Papa Francisco se reuniu nesta quarta-feira com representantes de diferentes religiões e defendeu a sua “determinação em prosseguir o caminho do diálogo ecumênico”. A Aliança Evangélica Mundial (WEA na sigla original) explicou em um comunicado que “saúda o compromisso do novo Papa pela justiça e pela paz, especialmente pelos que são perseguidos por causa do Evangelho e os que vivem à margem da sociedade.”
Geoff Tunicliffe, secretário-geral da Aliança Evangélica Mundial, disse que vai orar pelo novo papa “que assume a liderança da Igreja Católica em uma época cheia de desafios, mas também um momento de grandes oportunidades para ver e ouvir novamente a obra de Deus nas comunidades cristãs ao redor do mundo”.
Aliança Evangélica Mundial também fez uma avaliação positiva da escolha. “Papa Francisco tem um forte compromisso com a evangelização e o anúncio de Jesus”.
Com base na convivência do pastor Norberto Saracco, que conhece Bergoglio desde Buenos Aires, o atual pontífice sempre “teve boas relações com os evangélicos, além de ser um homem de oração e um defensor da Sociedade Bíblica”.
Segundo a Aliança, “Reconhecendo que existem vários graus de diferença entre católicos e evangélicos em todo o mundo, temos esperança que nossas negociações frutíferas com a Igreja Católica irão continuar”, continua o comunicado.
“Vivemos em uma época de grandes desafios para todas as comunidades cristãs”, acrescenta Geoff Tunnicliffe. “Portanto, a necessidade de encontrar um terreno comum para diálogo e ação neste mundo são essenciais para as testemunhas fiéis de Jesus Cristo e do seu reino sobre a terra”.
Tunnicliffe espera se reunir em breve com Francisco “sabendo que apesar de nossas diferenças, podemos apoiar uns aos outros na oração… e que o Espírito Santo irá nos guiar e nos ajudar a discernir dentro de nossas comunidades distintas, que obras Deus têm preparado para nós.”.
Em sua recente reunião com os representantes das outras grandes religiões do mundo, incluindo o secretário-geral da Aliança, o papa disse que “a Igreja Católica está ciente da importância da promoção da amizade e respeito entre homens e mulheres de várias tradições religiosas”.
Bergoglio pediu para “transmitir a minha cordial saudação às Igrejas e comunidades cristãs que vocês representam aqui, e orem por mim para que eu possa ser um pastor segundo o coração de Cristo”.
“Eu vejo um desejo de crescermos com mútua cooperação para o bem comum da humanidade”. Francisco reafirmou a sua “determinação para seguir o caminho do diálogo ecumênico”. E disse ter ficado feliz pela presença de vários líderes cristãos em sua posse.
Bergoglio também elogiou a aproximação com a Igreja Ortodoxa. Para os judeus, disse que eles têm uma “ligação espiritual” com os cristãos. Ao abordar os representantes muçulmanos, o novo papa disse que eles “adoram o Deus único, vivo e misericordioso, e o invocam nas suas orações”. Francisco também disse estar preocupado com os não religiosos, agnósticos ou ateus: “Temos de estar perto de homens e mulheres que, mesmo não reconhecendo nenhuma tradição religiosa, estão perto da verdade, da bondade e da beleza, que são a verdade, a bondade e a beleza de Deus.”
Nota DDP: BXVI em todo seu pontificado não conseguiu respostas tão positivas. Chama atenção que estas tenham vindo em tão pouco tempo com o novo pontífice. Católicos, judeus, muçulmanos, ortodoxos, evangélicos e inclusive agnósticos e ateus são seu alvo. Observemos se o discurso continuará se afinando. Os temas favorecem.