Pela primeira vez na história do mundo, as três modalidades essenciais do poder - político-militar, econômico e religioso - encontram-se personificadas em blocos supranacionais distintos, cada qual com seus planos de dominação mundial e seus modos de ação peculiares.
As forças históricas que hoje disputam o poder no mundo articulam-se em três projetos de dominação global: o "russo-chinês" (ou "eurasiano"), o "ocidental" (às vezes chamado erroneamente "anglo-americano") e o "islâmico". Cada um tem uma história bem documentada, mostrando suas origens remotas, as transformações que sofreu ao longo do tempo e o estado atual da sua implementação. Os agentes que os personificam são, respectivamente:
1) A elite governante da Rússia e da China, especialmente os serviços secretos desses dois países.
2) A elite financeira ocidental, tal como representada especialmente no Clube Bilderberg, no Council of Foreign Relations e na Comissão Trilateral.
3) A Fraternidade Muçulmana, as lideranças religiosas de vários países islâmicos e alguns governos de países muçulmanos.
Desses três agentes, só o primeiro pode ser concebido em termos estritamente geopolíticos, já que seus planos e ações correspondem a interesses nacionais e regionais bem definidos. O segundo, que está mais avançado na consecução de seus planos de governo mundial, coloca-se explicitamente acima de quaisquer interesses nacionais, inclusive os dos países onde se originou e que lhe servem de base de operações. No terceiro, eventuais conflitos de interesses entre os governos nacionais e o objetivo maior do Califado Universal acabam sempre resolvidos em favor deste último, que hoje é o grande fator de unificação ideológica do mundo islâmico.
As concepções de poder global que esses três agentes se esforçam para realizar são muito diferentes entre si porque brotam de inspirações heterogêneas e às vezes incompatíveis.
Embora em princípio as relações entre eles sejam de competição e disputa, às vezes até militar, existem imensas zonas de fusão e colaboração, ainda que móveis e cambiantes. Este fenômeno desorienta os observadores, produzindo toda sorte de interpretações deslocadas e fantasiosas, algumas sob a forma de "teorias da conspiração", outras como contestações soi disant "realistas" e "científicas" dessas teorias.
Boa parte da nebulosidade do quadro mundial é produzida por um fator mais ou menos constante: cada um dos três agentes tende a interpretar nos seus próprios termos os planos e ações dos outros dois, em parte para fins de propaganda, em parte por genuína incompreensão.
As análises estratégicas de parte a parte refletem, cada uma, o viés ideológico que lhe é próprio. Ainda que tentando levar em conta a totalidade dos fatores disponíveis, o esquema russo-chinês privilegia o ponto de vista geopolítico e militar; o ocidental, o ponto de vista econômico e o islâmico, a disputa de religiões.
Essa diferença reflete, por sua vez, a composição sociológica das classes dominantes nas áreas geográficas respectivas:
1) Oriunda da Nomenklatura comunista, a classe dominante russo-chinesa compõe-se essencialmente de burocratas, agentes dos serviços de inteligência e oficiais militares.
2) O predomínio dos financistas e banqueiros internacionais no establishment ocidental é demasiado conhecido para que seja necessário insistir sobre isso.
3) Nos vários países do complexo islâmico, a autoridade do governante depende substancialmente da aprovação da umma - a comunidade multitudinária dos intérpretes categorizados da religião tradicional. Embora haja ali uma grande variedade de situações internas, não é exagerado descrever como "teocrática" a estrutura do poder dominante.
Assim, pela primeira vez na história do mundo, as três modalidades essenciais do poder - político-militar, econômico e religioso - encontram-se personificadas em blocos supranacionais distintos, cada qual com seus planos de dominação mundial e seus modos de ação peculiares. Isso não quer dizer que cada um não atue em todos os fronts, mas apenas que suas respectivas visões históricas e estratégicas são delimitadas, em última instância, pela modalidade de poder que representam. Não é exagero dizer que o mundo atual é objeto de disputa entre militares, banqueiros e pregadores.
Praticamente todas as análises de política internacional hoje disponíveis na mídia do Brasil ou de qualquer outro país refletem a subserviência dos "formadores de opinião" a uma das três correntes em disputa, e portanto, o desconhecimento sistemático de suas áreas de cumplicidade e ajuda mútua. Esses indivíduos julgam fatos e "tomam posições" com base nos valores abstratos que lhes são caros, sem nem mesmo perguntar se suas palavras, na somatória geral dos fatores em jogo no mundo, não acabarão concorrendo para a glória de tudo quanto odeiam.
Os estrategistas dos três grandes projetos mundiais estão bem alertados disso, e incluem os comentaristas políticos, jornalísticos ou acadêmicos, entre os mais preciosos idiotas úteis a seu serviço.
Fonte - Mídia sem Máscara
Nota DDP: O articulista deixa de considerar os dois expoentes envolvidos diretamente com o segmento religioso (Vaticano) e também com o aspecto político (EUA), que em realidade permeiam as considerações ao longo do arrazoado.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Ventos de liberdade sobre os países árabes
Tunísia, Egito, e agora Argélia, Iêmen, Líbia, Bahrein. Os governos ditatoriais estão caindo como um dominó. Os habitantes desses países estão aprendendo que, se gritar "pega ladrão", não fica um, meu irmão. Ladrões de liberdades civis, geralmente também acusados de rapinar o tesouro público, as dinastias familiares e políticas vêm enfrentando o protesto popular.
Estamos vivendo um "1989 árabe"? Ao que tudo indica, sim. Assim como o ano de 1989 foi o estopim da derrubada dos governos comunistas no Leste europeu, 2011 começa com a derrocada dos governos autoritários dos países do Norte da África e do Oriente Médio.
Não se sabe quantos países vão aderir a esses movimentos. Mas a história ensina que esse processo funciona como um rastilho de pólvora que, uma vez aceso em algum lugar, segue disparando o desejo de liberdade e incendiando a queda de governos antidemocráticos.
Sabe-se, porém, que as mudanças não são operadas pacificamente. As transições para a democracia são lentas e costumam ser acompanhadas de avanços e reveses, mas também não costumam voltar atrás.
A Argélia tem uma tradição de intensa mobilização popular, vide a guerra de independência contra a França (1956-1962) e a guerra civil em 1990. Lá, as taxas de desemprego são muito altas.
O Bahrein sedia a maior base naval dos Estados Unidos no Oriente Médio. A economia é sólida e há avanços na educação. O problema é que a população, de maioria xiita, é governada por um monarca sunita, da dinastia Al-Khalifa. E o governo tem reprimido brutalmente os protestos populares.
Na Líbia, o coronel Muhamar Khadafi, autoproclamado "rei dos reis" da África, está no poder desde 1969. Ele tem buscado uma aproximação da União Europeia, já que a economia do país naufraga, e tem permitido inspeções internacionais em seus programas militares, numa tentativa de não entrar na lista dos países antiamericanos. A repressão aos recentes movimentos de oposição tem sido violenta e Khadafi já manteve transmissões televisivas e internet fora do ar.
Duas características nos movimentos que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito chamam a atenção: são rebeliões com forte participação popular e não são motivadas por fundamentalismo religioso.
Isso nos leva a outros dois argumentos: 1) as classes populares naquelas regiões não são controladas automaticamente pelo radicalismo político; 2) rebeliões sem motivação especificamente religiosa podem abrir espaço para um processo democrático laico.
Não estou excluindo as motivações religiosas desses movimentos de oposição no Oriente Médio. No entanto, os protestos têm sido motivados pela rejeição a sistemas autoritários, a dinastias autocoroadas, a regimes opressores. Além disso, há uma grande participação de jovens com acesso às conquistas sociais e tecnológicas da modernidade (veja o uso das redes sociais para convocar manisfestações) e de pessoas bem instruídas.
Esses países não virarão Estados laicos da noite para o dia. Talvez nem se tornem democracias consolidadas. Mas não se pode negar que estamos vendo acontecimentos surpreendentes.
Sociedades política e economicamente mais abertas também são sociedades mais abertas à diversidade religiosa. Ventos de liberdade política trazem consigo uma abertura à liberdade religiosa. Depois que o Leste europeu tornou-se democrático e passou a experimentar o conhecimento e o reavivamento do cristianismo, quem pode dizer que os países islâmicos não facilitarão a entrada e a permanência de grupos cristãos?
Fonte - Outra Leitura
Nota Cristo Voltará: As vitórias populares na Tunísia e no Egito estão servindo de motivação para movimentos similares em outros países árabes. Esse povo vem sendo governado por ditadores, reis ou presidentes que governam com mão de ferro e se reelegem e não permitem qualquer poder opositor. Hoje, sexta-feira, ocorreram protestos violentos em vários países. Essas manifestações estão todas direcionadas num único ponto: mais liberdade aos cidadãos, ou seja, democracia. E esse é o discurso preferido pelos Estados Unidos, embora esse país republicano e democrático mantenha acordos de interesse com alguns desses países. Estamos assistindo uma abertura, de pouco tempo de duração, para que nesses países seja possível a mais facilmente a proclamação evangelística do Alto Clamor. Então virá o fim.
Estamos vivendo um "1989 árabe"? Ao que tudo indica, sim. Assim como o ano de 1989 foi o estopim da derrubada dos governos comunistas no Leste europeu, 2011 começa com a derrocada dos governos autoritários dos países do Norte da África e do Oriente Médio.
Não se sabe quantos países vão aderir a esses movimentos. Mas a história ensina que esse processo funciona como um rastilho de pólvora que, uma vez aceso em algum lugar, segue disparando o desejo de liberdade e incendiando a queda de governos antidemocráticos.
Sabe-se, porém, que as mudanças não são operadas pacificamente. As transições para a democracia são lentas e costumam ser acompanhadas de avanços e reveses, mas também não costumam voltar atrás.
A Argélia tem uma tradição de intensa mobilização popular, vide a guerra de independência contra a França (1956-1962) e a guerra civil em 1990. Lá, as taxas de desemprego são muito altas.
O Bahrein sedia a maior base naval dos Estados Unidos no Oriente Médio. A economia é sólida e há avanços na educação. O problema é que a população, de maioria xiita, é governada por um monarca sunita, da dinastia Al-Khalifa. E o governo tem reprimido brutalmente os protestos populares.
Na Líbia, o coronel Muhamar Khadafi, autoproclamado "rei dos reis" da África, está no poder desde 1969. Ele tem buscado uma aproximação da União Europeia, já que a economia do país naufraga, e tem permitido inspeções internacionais em seus programas militares, numa tentativa de não entrar na lista dos países antiamericanos. A repressão aos recentes movimentos de oposição tem sido violenta e Khadafi já manteve transmissões televisivas e internet fora do ar.
Duas características nos movimentos que derrubaram os governos da Tunísia e do Egito chamam a atenção: são rebeliões com forte participação popular e não são motivadas por fundamentalismo religioso.
Isso nos leva a outros dois argumentos: 1) as classes populares naquelas regiões não são controladas automaticamente pelo radicalismo político; 2) rebeliões sem motivação especificamente religiosa podem abrir espaço para um processo democrático laico.
Não estou excluindo as motivações religiosas desses movimentos de oposição no Oriente Médio. No entanto, os protestos têm sido motivados pela rejeição a sistemas autoritários, a dinastias autocoroadas, a regimes opressores. Além disso, há uma grande participação de jovens com acesso às conquistas sociais e tecnológicas da modernidade (veja o uso das redes sociais para convocar manisfestações) e de pessoas bem instruídas.
Esses países não virarão Estados laicos da noite para o dia. Talvez nem se tornem democracias consolidadas. Mas não se pode negar que estamos vendo acontecimentos surpreendentes.
Sociedades política e economicamente mais abertas também são sociedades mais abertas à diversidade religiosa. Ventos de liberdade política trazem consigo uma abertura à liberdade religiosa. Depois que o Leste europeu tornou-se democrático e passou a experimentar o conhecimento e o reavivamento do cristianismo, quem pode dizer que os países islâmicos não facilitarão a entrada e a permanência de grupos cristãos?
Fonte - Outra Leitura
Nota Cristo Voltará: As vitórias populares na Tunísia e no Egito estão servindo de motivação para movimentos similares em outros países árabes. Esse povo vem sendo governado por ditadores, reis ou presidentes que governam com mão de ferro e se reelegem e não permitem qualquer poder opositor. Hoje, sexta-feira, ocorreram protestos violentos em vários países. Essas manifestações estão todas direcionadas num único ponto: mais liberdade aos cidadãos, ou seja, democracia. E esse é o discurso preferido pelos Estados Unidos, embora esse país republicano e democrático mantenha acordos de interesse com alguns desses países. Estamos assistindo uma abertura, de pouco tempo de duração, para que nesses países seja possível a mais facilmente a proclamação evangelística do Alto Clamor. Então virá o fim.
Cristãos pedem políticas comuns em defesa da liberdade religiosa
Genebra, 21 fev (RV) – Promover a unidade dos cristãos e a harmonia inter-religiosa são as principais metas propostas pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) a serem usadas como instrumentos para enfrentar os desafios futuros da sociedade. Esses temas foram discutidos no contexto dos preparativos para a reunião do Comitê Central, que será neste 22 de fevereiro.
Em um encontro prévio, realizado na última quinta-feira, ficou estabelecido que uma das atitudes mais urgentes a serem tomadas pela Instituição é a de reforçar os valores cristãos e desenvolver o diálogo com as várias religiões.
De acordo com o co-mediador dos trabalhos conjuntos da Igreja Católica com o Conselho Mundial de Igrejas, Pe. Gosbert Byamungu, ambas as instituições entraram em um clima de confiança recíproca e de amizade.
Durante o encontro, falou-se também sobre a difícil situação dos cristãos na Indonésia e do clima de tensão em alguns países árabes. Por fim, foi reforçado o compromisso na definição de uma agenda ecumênica que ponha no centro um programa de atitudes concretas em favor da paz, compreendida não somente como recusa à guerra, mas como superação de toda forma de violência em nome de Deus.
Fonte - Radio Vaticano
Nota DDP: Veja também "Cristãos pedem políticas comuns em defesa da liberdade religiosa". Destaque:
A religião “não pode ser relegada para o domínio da vida privada” acrescentam aqueles responsáveis, que esperam que “o ecumenismo, enquanto espaço de encontro entre pessoas, comunidades e tradições, possa crescer”, e que os cristãos se tornem “construtores de uma paz verdadeira, enraizada nos corações de pessoas e nações”.
Em um encontro prévio, realizado na última quinta-feira, ficou estabelecido que uma das atitudes mais urgentes a serem tomadas pela Instituição é a de reforçar os valores cristãos e desenvolver o diálogo com as várias religiões.
De acordo com o co-mediador dos trabalhos conjuntos da Igreja Católica com o Conselho Mundial de Igrejas, Pe. Gosbert Byamungu, ambas as instituições entraram em um clima de confiança recíproca e de amizade.
Durante o encontro, falou-se também sobre a difícil situação dos cristãos na Indonésia e do clima de tensão em alguns países árabes. Por fim, foi reforçado o compromisso na definição de uma agenda ecumênica que ponha no centro um programa de atitudes concretas em favor da paz, compreendida não somente como recusa à guerra, mas como superação de toda forma de violência em nome de Deus.
Fonte - Radio Vaticano
Nota DDP: Veja também "Cristãos pedem políticas comuns em defesa da liberdade religiosa". Destaque:
A religião “não pode ser relegada para o domínio da vida privada” acrescentam aqueles responsáveis, que esperam que “o ecumenismo, enquanto espaço de encontro entre pessoas, comunidades e tradições, possa crescer”, e que os cristãos se tornem “construtores de uma paz verdadeira, enraizada nos corações de pessoas e nações”.
Secas, inundações e alimentos
Estamos em meio a uma crise mundial de alimentos -- a segunda em três anos. Os preços mundiais dos alimentos bateram recordes em janeiro, propelidos pelas fortes altas nos preços do trigo, milho, açúcar e óleos. Essa disparada de preços exerceu efeito apenas modesto sobre a inflação dos Estados Unidos, que continua baixa sob os padrões históricos, mas tem impacto brutal sobre os pobres do planeta, que gastam a maior parte de, se não toda, sua renda na compra de alimentos básicos.
As consequências dessa crise alimentar vão bem além da economia. Afinal, a grande questão sobre os levantes contra regimes corruptos e opressivos do Oriente Médio não é tanto que eles estejam acontecendo, mas por que estão acontecendo agora. E não resta muita dúvida de que os preços extremamente altos da comida foram um dos gatilhos importantes para que a raiva do povo fosse deflagrada.
Assim, o que está por trás do salto nos preços? Os direitistas dos Estados Unidos (e os chineses) imputam a culpa à política monetária frouxa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), e pelo menos um comentarista declarou que "Ben Bernanke tem sangue nas mãos". Enquanto isso, o presidente francês Nicolas Sarkozy atribui a culpa aos especuladores, acusando-os de "extorsão e pilhagem".
Mas as provas apontam para uma história diferente e muito mais ameaçadora. Embora diversos fatores tenham contribuído para a disparada nos preços dos alimentos, o que realmente se destaca é até que ponto eventos climáticos severos prejudicam a produção agrícola. E esses eventos climáticos severos são exatamente a espécie de coisa que devemos esperar com as mudanças que a concentração cada vez maior de gases causadores do efeito-estufa causa em nosso clima -- o que significa que a atual disparada no preço dos alimentos pode ser apenas o começo.
É preciso considerar que, em certa medida, a disparada nos preços dos alimentos é parte de um "boom" geral no preços das commodities: os preços de muitas matérias-primas, do alumínio ao zinco, vêm crescendo rapidamente desde o começo de 2009, em larga medida devido ao crescimento industrial rápido dos mercados emergentes.
Mas a conexão entre crescimento industrial e demanda é muito mais clara para, digamos, o cobre do que para os alimentos. Exceto nos países muito pobres, a alta na renda não exerce grande efeito na maneira de comer das pessoas.
É fato que o crescimento em países emergentes como a China leva a um consumo maior de carne bovina e portanto a uma demanda mais elevada por ração animal. Também é fato que as matérias-primas agrícolas, especialmente o algodão, disputam terras e outros recursos com as safras alimentícias -- e o mesmo pode ser afirmado sobre a produção subsidiada de álcool combustível, que consome muito milho. Com isso, tanto o crescimento econômico quanto políticas de energia incorretas exerceram certa influência sobre a alta nos preços dos alimentos.
Ainda assim, eles se mantiveram mais baixos que os preços de outras commodities até a metade do ano passado. E então o tempo começou a piorar.
Considere o caso do trigo, cujos preços quase dobraram desde a metade do ano passado. A causa imediata do salto nos preços do trigo é evidente: a produção mundial do cereal caiu acentuadamente. E a maior parte dessa perda de produção, de acordo com dados do Departamento da Agricultura norte-americano, ocorreu nos países da antiga União Soviética. E sabemos o motivo: uma onda recorde de calor e seca, que levou as temperaturas de Moscou acima dos 38 graus pela primeira vez na história.
O calor na Rússia foi apenas um dos muitos eventos climáticos extremos registrados recentemente, da seca no Brasil a inundações de proporções bíblicas na Austrália, e todos eles prejudicaram a produção mundial de alimentos.
A questão passa a ser, portanto, o que explica esse clima extremo.
Em certa medida, estamos diante dos resultados de um fenômeno natural, "La Niña" -- um evento periódico que surge quando as águas do Oceano Pacífico ficam abaixo de sua temperatura normal. E eventos "La Niña" estão historicamente associados a crises mundiais de alimentos, entre as quais a de 2007--2008.
Mas isso não explica tudo. Não se deixe enganar pela neve: 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente de todos os tempos, ainda que tenhamos passado por um mínimo solar e "La Niña" tenha sido um fator de refrigeração na segunda metade do ano. Recordes de temperatura foram batidos não apenas na Rússia como em 19 outros países, que respondem por um quinto da área terrestre do planeta. E tanto secas quanto inundações são consequências naturais de um mundo em aquecimento: as secas surgem porque a temperatura está mais alta, e as inundações porque os oceanos aquecidos liberam mais vapor de água.
Como sempre, não se pode atribuir diretamente um evento climático aos gases do efeito-estufa. Mas o padrão que temos visto, com altas extremas e clima extremo se tornando mais comuns de modo generalizado, é exatamente o que se poderia esperar em uma situação de mudança climática.
Os suspeitos usuais, é claro, enlouquecem diante de quaisquer sugestões de que o aquecimento global tenha relação com a crise dos alimentos; aqueles que insistem em que Ben Bernanke tem sangue nas mãos tendem a ser mais ou menos as mesmas pessoas que insistem em que o consenso científico sobre o clima representa uma vasta conspiração de esquerda.
Mas os indícios de fato sugerem que o que estamos vendo agora é o primeiro sinal das perturbações econômicas e políticas que teremos de enfrentar em um planeta em aquecimento. E porque não conseguimos agir para limitar os gases causadores do efeito-estufa, esse tipo de coisa acontecerá com muito mais frequência, e com muito mais gravidade, no futuro.
Fonte - Folha
As consequências dessa crise alimentar vão bem além da economia. Afinal, a grande questão sobre os levantes contra regimes corruptos e opressivos do Oriente Médio não é tanto que eles estejam acontecendo, mas por que estão acontecendo agora. E não resta muita dúvida de que os preços extremamente altos da comida foram um dos gatilhos importantes para que a raiva do povo fosse deflagrada.
Assim, o que está por trás do salto nos preços? Os direitistas dos Estados Unidos (e os chineses) imputam a culpa à política monetária frouxa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), e pelo menos um comentarista declarou que "Ben Bernanke tem sangue nas mãos". Enquanto isso, o presidente francês Nicolas Sarkozy atribui a culpa aos especuladores, acusando-os de "extorsão e pilhagem".
Mas as provas apontam para uma história diferente e muito mais ameaçadora. Embora diversos fatores tenham contribuído para a disparada nos preços dos alimentos, o que realmente se destaca é até que ponto eventos climáticos severos prejudicam a produção agrícola. E esses eventos climáticos severos são exatamente a espécie de coisa que devemos esperar com as mudanças que a concentração cada vez maior de gases causadores do efeito-estufa causa em nosso clima -- o que significa que a atual disparada no preço dos alimentos pode ser apenas o começo.
É preciso considerar que, em certa medida, a disparada nos preços dos alimentos é parte de um "boom" geral no preços das commodities: os preços de muitas matérias-primas, do alumínio ao zinco, vêm crescendo rapidamente desde o começo de 2009, em larga medida devido ao crescimento industrial rápido dos mercados emergentes.
Mas a conexão entre crescimento industrial e demanda é muito mais clara para, digamos, o cobre do que para os alimentos. Exceto nos países muito pobres, a alta na renda não exerce grande efeito na maneira de comer das pessoas.
É fato que o crescimento em países emergentes como a China leva a um consumo maior de carne bovina e portanto a uma demanda mais elevada por ração animal. Também é fato que as matérias-primas agrícolas, especialmente o algodão, disputam terras e outros recursos com as safras alimentícias -- e o mesmo pode ser afirmado sobre a produção subsidiada de álcool combustível, que consome muito milho. Com isso, tanto o crescimento econômico quanto políticas de energia incorretas exerceram certa influência sobre a alta nos preços dos alimentos.
Ainda assim, eles se mantiveram mais baixos que os preços de outras commodities até a metade do ano passado. E então o tempo começou a piorar.
Considere o caso do trigo, cujos preços quase dobraram desde a metade do ano passado. A causa imediata do salto nos preços do trigo é evidente: a produção mundial do cereal caiu acentuadamente. E a maior parte dessa perda de produção, de acordo com dados do Departamento da Agricultura norte-americano, ocorreu nos países da antiga União Soviética. E sabemos o motivo: uma onda recorde de calor e seca, que levou as temperaturas de Moscou acima dos 38 graus pela primeira vez na história.
O calor na Rússia foi apenas um dos muitos eventos climáticos extremos registrados recentemente, da seca no Brasil a inundações de proporções bíblicas na Austrália, e todos eles prejudicaram a produção mundial de alimentos.
A questão passa a ser, portanto, o que explica esse clima extremo.
Em certa medida, estamos diante dos resultados de um fenômeno natural, "La Niña" -- um evento periódico que surge quando as águas do Oceano Pacífico ficam abaixo de sua temperatura normal. E eventos "La Niña" estão historicamente associados a crises mundiais de alimentos, entre as quais a de 2007--2008.
Mas isso não explica tudo. Não se deixe enganar pela neve: 2010 empatou com 2005 como o ano mais quente de todos os tempos, ainda que tenhamos passado por um mínimo solar e "La Niña" tenha sido um fator de refrigeração na segunda metade do ano. Recordes de temperatura foram batidos não apenas na Rússia como em 19 outros países, que respondem por um quinto da área terrestre do planeta. E tanto secas quanto inundações são consequências naturais de um mundo em aquecimento: as secas surgem porque a temperatura está mais alta, e as inundações porque os oceanos aquecidos liberam mais vapor de água.
Como sempre, não se pode atribuir diretamente um evento climático aos gases do efeito-estufa. Mas o padrão que temos visto, com altas extremas e clima extremo se tornando mais comuns de modo generalizado, é exatamente o que se poderia esperar em uma situação de mudança climática.
Os suspeitos usuais, é claro, enlouquecem diante de quaisquer sugestões de que o aquecimento global tenha relação com a crise dos alimentos; aqueles que insistem em que Ben Bernanke tem sangue nas mãos tendem a ser mais ou menos as mesmas pessoas que insistem em que o consenso científico sobre o clima representa uma vasta conspiração de esquerda.
Mas os indícios de fato sugerem que o que estamos vendo agora é o primeiro sinal das perturbações econômicas e políticas que teremos de enfrentar em um planeta em aquecimento. E porque não conseguimos agir para limitar os gases causadores do efeito-estufa, esse tipo de coisa acontecerá com muito mais frequência, e com muito mais gravidade, no futuro.
Fonte - Folha
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Momento Profético #20
Em visões da noite passaram perante mim representações de um grande movimento reformatório entre o povo de Deus. Muitos estavam louvando a Deus. Os enfermos eram curados, e outros milagres eram operados. Viu-se um espírito de intercessão tal como se manifestou antes do grande dia de Pentecostes.
(Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 345)
Alta dos alimentos jogou 44 milhões na pobreza
A disparada dos preços dos produtos básicos para a alimentação em todo o mundo atingiu níveis perigosos. A advertência foi feita nesta terça-feira, 15, pelo presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.
Em menos de um ano, desde junho de 2010, a alta dos preços dos alimentos jogou 44 milhões de pessoas na pobreza nos países em desenvolvimento.
Carestia e instabilidade
Segundo Zoellick, os preços altos dos alimentos podem complicar as delicadas condições políticas e sociais no Oriente Médio, o que na verdade já está acontecendo, uma vez que os protestos ora em curso no mundo árabe também têm sido contra a carestia.
Zoellick advertiu ainda para os perigos que a alta dos preços dos alimentos pode representar para a estabilidade da Ásia Central.
Fonte - Opinião e Notícia
Em menos de um ano, desde junho de 2010, a alta dos preços dos alimentos jogou 44 milhões de pessoas na pobreza nos países em desenvolvimento.
Carestia e instabilidade
Segundo Zoellick, os preços altos dos alimentos podem complicar as delicadas condições políticas e sociais no Oriente Médio, o que na verdade já está acontecendo, uma vez que os protestos ora em curso no mundo árabe também têm sido contra a carestia.
Zoellick advertiu ainda para os perigos que a alta dos preços dos alimentos pode representar para a estabilidade da Ásia Central.
Fonte - Opinião e Notícia
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
EUA: Câmara estende poderes da Lei Patriota antiterrorista
WASHINGTON (AFP) - A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou uma extensão das atribuições da controversa Lei Patriota antiterrorista, adotada após os ataques de 11 de setembro de 2001, e que expirava no fim de fevereiro.
Por 275 votos a favor e 144 contra, os legisladores votaram por estender a vigência da lei até 8 de dezembro, depois que, há uma semana, a proposta foi rejeitada em uma votação que requeria uma maioria de dois terços na Câmara para ser aprovada.
Três grandes medidas estão em jogo: a "vigilância móvel" das comunicações de suspeitos através da interceptação de várias linhas telefônicas; a perseguição de estrangeiros suspeitos de ser "lobos solitários", ou terroristas que não respondem a nenhum grupo terrorista.
E, por último, a possibilidade de que as autoridades tenham acesso a todos os "dados tangíveis" sobre o suspeito, como os e-mails ou dados bancários particulares.
No Senado, prevê-se que o debate sobre o tema será mais complicado, já que há vários projetos de lei a respeito.
A União americana para as Liberdades Civis (ACLU, em inglês) condenou o alcance da lei por dar às autoridades atribuições "muito amplas" e fora das garantias constitucionais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou os legisladores para estender estas permissões até dezembro de 2013.
Fonte - Yahoo
Nota DDP: O governo mudou mas as diretivas continuam as mesmas, especialmente no que se refere à violação da constituição em suas garantias fundamentais. Para saber mais sobre o papel dos EUA na profecia, clique aqui.
Por 275 votos a favor e 144 contra, os legisladores votaram por estender a vigência da lei até 8 de dezembro, depois que, há uma semana, a proposta foi rejeitada em uma votação que requeria uma maioria de dois terços na Câmara para ser aprovada.
Três grandes medidas estão em jogo: a "vigilância móvel" das comunicações de suspeitos através da interceptação de várias linhas telefônicas; a perseguição de estrangeiros suspeitos de ser "lobos solitários", ou terroristas que não respondem a nenhum grupo terrorista.
E, por último, a possibilidade de que as autoridades tenham acesso a todos os "dados tangíveis" sobre o suspeito, como os e-mails ou dados bancários particulares.
No Senado, prevê-se que o debate sobre o tema será mais complicado, já que há vários projetos de lei a respeito.
A União americana para as Liberdades Civis (ACLU, em inglês) condenou o alcance da lei por dar às autoridades atribuições "muito amplas" e fora das garantias constitucionais.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou os legisladores para estender estas permissões até dezembro de 2013.
Fonte - Yahoo
Nota DDP: O governo mudou mas as diretivas continuam as mesmas, especialmente no que se refere à violação da constituição em suas garantias fundamentais. Para saber mais sobre o papel dos EUA na profecia, clique aqui.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Momento Profético #19
O poder que agitou o povo tão vigorosamente no movimento de 1844 será revelado outra vez. A mensagem do terceiro anjo não será divulgada em sussurros, mas com forte voz.
(Testimonies, vol. 5, pág. 252)
Vi que esta mensagem se encerrará com poder e força muito maiores do que o clamor da meia-noite.
(Primeiros Escritos, pág. 278)
Crise no sistema bancário de 2008 e tendências
Parte 2
Parte 3
Parte 4
A crise bancária de 2008 tem algumas conotações interessantes e que chamam a atenção de quem estuda profecias e ao mesmo tempo entende alguma coisa de economia, escatologia, ciência política e estratégias de governo. Ela foi desencadeada por mudanças no comportamento de milhões de famílias e consumidores americanos. Eles deixaram de poupar para gastar mais que ganhavam. Além disso, os bancos resolveram emprestar a pessoas sem capacidade de endividamento do tamanho do empréstimo que fizeram. Como os juros eram baixos, muitos se endividaram além do razoável, para assim enriquecer de modo fácil. E os bancos, por sua vez, revenderam as respectivas hipotecas a outros bancos da Europa e da Ásia. As agências de risco disseram que essas hipotecas eram de primeira linha. Mas quando os devedores, super endividados, não pagaram seus compromissos, e eles foram em número altíssimo, os bancos que possuíam tais títulos podres, viram-se em aperto e alguns faliram. O mundo esteve à beira de um abismo econômico, ou seja, de uma depressão severa, que foi evitada com o aporte de quase U$12 trilhões de dinheiro público da parte de nações ricas. Isso contribuiu para que a dívida pública dessas nações aumentasse, e hoje temos países ricos, pela primeira vez na história da humanidade, exageradamente endividados. A tendência para a próxima crise, que pode ser a última, é a terceira depressão econômica, quando países ricos decretarem moratória, ou se ocorrer algo parecido, e isto é outro fato inédito no mundo. Isso pode ocorrer por volta do decreto dominical. Enfim, o cenário final está se estruturando, e JESUS está cada vez mais próximo de retornar. É o que se aborda nessa importante palestra.
Fonte - Cristo Voltará
"O Remanescente"

sua boa maneira, Clifford Goldstein não é propriamente um autor de escrita convencional (nem o seu discurso o é como palestrante). Alguns talvez lhe chamariam de irreverente e inoportuno; para mim, reconheço-lhe uma perspicácia audaz, uma clareza desconcertantee um compromisso apenas com o que é a verdade, sem demasiada preocupação com efeitos colaterais. E é tudo isso e muito mais que ele transporta para esta brilhante obra.
Reconfirmei a minha certeza de que há muito não estamos em tempos de palavrinhas mansas que se acomodam confortavelmente no nosso raciocínio, mas que não apelam para a urgência dos tempos (e este livro já foi escrito em 1994). Goldstein, com um sentido positivamente crítico altamente apurado, avalia criteriosamente o estado na nossa Igrejasob a perspetiva única que temos ao nos anunciarmos como o último remanescente da História da Terra.
Para tal, ele analisa o conceito de remanescente de Deus desde a sua origem, bem lá remotamente no tempo, cerca de 16 séculos depois da Criação, até aos tempos atuais, em que um povo errante, cheio de falhas e vidas poluídas pelo pecado, muitas vezes horrível, se ergue com essa mesma pretensão. Pelo meio, percorre a história bíblica, em particular a do(s) povo(s) escolhidos(s), traçando uma linha constante e regular que permite perceber que, afinal, o tempo passa e nada muda do que ao comportamento humano diz respeito,incluindo o do povo de Deus.
Contudo, ainda que o erro humano seja um fator comum a qualquer era da História, um outro fator mais elevado também é provado e assumido como indiscutível: Deus tem sempre um remanescente! Nunca as desgraçadas falhas do homem (que tantas vezes foram piores entre o povo de Deus no que entre aqueles que não o eram...) anularam este propósito divino!
Mas, e esta noção será, porventura, um dos pontos altos do livro, a riqueza do nosso movimento profético, da nossa Igreja, não é a igreja em si, mas sim a mensagem (ou verdade presente) final de Deus a este mundo que carregamos e temos obrigação de pregar.
Goldstein deixa bem claro que, conforme o ensinamento bíblico e a posição historico-doutrinária desta Igreja, não há melhor alternativa (nem sequer existe outra...); ora, isto não faz de nós melhores do que os não Adventistas - aliás, o autor explana de forma a percebermos que se os Adventistas não são iguais aos outros, é porque são piores... - mas simdiferentes, com um propósito específico, uma mensagem e missão distintas! Por isso é que sabemos que entre as outras religiões se encontram milhares e milhares que tomarão posição nesta igreja - não porque os seus membros são perfeitos e justos, mas pela mensagem, pela verdade que partilhamos!
E para demonstrar isso mesmo, ele não hesita em dizer que, quando se levantarem as perseguições finais a este povo escolhido, muitos serão lançados nas prisões não tanto pela fé, mas porque há muito lá deveriam estar...
Contudo, é mais do que certo que esta Igreja permanecerá até ao fim; o que resta saber, équem fará parte dela. Porque muitos dos atuais membros sairão; mas ainda um número maior do que esse, se juntará a ela. E esta urgência apenas remete para a decisão individual, sem esperar que a igreja se mexa coletivamente - até porque, isso nunca sucederá...
Talvez eu deva terminar fazendo uma sugestão semelhante à do autor, com a qual iniciei: entre os livros que já tive oportunidade de ler, este é um dos primeiríssimos a ser recomendado!
Nota: para descarregar uma apresentação PowerPoint com o título 'O Remanescente na História Bíblica' (preparada pelo Pr. Paulo Cordeiro) que inclui vários excertos do deste livro, clique aqui (e depois em 'Click here to start download').
Fonte - O Tempo Final
A música que agrada ao Céu

Mas o assunto é Música. Por que começar um artigo sobre esse assunto dessa forma? Fácil. Somos desobedientes. Somos egoístas. Mas por que somos assim? Isso também é fácil. O inimigo de nossas almas não nos quer obedientes. Aliás, o significado de “alma” (nephesh, no original hebraico) é entidade provida de personalidade e escolha. Só que escolhemos mal. Deus deseja que tenhamos condições de aprimorar nossa personalidade através de escolhas prudentes, alicerçadas nas instruções paternas à nossa disposição.
Tenho ciência da imensa dificuldade de escrever para irmãos meus que têm bastante conhecimento musical. Também tenho ciência da existência de músicos “tradicionais”, “moderados” e “liberais”, termos esses criados não faz muito tempo, para “diferenciar” um músico do outro. Mas tenho ciência do mais importante: só há dois caminhos – um certo e um errado. Quanto a isso, por incrível que pareça, todos concordam. Porém, há uma condição: “Não mexam em minha música!”
Por que deve prevalecer a minha vontade, e não a de Deus, se, quando sou batizado, faço o seguinte voto: “Conheço e compreendo os princípios bíblicos fundamentais, conforme ensinados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia”, e “é meu propósito, pela graça de Deus, cumprir Sua vontade, ordenando minha vida de acordo com esses princípios”?
Talvez seja necessária uma oração ao Pai agora, pedindo-Lhe iluminação e submissão, porque, na verdade, muito do que temos oferecido como louvor não passa de estratagemas do inimigo por conta de seus intentos em ampliar ao máximo a apostasia iminente entre o povo escolhido por Deus.
Lúcifer foi criado e dotado com os mais excelentes recursos musicais jamais imaginados pelo homem. Ele dava apenas uma nota e todo o coro angelical se punha a cantar. Isso, para os que dirigem grupos vocais, é realmente difícil. Só um grupo muito bem treinado poderia desenvolver tal recurso. E ele tinha mais: era um querubim cobridor, além de estar apenas abaixo de Deus e Jesus, no Céu. Mas ele queria ainda mais. Olhou para si, desenvolveu o egoísmo e almejou um lugar de mais destaque. E foi expulso do Céu, com todos os anjos por ele enganados. Alguém disse, uma vez, que Satanás hoje é o maior músico na face da Terra. E é verdade. Ele realmente sabe de tudo, e certamente usará a música para procurar enganar a você e a mim.
Mas, se há realmente um interesse especial de Deus quanto à música praticada por nós, como ela deve ser, se há somente o certo e o errado?
Em primeiro lugar, o Manual da Igreja nos diz que “grande cuidado deve ser exercido na escolha da música. Toda melodia que pertença à categoria dojazz, rock ou formas correlatas, e toda expressão de linguagem que se refira a sentimentos tolos ou triviais, serão evitadas. Usemos apenas a boa música, em casa, nas reuniões sociais, na escola e na igreja” (p. 180). Isso significa que a liderança da Igreja Adventista do Sétimo Dia desaprova qualquer tipo de música que nos faça lembrar os ritmos musicais descritos acima. Mas por quê?
Ellen G. White escreveu, em seu livro Patriarcas e Profetas, que “a música faz parte do culto a Deus nas cortes celestiais, e devemos esforçar-nos, em nossos cânticos de louvor, por nos aproximar tanto quanto possível da harmonia dos coros celestiais. O devido treino da voz é um aspecto importante da educação, e não deve ser negligenciado. O cântico, como parte do culto religioso, é um ato de adoração, da mesma forma que a prece. O coração deve sentir o espírito do cântico, a fim de dar-lhe a expressão correta” (p. 594).
São várias as aplicações que podemos retirar desse texto. A primeira é, sem dúvida, a mais questionada pelos músicos da atualidade. Aliás, devo dizer-lhe que uma ordem divina não deveria ser questionada, mas aceita e incorporada à nossa vontade. Estaremos dispostos a isso? Pergunta-se por aí: “Mas como é a música no Céu? Que referência existe na Terra para nos servir de parâmetro?” Com profundo amor, meu amigo, gostaria de sugerir que pegue seu CD (ou DVD) preferido, coloque em seu aparelho e o ponha para tocar. Agora, feche os olhos, e imagine seu anjo cantando no lugar daquele(a) cantor(a). Procure imaginá-lo sentado junto a uma bateria, marcando fortemente o ritmo, de preferência contrário ao ritmo natural que toda música tem. Mais ainda, esforce-se para visualizar seu anjo protetor, representante divino e seu melhor amigo, tendo dificuldade para ir para casa porque seus fãs querem tirar uma foto, ter seu autógrafo, comprar seu CD pop-gospel (lançamento)... Você consegue realmente imaginar essas cenas? Se não consegue, por favor, admita: a música praticada por você não é para agradar a Deus, mas para alimentar seu ego, agradando o inimigo de nossas almas.
Uma segunda aplicação é que a irmã White fala da harmonia dos coros celestiais. Pergunto: harmonia e coro são palavras adequadas para identificar a prática do solo nos cultos que apresentamos a Deus atualmente? Aliás, a irmã White nos orienta que devemos evitar essa prática. Por que se insiste tanto em questionar ordens dadas por Deus, aquele a quem dizemos que direcionamos nosso “louvor”?
Terceiro, se o pastor, separado para um ministério específico, antes de assumir o púlpito, faz curso de oratória, homilética, teologia bíblica, hebraico e grego, entre tantos outros, a fim de apresentar seu sermão de forma clara e buscando alcançar uma alma sedenta pela verdade, por que a música pode ser apresentada sem preparo técnico nem (e principalmente) espiritual? Sei o que estou falando. Já vi a atitude de muitos que afirmam ser usados por Deus: ao serem anunciados para ir à frente, levantam-se sorrindo, na passagem sorriem para outros, como a dizer: “Agora é a minha vez!” E quando terminam, nem sentam de novo para participar da adoração como todos fazem. Precisam divulgar seu “trabalho” (em pleno sábado...) para as pessoas. Não me interprete errado, mas pensei que a música servisse para ensinar doutrina... Que ela deveria ser uma benção tanto quanto um excelente sermão... E ainda justificam suas práticas afirmando que Deus sabe o que está no coração. E como isso é o mais importante, não importa a forma como se deve adorar...
Devemos ter consciência de que Deus sabe de nossas capacidades e de nossas limitações. Mas Ele sabe também que está à nossa disposição toda a orientação divina publicada quanto à adoração. Cabe a nós ser humildes o suficiente para reconhecer nossas limitações e buscar o conhecimento necessário para um louvor aceitável.
Irmão, leia o que a própria escritora falou em outra oportunidade: “Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos. Eles se deleitam em ouvir os simples cânticos de louvor entoados em tom natural. Unem-se a nós nos cânticos em que cada palavra é pronunciada claramente, em tom harmonioso. Eles combinam o coro, entoado de coração, com o espírito e o entendimento” (Evangelismo, p. 510).
As expressões abaixo, sua definição e aplicação são um forte auxílio para que compreendamos os motivos para a orientação recebida do Céu.
Ad libitum. Essa expressão aparece na partitura de algumas óperas e outras formas musicais. Refere-se principalmente às partes dos solistas, nas quais eles têm liberdade de interpretação, aparte da contagem rítmica. As notas musicais (sons definidos, com nome e altura) podem ser identificadas nesse tipo de recurso vocal. É o que chamamos coloratura. Em geral, isso faz com que o solista seja exaltado pela plateia porque ele pode mostrar ali todo o seu virtuosismo. Ou seja, ato egoísta. Meu caro, veja se isso não se assemelha à prática, infelizmente, muito comum em nossas mais diversas reuniões, denominada melisma. Nesse recurso, pior ainda, não há a possibilidade de identificarmos as notas musicais. Entendo que muitas vezes as pessoas não conseguem alcançar notas mais agudas, por isso fazem uma pequena curvatura nelas, até as definirem. Mas se não alcançam, por que não experimentam cantar aquelas músicas que sabem que não precisarão de um “jeitinho”? Aliás, esse jeitinho já virou, como disse certa vez um amigo, um “contorcionismo vocal”. Devo dizer que é difícil imaginar os anjos cantando dessa maneira. Se cada palavra deve ser pronunciada claramente, em tom harmonioso, para que serve o melisma?
Alguns afirmam ainda que se adéquam ao mercado atual. Deus precisa disso? Deus precisou se adequar aos Seus filhos, ou Ele deu ordens específicas de como deveria ser o serviço “aceitável ao Senhor”? A única coisa de Deus que conheço é que “Eu, porém, não mudo”. Quem somos nós, então, para querermos mudar as coisas que Ele criou? Sabe o que Deus pensa, quando agimos assim, com arrogância e autossuficiência? A resposta encontramos em Amós 5:21 e 23: “Odeio, desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não Me exalarão bom cheiro. Afasta de Mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.”
Quero lhe deixar alguns conselhos. Atenda ao chamado de Cristo, quando disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Mas, se você não consegue fazê-lo da forma como sabe ser o que Deus espera, então procure outra atividade, como auxiliar na instrução dos desbravadores; ofereça-se para ajudar no diaconato, no trabalho missionário, na assistência social... Trabalho para todos não faltará, até que Ele venha.
“A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que não se comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57)
Nesse mesmo livro, na página 40, a irmã White nos diz que “aqueles que desejam comunicar verdade, devem por sua vez praticar seus princípios. Apenas refletindo o caráter de Deus na retidão, nobreza e abnegação de sua vida, poderão eles impressionar os outros”.
As escolas dos profetas foram uma instituição divina, e “os principais assuntos nos estudos destas escolas eram a lei de Deus, com as instruções dadas a Moisés, história sagrada, música sacra e poesia. [...] Não somente se ensinava aos estudantes o dever da oração, mas eram eles ensinados a orar, a aproximar-se de seu Criador e ter fé nEle, compreender os ensinos de Seu Espírito, e aos mesmos obedecer” (ibidem, p. 47).
Não sejamos como Jonas. Temos instruções claras do que devemos fazer. O fim está muito próximo para querer experimentar outros caminhos. Não é mais tempo de “novas tendências”. Os marcos antigos devem ser restaurados, e não reformados. A reforma deve ser feita, sim, em nosso coração. Estamos nós dispostos a isso?
(Aurélio Ludvig é professor de Educação Musical no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas [Ifam]. Passou a infância em Novo Hamburgo, RS, e hoje é membro da Igreja Adventista de Cachoeirinha, em Manaus, AM. É pianista congregacional e dirige um grupo musical feminino)
Fonte - Michelson Borges
domingo, 6 de fevereiro de 2011
"Esforço pela unidade entre os cristãos deve ser inquestionável"
Lisboa, 03 Fev (Ecclesia) – O cardeal alemão Walter Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (CPPUC), disse hoje em Lisboa que o diálogo estabelecido nos últimos anos entre as várias Igrejas é “um processo irreversível”.
Numa conferência proferida na sede da Universidade Católica Portuguesa, este responsável afirmou que “as Igrejas e cristãos separados já não se encontram como inimigos ou competidores”.
A intervenção foi dedicada ao tema «Que todos possam ser um. Uma visão da unidade cristã para a próxima geração».
O cardeal Kasper considera que os cristãos devem apostar num “ecumenismo espiritual”, ou seja, a partilha da “vida”, nos seus aspectos concretos, e não apenas de “ideias”.
“O ecumenismo espiritual não se restringe a um lote de peritos escolhidos, é acessível e obrigatório para todos”, precisou.
Lembrando o seu trabalho no CPPUC, este responsável declarou que as “possibilidades” que hoje se abrem neste diálogo ecuménico deveriam permitir dar “não só um, mas dois ou três passos em frente”.
Falando numa “nova fase” do diálogo entre os cristãos, o cardeal alemão assinalou que “a unidade deve ser distinguida da uniformidade”, frisando que este processo “não é fácil e vai levar muito tempo”.
Walter Kasper foi nomeado em 2001 pelo Papa João Paulo II para presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cargo que exerceu até Julho de 2010.
Para este especialista, o ecumenismo não deve ser um mero “assunto académico” nem embarcar num “activismo” inconsequente.
“O ecumenismo não é uma invenção humana, uma questão ou um interesse político”, referiu.
O cardeal alemão passou em revista as principais divisões entre as Igrejas, separadas, nalguns casos, desde o século V, e os passos dados no diálogo com as mesmas, por parte da Santa Sé.
Sobre a relação com as Igrejas Ortodoxas, divididas desde o século XI, D. Walter Kasper pediu “paciência e tempo”, sobretudo no que diz respeito à definição do papel do Papa e a sua autoridade universal (primado).
Para este especialista, a própria integração europeia só pode ser conseguida com a presença das Igrejas Ortodoxas do Leste, “que marcaram a cultura e a mentalidade” dos seus povos.
O presidente emérito do CPPUC admitiu, por outro lado, dificuldades acrescidas no diálogo com as Igrejas que se afastaram no século XVI, com a Reforma Protestante, devido à “ordenação de mulheres” ou “temas éticos” como o divórcio, o aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“A paisagem ecuménica está em mudança, de forma muito rápida”, assinalou, aludindo ao crescimento de movimentos “carismáticos e pentecostais” em todo o mundo, face ao decréscimo das “comunidades eclesiais protestantes tradicionais”.
Sobre a criação de ordinariato pessoal para acolher pastores e fiéis da Igreja Anglicana que desejem entrar em comunhão com a Igreja Católica, o cardeal Kasper lembrou que esta não foi uma "iniciativa do Vaticano", mas dos próprios fiéis que pediram essa mudança.
Na sua conferência, o teólogo germânico destacou que todos os Papas que se seguiram ao Concílio Vaticano II (nos anos 60 do século passado) “reafirmaram” o compromisso de actuar pela unidade entre todas as Igrejas e comunidades cristãs.
A intervenção enquadrou-se na cerimónia do doutoramento «honoris causa» que a UCP vai conceder ao cardeal Kasper, no dia 4 de Fevereiro, assinalando o Dia Nacional da Universidade.
Fonte - Ecclesia
Nota DDP: Veja o papel do ecumenismo na profecia bíblica, clicando aqui.
Numa conferência proferida na sede da Universidade Católica Portuguesa, este responsável afirmou que “as Igrejas e cristãos separados já não se encontram como inimigos ou competidores”.
A intervenção foi dedicada ao tema «Que todos possam ser um. Uma visão da unidade cristã para a próxima geração».
O cardeal Kasper considera que os cristãos devem apostar num “ecumenismo espiritual”, ou seja, a partilha da “vida”, nos seus aspectos concretos, e não apenas de “ideias”.
“O ecumenismo espiritual não se restringe a um lote de peritos escolhidos, é acessível e obrigatório para todos”, precisou.
Lembrando o seu trabalho no CPPUC, este responsável declarou que as “possibilidades” que hoje se abrem neste diálogo ecuménico deveriam permitir dar “não só um, mas dois ou três passos em frente”.
Falando numa “nova fase” do diálogo entre os cristãos, o cardeal alemão assinalou que “a unidade deve ser distinguida da uniformidade”, frisando que este processo “não é fácil e vai levar muito tempo”.
Walter Kasper foi nomeado em 2001 pelo Papa João Paulo II para presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, cargo que exerceu até Julho de 2010.
Para este especialista, o ecumenismo não deve ser um mero “assunto académico” nem embarcar num “activismo” inconsequente.
“O ecumenismo não é uma invenção humana, uma questão ou um interesse político”, referiu.
O cardeal alemão passou em revista as principais divisões entre as Igrejas, separadas, nalguns casos, desde o século V, e os passos dados no diálogo com as mesmas, por parte da Santa Sé.
Sobre a relação com as Igrejas Ortodoxas, divididas desde o século XI, D. Walter Kasper pediu “paciência e tempo”, sobretudo no que diz respeito à definição do papel do Papa e a sua autoridade universal (primado).
Para este especialista, a própria integração europeia só pode ser conseguida com a presença das Igrejas Ortodoxas do Leste, “que marcaram a cultura e a mentalidade” dos seus povos.
O presidente emérito do CPPUC admitiu, por outro lado, dificuldades acrescidas no diálogo com as Igrejas que se afastaram no século XVI, com a Reforma Protestante, devido à “ordenação de mulheres” ou “temas éticos” como o divórcio, o aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“A paisagem ecuménica está em mudança, de forma muito rápida”, assinalou, aludindo ao crescimento de movimentos “carismáticos e pentecostais” em todo o mundo, face ao decréscimo das “comunidades eclesiais protestantes tradicionais”.
Sobre a criação de ordinariato pessoal para acolher pastores e fiéis da Igreja Anglicana que desejem entrar em comunhão com a Igreja Católica, o cardeal Kasper lembrou que esta não foi uma "iniciativa do Vaticano", mas dos próprios fiéis que pediram essa mudança.
Na sua conferência, o teólogo germânico destacou que todos os Papas que se seguiram ao Concílio Vaticano II (nos anos 60 do século passado) “reafirmaram” o compromisso de actuar pela unidade entre todas as Igrejas e comunidades cristãs.
A intervenção enquadrou-se na cerimónia do doutoramento «honoris causa» que a UCP vai conceder ao cardeal Kasper, no dia 4 de Fevereiro, assinalando o Dia Nacional da Universidade.
Fonte - Ecclesia
Nota DDP: Veja o papel do ecumenismo na profecia bíblica, clicando aqui.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Momento Profético #18
Foi-me mostrado que, se o povo de Deus não fizer esforços, de sua parte, mas esperar apenas que sobre eles venha o refrigério, para deles remover os defeitos e corrigir os erros; se nisso confiarem para serem purificados da imundícia da carne e do espírito, e preparados para tomar parte no alto clamor do terceiro anjo, serão achados em falta.
(Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 214)
A engenharia social de Obama

Essa mesma estratégia foi utilizada por Hitler ao eleger um inimigo comum e insuflar medo na população alemã. E a mesma engenharia social tem sido responsável por preparar o mundo para a aceitação de leis dominicais que visem à “salvação do planeta”, afinal (este é o argumento), se não nos unirmos para reverter um problema que supostamente foi causado por nós mesmos (o aquecimento global), estaremos fadados à extinção. E que medo é maior do que o da morte, da aniquilação? Quem viver verá ainda mais manipulação das massas e limitação das liberdades individuais em nome de um coletivismo perigoso para as minorias que não quiserem seguir o “rebanho”.
Nada melhor que o medo para unir o mundo em torno de uma causa comum. Só que Deus não trabalha assim. Ele nos dá liberdade de escolha e afirma que “o perfeito amor lança fora o medo” (1 João 4:18).
Fonte - Michelson Borges
Fãs ou seguidores de Jesus
Nem todo aquele que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no reino dos Céus. Mateus 7:21
Você já deve ter escutado esta história várias vezes. Vou repeti-la como técnica de reforço. É a história de Charles Blondin, famoso equilibrista francês. Quando visitou os Estados Unidos, ficou fascinado com as cataratas do Niágara. Decidiu atravessá-las equilibrando-se em um cabo de aço. Extensão da travessia: 330 metros. Altura: 220 metros.
Cem mil pessoas se reuniram para ver a façanha. Era um negócio de vida ou morte. Não havia rede de segurança. Blondin atravessou a primeira vez. Na segunda vez, tirou fotografia das pessoas. Numa outra vez, levou uma cadeira e ficou em pé nela. Em outra, preparou um omelete. E então atravessou com um carrinho de mão. Foi aí que se aproximou da multidão e perguntou: “Vocês acreditam que eu consigo atravessar?” Claro, todos acreditavam. “Quem quer entrar no carrinho?”, perguntou Blondin. Fez-se grande silêncio. Então, um homem, Harry Colcord, que conhecia Blondin e tinha trabalhado com ele, e o havia visto atravessar cem vezes, entrou no carrinho de mão e foram para o outro lado. Blondin tinha milhares de fãs, mas apenas um seguidor.
Estrelas da TV e do cinema, jogadores e heróis têm seus fãs. Às vezes, esses fãs assistem ao espetáculo em que seus ídolos se apresentam. Fora isso, nenhum compromisso.
Conhecemos pessoas que são fãs de Jesus, mas nunca elevam seu nível de compromisso com Ele. Permanecem apenas como fãs. Há muitos que visitam nossas igrejas e ficam maravilhados, se desdobram em elogios. “Que ensinamentos bonitos vocês têm! Como seria se mais gente soubesse disso! Que música inspiradora! Senti-me perto do céu!” “Os anjos estavam cantando com vocês!” Outros dizem: “Gente, era isso que eu estava precisando. Eu quero conhecer mais.” Mas, na hora de decidir, deixar de ser fã para se tornar seguidor, colocar-se ao lado de Deus, vacilam.
Lembro-me de quando era pastor da Igreja Adventista Central de Brasília e comecei uma série de estudos bíblicos com uma senhora. Ela recebia como se fosse novidade tudo que eu lhe mostrava na Bíblia. Ao estudarmos sobre a volta de Jesus, percebi a inquietação dela. No fim do estudo, ela disse: “Infelizmente, não vai dar para continuar. Para aceitar isso vou ter que renunciar a muita coisa. E, por enquanto, não estou disposta.”
Fãs ou seguidores de Jesus? Ele disse: “Se alguém quiser acompanhar-Me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-Me” (Lc 9:23).
Fonte - Meditações Matinais 2011
Você já deve ter escutado esta história várias vezes. Vou repeti-la como técnica de reforço. É a história de Charles Blondin, famoso equilibrista francês. Quando visitou os Estados Unidos, ficou fascinado com as cataratas do Niágara. Decidiu atravessá-las equilibrando-se em um cabo de aço. Extensão da travessia: 330 metros. Altura: 220 metros.
Cem mil pessoas se reuniram para ver a façanha. Era um negócio de vida ou morte. Não havia rede de segurança. Blondin atravessou a primeira vez. Na segunda vez, tirou fotografia das pessoas. Numa outra vez, levou uma cadeira e ficou em pé nela. Em outra, preparou um omelete. E então atravessou com um carrinho de mão. Foi aí que se aproximou da multidão e perguntou: “Vocês acreditam que eu consigo atravessar?” Claro, todos acreditavam. “Quem quer entrar no carrinho?”, perguntou Blondin. Fez-se grande silêncio. Então, um homem, Harry Colcord, que conhecia Blondin e tinha trabalhado com ele, e o havia visto atravessar cem vezes, entrou no carrinho de mão e foram para o outro lado. Blondin tinha milhares de fãs, mas apenas um seguidor.
Estrelas da TV e do cinema, jogadores e heróis têm seus fãs. Às vezes, esses fãs assistem ao espetáculo em que seus ídolos se apresentam. Fora isso, nenhum compromisso.
Conhecemos pessoas que são fãs de Jesus, mas nunca elevam seu nível de compromisso com Ele. Permanecem apenas como fãs. Há muitos que visitam nossas igrejas e ficam maravilhados, se desdobram em elogios. “Que ensinamentos bonitos vocês têm! Como seria se mais gente soubesse disso! Que música inspiradora! Senti-me perto do céu!” “Os anjos estavam cantando com vocês!” Outros dizem: “Gente, era isso que eu estava precisando. Eu quero conhecer mais.” Mas, na hora de decidir, deixar de ser fã para se tornar seguidor, colocar-se ao lado de Deus, vacilam.
Lembro-me de quando era pastor da Igreja Adventista Central de Brasília e comecei uma série de estudos bíblicos com uma senhora. Ela recebia como se fosse novidade tudo que eu lhe mostrava na Bíblia. Ao estudarmos sobre a volta de Jesus, percebi a inquietação dela. No fim do estudo, ela disse: “Infelizmente, não vai dar para continuar. Para aceitar isso vou ter que renunciar a muita coisa. E, por enquanto, não estou disposta.”
Fãs ou seguidores de Jesus? Ele disse: “Se alguém quiser acompanhar-Me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-Me” (Lc 9:23).
Fonte - Meditações Matinais 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Reflexões sobre adoração e música

A tarefa da qual fui incumbido era de apresentar uma série sobre a distinta mensagem profética e missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por isso, coloquei mãos ao trabalho e dediquei não poucas horas a preparar essa série. O dia do congresso finalmente chegou, e apanhei o voo de nove horas com grandes expetativas de que o congresso seria uma grande bênção.
As reuniões decorreram durante um fim-de-semana, num pavilhão desportivo. Na sexta-feira à noite, eu cheguei cedo. Lenta mas convitamente, a juventude começou a encher a sala em pequenos grupos. Em pouco tempo, todos no pavilhão permaneciam em pé, com mais de mil jovens presentes. Tudo indicava que este congresso seria uma grande bênçãos para todos os participantes. Mas não foi preciso muito tempo para as minhas expetativas otimistas serem destruídas!
O programa começou com uma equipa de louvor, todos em calças de ganga e t-shirts, que subiram ao palco para liderar o serviço musical. Na plataforma, havia um teclado, guitarras elétricas e bateria. Com o som retumbando em decibéis ao nível da surdez a banda começou a tocar e a equipa de louvor a cantar. O batimento sincopado e rítmico juntamente com a letra repetitiva, eram acompanhados de luzes coloridas que oscilavam sobre a multidão e o teto do auditório. Na plataforma havia uma máquina que soltava fumo que enchia o palco de nevoeiro. Os jovens dançavam, assobiavam, batiam mãos e pés e balançavam. A maioria deles nem sequer cantava – falavam, riam e balançavam.
O serviço de música durou mais de uma hora. Os jovens tinham sido excitados até um estado frenético e eu podia pressentir que eles não tinham inclinação alguma para ouvir uma mensagem que apelava à sua razão desapaixonada! Finalmente, por volta das nove horas da noite, o diretor de jovens que estava responsável, disse-me que era a minha vez de pregar, mas que eu teria de ser rápido, pois já era tarde! Abatido, perguntei a mim próprio: “Como posso partilhar a mensagem de Cristo num ambiente em que a juventude está em tal estado hipnótico?” Era pacificamente claro na minha mente que os corações dos jovens não estavam preparados para receber a semente da verdade profética, por isso decido alterar o meu tema completamente, e preguei por vinte minutos. Foi extremamente difícil pregar num ambiente onde havia pouco interesse na verdade Bíblica e nenhuma reverência para com Deus. Foram precisos cinco minutos só para acalmar os jovens antes de eu poder começar a falar!
O fim-de-semana completo continuou no mesmo estilo. Embora vários líderes jovens tenham pregado, eu não ouvi um único sermão que apresentasse a distinta mensagem Adventista do Sétimo Dia. O congresso bem poderia ter sido organizado pelos Pentecostais, os Baptistas ou qualquer outra denominação Protestante. Para não exagerar, foi uma experiência frustrante e decepcionante!
O que mais me perturbou foi que os Pastores que estavam presentes, não apenas fizeram de conta que não viram, mas também toleraram e participaram no serviço de adoração que me lembrou o episódio do bezerro de ouro no Monte Sinai. Era óbvo para mim que os Pastores não viam nada de errado no que se estava a passar.
Quando voltei ao meu quarto nessa noite, o meu ânimo estava em baixo. Perguntei a mim próprio: “É este o tipo de serviço de adoração que agrada a Deus? É este o método pelo qual os anjos adoram? Estava Ellen White errada quando afirmou que a música no céu é melodiosa e harmoniosa como o canto dos pássaros? É este o tipo de música que devia acompanhar a proclamação na nossa precisa mensagem da verdade presente? Este estilo de adoração prepara a nossa juventude para uma maior experiência no céu?” Eu caí de joelhos e orei para que o Senhor tocasse o coração dos líderes e lhes desse discernimento espiritual.
Reunião Campal de Indiana
Este estilo de adoração lembrou-me o que aconteceu na reunião campal de Indiana, de 13 a 23 de setembro de 1900. Além da heresia da carne santa, Ellen White teve muito que dizer sobre o estilo de adoração apóstata que foi usado nessa reunião. A esposa de Stephen Haskell, que esteve presente na reunião, descreveu o que viu:
“Temos um grande tambor, duas pandeiretas, um grande contrabaixo, dois pequenos violinos, uma flauta e duas cornetas, e um órgão e algumas vozes. Eles usam ‘Garden of Species’ como hinário e tocam melodias de dança com letras sagradas.” (Ella Robinson, S. N. Haskell Mano f Action, p. 168)É significativa a parte da declaração que diz que eles tocaram “melodias de dança com letras sagradas”. Não é isto que está a acontecer em muitas das nossas igrejas onde a música é ‘rock and roll’ enquanto as letras são cristãs?
Ouvi alguns Pastores dizerem que Ellen White apenas condenou a heresia da carne santa e não o estilo de adoração e a música. Mas não é o caso. Ela condenou, sim, a heresia da carne santa. Mas ela também estava muito preocupada por a música apelar aos sentidos e emoções enquanto distraía da solene mensagem do tempo do fim que Deus tinha comissionado ao Seu povo. Por outras palavras, a preocupação de Ellen White era em como este tipo de adoração e música causava impacto na teologia Adventista do Sétimo Dia. A sua preocupação era que a música cativasse os sentidos, apelasse às emoções e sentimentos, mas não atraísse o povo para as verdades contidas nas três mensagens angélicas.
Estilo de Adoração Proibido
Ellen White foi explícita na sua condenação do estilo de adoração e música que foi apresentado na reunião campal de Indiana:
“O Espírito Santo nunca Se revela por tais métodos, em tal balbúrdia de ruído. Isso é uma invenção de Satanás para encobrir seus engenhosos métodos para anular o efeito da pura, sincera, elevadora, enobrecedora e santificante verdade para este tempo. É melhor nunca ter o culto do Senhor misturado com música do que usar instrumentos músicos para fazer a obra que, foi-me apresentado em janeiro último, seria introduzida em nossas reuniões campais. A verdade para este tempo não necessita nada dessa espécie em sua obra de converter almas. Uma balbúrdia de barulho choca os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção. As forças dos agentes satânicos misturam-se com o alarido e barulho, para ter um carnaval, e isto é chamado de operação do Espírito Santo.Ao findar a reunião campal, o bem que devia haver sido feito e poderia havê-lo sido pela apresentação da verdade sagrada, não se realiza. Os que participam do suposto reavivamento recebem impressões que os levam ao sabor do vento. Não podem dizer o que sabiam anteriormente quanto aos princípios bíblicos.” Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 36-37.Repare os pontos salientes nesta citação inspirada:
a) O Espírito Santo nunca se revela por tais métodos
b) Satanás inventou este método de adoração para fazer sem efeito a verdade para este tempo
c) Seria melhor nunca ter adoração misturada com música do que usar instrumentos musicais inapropriadamente
d) A verdade para este tempo não precisa deste tipo de música para converter almas
e) Este tipo de música choca os sentidos e perverte aquilo que poderia ter sido uma bênção de conduzido propriamente
f) Agências satânicas misturam-se no alarido e barulho
g) Aqueles que participam neste tipo de adoração desorientam-se e não são capazes de dizer o que sabiam anteriormente acerca de princípios Bíblicos
Como Adventistas do Sétimo Dia, acreditamos que a nossa missão é levar as três mensagens angélicas ao mundo. Satanás sabe isso e tudo faz no seu poder para anular o efeito dessa mensagem, usando a música como uma armadilha:
“A maneira por que têm sido dirigidas as reuniões em Indiana, com barulho e confusão, não as recomendam a espíritos refletidos e inteligentes. Nada existe nessas demonstrações que convença o mundo de que possuímos a verdade. Mero ruído e gritos não são sinal de santificação, ou da descida do Espírito Santo. Vossas desenfreadas demonstrações só criam desagrado no espírito dos incrédulos. (…) Eles [Adventistas do Sétimo Dia] devem ser muito cuidadosos de não representar mal e nem desonrar as santas doutrinas da verdade mediante estranhas exibições, por confusão e tumulto.” Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 35-36Antes do Fim do Tempo da Graça
Este estilo de adoração, não é algo meramente do passado. De vez em quando neste capítulo, Ellen White avisa que aquilo que sucedeu no passado voltará a suceder novamente no futuro nas nossas próprias reuniões religiosas. Ellen White escreveu ao irmão Haskell que tinha sido uma testemunha ocular do que se tinha passado na reunião campal de Indiana:
“As coisas que descrevestes como ocorrendo em Indiana, o Senhor revelou-me que haviam de ocorrer imediatamente antes da terminação da graça. Demonstrar-se-á tudo quanto é estranho. Haverá gritos com tambores, música e dança. Os sentidos dos seres racionais ficarão tão confundidos que não se pode confiar neles quanto a decisões retas. E isto será chamado operação do Espírito Santo.” Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 36
"Mas em janeiro último o Senhor mostrou-me que seriam introduzidos em nossas reuniões campais teorias e métodos erróneos, e que a história do passado se repetiria. Senti-me grandemente aflita. Fui instruída a dizer que, nessas demonstrações, acham-se presentes demônios em forma de homens, trabalhando com todo o engenho que Satanás pode empregar para tornar a verdade desagradável às pessoas sensatas; que o inimigo estava procurando arranjar as coisas de maneira que as reuniões campais, que têm sido o meio de levar a verdade da terceira mensagem angélica perante as multidões, venha a perder sua força e influência.” Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 37
“Essas coisas que aconteceram no passado hão de ocorrer no futuro. Satanás fará da música um laço pela maneira por que é dirigida.” Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 38.Motivação Errada
E, o que motivaria as nossas igrejas a adotarem tais estilos de adoração? Ellen White não apenas explicou a motivação, como também descreveu qual seria o resultado certo: estranhas doutrinas!
“Mas a comichão do desejo de dar origem a algo de novo dá em resultado doutrinas estranhas, e destrói largamente a influência dos que seriam uma força para o bem, caso mantivessem firme o princípio de sua confiança na verdade que o Senhor lhes dera.” Mensagens Escolhidas, v. 2, p. 38.Acerca dos reavivamentos falsos que existirão no mundo cristão, Ellen White assinala:
“Avivamentos populares são muitas vezes levados a efeito por meio de apelos à imaginação, excitando-se as emoções, satisfazendo-se o amor ao que é novo e surpreendente. Conversos ganhos desta maneira têm pouco desejo de ouvir a verdade bíblica, pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. A menos que o culto assuma algo de caráter sensacional, não lhes oferece atração. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. As claras advertências da Palavra de Deus, que diretamente se referem aos seus interesses eternos, não são tomadas a sério.” O Grande Conflito, p. 463.Perigo Para a Juventude
Ellen White reconheceu o sério perigo que os jovens enfrentarão nestes últimos dias e diz que Satanás sabe exatamente que botões acionar:
“Eles [a juventude] têm um agudo ouvido para a música, e Satanás sabe que órgãos provocar para animar, absorver e seduzir a mente, de maneira que Cristo não seja desejado. Os anseios espirituais da alma por conhecimento divino, por crescimento na graça, estão ausentes.” O Lar Adventista, p. 407.Noutra citação precisa, Ellen White avisou:
“Foi-me mostrado que a juventude necessita assumir posição mais alta e fazer da Palavra de Deus sua conselheira e guia. Solenes responsabilidades repousam sobre os jovens, as quais eles levianamente consideram. A introdução de música em seus lares, em vez de incitá-los à santidade e espiritualidade, tem sido um meio de desviar-lhes a mente da verdade. Canções frívolas e peças de música popular do dia parecem compatíveis com seus gostos. Os instrumentos de música têm tomado o tempo que devia ter sido dedicado à oração. A música, quando não abusiva, é uma grande bênção; mas quando usada erroneamente, é uma terrível maldição. Ela estimula, mas não comunica a força e a coragem que o cristão só pode encontrar no trono da graça enquanto humildemente faz conhecidas suas necessidades e, com fortes clamores e lágrimas, suplica força celestial para se fortificar contra as poderosas tentações do maligno. Satanás está levando cativos os jovens. Oh, que posso eu dizer para levá-los a quebrar seu poder de sedução! Ele é um hábil sedutor para levá-los à perdição.” O Lar Adventista, p. 407/8.Luz em Meio às Trevas
Deixem-me voltar ao congresso de jovens com o qual iniciei. Existe uma luz no meio das trevas nesta história! Havia um jovem Pastor presente no encontro de jovens que tinha ensinado aos seus jovens os princípios da adoração reverente e música sagrada. Quando a banda começava a tocar, este Pastor com todos os seus jovens, levantava-se e saía da sala em protesto. A sua atitude lembrou-me da posição que foi tomada pelos levitas no Monte Sinai.
Infelizmente, alguns dos colegas deste Pastor abordaram o presidente da Conferência e queixaram-se que ele não estava a colaborar com o programa da conferência. Quando este jovem Pastor me contou o que tinha sucedido, eu telefonei ao presidente da Conferência e recomendei que em vez de repreender este jovem Pastor, ele devia congratulá-lo por se manter firme ao seu princípio. O presidente da conferência disse-me que também estava profundamente perturbado com o estilo de adoração e que iria tomar medidas definitivas para corrigir o problema (não o Pastor). Para encurtar a história, o presidente da conferência manteve a sua palavra e grandes mudanças ocorreram nos ministérios jovens. E o Pastor jovem foi ordenado ao ministério evangélico a 18 de dezembro de 2010.
Sinais de Reavivamento
Em face de sérias mudanças doutrinárias e de adoração, Deus está a mover-Se de forma poderosa na Sua igreja. Existe sinais de reavivamento por todo o mundo. O nosso novo presidente da Conferência Geral, Pr. Ted Wilson, fez do reavivamento e reforma a principal prioridade da sua administração. Publicamente e sem vergonha, ele saiu em defesa das três mensagens angélicas, uma criação literal e a fiabilidade do Espírito de Profecia. O Concílio Anual experimentou este ano o derramamento do Espírito de Deus ao serem derramadas lágrimas por muitos dos nosso líderes mundiais, ao serem feitas confissões públicas. Mais, organizações jovens conservadoras estão a florescer em todo o globo.
Temos AFCOE, Mission College, ARME, PEACE, GYC, GYC Latino, Advent Hope, Souls West, Arise, and Ouachita Hills, só para nomear algumas. É entusiasmante ir à ASI e verificar os stands de centenas de ministérios cujo propósito central é terminar o trabalho para que possam ir para casa.
Duas vezes por ano eu tenho o privilégio de por três dias dar aulas no AFCOE (Amazing Facts Center of Evangelism). Normalmente, dou aulas na última semana de uma série de quatro meses, quando seria de esperar que os estudantes estivessem com sobrecarga de informação. Mas a verdade é o contrário. A última série que eu ensinei tinha 51 alunos, a maioria dos quais com 20-30 anos. Foi entusiasmante ver como os alunos respondiam ao estudo profundo de profecia Bíblica. Quando novas perspetivas de verdade eram partilhadas, os seus olhos brilhavam e cintilavam, tomavam notas, procuravam textos na Bíblia, faziam perguntas incisivas, e manifestavam uma fome e sede de verdade. Contudo, existem milhares de jovens noutras escolas de evangelismo que manifestam o mesmo espírito.
Juventude Bem Preparada
Ellen White afirmou claramente o incrível potencial de um corretamente ensinado exército de jovens:
“Não há outro ramo de trabalho em que seja possível aos jovens receber maior benefício. Todos os que se empenham em servir são a mão auxiliadora de Deus. São coobreiros dos anjos; ou antes, são o poder humano por meio do qual os anjos cumprem a sua missão. Os anjos falam pela sua voz e agem por suas mãos. E os obreiros humanos, cooperando com os seres celestiais, recebem o benefício da educação e experiência deles. E, como meio de educação, que curso universitário poderá igualar a este?Um Movimento Crescente
Com tal exército de obreiros como o que poderia fornecer a nossa juventude devidamente preparada, quão depressa a mensagem de um Salvador crucificado, ressuscitado e prestes a vir poderia ser levada ao mundo todo! Quão depressa poderia vir o fim - o fim do sofrimento, tristeza e pecado! Quão depressa, em lugar desta possessão aqui, com sua mancha de pecado e dor, poderiam nossos filhos receber a sua herança onde "os justos herdarão a Terra e habitarão nela para sempre" (Sal. 37:29); onde "morador nenhum dirá: Enfermo estou" (Isa. 33:24) e "nunca mais se ouvirá nela voz de choro!" (Isa. 65:19).” Educação, p. 271.
Há atualmente um movimento crescente que procura levar-nos de volta à nossa mensagem e missão, da qual temos estado há tantos anos distraídos. Há um despertamento! As gotas de chuva do Espírito de Deus predizem as chuvas de bênçãos pelas quais todos temos esperado, trabalhado e orado.
Muitos dos nossos jovens estão cansados do esplendor e brilho do mundo que não satisfaz a alma. Estão cansados de métodos evangelísticos que apelas ao eu em vez de ao serviço. Eles procuram oportunidades para fazer a diferença na vida das pessoas – eles procuram uma missão, e como líderes devemos fornecê-la. Então, o que poderemos fazer neste tempo de incrível oportunidade? Terminando, gostaria de fazer algumas sugestões práticas.
O Que Podemos Fazer?
a) Primeiro, como líderes, devemos ser como Moisés. Devemos manter-nos pelo princípio mas ao mesmo tempo devemos amar a igreja com tal intensidade que estejamos prontos para dar a nossa própria vida põe ela
b) Muitos adventistas enviaram-me e-mails ou escreveram-me expressando quase desespero com o que está a acontecer nas suas igrejas locais. Alguns queixam-se que já não conseguem encontrar um local reverente para adorar. Não perca a esperança ou fique desmotivado. Não abandone a igreja para formar grupos espalhados. Lembre-se que esta é a igreja de Deus e que Ele está ao comando. Ele trabalhará de formas inesperadas para corrigir o que está errado.
c) Se a sua igreja tem um estilo de adoração tradicional, esteja sempre vigilante. Satanás usará pequenas concessões para plantar sementes que amadurecerão ao ponto de alterar o estilo de adoração para um mais contemporâneo. Como diz o provérbio popular: “dá um metro e eles tomaram uma milha”.
d) Certifique-se que o seu exemplo em gostos musicais e entretenimento é merecedor de ser seguido.
e) Não baixe as normas na esperança de atingir a juventude. Erga bem alto os padrões e dê à juventude algo que lutar por.
f) Ore por aqueles que não têm a visão espiritual para distinguir entre adoração verdadeira e falsa.
g) Fale com amor quando vir coisas que não estão em harmonia com os nossos princípios. Deus tomar-nos-á por responsáveis se nos mantivermos silenciosos num tempo de crise.
h) O Pr. Ted Wilson tem-nos encorajado a manter os nossos Pastores e líderes responsáveis por aquilo que ensinam e pregam. Segure-os sobre o fogo, e mantenha-os em bicos de pés.
i) Dê à juventude oportunidades para estudo Bíblico e serviço.
Em Seu serviço.
Pr. Stephen Bohr
Fonte - O Tempo Final
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