Li no website Catholic News um interessante artigo fazendo uma pequena revista ao último ciclo de atividades (outubro 2011 – junho 2012) do papa Bento XVI . Não é muito longo, mas creio que faz uma boa resenha dos principais assuntos nos quais o Vaticano é interveniente e outros em que procurou manifestar a sua influência.
Coerentemente, faça-se-lhe justiça, o artigo menciona o caso conhecido como "VatiLeaks", o das fugas de informação que revelaram tensões internas, seguramente desconhecidas da maioria das pessoas. Mas, o conteúdo de alguns parágrafos de outro âmbito é que creio fazer sentido mencionar tendo em conta o âmbito deste espaço.
Reproduzo esses excertos de seguida. Coloco a negrito o que, claramente, se entende como relevante para aquilo que está para vir da ação de Roma. E coloco em itálico aquilo que me parece não corresponder à verdade.
“Se houve uma mensagem que a agenda e as declarações do Vaticano pareceram destinadas a transmitir este ano, foi que o mundo precisa da ajuda da Igreja Católica para resolver os seus mais urgentes problemas sociais e económicos.”
“Em cinco discursos feitos no período de seis meses aos bispos americanos na sua visita “ad limina” a Roma, o Papa Bento disse que a saúde e prosperidade da sociedade americana como um todo, exige o envolvimento dos seus cidadãos católicos,
em fidelidade para com os ensinamentos da igreja em assuntos
contenciosos, incluindo casamento, aborto, eutanásia, imigração e
educação.”
“Numa visita em Novembro ao país oeste-africano do Benin, o Papa disse que uma “igreja reconciliada dentro de si pode tornar-se um sinal profético de reconciliação na sociedade”, num continente frequentemente dividido por violentos conflitos étnicos e religiosos.”
“Não admitindo nenhum domínio de atividade humana como para além do âmbito da igreja,
o Vaticano mergulhou no campo altamente técnico de finanças
internacionais com um controverso documento culpando a crise económica
mundial com um “liberalismo que rejeita regras e controlo”, propondo regulação global da indústria financeira e do dinheiro circulante internacional.”
"O papa também insistiu que o compromisso da igreja para com a justiça social nunca deve ser separado de uma fé que transcende este mundo. Durante uma viagem ao México e Cuba em Março, o Papa disse que a “igreja não é um poder político, não é um partido”, e disse a uma multidão de mais de 600.000 pessoas numa missa ao ar livre que “estratégias humanas não bastarão para nos salvar” da guerra e injustiça.”
Fonte - O Tempo Final