quinta-feira, 15 de setembro de 2011

"Doutrina Social da Igreja tornou-se mais atual do que nunca"

"O presidente do Tribunal de Contas disse hoje que a Doutrina Social da Igreja se tornou “mais atual do que nunca, falando no 27º Encontro da Pastoral Social, a realizar-se em Fátima, até quinta-feira.

Na sua intervenção, subordinada ao tema «Política, responsabilidade, participação, desenvolvimento», Guilherme d´Oliveira Martins frisou também que na sociedade contemporânea “assiste-se muito à indiferença” e apelou a uma “maior proximidade entre as pessoas”.

A sociedade “não pode limitar-se a uma lógica assistencialista” e deve encontrar mecanismos “ligados às políticas públicas que garantam uma melhor justiça distributiva”, realçou o conferencista.

Durante três dias, várias centenas de participantes refletem sobre «Desenvolvimento local, caridade global», uma iniciativa promovida pela Comissão Episcopal da Pastoral Social da Igreja Católica em Portugal.

O agravamento das desigualdades é notório e esta situação “obriga a que haja necessidade de conceber políticas públicas orientadas para a justiça distributiva, mas, simultaneamente, garantir que haja uma participação efetiva dos cidadãos através da subsidiariedade e da solidariedade voluntária”, disse Oliveira Martins.

Neste mundo de incertezas, a igreja tem responsabilidades sociaisque tem assumido” e a última encíclica de Bento XVI apela de “forma muito forte a que a crise financeira atual seja superada, não através do fundamentalismo do mercado, mas através de mecanismo efetivos de justiça e cidadania”, acrescentou.

Não basta ter bonitos discursos quando eles não correspondem à prática e à vida”, pediu Guilherme d´Oliveira Martins, antes de concluir: “Não podemos voltar aos erros de uma economia da ilusão e do imediato”."

Fonte: Agência Ecclesia (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final: esta posição de tão elevada figura do estado português vem reforçar a ideia que venho mantendo há algum tempo: tendo em vista a constante degradação da imagem, reputação e credibilidade dos habituais governantes, uma nova proposta de governação se levantará, assumindo-se como a justa solução social, económica e de valores: a Igreja romana.
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