terça-feira, 17 de julho de 2012

Momentos do Papa Bento XVI nos últimos meses de atividade

Li no website Catholic News um interessante artigo fazendo uma pequena revista ao último ciclo de atividades (outubro 2011 – junho 2012) do papa Bento XVI . Não é muito longo, mas creio que faz uma boa resenha dos principais assuntos nos quais o Vaticano é interveniente e outros em que procurou manifestar a sua influência.

Coerentemente, faça-se-lhe justiça, o artigo menciona o caso conhecido como "VatiLeaks", o das fugas de informação que revelaram tensões internas, seguramente desconhecidas da maioria das pessoas. Mas, o conteúdo de alguns parágrafos de outro âmbito é que creio fazer sentido mencionar tendo em conta o âmbito deste espaço.

Reproduzo esses excertos de seguida. Coloco a negrito o que, claramente, se entende como relevante para aquilo que está para vir da ação de Roma. E coloco em itálico aquilo que me parece não corresponder à verdade.

“Se houve uma mensagem que a agenda e as declarações do Vaticano pareceram destinadas a transmitir este ano, foi que o mundo precisa da ajuda da Igreja Católica para resolver os seus mais urgentes problemas sociais e económicos.”

“Em cinco discursos feitos no período de seis meses aos bispos americanos na sua visita “ad limina” a Roma, o Papa Bento disse que a saúde e prosperidade da sociedade americana como um todo, exige o envolvimento dos seus cidadãos católicos, em fidelidade para com os ensinamentos da igreja em assuntos contenciosos, incluindo casamento, aborto, eutanásia, imigração e educação.”

“Numa visita em Novembro ao país oeste-africano do Benin, o Papa disse que uma “igreja reconciliada dentro de si pode tornar-se um sinal profético de reconciliação na sociedade”, num continente frequentemente dividido por violentos conflitos étnicos e religiosos.”

Não admitindo nenhum domínio de atividade humana como para além do âmbito da igreja, o Vaticano mergulhou no campo altamente técnico de finanças internacionais com um controverso documento culpando a crise económica mundial com um “liberalismo que rejeita regras e controlo”, propondo regulação global da indústria financeira e do dinheiro circulante internacional.

"O papa também insistiu que o compromisso da igreja para com a justiça social nunca deve ser separado de uma fé que transcende este mundo. Durante uma viagem ao México e Cuba em Março, o Papa disse que a “igreja não é um poder político, não é um partido”, e disse a uma multidão de mais de 600.000 pessoas numa missa ao ar livre que “estratégias humanas não bastarão para nos salvar” da guerra e injustiça.”


Fonte - O Tempo Final
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