os membros da igreja do evangelho alternativo. Curioso é constatar a rota deste pensamento evangélico e ecumênico até chegar nos adventistas.
Como se sabe, os adventistas se especializaram ao longo de décadas em batizar – não apenas pessoas, mas programas de outros movimentos cristãos. Afinal, para quê ser cabeça quando tornar-se a cauda tem certo charme?
O verdadeiro crescimento espiritual é viabilizado pelo estudo da Bíblia, alicerce da experiência cristã de permanecer obedientemente na videira (Jo 15:7, 10, 14). Discípulos maduros apresentam um caráter transformado, fruto da vida renovada (2 Co 5:17). Como resultado, temos uma responsabilidade com relação às pessoas a nossa volta (2 Co 5:18-20).
Carecemos avaliar as oportunidades para um testemunho consciente, sem arrogância ou constrangimento. Testemunhar não significa aderir a um programa maciço. Antes, está relacionado a defender sua fé levando cativo todo pensamento a Cristo (2 Co 10:4-5), com mansidão e temor (1 Pe 3:15), justamente o sentido inicial de ser um apologeta! Bons programas podem criar condições para os crentes reconhecerem a importância de se engajarem neste processo ou adquirirem as ferramentas para servirem como missionários em suas comunidades.
Infelizmente, há diversas iniciativas que procuram reproduzir programas desenvolvidos por outras denominações cristãs. Quando isso é feito de forma acrítica, estamos usando um vestido impregnado do perfume de sua antiga dona. Não é de admirar que muitos adventistas pensem como evangélicos!
Alguns dentre nós querem que a igreja se solte de suas amarras históricas e se modernize. Creem que, para ganhar o mundo, devem pensar e agir como o mundo. Soa como o homem que pede à esposa maior liberdade – e isso não termina bem, por melhores que sejam as intenções.
A fé que possuímos deve ser hasteada como um legado Celeste (Jd 3), do qual jamais seremos dignos de levar. Somente pelo bem do próximo e por misericórdia a nós recebemos tamanha responsabilidade! Como poderíamos trocar as orientações de um Deus onisciente pelas ideias de homens limitados? Se encher igrejas fosse o alvo estabelecido por Deus isso não seria algo impossível; mas sendo a missão pregar o verdadeiro evangelho e convidar outros a aceitarem a mesma salvação imerecida que experimentamos, isso requer um poder sobrenatural. Alcançar a todos, utilizando os métodos legitimados pelas Escrituras: eis o nosso desafio!
É melhor deixar Fuller com seus planos. Deus reserva mais para Seus filhos.
Fonte - Questão de Confiança
Entrementes, todos gostam do carisma de um especialista em crescimento de igreja. Defesa racional da fé cristã? Ora, isto é um ranço de outro período. A tendência das pessoas é seguir as emoções; desse modo, vamos usar o evangelismo da amizade. E quando a pessoa estiver com dúvidas, daremos a ela um livro de auto-ajuda cristã que não lhe dirá nada com nada, mas a motivará!
Há três tipos de especialistas em crescimento de igreja: os que já estudaram no Fuller; os que estudaram em outro lugar, mas leram os grandes nomes do Fuller; e aqueles que se apoiam nas conclusões dos dois primeiros. O Fuller, como se sabe, é um seminário teológico que hoje segue a versão mais descolada do pentecostalismo. Na proposta pragmática do Fuller, crescimento de igreja e renovação litúrgica são como ovo e farinha do bolo: um existe para dar liga com o outro.
Não importa como ou por quais métodos – desde que a igreja cresça, "faze o que tu queres pois é tudo da lei", cantariam os membros da igreja do evangelho alternativo. Curioso é constatar a rota deste pensamento evangélico e ecumênico até chegar nos adventistas.
Como se sabe, os adventistas se especializaram ao longo de décadas em batizar – não apenas pessoas, mas programas de outros movimentos cristãos. Afinal, para quê ser cabeça quando tornar-se a cauda tem certo charme?
O verdadeiro crescimento espiritual é viabilizado pelo estudo da Bíblia, alicerce da experiência cristã de permanecer obedientemente na videira (Jo 15:7, 10, 14). Discípulos maduros apresentam um caráter transformado, fruto da vida renovada (2 Co 5:17). Como resultado, temos uma responsabilidade com relação às pessoas a nossa volta (2 Co 5:18-20).
Carecemos avaliar as oportunidades para um testemunho consciente, sem arrogância ou constrangimento. Testemunhar não significa aderir a um programa maciço. Antes, está relacionado a defender sua fé levando cativo todo pensamento a Cristo (2 Co 10:4-5), com mansidão e temor (1 Pe 3:15), justamente o sentido inicial de ser um apologeta! Bons programas podem criar condições para os crentes reconhecerem a importância de se engajarem neste processo ou adquirirem as ferramentas para servirem como missionários em suas comunidades.
Infelizmente, há diversas iniciativas que procuram reproduzir programas desenvolvidos por outras denominações cristãs. Quando isso é feito de forma acrítica, estamos usando um vestido impregnado do perfume de sua antiga dona. Não é de admirar que muitos adventistas pensem como evangélicos!
Alguns dentre nós querem que a igreja se solte de suas amarras históricas e se modernize. Creem que, para ganhar o mundo, devem pensar e agir como o mundo. Soa como o homem que pede à esposa maior liberdade – e isso não termina bem, por melhores que sejam as intenções.
A fé que possuímos deve ser hasteada como um legado Celeste (Jd 3), do qual jamais seremos dignos de levar. Somente pelo bem do próximo e por misericórdia a nós recebemos tamanha responsabilidade! Como poderíamos trocar as orientações de um Deus onisciente pelas ideias de homens limitados? Se encher igrejas fosse o alvo estabelecido por Deus isso não seria algo impossível; mas sendo a missão pregar o verdadeiro evangelho e convidar outros a aceitarem a mesma salvação imerecida que experimentamos, isso requer um poder sobrenatural. Alcançar a todos, utilizando os métodos legitimados pelas Escrituras: eis o nosso desafio!
É melhor deixar Fuller com seus planos. Deus reserva mais para Seus filhos.
Fonte - Questão de Confiança
Líderes religiosos pedem paz e união na Copa no Brasil
As cartas falam sobre justiça e paz entre os povos e comentam a importância do futebol para prover essas atitudes
Líderes religiosos de diversas partes do mundo enviaram mensagens para o governo brasileiro saudando pela Copa do Mundo, desejando que o evento ocorra tudo bem, com paz e ensinamentos sobre tolerância.
No dia de abertura do evento esportivo, 12 de junho, a Presidência da República divulgou as cartas de saudação vindas de entidades como a Aliança Evangélica Mundial, sediada em Nova York, a Casa Universal de Justiça, de Israel, a Igreja Ortodoxa de Constantinopla e outras.
A Aliança Evangélica Mundial falou que a Copa do Mundo “é uma oportunidade para que os povos de todo o mundo se encontrem, reconhecendo suas diferenças, e, ao mesmo tempo, celebrando a multiplicidade da criação de Deus”. Na carta a entidade ainda pede que o evento “seja marcado pela alegria, pela paz e pela boa vontade”.
A Casa Universal de Justiça falou no texto que são poucos os eventos que incluem “povos de várias etnias, religiões e culturas” e apoiou a atitude do governo brasileiro em repudiar o racismo e todas as formas de discriminação.
“O esporte em equipe tem o poder de inculcar os valores humanos da cooperação e da responsabilidade e de nos fazer aceitar êxitos e fracassos com dignidade. Acima de tudo, oferece a oportunidade de promover a boa vontade entre as nações”, disse o texto assinado por rabinos israelenses.
O patriarca ecumênico Bartolomeu, da Igreja Ortodoxa, também enviou uma carta para o Brasil dizendo que “o esporte e a competição modernos têm a capacidade de se sobrepor à discriminação racial e cultural, bem como a diferenças econômicas e políticas, ao mesmo tempo em que contribuem para a estabilidade social e a paz global”.
Até mesmo representantes do candomblé fizeram cartas para Brasília declarando que todos os povos se unam para rogar “às suas divindades para que abençoem plenamente este momento de encontro entre as nações”.
O Conselho Mundial de Igrejas, com sede em Genebra, na Suíça, também entrou em contato com Brasília. A carta o Conselho falou sobre amor, justiça e paz. “Esperamos que este amor se manifeste em vários aspectos que envolvem este evento global e que, ao seu final, a Copa do Mundo também seja lembrada como um momento histórico na busca dos povos por justiça e paz.”
Outro grupo religioso que enviou mensagens sobre a Copa do Mundo para o Brasil foi o movimento budista Soka Gakkai Internacional que destacou a mistura étnica do país acreditando que aliada à cultura do futebol essa mistura é uma “poderosa e infalível força para a criação de uma cultura de paz”.
Fonte - Gospel Prime
Líderes religiosos de diversas partes do mundo enviaram mensagens para o governo brasileiro saudando pela Copa do Mundo, desejando que o evento ocorra tudo bem, com paz e ensinamentos sobre tolerância.
No dia de abertura do evento esportivo, 12 de junho, a Presidência da República divulgou as cartas de saudação vindas de entidades como a Aliança Evangélica Mundial, sediada em Nova York, a Casa Universal de Justiça, de Israel, a Igreja Ortodoxa de Constantinopla e outras.
A Aliança Evangélica Mundial falou que a Copa do Mundo “é uma oportunidade para que os povos de todo o mundo se encontrem, reconhecendo suas diferenças, e, ao mesmo tempo, celebrando a multiplicidade da criação de Deus”. Na carta a entidade ainda pede que o evento “seja marcado pela alegria, pela paz e pela boa vontade”.
A Casa Universal de Justiça falou no texto que são poucos os eventos que incluem “povos de várias etnias, religiões e culturas” e apoiou a atitude do governo brasileiro em repudiar o racismo e todas as formas de discriminação.
“O esporte em equipe tem o poder de inculcar os valores humanos da cooperação e da responsabilidade e de nos fazer aceitar êxitos e fracassos com dignidade. Acima de tudo, oferece a oportunidade de promover a boa vontade entre as nações”, disse o texto assinado por rabinos israelenses.
O patriarca ecumênico Bartolomeu, da Igreja Ortodoxa, também enviou uma carta para o Brasil dizendo que “o esporte e a competição modernos têm a capacidade de se sobrepor à discriminação racial e cultural, bem como a diferenças econômicas e políticas, ao mesmo tempo em que contribuem para a estabilidade social e a paz global”.
Até mesmo representantes do candomblé fizeram cartas para Brasília declarando que todos os povos se unam para rogar “às suas divindades para que abençoem plenamente este momento de encontro entre as nações”.
O Conselho Mundial de Igrejas, com sede em Genebra, na Suíça, também entrou em contato com Brasília. A carta o Conselho falou sobre amor, justiça e paz. “Esperamos que este amor se manifeste em vários aspectos que envolvem este evento global e que, ao seu final, a Copa do Mundo também seja lembrada como um momento histórico na busca dos povos por justiça e paz.”
Outro grupo religioso que enviou mensagens sobre a Copa do Mundo para o Brasil foi o movimento budista Soka Gakkai Internacional que destacou a mistura étnica do país acreditando que aliada à cultura do futebol essa mistura é uma “poderosa e infalível força para a criação de uma cultura de paz”.
Fonte - Gospel Prime
sábado, 14 de junho de 2014
Especialista prevê "grande batalha" no leste ucraniano
Separatistas do leste ucraniano abateram avião militar em Lugansk, matando seus 49 ocupantes. Para Kyryl Savin, diretor do escritório da Fundação Heinrich Böll em Kiev, conflito já é uma guerra, da qual Rússia faz parte.
Depois do ataque a um avião militar ucraniano que matou 49 soldados, o presidente Petro Poroshenko prometeu neste sábado (14/06), em Kiev, dar "uma resposta adequada" aos separatistas pró-russos que derrubaram a aeronave de transporte militar na madrugada deste sábado.
"Os que estão envolvidos neste ato cínico de terrorismo em tão grande escala serão certamente punidos. A Ucrânia precisa de paz. Mas os terroristas vão receber uma resposta adequada", disse Poroshenko em comunicado.
Ainda na sexta-feira, o Departamento de Estado americano acusou a Rússia de fornecer tanques e armamento pesado aos separatistas na Ucrânia. A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou que nos últimos três dias entraram na Ucrânia, através da localidade de Snizhne, vários tanques e outros veículos com capacidade bélica.
Em entrevista à Deutsche Welle, Kyryl Savin, diretor do escritório da Fundação Heinrich Böll em Kiev, disse que as armas russas já estão presentes há bastante tempo em território ucraniano e que, agora, negociações de paz são praticamente impossíveis. "Acredito que agora os militares irão, de fato, agir de forma ainda mais dura contra os separatistas. Pois o ódio da população é grande", disse Savin, acrescendo que "a próxima coisa que vamos ver é uma grande batalha pela cidade de Lugansk."
Depois do ataque a um avião militar ucraniano que matou 49 soldados, o presidente Petro Poroshenko prometeu neste sábado (14/06), em Kiev, dar "uma resposta adequada" aos separatistas pró-russos que derrubaram a aeronave de transporte militar na madrugada deste sábado.
"Os que estão envolvidos neste ato cínico de terrorismo em tão grande escala serão certamente punidos. A Ucrânia precisa de paz. Mas os terroristas vão receber uma resposta adequada", disse Poroshenko em comunicado.
Ainda na sexta-feira, o Departamento de Estado americano acusou a Rússia de fornecer tanques e armamento pesado aos separatistas na Ucrânia. A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou que nos últimos três dias entraram na Ucrânia, através da localidade de Snizhne, vários tanques e outros veículos com capacidade bélica.
Em entrevista à Deutsche Welle, Kyryl Savin, diretor do escritório da Fundação Heinrich Böll em Kiev, disse que as armas russas já estão presentes há bastante tempo em território ucraniano e que, agora, negociações de paz são praticamente impossíveis. "Acredito que agora os militares irão, de fato, agir de forma ainda mais dura contra os separatistas. Pois o ódio da população é grande", disse Savin, acrescendo que "a próxima coisa que vamos ver é uma grande batalha pela cidade de Lugansk."
ONU alerta para mais de 50 mil crianças em risco de vida no Sudão do Sul
Mais de 50 mil crianças podem morrer em breve de fome ou doenças no Sudão do Sul, devastado por seis meses de guerra civil. O alerta foi dado este sábado pela ONU, que reclama mil milhões de dólares para ajudar a população
"Os objetivos imediatos da operação humanitária são o de salvar vidas e evitar a fome", diz um comunicado das Nações Unidas divulgado este sábado.
Acrescenta o comunicado que "muitas comunidades não podem mais cultivar ou cuidar dos animais e o risco de fome é elevado" e que em algumas regiões do país, "de difícil acesso, há pessoas a morrer de fome".
O conflito já fez milhares, ou mesmo dezenas de milhares de mortos (ainda não foi feito um balanço preciso), e mais de 1,5 milhões de pessoas tiveram de deixar as suas casas.
"As consequências podem ser terríveis: 50 mil crianças podem morrer este ano se não receberem assistência", disse o responsável pelas operações humanitárias da ONU no Sudão do Sul, Toby Lanzer, quando anunciava um plano de ajuda a 3,8 milhões de pessoas "atingidas pela fome, violência e doenças".
O Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e o chefe dos rebeldes, Riek Machar, comprometeram-se esta semana a formar um governo de transição num prazo de 60 dias, mas os especialistas duvidam da vontade dos dois em terminar com o conflito.
Dois anteriores acordos de cessar-fogo não duraram mais do que algumas horas. Os combates e as fugas da população já afetaram a vida de milhões de pessoas, disse o responsável.
Segundo Toby Lanzer, os doadores já contribuíram com 740 milhões de dólares (547 milhões de euros) em ajuda humanitária, mas são necessários mais mil milhões (739 milhões de euros) para cobrir as necessidades.
"Os objetivos imediatos da operação humanitária são o de salvar vidas e evitar a fome", diz um comunicado das Nações Unidas divulgado este sábado.
Acrescenta o comunicado que "muitas comunidades não podem mais cultivar ou cuidar dos animais e o risco de fome é elevado" e que em algumas regiões do país, "de difícil acesso, há pessoas a morrer de fome".
O conflito já fez milhares, ou mesmo dezenas de milhares de mortos (ainda não foi feito um balanço preciso), e mais de 1,5 milhões de pessoas tiveram de deixar as suas casas.
"As consequências podem ser terríveis: 50 mil crianças podem morrer este ano se não receberem assistência", disse o responsável pelas operações humanitárias da ONU no Sudão do Sul, Toby Lanzer, quando anunciava um plano de ajuda a 3,8 milhões de pessoas "atingidas pela fome, violência e doenças".
O Presidente sul-sudanês, Salva Kiir, e o chefe dos rebeldes, Riek Machar, comprometeram-se esta semana a formar um governo de transição num prazo de 60 dias, mas os especialistas duvidam da vontade dos dois em terminar com o conflito.
Dois anteriores acordos de cessar-fogo não duraram mais do que algumas horas. Os combates e as fugas da população já afetaram a vida de milhões de pessoas, disse o responsável.
Segundo Toby Lanzer, os doadores já contribuíram com 740 milhões de dólares (547 milhões de euros) em ajuda humanitária, mas são necessários mais mil milhões (739 milhões de euros) para cobrir as necessidades.
Fonte - Jornal de Notícias
quinta-feira, 12 de junho de 2014
50 anos do Concílio: reforçar o diálogo com o mundo e incrementar o ecumenismo
Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do nosso quadro "Nova Evangelização e Concílio Vaticano II" o Arcebispo de Londrina (PR), Dom Orlando Brandes – na esteira da edição passada –, continua suas considerações sobre a implementação do Concílio na realidade da Igreja em nossos dias, à distância de 50 anos do grande evento religioso do Séc. XX, que constituiu uma "Primavera na vida da Igreja".
Dom Orlando destaca o diálogo com o mundo e o ecumenismo como desafios pastorais de primeira grandeza propostos pelo Vaticano II, reconhecendo, contudo, tratar-se exatamente dos pontos talvez hoje mais fracos na atual situação da Igreja: diálogo com o mundo, inculturação, diálogo da fé e da ciência. O arcebispo de Londrina diz ter a impressão de que ao longo destes 50 anos do Concílio a Igreja se voltou mais para a Lumen gentium do que para a Gaudium et spes, enfatizando que o diálogo com o mundo só pode fazer um grande bem à Igreja.
Dom Orlando retoma o tema do ecumenismo qual ponto decisivo para João XXIII, impulsionado por João Paulo II e levado adiante por Bento XVI, mas diz ser o irmãozinho pobre, o ponto fraco sobre o qual se deve avançar muito mais. Por outro lado, fala dos avanços enormes no campo dos meios de comunicação na Igreja, reconhecendo neste âmbito um dos pontos mais altos desenvolvidos a partir do Vaticano II.
Dom Orlando destaca o diálogo com o mundo e o ecumenismo como desafios pastorais de primeira grandeza propostos pelo Vaticano II, reconhecendo, contudo, tratar-se exatamente dos pontos talvez hoje mais fracos na atual situação da Igreja: diálogo com o mundo, inculturação, diálogo da fé e da ciência. O arcebispo de Londrina diz ter a impressão de que ao longo destes 50 anos do Concílio a Igreja se voltou mais para a Lumen gentium do que para a Gaudium et spes, enfatizando que o diálogo com o mundo só pode fazer um grande bem à Igreja.
Dom Orlando retoma o tema do ecumenismo qual ponto decisivo para João XXIII, impulsionado por João Paulo II e levado adiante por Bento XVI, mas diz ser o irmãozinho pobre, o ponto fraco sobre o qual se deve avançar muito mais. Por outro lado, fala dos avanços enormes no campo dos meios de comunicação na Igreja, reconhecendo neste âmbito um dos pontos mais altos desenvolvidos a partir do Vaticano II.
Católicos e muçulmanos vão apoiar retirada de vídeos de intolerância
Organizações religiosas vão entrar com pedido na Justiça para participarem como amicus curiae no processo que pede a retirada da internet de vídeos com mensagens de intolerância aos cultos afro-brasileiros. O anúncio foi feito ontem (11) depois de reunião da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (Ccir), na sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro. No encontro, a Igreja Católica e a Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro anunciaram apoio à causa dos praticantes das religiões de matriz africana.
A atuação como amicus curiae vai permitir que sejam ouvidos no processo como terceiros, em benefício do interesse do julgamento. No dia 10, o Ministério da Justiça anunciou um grupo de trabalho para debater ações de enfrentamento à discriminação e à violência contra praticantes de religiões de matriz africana, depois de reunião entre o ministro José Eduardo Cardozo e líderes do candomblé e da umbanda, que foram a Brasília pedir garantias para a liberdade de culto.
O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, disse que, ao decidir participar do processo, a igreja reafirma a defesa da liberdade de expressão e de comunicação em um país laico e “que, portanto, deve respeitar todas as religiões”. “Estaremos junto na necessidade de se fazer respeitar todos os segmentos, seja afro, judeu, cristão ou muçulmanos”, frisou dom Orani.
Da Sociedade Beneficente Mulçumana, o líder Samy Armed Isbelle afirmou que o preconceito persegue várias religiões. “Temos na realidade, hoje, um ataque ao que é sagrado, à religiosidade das pessoas. Na internet, vamos encontrar centenas de vídeos atacando o Islã. Então, nos unimos em defesa do sagrado, na defesa da prática de todas as religiões”, acrescentou.
Na ocasião, o interlocutor da Ccir, o babalorixá Ivanir dos Santos, completou que há diferenças entre a liberdade de expressão e a “disseminação do ódio”. Na análise dele, a manutenção dos vídeos estimula atos de preconceito contra quem pratica religiões afro.
As adesões chegam depois que o primeiro juiz do caso, Eugênio Rosa de Araújo, negou a retirada dos vídeos da internet por considerar que as religiões afro-brasileiras “não contêm os traços necessários de religião”, como um texto-base, a exemplo de livro sagrado, uma estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado. Depois, o juiz se retratou, mas manteve o conteúdo questionado no ar. Religiosos condenaram a decisão.
Segundo Ivanir, esse tipo de decisão é um incentivo ao ataque às religiões. “Uma menina foi discriminada uma semana depois daquele episódio. Quando ela disse que era candomblecista, a professora de religião disse que não era religião e era ilegal”, contou o babalorixá.
Ainda ontem, o interlocutor da Ccir também prestou queixa de ameaça de morte às 17h, na sede da Polícia Civil. O babalorixá recebeu uma mensagem com ameaça via celular. Segundo ele, esta é a segunda vez que recebe intimidações com esse tom. A outra aconteceu há três anos.
Fonte - Conic
Nota DDP: Atenção aos movimentos, porque certamente será taxada de intolerante a perspectiva de pregação do Apocalipse que denuncia babilônia e chama os fiéis a saírem dela. Ninguém é a favor de qualquer tipo de violência, de qualquer tipo, inclusive a verbal, mas a liberdade de expressão será tolhida como consequência do tema em foco.
A atuação como amicus curiae vai permitir que sejam ouvidos no processo como terceiros, em benefício do interesse do julgamento. No dia 10, o Ministério da Justiça anunciou um grupo de trabalho para debater ações de enfrentamento à discriminação e à violência contra praticantes de religiões de matriz africana, depois de reunião entre o ministro José Eduardo Cardozo e líderes do candomblé e da umbanda, que foram a Brasília pedir garantias para a liberdade de culto.
O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, disse que, ao decidir participar do processo, a igreja reafirma a defesa da liberdade de expressão e de comunicação em um país laico e “que, portanto, deve respeitar todas as religiões”. “Estaremos junto na necessidade de se fazer respeitar todos os segmentos, seja afro, judeu, cristão ou muçulmanos”, frisou dom Orani.
Da Sociedade Beneficente Mulçumana, o líder Samy Armed Isbelle afirmou que o preconceito persegue várias religiões. “Temos na realidade, hoje, um ataque ao que é sagrado, à religiosidade das pessoas. Na internet, vamos encontrar centenas de vídeos atacando o Islã. Então, nos unimos em defesa do sagrado, na defesa da prática de todas as religiões”, acrescentou.
Na ocasião, o interlocutor da Ccir, o babalorixá Ivanir dos Santos, completou que há diferenças entre a liberdade de expressão e a “disseminação do ódio”. Na análise dele, a manutenção dos vídeos estimula atos de preconceito contra quem pratica religiões afro.
As adesões chegam depois que o primeiro juiz do caso, Eugênio Rosa de Araújo, negou a retirada dos vídeos da internet por considerar que as religiões afro-brasileiras “não contêm os traços necessários de religião”, como um texto-base, a exemplo de livro sagrado, uma estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado. Depois, o juiz se retratou, mas manteve o conteúdo questionado no ar. Religiosos condenaram a decisão.
Segundo Ivanir, esse tipo de decisão é um incentivo ao ataque às religiões. “Uma menina foi discriminada uma semana depois daquele episódio. Quando ela disse que era candomblecista, a professora de religião disse que não era religião e era ilegal”, contou o babalorixá.
Ainda ontem, o interlocutor da Ccir também prestou queixa de ameaça de morte às 17h, na sede da Polícia Civil. O babalorixá recebeu uma mensagem com ameaça via celular. Segundo ele, esta é a segunda vez que recebe intimidações com esse tom. A outra aconteceu há três anos.
Fonte - Conic
Nota DDP: Atenção aos movimentos, porque certamente será taxada de intolerante a perspectiva de pregação do Apocalipse que denuncia babilônia e chama os fiéis a saírem dela. Ninguém é a favor de qualquer tipo de violência, de qualquer tipo, inclusive a verbal, mas a liberdade de expressão será tolhida como consequência do tema em foco.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Papa se reúne com líder mórmon e pastor em busca de “união”
Reunião gerou polêmica e muitas críticas
Na semana passada, ocorreu no Vaticano um encontro que teve grande repercussão no âmbito teológico. Embora pouco noticiado pela grande mídia, Francisco buscou mais uma vez aproximar-se de líderes evangélicos americanos.
Uma comitiva de 15 líderes políticos e religiosos foi chamada pelo pontífice, com destaque para o senador Mike Lee do Estado de Utah, que também é líder da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (mórmons) e Joel Osteen, pastor da Lakewood Church, maior igreja evangélica dos EUA.
Segundo o material divulgado, Francisco convidou-os para discutir a questão: “Podemos encontrar um terreno comum, a fim de avançar na vida e ministério de Jesus, para que mais pessoas possam experimentar a alegria da fé cristã?”.
O encontro ecumênico foi celebrado por Osteen, que é autor de vários livros e comanda um programa de TV que alcança milhões de expectadores no mundo todo. Ao comentar sobre o evento o pastor comemorou em rede nacional de televisão: “Eu aprecio o fato de este papa ter deixado a Igreja mais inclusiva. Não tentando fazê-la menor, mas sim tentando ampliá-la e receber a todos. Isso tem todo o meu apoio… Eles respeitam as pessoas, todas as pessoas, e querem ver a unidade”.
No início do ano, o papa Francisco gravou um vídeo para uma comunidade pentecostal dos Estados Unidos falando da união dos cristãos dizendo que Deus irá fazer um milagre para unir católicos e protestantes. “Nunca vi Deus iniciar um milagre que não concluísse bem e Ele vai concluir este milagre da unidade”, disse ele no vídeo.
O encontro de Osteen e um líder mórmon e as subsequentes conversas sobre “unidade” geraram diferentes reações entre líderes e teólogos evangélicos. Enquanto muitos acreditam que esse tipo de encontro e aproximação deveriam ser celebrados, vários deles protestaram.
O pastor Mark Herridge de uma igreja pentecostal do Texas, mesmo Estado de Osteen, foi incisivo: “Qualquer ministério protestante que ligar-se ao papa e ao catolicismo estará traindo o sacrifício de milhões de cristãos fieis que morreram por defender sua fé”.
Segundo o site Christian News são sinais de que algo “grande e perigoso” pode estar acontecendo no mundo religioso, pois os mórmons historicamente nunca foram reconhecidos como cristãos pelo Vaticano. Lembrou ainda de esforços recentes do papa em se aproximar dos ortodoxos e tentar apagar diferenças que duram séculos.
O senador Lee disse apenas que os mórmons já tem buscado a aproximação com outros grupos cristãos nos Estados Unidos e que ele e o papa falaram sobre como “somente a fé em Jesus poderá manter as famílias unidas”.
Na semana passada, ocorreu no Vaticano um encontro que teve grande repercussão no âmbito teológico. Embora pouco noticiado pela grande mídia, Francisco buscou mais uma vez aproximar-se de líderes evangélicos americanos.
Uma comitiva de 15 líderes políticos e religiosos foi chamada pelo pontífice, com destaque para o senador Mike Lee do Estado de Utah, que também é líder da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (mórmons) e Joel Osteen, pastor da Lakewood Church, maior igreja evangélica dos EUA.
Segundo o material divulgado, Francisco convidou-os para discutir a questão: “Podemos encontrar um terreno comum, a fim de avançar na vida e ministério de Jesus, para que mais pessoas possam experimentar a alegria da fé cristã?”.
O encontro ecumênico foi celebrado por Osteen, que é autor de vários livros e comanda um programa de TV que alcança milhões de expectadores no mundo todo. Ao comentar sobre o evento o pastor comemorou em rede nacional de televisão: “Eu aprecio o fato de este papa ter deixado a Igreja mais inclusiva. Não tentando fazê-la menor, mas sim tentando ampliá-la e receber a todos. Isso tem todo o meu apoio… Eles respeitam as pessoas, todas as pessoas, e querem ver a unidade”.
No início do ano, o papa Francisco gravou um vídeo para uma comunidade pentecostal dos Estados Unidos falando da união dos cristãos dizendo que Deus irá fazer um milagre para unir católicos e protestantes. “Nunca vi Deus iniciar um milagre que não concluísse bem e Ele vai concluir este milagre da unidade”, disse ele no vídeo.
O encontro de Osteen e um líder mórmon e as subsequentes conversas sobre “unidade” geraram diferentes reações entre líderes e teólogos evangélicos. Enquanto muitos acreditam que esse tipo de encontro e aproximação deveriam ser celebrados, vários deles protestaram.
O pastor Mark Herridge de uma igreja pentecostal do Texas, mesmo Estado de Osteen, foi incisivo: “Qualquer ministério protestante que ligar-se ao papa e ao catolicismo estará traindo o sacrifício de milhões de cristãos fieis que morreram por defender sua fé”.
Segundo o site Christian News são sinais de que algo “grande e perigoso” pode estar acontecendo no mundo religioso, pois os mórmons historicamente nunca foram reconhecidos como cristãos pelo Vaticano. Lembrou ainda de esforços recentes do papa em se aproximar dos ortodoxos e tentar apagar diferenças que duram séculos.
O senador Lee disse apenas que os mórmons já tem buscado a aproximação com outros grupos cristãos nos Estados Unidos e que ele e o papa falaram sobre como “somente a fé em Jesus poderá manter as famílias unidas”.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Vodafone põe a nu a verdadeira extensão da vigilância governamental aos cidadãos
A Vodafone revelou publicamente a existência de conexões secretas por cabo que permitem às agências de segurança governamentais escutarem todas as conversações, efetuadas através da sua rede e das outras operadoras mundiais de telecomunicações. A Vodafone diz que essas conexões são largamente utilizadas em alguns dos 29 países onde a companhia opera, entre os quais se conta Portugal. Trata-se da primeira das operadoras de telecomunicações a admitir publicamente a existência das escutas que tinham sido trazidas a público pelo ex-agente da NSA Edward Snowden.
A Vodafone diz que quebrou o silêncio sobre a vigilância governamental para resistir contra o uso cada vez maior das redes de telefonia e banda larga para espiar os cidadãos.
A companhia tornou público, esta sexta-feira, o seu primeiro relatório com revelações sobre a vigilância das agencias de segurança do Estado . O documento de 40.000 palavras constitui a mais completa análise publicada até agora sobre a forma como os governos controlam as conversações e o paradeiro dos seus cidadãos.
Segundo a Vodafone, existem cabos ligados diretamente à sua rede e às das outras operadoras de telecomunicações que permitem escutar ou gravar as conversações dos clientes, e, em certos casos, traçar a localização da pessoa em causa.
"Cenário de Pesadelo"
As revelações do gigante mundial de telecomunicações mais não fazem do que confirmar e detalhar o que já se suspeitava sobre a vigilância global dos governos aos cidadãos, após as recentes revelações feitas pelo ex-espião americano Edward Snowden.
O jornal britânico The Guardian escreve que os ativistas que fazem campanha em torno do direito à privacidade consideram estas revelações “um cenário de pesadelo” que confirma os seus piores receios sobre a extensão da vigilância.
Em alguns países é ilegal divulgar qualquer informação sobre a existência de vigilância governamental relacionada com escutas ou a interceção do conteúdo de chamadas telefónicas e mensagens de texto e até mesmo revelar se tais capacidades existem.
É este o caso na Albânia, Egito, Hungria, Índia, Malta, Qatar, Roménia, África do Sul e Turquia.
Em meia dúzia dos países onde opera a Vodafone, a própria lei obriga as operadoras de telecomunicações a instalarem conexões de acesso direto às suas redes, ou autoriza os respetivos governos a fazê-lo. A companhia, que é proprietária de várias redes de telefonia móvel e fixa, diz que não pode identificar os países em causa, porque alguns dos regimes visados poderão retaliar prendendo o seu pessoal.
Nos casos em que tal era permitido por lei, a Vodafone publicou o número de intimações legais para interceções de chamadas e metadados mas nos países onde existe acesso direto dos governos à rede, as companhias de telecomunicações não têm qualquer informação sobre a identidade e o número de clientes que são vigiados. Nestes casos, a vigilância a uma escala massiva pode ter lugar em qualquer operadora, sem que as agências governamentais tenham que justificar a intrusão às companhias envolvidas.
A "sala fechada" onde o segredo é lei
Fontes da indústria citadas pelo Guardian dizem que, em alguns casos, a conexão de acesso direto ou “tubo” é essencialmente um equipamento que existe numa sala fechada no principal centro de dados da companhia visada, ou num dos nodos locais.
O pessoal que trabalha nessa sala restrita pode ser empregado da operadora de telecomunicações mas tem autorização de segurança oficial para aceder a dados secretos e não pode , geralmente, discutir nenhum aspeto do seu trabalho com o resto da companhia . A Vodafone diz que exige a todos os seus empregados para observarem o código de conduta mas, a obrigação de segredo, significa que o pessoal nem sempre o pode fazer.
Portugal na Lista
Nos dados referentes a 2013 divulgados pela companhia, Portugal figura com 28.145 mandados oficiais de pedido de interceção de dados de comunicações da Vodafone e 13.046 mandados para interceção de metadados (hora, localização e destino das comunicações, endereços dos clientes etc). Nos dados fornecidos para Portugal não figura nenhum pedido para interceção de conteúdo, que inclui o que foi realmente dito numa mensagem ou SMS.
Em Espanha, foram 48.679 mandados para interceção de dados da Vodafone e 24,212 de conteúdo, e na Itália, os números atingem proporções assustadoras: 605.601 Mandados para interceção de dados de comunicações e 140.577 mandados para interceção de conteúdo, o que se explica pelo facto de, naquele país, a presença da Mafia exigir uma nível mais elevado de intrusão policial.
Os dados agora divulgados pela Vodafone também mostram que Malta é uma das nações mais espiadas da Europa em relação à sua população. Só a Vodafone processou no ano passado 3,773 pedidos para interceção de metadados naquele país de 420.000 habitantes.
Fonte - RTP
A Vodafone diz que quebrou o silêncio sobre a vigilância governamental para resistir contra o uso cada vez maior das redes de telefonia e banda larga para espiar os cidadãos.
A companhia tornou público, esta sexta-feira, o seu primeiro relatório com revelações sobre a vigilância das agencias de segurança do Estado . O documento de 40.000 palavras constitui a mais completa análise publicada até agora sobre a forma como os governos controlam as conversações e o paradeiro dos seus cidadãos.
Segundo a Vodafone, existem cabos ligados diretamente à sua rede e às das outras operadoras de telecomunicações que permitem escutar ou gravar as conversações dos clientes, e, em certos casos, traçar a localização da pessoa em causa.
"Cenário de Pesadelo"
As revelações do gigante mundial de telecomunicações mais não fazem do que confirmar e detalhar o que já se suspeitava sobre a vigilância global dos governos aos cidadãos, após as recentes revelações feitas pelo ex-espião americano Edward Snowden.
O jornal britânico The Guardian escreve que os ativistas que fazem campanha em torno do direito à privacidade consideram estas revelações “um cenário de pesadelo” que confirma os seus piores receios sobre a extensão da vigilância.
Em alguns países é ilegal divulgar qualquer informação sobre a existência de vigilância governamental relacionada com escutas ou a interceção do conteúdo de chamadas telefónicas e mensagens de texto e até mesmo revelar se tais capacidades existem.
É este o caso na Albânia, Egito, Hungria, Índia, Malta, Qatar, Roménia, África do Sul e Turquia.
Em meia dúzia dos países onde opera a Vodafone, a própria lei obriga as operadoras de telecomunicações a instalarem conexões de acesso direto às suas redes, ou autoriza os respetivos governos a fazê-lo. A companhia, que é proprietária de várias redes de telefonia móvel e fixa, diz que não pode identificar os países em causa, porque alguns dos regimes visados poderão retaliar prendendo o seu pessoal.
Nos casos em que tal era permitido por lei, a Vodafone publicou o número de intimações legais para interceções de chamadas e metadados mas nos países onde existe acesso direto dos governos à rede, as companhias de telecomunicações não têm qualquer informação sobre a identidade e o número de clientes que são vigiados. Nestes casos, a vigilância a uma escala massiva pode ter lugar em qualquer operadora, sem que as agências governamentais tenham que justificar a intrusão às companhias envolvidas.
A "sala fechada" onde o segredo é lei
Fontes da indústria citadas pelo Guardian dizem que, em alguns casos, a conexão de acesso direto ou “tubo” é essencialmente um equipamento que existe numa sala fechada no principal centro de dados da companhia visada, ou num dos nodos locais.
O pessoal que trabalha nessa sala restrita pode ser empregado da operadora de telecomunicações mas tem autorização de segurança oficial para aceder a dados secretos e não pode , geralmente, discutir nenhum aspeto do seu trabalho com o resto da companhia . A Vodafone diz que exige a todos os seus empregados para observarem o código de conduta mas, a obrigação de segredo, significa que o pessoal nem sempre o pode fazer.
Portugal na Lista
Nos dados referentes a 2013 divulgados pela companhia, Portugal figura com 28.145 mandados oficiais de pedido de interceção de dados de comunicações da Vodafone e 13.046 mandados para interceção de metadados (hora, localização e destino das comunicações, endereços dos clientes etc). Nos dados fornecidos para Portugal não figura nenhum pedido para interceção de conteúdo, que inclui o que foi realmente dito numa mensagem ou SMS.
Em Espanha, foram 48.679 mandados para interceção de dados da Vodafone e 24,212 de conteúdo, e na Itália, os números atingem proporções assustadoras: 605.601 Mandados para interceção de dados de comunicações e 140.577 mandados para interceção de conteúdo, o que se explica pelo facto de, naquele país, a presença da Mafia exigir uma nível mais elevado de intrusão policial.
Os dados agora divulgados pela Vodafone também mostram que Malta é uma das nações mais espiadas da Europa em relação à sua população. Só a Vodafone processou no ano passado 3,773 pedidos para interceção de metadados naquele país de 420.000 habitantes.
Fonte - RTP
quinta-feira, 5 de junho de 2014
28 sinais de que o Planeta está em perigo e precisa de ajuda
Você está atento?
São Paulo – Este 5 de junho é Dia Mundial do Meio Ambiente. Para nós, urbanoides, pode parecer algo distante e vago. Há tempos, a humanidade se distanciou da natureza a ponto de se julgar um ser autossuficiente e independente do meio ambiente. Mas o ritmo das transformações pelas quais o mundo vem passando está se acelerando e seria um perigo ignorar isso.
(...)
Fonte - Exame
Berlim abrigará primeiro templo do mundo a reunir sinagoga, mesquita e igreja
Berlim vai ganhar um templo multirreligioso: a House of One (Casa de Um Só) – o primeiro edifício sacro do mundo a reunir, sob o mesmo teto, uma sinagoga, uma mesquita e uma igreja. Com início das obras programado para os primeiros meses de 2016, a construção será um teste de tolerância.
Na apresentação do projeto à imprensa, nesta terça-feira (3), o rabino Tovia Ben Chorin ficou lado a lado com o pastor luterano Gregor Hohberg e o imame Kadir Sanci no futuro canteiro de obras. Num gesto simbólico, os três empilharam nas mãos três tijolos claros, o material com que será erguido o futuro templo.
"Cidade das feridas, cidade dos milagres" é como o rabino Ben Chorin define a capital alemã, local onde foi planejado o Holocausto, um dos maiores crimes contra a humanidade do século 20. Os pais do religioso fugiram em 1935 da Alemanha para a então Palestina, e ele veio de Jerusalém para Berlim há seis anos.
Público jovem como alvo
Uma união assim seria, sem dúvida, rara no Oriente Médio ou em países como a Nigéria, onde conflitos religiosos custam tantas vidas humanas – mas tampouco é corriqueira na Alemanha, onde ainda se esbarra na rejeição aos que seguem outras religiões.
Membros de outras religiões também serão convidados para os diferentes cultos na House of One. Essa demonstração de abertura visa atrair, sobretudo, os jovens, que raramente são vistos nas igrejas cristãs. Por sua vez, a comunidade judaica de Berlim, praticamente exterminada no Holocausto, cresce lentamente.
Apenas os seguidores do Islã veem aumentar a presença dos jovens fiéis na vida religiosa. Visando esse público, fora alguns versos em árabe, as preces de sexta-feira serão basicamente realizadas em alemão. Tal opção não é comum nas mesquitas, onde geralmente se celebra em turco, árabe ou bósnio. No meio tempo, fundamentalistas islâmicos mais linha dura vêm criticando na internet a participação muçulmana no projeto.
Renovar sem confundir
O projeto de arquitetura sacra na capital é iniciativa da Comunidade Judaica de Berlim, do Seminário Abraham Geiger, do islâmico Fórum de Diálogo Intercultural e da Congregação Luterana das Igrejas de São Pedro e Santa Maria. Orçado em 43 milhões de euros, a intenção é que seja inteiramente financiado por crowdfunding (patrocínio público). No site da House of One, em sete idiomas, qualquer pessoa poderá contribuir, comprando um tijolo.
Seu futuro endereço é a Praça Petriplatz, no centro histórico da cidade: um terreno baldio na antiga Alemanha Oriental, usado como estacionamento até algum tempo atrás. Porém, há 700 anos, cristãos têm celebrado aqui os seus cultos – primeiro numa igreja gótica, depois numa neobarroca e, então, numa em estilo neogótico.
Essa última igreja foi seriamente danificada durante a Segunda Guerra Mundial e demolida durante os anos do regime comunista da República Democrática Alemã (RDA). O novo templo ecumênico será erguido exatamente sobre os fundamentos dessa última casa de oração.
"Nós não queríamos simplesmente construir uma igreja", explica o pastor Hohberg. "A cidade se transformou. Gente de todas as confissões vive aqui e quer um lugar onde possa se congregar." Por isso, as três religiões monoteístas vão projetar, construir e habitar juntas a nova casa.
"Mas não estamos à procura de uma nova religião e não queremos confundir nossas identidades", acrescenta o imame Sanci. Por sua vez, o rabino liberal Ben Chorin almeja um lugar para aprender sobre religião sem missionarismo, para discuti-la criticamente. Ele lembra que "a fala é mais lenta do que as armas".
O "Um" da diversidade
Espaços multirreligiosos – ou ecumênicos – existem em outros lugares, como em aeroportos ou na Organização das Nações Unidas (ONU). Em Berna, capital da Suíça, está sendo construído um centro com esse caráter. Mas a iniciativa berlinense é diferente: trata-se de um edifício sacro interreligioso.
O escritório de arquitetura Kuehn Malvezzi, de Berlim, foi quem venceu a concorrência internacional. Seu projeto pretende se destacar majestosamente na paisagem urbana, com uma torre de 32 metros de altura pairando sobre um cubo e uma cúpula central.
Cada uma das três religiões vai dispor de dependências próprias para seu culto, com dois andares – como de praxe nas mesquitas e sinagogas – ou apenas um – no caso da igreja. "Nós voltamos bem atrás na história e constatamos que as formas originais dos locais de culto para cristãos, judeus e muçulmanos não diferem tanto assim entre si", revela o arquiteto Winfried Kühn.
Ainda assim, o projeto foi várias vezes adaptado às necessidades das diferentes religiões. Sinagogas e mesquitas precisam estar direcionadas para o leste, e a sinagoga precisa de espaço na parte superior para as cabanas do Sucot, a Festa dos Tabernáculos.
Graças às frestas de inspiração oriental na alvenaria, o edifício todo será banhado de luz. O espaço mais amplo será a nave abobadada central, um local de encontro e diálogo para fiéis e ateus.
Uma questão, porém, permanece em aberto e sujeita a diálogo: "Quem é o 'One', o Deus único?". A resposta do rabino Ben Chorin é bem direta e singela: "É alguém que criou a diversidade. Senão seria muito chato."
Na apresentação do projeto à imprensa, nesta terça-feira (3), o rabino Tovia Ben Chorin ficou lado a lado com o pastor luterano Gregor Hohberg e o imame Kadir Sanci no futuro canteiro de obras. Num gesto simbólico, os três empilharam nas mãos três tijolos claros, o material com que será erguido o futuro templo.
"Cidade das feridas, cidade dos milagres" é como o rabino Ben Chorin define a capital alemã, local onde foi planejado o Holocausto, um dos maiores crimes contra a humanidade do século 20. Os pais do religioso fugiram em 1935 da Alemanha para a então Palestina, e ele veio de Jerusalém para Berlim há seis anos.
Público jovem como alvo
Uma união assim seria, sem dúvida, rara no Oriente Médio ou em países como a Nigéria, onde conflitos religiosos custam tantas vidas humanas – mas tampouco é corriqueira na Alemanha, onde ainda se esbarra na rejeição aos que seguem outras religiões.
Membros de outras religiões também serão convidados para os diferentes cultos na House of One. Essa demonstração de abertura visa atrair, sobretudo, os jovens, que raramente são vistos nas igrejas cristãs. Por sua vez, a comunidade judaica de Berlim, praticamente exterminada no Holocausto, cresce lentamente.
Apenas os seguidores do Islã veem aumentar a presença dos jovens fiéis na vida religiosa. Visando esse público, fora alguns versos em árabe, as preces de sexta-feira serão basicamente realizadas em alemão. Tal opção não é comum nas mesquitas, onde geralmente se celebra em turco, árabe ou bósnio. No meio tempo, fundamentalistas islâmicos mais linha dura vêm criticando na internet a participação muçulmana no projeto.
Renovar sem confundir
O projeto de arquitetura sacra na capital é iniciativa da Comunidade Judaica de Berlim, do Seminário Abraham Geiger, do islâmico Fórum de Diálogo Intercultural e da Congregação Luterana das Igrejas de São Pedro e Santa Maria. Orçado em 43 milhões de euros, a intenção é que seja inteiramente financiado por crowdfunding (patrocínio público). No site da House of One, em sete idiomas, qualquer pessoa poderá contribuir, comprando um tijolo.
Seu futuro endereço é a Praça Petriplatz, no centro histórico da cidade: um terreno baldio na antiga Alemanha Oriental, usado como estacionamento até algum tempo atrás. Porém, há 700 anos, cristãos têm celebrado aqui os seus cultos – primeiro numa igreja gótica, depois numa neobarroca e, então, numa em estilo neogótico.
Essa última igreja foi seriamente danificada durante a Segunda Guerra Mundial e demolida durante os anos do regime comunista da República Democrática Alemã (RDA). O novo templo ecumênico será erguido exatamente sobre os fundamentos dessa última casa de oração.
"Nós não queríamos simplesmente construir uma igreja", explica o pastor Hohberg. "A cidade se transformou. Gente de todas as confissões vive aqui e quer um lugar onde possa se congregar." Por isso, as três religiões monoteístas vão projetar, construir e habitar juntas a nova casa.
"Mas não estamos à procura de uma nova religião e não queremos confundir nossas identidades", acrescenta o imame Sanci. Por sua vez, o rabino liberal Ben Chorin almeja um lugar para aprender sobre religião sem missionarismo, para discuti-la criticamente. Ele lembra que "a fala é mais lenta do que as armas".
O "Um" da diversidade
Espaços multirreligiosos – ou ecumênicos – existem em outros lugares, como em aeroportos ou na Organização das Nações Unidas (ONU). Em Berna, capital da Suíça, está sendo construído um centro com esse caráter. Mas a iniciativa berlinense é diferente: trata-se de um edifício sacro interreligioso.
O escritório de arquitetura Kuehn Malvezzi, de Berlim, foi quem venceu a concorrência internacional. Seu projeto pretende se destacar majestosamente na paisagem urbana, com uma torre de 32 metros de altura pairando sobre um cubo e uma cúpula central.
Cada uma das três religiões vai dispor de dependências próprias para seu culto, com dois andares – como de praxe nas mesquitas e sinagogas – ou apenas um – no caso da igreja. "Nós voltamos bem atrás na história e constatamos que as formas originais dos locais de culto para cristãos, judeus e muçulmanos não diferem tanto assim entre si", revela o arquiteto Winfried Kühn.
Ainda assim, o projeto foi várias vezes adaptado às necessidades das diferentes religiões. Sinagogas e mesquitas precisam estar direcionadas para o leste, e a sinagoga precisa de espaço na parte superior para as cabanas do Sucot, a Festa dos Tabernáculos.
Graças às frestas de inspiração oriental na alvenaria, o edifício todo será banhado de luz. O espaço mais amplo será a nave abobadada central, um local de encontro e diálogo para fiéis e ateus.
Uma questão, porém, permanece em aberto e sujeita a diálogo: "Quem é o 'One', o Deus único?". A resposta do rabino Ben Chorin é bem direta e singela: "É alguém que criou a diversidade. Senão seria muito chato."
Nova técnica pode criar filhos de três pais dentro de 2 anos
Chamado de substituição mitocondrial, novo procedimento oferece esperança para famílias afetadas por distúrbio em pequena estrutura presente nas células
São Paulo - Um filho, três pais. A situação hoje biologicamente impossível pode se tornar realidade em breve graças a uma nova técnica que está sendo desenvolvida na Inglaterra.
Chamado de substituição mitocondrial, o procedimento foi tema de um artigo publicado nesta semana pela HFEA (sigla em inglês para Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana).
Basicamente, o que a nova técnica faz é permitir que mitocôndrias de uma segunda mulher sejam aproveitadas em processos de fertilização in-vitro.
Isso evita a transmissão de doenças hereditárias causadas por problemas nesta estrutura celular. Ainda em fase de testes, o procedimento deve chegar ao mercado dentro de dois anos.
"Terapias de substituição mitocondrial oferecem uma grande esperança para famílias afetadas por distúrbios mitocondriais", afirmou Peter Braude, professor de obstetrícia e ginecologia do King's College de Londres.
Na prática, o procedimento realizado pelos cientistas é o seguinte: primeiro, eles extraem o DNAdo óvulo da mãe.
Então, este material genético é injetado em outro óvulo - que previamente já teve seu DNA retirado, mas mantém suas mitocôndrias.
Neste último óvulo, os espermatozóides são introduzidos e acontece a fecundação - que dá origem a um embrião com DNA formado a partir do material genético de um homem e uma mulher e mitocôndrias fornecidas por outra mulher. Ou seja, três pais.
(...)
Fonte - Exame
São Paulo - Um filho, três pais. A situação hoje biologicamente impossível pode se tornar realidade em breve graças a uma nova técnica que está sendo desenvolvida na Inglaterra.
Chamado de substituição mitocondrial, o procedimento foi tema de um artigo publicado nesta semana pela HFEA (sigla em inglês para Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana).
Basicamente, o que a nova técnica faz é permitir que mitocôndrias de uma segunda mulher sejam aproveitadas em processos de fertilização in-vitro.
Isso evita a transmissão de doenças hereditárias causadas por problemas nesta estrutura celular. Ainda em fase de testes, o procedimento deve chegar ao mercado dentro de dois anos.
"Terapias de substituição mitocondrial oferecem uma grande esperança para famílias afetadas por distúrbios mitocondriais", afirmou Peter Braude, professor de obstetrícia e ginecologia do King's College de Londres.
Na prática, o procedimento realizado pelos cientistas é o seguinte: primeiro, eles extraem o DNAdo óvulo da mãe.
Então, este material genético é injetado em outro óvulo - que previamente já teve seu DNA retirado, mas mantém suas mitocôndrias.
Neste último óvulo, os espermatozóides são introduzidos e acontece a fecundação - que dá origem a um embrião com DNA formado a partir do material genético de um homem e uma mulher e mitocôndrias fornecidas por outra mulher. Ou seja, três pais.
(...)
Fonte - Exame
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Quase 800 esqueletos de bebês são encontrados ao lado de convento na Irlanda
A história negra da Igreja Católica irlandesa voltou às manchetes nesta quarta-feira com a descoberta de quase 800 esqueletos de crianças ao lado de um antigo convento católico de Tuam, que abrigou entre 1925 e 1961 jovens mães solteiras.
"Alguém havia mencionado a existência de um cemitério para recém-nascidos, mas o que encontrei é muito mais que isso", declarou a historiadora Catherine Corless, que fez a descoberta.
Ao investigar os arquivos de um antigo convento de Tuam (oeste da Irlanda), hoje convertido em urbanização, a historiadora descobriu que 796 crianças, de recém-nascidas a 8 anos, foram enterradas sem caixão nem lápide em uma antiga fossa séptica convertida em fossa comum.
Estes recém-nascidos provavelmente foram enterrados em segredo por freiras do Convento Santa Maria, administrado por freiras do Bom Socorro.
William Joseph Dolan, parente de uma criança que esteve nesta instituição, entrou com uma ação para entender o que ocorreu na época.
A fossa comum foi descoberta em 1975 pelos vizinhos, que até agora acreditavam que os ossos eram de vítimas da Grande fome irlandesa do século XIX, na qual centenas de milhares de pessoas morreram.
O convento foi derrubado há anos para a construção de casas, mas a área onde a fossa comum estava foi cuidada pelos vizinhos.
'St. Mary' era um dos muitos lares para mães e filhos que existiam na Irlanda no século XX.
Milhares de mulheres solteiras grávidas, chamadas na época de "perdidas", foram enviadas para dar à luz nestes lares.
As mulheres viviam no ostracismo da sociedade irlandesa, e frequentemente eram obrigadas a dar seus filhos para a adoção.
Os problemas de doenças e desnutrição nestes centros estão documentados há muito tempo. Um relatório oficial de 1944 sobre uma visita ao convento Santa Maria de Tuam descrevia as crianças como "fracas, de barriga saliente e esqueléticas".
Os registros do convento descobertos recentemente confirmam que as 796 crianças morreram de fome ou de doenças infecciosas, como sarampo ou tuberculose.
A doutrina conservadora católica da época negava a estas crianças o batismo e, consequentemente, o enterro em campos santos.
Após a divulgação da origem dos corpos, foi formado um comitê para arrecadar dinheiro e erguer um monumento com os nomes e idades das 796 crianças.
O arcebispo de Tuam, Michael Neary, disse que se reunirá com as superiores da ordem do Bom Socorro para ajudar com a tarefa.
Por sua vez, o arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, se mostrou partidário de investigar os lares irlandeses para mães solteiras.
"Se não for aberta uma investigação oficial sobre as inquietações a serem resolvidas sobre os centros para mães e filhos, seria importante realizar um projeto de história social para ter uma ideia exata do papel dos centros na história do nosso país", afirmou Martin.
Um secretário de Estado de Educação, Ciaran Cannon, pediu a abertura de uma investigação. O Conselho de ministros abordará o tema em sua próxima reunião.
Esta descoberta lembra outro escândalo, que também envolve mães solteiras na Irlanda.
Entre 1922 e 1996, mais de 10.000 jovens trabalharam praticamente como escravas em lavanderias exploradas comercialmente por religiosas católicas em conventos na Irlanda.
As internas, conhecidas como as "Magdalene Sisters", eram jovens grávidas fora do matrimônio ou que haviam tido um comportamento considerado imoral.
Em 2002, um filme franco-britânico baseado neste caso e intitulado "The Magdalene Sisters" ("Em Nome de Deus", no Brasil) recebeu no Festival de Veneza o Leão de Ouro, o prêmio máximo.
Fonte - Yahoo
"Alguém havia mencionado a existência de um cemitério para recém-nascidos, mas o que encontrei é muito mais que isso", declarou a historiadora Catherine Corless, que fez a descoberta.
Ao investigar os arquivos de um antigo convento de Tuam (oeste da Irlanda), hoje convertido em urbanização, a historiadora descobriu que 796 crianças, de recém-nascidas a 8 anos, foram enterradas sem caixão nem lápide em uma antiga fossa séptica convertida em fossa comum.
Estes recém-nascidos provavelmente foram enterrados em segredo por freiras do Convento Santa Maria, administrado por freiras do Bom Socorro.
William Joseph Dolan, parente de uma criança que esteve nesta instituição, entrou com uma ação para entender o que ocorreu na época.
A fossa comum foi descoberta em 1975 pelos vizinhos, que até agora acreditavam que os ossos eram de vítimas da Grande fome irlandesa do século XIX, na qual centenas de milhares de pessoas morreram.
O convento foi derrubado há anos para a construção de casas, mas a área onde a fossa comum estava foi cuidada pelos vizinhos.
'St. Mary' era um dos muitos lares para mães e filhos que existiam na Irlanda no século XX.
Milhares de mulheres solteiras grávidas, chamadas na época de "perdidas", foram enviadas para dar à luz nestes lares.
As mulheres viviam no ostracismo da sociedade irlandesa, e frequentemente eram obrigadas a dar seus filhos para a adoção.
Os problemas de doenças e desnutrição nestes centros estão documentados há muito tempo. Um relatório oficial de 1944 sobre uma visita ao convento Santa Maria de Tuam descrevia as crianças como "fracas, de barriga saliente e esqueléticas".
Os registros do convento descobertos recentemente confirmam que as 796 crianças morreram de fome ou de doenças infecciosas, como sarampo ou tuberculose.
A doutrina conservadora católica da época negava a estas crianças o batismo e, consequentemente, o enterro em campos santos.
Após a divulgação da origem dos corpos, foi formado um comitê para arrecadar dinheiro e erguer um monumento com os nomes e idades das 796 crianças.
O arcebispo de Tuam, Michael Neary, disse que se reunirá com as superiores da ordem do Bom Socorro para ajudar com a tarefa.
Por sua vez, o arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, se mostrou partidário de investigar os lares irlandeses para mães solteiras.
"Se não for aberta uma investigação oficial sobre as inquietações a serem resolvidas sobre os centros para mães e filhos, seria importante realizar um projeto de história social para ter uma ideia exata do papel dos centros na história do nosso país", afirmou Martin.
Um secretário de Estado de Educação, Ciaran Cannon, pediu a abertura de uma investigação. O Conselho de ministros abordará o tema em sua próxima reunião.
Esta descoberta lembra outro escândalo, que também envolve mães solteiras na Irlanda.
Entre 1922 e 1996, mais de 10.000 jovens trabalharam praticamente como escravas em lavanderias exploradas comercialmente por religiosas católicas em conventos na Irlanda.
As internas, conhecidas como as "Magdalene Sisters", eram jovens grávidas fora do matrimônio ou que haviam tido um comportamento considerado imoral.
Em 2002, um filme franco-britânico baseado neste caso e intitulado "The Magdalene Sisters" ("Em Nome de Deus", no Brasil) recebeu no Festival de Veneza o Leão de Ouro, o prêmio máximo.
Fonte - Yahoo
terça-feira, 3 de junho de 2014
Eleitores votarão com impressão digital a partir de 2018
FAPESP anunciou financiamento de projeto; hoje, apenas 15% dos eleitores tem biometria cadastrada pelo TSE
SÃO PAULO – O sistema de identificação biométrica desenvolvido para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitirá que todos os eleitores do país sejam identificados com a impressão digital na hora de votar na urna eletrônica a partir de 2018, informou nesta terça-feira através de seu site a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que financia o projeto.
A empresa Griaule, especializada em biometria e escolhida entre várias outras do setor, assinará um contrato de R$82 milhões para fornecer, por dois anos, para fornecer por sistemas de verificação de impressão digital em larga escala e o tratamento do banco de dados do órgão.
A implantação do sistema de reconhecimento de autenticação de impressões digitais, que ocorrerá em dois períodos, começará com o processamento dos 23 milhões de registros biométricos de eleitores já armazenados pelo TSE e deverá ser finalizada antes das eleições de outubro deste ano.
Em uma segunda fase, o programa garantirá que as 52,8 milhões de impressões que o TSE pretende armazenar até as eleições de 2016 não estão duplicadas nem constituam fraude, segundo a Fapesp.
Para este trabalho, o contrato de prestação de serviços prevê implantação de um supercomputador como servidor com quase 1.500 núcleos de processamento, que possibilitará a comparação de mais de três milhões de digitais por segundo.
“Para ter uma ideia da complexidade da tarefa, é importante ressaltar que são coletadas as digitais dos dez dedos de cada pessoa. Assim, o software de reconhecimento terá de processar um volume de dados da ordem de quintilhões”, explicou Felipe Bergo, pesquisador da empresa.
Embora as eleições já sejam informatizadas desde 2010 com a utilização das urnas eletrônicas em todas as seções eleitorais, o TSE possui apenas 15% de impressões digitais registradas dos 142,4 milhões de eleitores.
A tecnologia de identificação perante a urna eletrônica com impressão digital já foi testada nas eleições presidenciais de 2010 em 60 cidades por 1,2 milhões dos 135,8 milhões de eleitores que previamente tinham ido aos colégios eleitorais para escanear seus digitais.
“O serviço que iremos prestar ao TSE é a garantia de unicidade dos eleitores brasileiros. Ou seja, iremos certificar que nenhuma pessoa consiga se cadastrar duas vezes como eleitor, impedindo que ela vote mais de uma vez durante a eleição”, detalha Rodrigo Souza, gerente de produtos da Griaule.
Fonte - Estadão
SÃO PAULO – O sistema de identificação biométrica desenvolvido para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitirá que todos os eleitores do país sejam identificados com a impressão digital na hora de votar na urna eletrônica a partir de 2018, informou nesta terça-feira através de seu site a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que financia o projeto.
A empresa Griaule, especializada em biometria e escolhida entre várias outras do setor, assinará um contrato de R$82 milhões para fornecer, por dois anos, para fornecer por sistemas de verificação de impressão digital em larga escala e o tratamento do banco de dados do órgão.
A implantação do sistema de reconhecimento de autenticação de impressões digitais, que ocorrerá em dois períodos, começará com o processamento dos 23 milhões de registros biométricos de eleitores já armazenados pelo TSE e deverá ser finalizada antes das eleições de outubro deste ano.
Em uma segunda fase, o programa garantirá que as 52,8 milhões de impressões que o TSE pretende armazenar até as eleições de 2016 não estão duplicadas nem constituam fraude, segundo a Fapesp.
Para este trabalho, o contrato de prestação de serviços prevê implantação de um supercomputador como servidor com quase 1.500 núcleos de processamento, que possibilitará a comparação de mais de três milhões de digitais por segundo.
“Para ter uma ideia da complexidade da tarefa, é importante ressaltar que são coletadas as digitais dos dez dedos de cada pessoa. Assim, o software de reconhecimento terá de processar um volume de dados da ordem de quintilhões”, explicou Felipe Bergo, pesquisador da empresa.
Embora as eleições já sejam informatizadas desde 2010 com a utilização das urnas eletrônicas em todas as seções eleitorais, o TSE possui apenas 15% de impressões digitais registradas dos 142,4 milhões de eleitores.
A tecnologia de identificação perante a urna eletrônica com impressão digital já foi testada nas eleições presidenciais de 2010 em 60 cidades por 1,2 milhões dos 135,8 milhões de eleitores que previamente tinham ido aos colégios eleitorais para escanear seus digitais.
“O serviço que iremos prestar ao TSE é a garantia de unicidade dos eleitores brasileiros. Ou seja, iremos certificar que nenhuma pessoa consiga se cadastrar duas vezes como eleitor, impedindo que ela vote mais de uma vez durante a eleição”, detalha Rodrigo Souza, gerente de produtos da Griaule.
Fonte - Estadão
Semana da Oração pela Unidade dos Cristãos
Brasília, 03 de Junho de 2014 (Zenit.org) Lilian da Paz | 147 visitas
Desde o último domingo, 1º de junho, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (Conic) promove a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. A iniciativa tem mais de 100 anos e é organizada todos os anos, em todo o mundo, pelo Conselho Pontifício para Unidade dos Cristãos (CPUC) e Conselho Mundial das Igrejas (CMI).
Com o tema Acaso o Cristo está dividido?, inspirado na passagem da epístola de São Paulo aos Coríntios (1 Cor, 1-17), a Semanatermina no próximo domingo, 8 de junho. O material da celebração ecumênica foi produzido por fieis de diversas igrejas cristãs do Canadá e distribuído para os países participantes.
Em entrevista ao Zenit, Zulmira Inês L. Gomes da Costa, secretária da diretoria do Conic Nacional, conta que a Semana tem o propósito de levar os irmãos de diversas denominações cristãs à oração uns pelos outros, gerando comunhão. “Cristo pediu a nós a unidade. Ele mesmo falou: que todos sejam um para que o mundo creia. Ele não pediu divisão”.
A Semana propõe, além dos momentos de oração e reflexão entre as igrejas cristãs, celebrações ecumênicas em várias regiões do país. Em Brasília (DF), por exemplo, haverá três ritos ecumênicos entre os dias 3 e 5 de junho, em três templos com denominações distintas: paróquia São José Operário (Igreja Católica Romana), Igreja Episcopal de Confissão Luterana e Igreja Presbiteriana Unida, respectivamente.
Zulmira é servidora pública e faz parte da Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia (Isoa). Entrou para o Conic em 1998 e trabalhou em todas as Campanhas da Fraternidade Ecumênicas desde então. Ela é a primeira integrante da diretoria da entidade a representar a Igreja Síria Ortodoxa. Também exerce a função de coordenadora do Grupo Ecumênico de Brasília (GEB).
Com estas atividades, ela aprende dia após dia a respeitar a crença dos irmãos. “Há um ponto em comum e um mistério em todas as religiões. Todas se fazem as perguntas: ‘De onde vim? Para onde vou? Por quê existo?’ Este mistério nos une”, explica.
Ela ainda completa: “Uma amizade não pode se romper depois que descobrimos que um amigo pertence a uma religião diferente da nossa. O princípio básico do ecumenismo e do diálogo inter-religioso é o respeito pelo outro, que não me permite ofendê-lo mas caminhar com ele. Aqui, no Brasil, não precisamos importar o ódio presente em diversos países”.
A Semana de Oração pelo mundo
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos acontece em períodos diferentes no hemisfério norte e sul. No primeiro, o momento foi instituído em 1908 e é comumente celebrado entre os dias 18 e 25 de janeiro, por ocasião da solenidade litúrgica de São Pedro e São Paulo.
Já no hemisfério sul, a Semana é conduzida no período que antecede a solenidade de Pentecostes, desde 1926. Pertence a este hemisfério o país que irá organizar a próximaSemana, em 2015: o Brasil. “Queremos uma celebração com muita evidência, assim como acontece com as Campanhas da Fraternidade”, sublinha Zulmira.
Conic
Fundado em 1982, na cidade de Porto Alegre (RS), o Conic tem a missão de se empenhar pela unidade das igrejas, de acordo com o Evangelho de Cristo e as exigências do Reino. Desta maneira, a entidade assume a responsabilidade pela garantia dos direitos e deveres de cada pessoa humana, permitindo a plena dignidade de cada indivíduo.
As primeiras articulações para formação do Conselho começaram em 1975. Ao todo, foram realizadas 13 reuniões com as presenças da Igreja Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Metodista.
Com sede em Brasília, a entidade promove as relações ecumênicas e inter-religiosas em prol dos direitos humanos. Atualmente fazem parte do Conic as cinco maiores expressões de igrejas históricas que, juntas, partilham o diálogo e a valorização da vida humana:
- Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) - www.cnbb.org.br
- Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) - www.ieab.org.br
- Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) - www.luteranos.com.br
- Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia (ISOA) - www.igrejasiria.webnode.com.br
- Igreja Presbiteriana Unida (IPU) - www.ipu.org.br
Dentro da estrutura do Conic existem também duas comissões que auxiliam no desenvolvimento dos trabalhos da entidade. São elas a Comissão Teológica e a Comissão Jurídica.
A primeira é formada por teólogos das igrejas que integram o Conic. Eles refletem, em uma perspectiva ecumênica, sobre temas ligados à área de atuação, como batismo, confissão, comunhão, casamento, diálogo inter-religioso, entre outros. Já a segunda é formada por advogados que amparam a entidade em assuntos de ordem jurídica.
Fonte - Zenit
Desde o último domingo, 1º de junho, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (Conic) promove a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. A iniciativa tem mais de 100 anos e é organizada todos os anos, em todo o mundo, pelo Conselho Pontifício para Unidade dos Cristãos (CPUC) e Conselho Mundial das Igrejas (CMI).
Com o tema Acaso o Cristo está dividido?, inspirado na passagem da epístola de São Paulo aos Coríntios (1 Cor, 1-17), a Semanatermina no próximo domingo, 8 de junho. O material da celebração ecumênica foi produzido por fieis de diversas igrejas cristãs do Canadá e distribuído para os países participantes.
Em entrevista ao Zenit, Zulmira Inês L. Gomes da Costa, secretária da diretoria do Conic Nacional, conta que a Semana tem o propósito de levar os irmãos de diversas denominações cristãs à oração uns pelos outros, gerando comunhão. “Cristo pediu a nós a unidade. Ele mesmo falou: que todos sejam um para que o mundo creia. Ele não pediu divisão”.
A Semana propõe, além dos momentos de oração e reflexão entre as igrejas cristãs, celebrações ecumênicas em várias regiões do país. Em Brasília (DF), por exemplo, haverá três ritos ecumênicos entre os dias 3 e 5 de junho, em três templos com denominações distintas: paróquia São José Operário (Igreja Católica Romana), Igreja Episcopal de Confissão Luterana e Igreja Presbiteriana Unida, respectivamente.
Zulmira é servidora pública e faz parte da Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia (Isoa). Entrou para o Conic em 1998 e trabalhou em todas as Campanhas da Fraternidade Ecumênicas desde então. Ela é a primeira integrante da diretoria da entidade a representar a Igreja Síria Ortodoxa. Também exerce a função de coordenadora do Grupo Ecumênico de Brasília (GEB).
Com estas atividades, ela aprende dia após dia a respeitar a crença dos irmãos. “Há um ponto em comum e um mistério em todas as religiões. Todas se fazem as perguntas: ‘De onde vim? Para onde vou? Por quê existo?’ Este mistério nos une”, explica.
Ela ainda completa: “Uma amizade não pode se romper depois que descobrimos que um amigo pertence a uma religião diferente da nossa. O princípio básico do ecumenismo e do diálogo inter-religioso é o respeito pelo outro, que não me permite ofendê-lo mas caminhar com ele. Aqui, no Brasil, não precisamos importar o ódio presente em diversos países”.
A Semana de Oração pelo mundo
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos acontece em períodos diferentes no hemisfério norte e sul. No primeiro, o momento foi instituído em 1908 e é comumente celebrado entre os dias 18 e 25 de janeiro, por ocasião da solenidade litúrgica de São Pedro e São Paulo.
Já no hemisfério sul, a Semana é conduzida no período que antecede a solenidade de Pentecostes, desde 1926. Pertence a este hemisfério o país que irá organizar a próximaSemana, em 2015: o Brasil. “Queremos uma celebração com muita evidência, assim como acontece com as Campanhas da Fraternidade”, sublinha Zulmira.
Conic
Fundado em 1982, na cidade de Porto Alegre (RS), o Conic tem a missão de se empenhar pela unidade das igrejas, de acordo com o Evangelho de Cristo e as exigências do Reino. Desta maneira, a entidade assume a responsabilidade pela garantia dos direitos e deveres de cada pessoa humana, permitindo a plena dignidade de cada indivíduo.
As primeiras articulações para formação do Conselho começaram em 1975. Ao todo, foram realizadas 13 reuniões com as presenças da Igreja Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Metodista.
Com sede em Brasília, a entidade promove as relações ecumênicas e inter-religiosas em prol dos direitos humanos. Atualmente fazem parte do Conic as cinco maiores expressões de igrejas históricas que, juntas, partilham o diálogo e a valorização da vida humana:
- Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) - www.cnbb.org.br
- Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) - www.ieab.org.br
- Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) - www.luteranos.com.br
- Igreja Síria Ortodoxa de Antioquia (ISOA) - www.igrejasiria.webnode.com.br
- Igreja Presbiteriana Unida (IPU) - www.ipu.org.br
Dentro da estrutura do Conic existem também duas comissões que auxiliam no desenvolvimento dos trabalhos da entidade. São elas a Comissão Teológica e a Comissão Jurídica.
A primeira é formada por teólogos das igrejas que integram o Conic. Eles refletem, em uma perspectiva ecumênica, sobre temas ligados à área de atuação, como batismo, confissão, comunhão, casamento, diálogo inter-religioso, entre outros. Já a segunda é formada por advogados que amparam a entidade em assuntos de ordem jurídica.
Fonte - Zenit
O cristianismo vai aumentar e nós vamos diminuir, admite cientista ateu
Geneticista irrita ateus ao prever declínio do ceticismo
O professor e geneticista Steve Jones é conhecido por sua defesa do ateísmo. Mas ele irritou muitos de seus pares ao afirmar que o mundo verá um “ressurgimento do cristianismo impulsionado pelo declínio da população nos países onde há mais céticos”.
Jones lembrou que a história mostra que a religião cresce rapidamente durante grandes aumentos populacionais, especialmente nos países mais pobres. Para ele, virá da África o que chamou de “ressurgimento de grandes religiões”, em especial o cristianismo.
No entanto, nos países da Europa onde há cada vez mais ateus, o declínio da população parece irreversível.
“Nós, ateus, muitas vezes comemoramos que a incidência de crença religiosa está diminuindo em nosso continente. Mas as pessoas religiosas têm mais filhos. Claramente, o futuro trará um aumento nas populações religiosas e uma diminuição no ceticismo”, defende.
“Pode ser que não precisemos de mais cientistas, apenas de mais teólogos”, afirmou ele durante o lançamento de seu novo livro The Serpent’s Promise: The Bible Retold as Science [A Promessa da Serpente: a Bíblia recontada como ciência]. Este é sua nona obra, incluindo material que escreveu tanto sobre genética quanto sobre religião.
Apesar da promessa do título, o autor não tenta recontar de fato as histórias bíblicas. Seleciona algumas delas como ponto de partida para fazer análises sobre a moral, as sociedades humanas e os efeitos da religião na formação do ser humano.
Claro, sempre provocando aqueles que aceitam os fatos bíblicos como reais. Ao fazer isso, analisa diversas tradições cristãs, mas se equivoca ao colocar ensinamentos de evangélicos, católicos e mórmons debaixo da mesma categoria. Para ele, a promessa da serpente é que o homem teria conhecimento e é isso que ele deve buscar, através da ciência e filosofia, claro.
Estudioso da evolução da religião, Jones acredita que as grandes religiões do Oriente Médio surgiram quando os povos caçadores/coletores se tornaram agricultores e começaram a praticar rituais de fertilidade para melhorar a colheita.
Quando Deus expulsou Adão e Eva do jardim do Éden, em Gênesis, disse-lhes: “Do suor do teu rosto comerás o pão. Este é um símbolo do momento em que os humanos começaram a se estabelecer em comunidades agrícolas.”
O surgimento das grandes religiões foi, segundo o estudioso, durante uma grande mudança social e biológica. “As sociedades se tornaram maiores e mais estratificadas, com isso os deuses tornaram-se mais vingativos. Essa era uma maneira de manter a população sob controle”, afirmou.
No entanto, ele admite a importância do Novo Testamento, desde que “você remova os elementos sobrenaturais e os milagres… foi um dos maiores documentos políticos já escritos”. Tanto é assim que continua influenciando a maioria das sociedades do mundo.
O professor e geneticista Steve Jones é conhecido por sua defesa do ateísmo. Mas ele irritou muitos de seus pares ao afirmar que o mundo verá um “ressurgimento do cristianismo impulsionado pelo declínio da população nos países onde há mais céticos”.
Jones lembrou que a história mostra que a religião cresce rapidamente durante grandes aumentos populacionais, especialmente nos países mais pobres. Para ele, virá da África o que chamou de “ressurgimento de grandes religiões”, em especial o cristianismo.
No entanto, nos países da Europa onde há cada vez mais ateus, o declínio da população parece irreversível.
“Nós, ateus, muitas vezes comemoramos que a incidência de crença religiosa está diminuindo em nosso continente. Mas as pessoas religiosas têm mais filhos. Claramente, o futuro trará um aumento nas populações religiosas e uma diminuição no ceticismo”, defende.
“Pode ser que não precisemos de mais cientistas, apenas de mais teólogos”, afirmou ele durante o lançamento de seu novo livro The Serpent’s Promise: The Bible Retold as Science [A Promessa da Serpente: a Bíblia recontada como ciência]. Este é sua nona obra, incluindo material que escreveu tanto sobre genética quanto sobre religião.
Apesar da promessa do título, o autor não tenta recontar de fato as histórias bíblicas. Seleciona algumas delas como ponto de partida para fazer análises sobre a moral, as sociedades humanas e os efeitos da religião na formação do ser humano.
Claro, sempre provocando aqueles que aceitam os fatos bíblicos como reais. Ao fazer isso, analisa diversas tradições cristãs, mas se equivoca ao colocar ensinamentos de evangélicos, católicos e mórmons debaixo da mesma categoria. Para ele, a promessa da serpente é que o homem teria conhecimento e é isso que ele deve buscar, através da ciência e filosofia, claro.
Estudioso da evolução da religião, Jones acredita que as grandes religiões do Oriente Médio surgiram quando os povos caçadores/coletores se tornaram agricultores e começaram a praticar rituais de fertilidade para melhorar a colheita.
Quando Deus expulsou Adão e Eva do jardim do Éden, em Gênesis, disse-lhes: “Do suor do teu rosto comerás o pão. Este é um símbolo do momento em que os humanos começaram a se estabelecer em comunidades agrícolas.”
O surgimento das grandes religiões foi, segundo o estudioso, durante uma grande mudança social e biológica. “As sociedades se tornaram maiores e mais estratificadas, com isso os deuses tornaram-se mais vingativos. Essa era uma maneira de manter a população sob controle”, afirmou.
No entanto, ele admite a importância do Novo Testamento, desde que “você remova os elementos sobrenaturais e os milagres… foi um dos maiores documentos políticos já escritos”. Tanto é assim que continua influenciando a maioria das sociedades do mundo.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
domingo, 1 de junho de 2014
EUA obtêm milhões de fotos espionando mensagens, diz NYT
O uso das tecnologias de reconhecimento facial por parte da NSA foi intensificado sob a presidência de Barack Obama
Nova York - A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos obtém a cada dia milhões de fotos pessoais interceptadas em comunicações eletrônicas e que depois utiliza em sofisticados programas de reconhecimento facial, segundo documentos secretos revelados neste domingo pelo jornal 'The New York Times'.
Os serviços secretos americanos confiam nessas tecnologias para analisar as 'milhões de fotografias' que obtêm a cada dia através da espionagem de e-mails, mensagens de texto, redes sociais, videoconferências e outras comunicações.
Do total de imagens coletadas diariamente, 55 mil têm qualidade suficiente para o uso em técnicas de reconhecimento facial, segundo documentos de 2011 vazados por Edward Snowden, ex-analista da agência.
Após anos focando em comunicações escritas e verbais, a NSA dá agora a mesma importância a fotos de rostos, impressões digitais e outros tipos de imagens em suas operações, afirma o 'NYT'.
'Não estamos só por trás das comunicações tradicionais: trata-se de buscar todo um arsenal que explore digitalmente as pistas que um alvo deixa para trás em suas atividades frequentes na rede para serem compiladas em dados biográficos e biométricos', diz um dos documentos.
O uso das tecnologias de reconhecimento facial por parte da NSA foi intensificado sob a presidência de Barack Obama, especialmente após a tentativa de atentado em um voo com destino a Detroit no Natal de 2009 e o frustrado ataque com um carro-bomba poucos meses depois na Times Square, em Nova York, segundo a publicação.
Uma porta-voz da agência, ao ser perguntada pelo 'New York Times' a respeito, afirmou que a NSA tenta continuamente melhorar suas atividades de inteligência, mas ressaltou que os serviços secretos não têm acesso às bases de dados nas quais são compiladas as fotos de carteiras de motorista e passaportes de cidadãos americanos.
No entanto, ela não quis dizer se isso ocorre com os arquivos do Departamento de Estado que contêm fotos de estrangeiros que solicitam vistos para entrar no país.
Os programas de reconhecimento facial cometem ainda vários erros, especialmente quando as imagens não são de alta resolução e os rostos estão registrados em diferentes ângulos, segundo o jornal.
Tanto o governo como o setor privado estão investindo 'bilhões de dólares' neste tipo de tecnologia, segundo Jennifer Lynch, uma especialista citada pelo 'NYT'.
Fonte - Exame
Nova York - A Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos obtém a cada dia milhões de fotos pessoais interceptadas em comunicações eletrônicas e que depois utiliza em sofisticados programas de reconhecimento facial, segundo documentos secretos revelados neste domingo pelo jornal 'The New York Times'.
Os serviços secretos americanos confiam nessas tecnologias para analisar as 'milhões de fotografias' que obtêm a cada dia através da espionagem de e-mails, mensagens de texto, redes sociais, videoconferências e outras comunicações.
Do total de imagens coletadas diariamente, 55 mil têm qualidade suficiente para o uso em técnicas de reconhecimento facial, segundo documentos de 2011 vazados por Edward Snowden, ex-analista da agência.
Após anos focando em comunicações escritas e verbais, a NSA dá agora a mesma importância a fotos de rostos, impressões digitais e outros tipos de imagens em suas operações, afirma o 'NYT'.
'Não estamos só por trás das comunicações tradicionais: trata-se de buscar todo um arsenal que explore digitalmente as pistas que um alvo deixa para trás em suas atividades frequentes na rede para serem compiladas em dados biográficos e biométricos', diz um dos documentos.
O uso das tecnologias de reconhecimento facial por parte da NSA foi intensificado sob a presidência de Barack Obama, especialmente após a tentativa de atentado em um voo com destino a Detroit no Natal de 2009 e o frustrado ataque com um carro-bomba poucos meses depois na Times Square, em Nova York, segundo a publicação.
Uma porta-voz da agência, ao ser perguntada pelo 'New York Times' a respeito, afirmou que a NSA tenta continuamente melhorar suas atividades de inteligência, mas ressaltou que os serviços secretos não têm acesso às bases de dados nas quais são compiladas as fotos de carteiras de motorista e passaportes de cidadãos americanos.
No entanto, ela não quis dizer se isso ocorre com os arquivos do Departamento de Estado que contêm fotos de estrangeiros que solicitam vistos para entrar no país.
Os programas de reconhecimento facial cometem ainda vários erros, especialmente quando as imagens não são de alta resolução e os rostos estão registrados em diferentes ângulos, segundo o jornal.
Tanto o governo como o setor privado estão investindo 'bilhões de dólares' neste tipo de tecnologia, segundo Jennifer Lynch, uma especialista citada pelo 'NYT'.
Fonte - Exame
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