sexta-feira, 5 de setembro de 2014

EUA e Europa preparam ‘núcleo de coalizão’ contra o Estado Islâmico

Objetivo da aliança é destruir o grupo militante islâmico, não apenas contê-lo
Os Estados Unidos anunciaram nesta sexta-feira, 5, que trabalham em um “núcleo de coalizão” para combater o Estado Islâmico no Iraque. O país pediu apoio aos aliados e parceiros e descartou a possibilidade de incursão por terra.

Segundo o secretário de Estado americano, John Kerry, o grupo conta com dez países e deverá apresentar a estratégia em duas semanas; antes da sessão anual da Assembleia Geral da ONU, que terá início no próximo dia 16 de setembro.

“Nós precisamos atacá-los de forma que os impeça de conquistar território, reforçar as forças de segurança iraquianas e outros países da região que estão preparados para enfrentá-los, sem comprometer nossas próprias tropas”, afirmou Kerry em seu discurso.

O acordo foi definido durante um encontro entre os ministros da Defesa e de Relações Exteriores dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Canadá, Austrália, Turquia, Itália, Polônia e Dinamarca.

O plano abrange duas frentes: fortalecimento dos aliados no Iraque e na Síria e ataques aéreos contra os militantes sunitas. As autoridades reforçaram, porém, que o objetivo do núcleo é destruir o grupo militante islâmico, não contê-lo.

Porém, de acordo com funcionários do Pentágono, este envolvimento militar só irá conter o avanço do grupo jihadista, não derrotá-lo; já que para isso, defendem estratégia e aliança mais amplas.

O encontro se deu paralelamente à cúpula da Otan no País de Gales, cujos temas principais envolvem alternativas para enfrentar os militantes sunitas, que já tomaram amplas faixas de território iraquiano e sírio desde junho.

No mês passado, os EUA realizaram mais de cem ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico no norte do Iraque, para conter o avanços dos extremistas.

Nesta sexta-feira, os países aliados devem definir um plano que incluirá a coordenação do transporte aéreo de suprimentos, conforme uma autoridade ocidental. Segundo a mesma fonte, a Otan não se envolveria em operações de combate, e as ajudas seriam oferecidas pelos Estados membros e parceiros individuais.

Fonte - Opinião e Notícia
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