Depois do ataque a um avião militar ucraniano que matou 49 soldados, o presidente Petro Poroshenko prometeu neste sábado (14/06), em Kiev, dar "uma resposta adequada" aos separatistas pró-russos que derrubaram a aeronave de transporte militar na madrugada deste sábado.
"Os que estão envolvidos neste ato cínico de terrorismo em tão grande escala serão certamente punidos. A Ucrânia precisa de paz. Mas os terroristas vão receber uma resposta adequada", disse Poroshenko em comunicado.
Ainda na sexta-feira, o Departamento de Estado americano acusou a Rússia de fornecer tanques e armamento pesado aos separatistas na Ucrânia. A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou que nos últimos três dias entraram na Ucrânia, através da localidade de Snizhne, vários tanques e outros veículos com capacidade bélica.
Em entrevista à Deutsche Welle, Kyryl Savin, diretor do escritório da Fundação Heinrich Böll em Kiev, disse que as armas russas já estão presentes há bastante tempo em território ucraniano e que, agora, negociações de paz são praticamente impossíveis. "Acredito que agora os militares irão, de fato, agir de forma ainda mais dura contra os separatistas. Pois o ódio da população é grande", disse Savin, acrescendo que "a próxima coisa que vamos ver é uma grande batalha pela cidade de Lugansk."