sábado, 8 de agosto de 2015

A Besta do mar - Parte 3


Vamos destacar algumas dessas estratégias:

      1)    Dividir para conquistar: por trás dos bastidores Roma sempre procurou eliminar pessoas ou grupos que representassem oposição política ou religiosa aos seus interesses de supremacia. Na prática uma das formas de se alcançar esse propósito é provocar discórdia e conflito entre um grupo e outro dentro de uma nação, ou entre uma nação e outra, para que os dois lados se enfraqueçam ou até se destruam e Roma possa dominar. Uma década antes da 1ª Guerra Mundial, o pensador e escritor francês Guyot já alertava: "Se a guerra começar, ouçam vocês, homens que pensam que a Igreja Romana é o símbolo da ordem e da paz: Não procurem a culpa fora do Vaticano, pois ele será o provocador oculto, à semelhança da guerra de 1870". (Yves Guyot, Le Bilan Social et Politique de l’Église, p.139, 1901. Citado em A História Secreta dos Jesuítas, p. 172).

      2)   Agentes infiltrados: há várias ordens religiosas ou militares a serviço do Vaticano cujos integrantes fazem muito mais do que a aparente profissão que exercem, ou o trabalho social a que se propõem. Trabalham como agentes duplos, onde a lealdade ao Vaticano vale mais do que sua própria cidadania natural. Infiltram-se nos centros de poder da nação: mídia, política, economia, educação, sindicatos, justiça, inteligência etc. Só pra citar algumas dessas ordens: jesuítas, cavaleiros de Colombo, cavaleiros de Malta, Opus Dei. Essa estratégia tem funcionado inclusive nos EUA: “Com um vice-presidente católico, seis juízes católicos na Suprema Corte, um presidente da Câmara de Deputados católico, e um grande número de católicos no Congresso, a idade de ouro do catolicismo na política americana chegou”. (Time)

Como exemplo das duas estratégias já mencionadas, pode-se observar a história (não contada) do Titanic. Para destruir a América livre era necessário o surgimento de um Banco Central privado, que tirasse o poder de emitir dinheiro das mãos do governo americano que nos seus primórdios, de fato, era “do povo, pelo povo, para o povo”. Duas vezes os grandes banqueiros já haviam conseguido essa façanha nos EUA (1791-1811 e 1816-1836). No entanto, políticos corajosos e de visão, amparados pela opinião pública, reverteram o processo nas duas ocasiões retirando o poder de emitir dinheiro das mãos do cartel de bancos privado. Foi então, que, banqueiros e jesuítas (a serviço do Vaticano) estabeleceram um plano que visava o benefício de ambas as partes.

“Havia certo número de homens ricos e poderosos que declararam de forma resoluta que não favoreciam o Sistema de Reserva Federal [Banco Central]... e se oporiam às várias guerras que estavam sendo planejadas... Por isso, seus poderes e fortunas deveriam ser arrebatados de suas mãos. Tinham que ser destruídos por meios tão absurdos que ninguém suspeitasse que houvessem sido assassinados... O Titanic foi o veículo de sua destruição... Três dos mais ricos e poderosos destes foram Benjamin Guggenheim, Isador Strauss e John Jacob Astor, possivelmente o homem mais rico do mundo. Para proteger os jesuítas de qualquer suspeita, muitos irlandeses, franceses e católicos romanos da Itália imigraram para o Novo Mundo a bordo do barco... A construção do Titanic iniciou-se em 1909, em um estaleiro na capital do norte da Irlanda. Era um dos barcos da White Star Line, uma companhia de transporte marítimo internacional, de propriedade da família de banqueiros Morgan... Edward Smith, jesuíta laico, foi o capitão do navio. Havia navegado pelas águas do Atlântico Norte por vinte e seis anos... Nem todos os jesuítas são necessariamente sacerdotes. Aqueles que não são sacerdotes servem a Ordem através de sua profissão... Quando o Titanic partiu do sul da Inglaterra em 10 de abril de 1912, o maioral jesuíta Frances Browne embarcou nele. Esse homem era o jesuíta mais poderoso da Irlanda e respondia diretamente ao general jesuíta em Roma... Existem muitos pontos interessantes dessa história que foram apresentados no vídeo-documentário Os Segredos do Titanic, produzido pela National Geographic em 1986. O vídeo fala de um sacerdote em férias, Frances Browne, que tirou fotos ao vivo dos companheiros a bordo, a maioria deles de viagem para a eternidade [sic]. No dia seguinte [11 abril], o Titanic fez sua última parada na costa da Irlanda, onde vários imigrantes irlandeses embarcaram buscando estabelecer um novo lar na América. E ali desembarcou o sortudo [sic] sacerdote Browne”. (Bill Hughes, The Secret Terrorists, cap. 5).

“Aqui está a duplicidade dos jesuítas no seu melhor. O maioral embarcou no Titanic, fotografou as vítimas, seguramente lembrou ao capitão de seu juramento como jesuíta, e na manhã seguinte se despediu”. (Eric J. Phelps, Vatican Assassins, p. 427).

O restante da história você já conhece...

1912 – Naufrágio do Titanic.
1913 – Estabelecimento do Banco Central privado nos EUA (FED).
1914 – Início da 1ª Guerra Mundial.

3)   Nebulosidade semântica na forma de expor seus conceitos: o uso de palavras comuns ao mesmo tempo atribuindo-lhes diferentes significados. Por exemplo, a questão do Estado não confessional, onde a Igreja e o Estado deveriam estar separados. O Vaticano tolera esse conceito nos países do Ocidente, porém, usa de uma nebulosidade semântica para implantar um tipo de semi-confessionalidade, onde o Estado não é abertamente confessional, mas privilegia a religião majoritária. É um tipo de confessionalidade formal e substancial: “Pela primeira seria dever do Estado professar publicamente a 'verdadeira religião' (ou seja, a católica), mediante declarações de catolicismo oficial contidas em textos constitucionais ou concordatários, símbolos religiosos públicos, preces e honras a pessoas e ícones católicos como parte do cerimonial do Estado. Pela segunda, as estruturas políticas públicas deverão estar penetradas pela inspiração do Magistério papal”. (Em Defesa das Liberdades Laicas, p. 49-58)

“Faz parte de sua política assumir o caráter que melhor cumpra o seu propósito; mas sob a aparência variável do camaleão, oculta o invariável veneno da serpente”. EGW, O Grande Conflito, p. 571.

Por tudo isso, Roma papal está quase atingindo seu objetivo final: a restauração da supremacia religiosa e temporal sobre o mundo. Quão diferente a realidade atual daquela nos primórdios do cristianismo: “De Cristo, o verdadeiro fundamento, transferiu-se a fé para o papa de Roma. Em vez de confiar no Filho de Deus para o perdão dos pecados e para a salvação eterna, o povo olhava para o papa e para os sacerdotes e prelados a quem delegava autoridade. Era ensinado ao povo ser o papa seu mediador terrestre, e que ninguém poderia aproximar-se de Deus senão por seu intermédio; que ele ficava para eles em lugar de Deus e deveria, portanto, ser implicitamente obedecido”. (EGW, O Grande Conflito, p. 55). Jesus, porém, ensinava o contrário: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai [latim, papa]; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus”. (Mt 23:9).

A base da hierarquia da Igreja Romana está na sua doutrina da sucessão apostólica, segunda a qual Pedro foi o primeiro papa e sua autoridade eclesiástica foi sendo passada para cada novo bispo de Roma até nossos dias. Porém, a prova da sucessão apostólica é outra: “A descendência de Abraão demonstrava-se não por nome e linhagem, mas pela semelhança de caráter. Assim a sucessão apostólica não se baseia na transmissão de autoridade eclesiástica, mas nas relações espirituais. Uma vida influenciada pelo espírito dos apóstolos, a crença e ensino da verdade por eles ensinada, eis a verdadeira prova da sucessão apostólica”. (EGW, O Desejado de Todas as Nações, p. 467).

Se o bispo de Roma realmente é o sucessor de Pedro, por que não age como Pedro? Por exemplo, não aceitando homenagens de adoração (At 10:25 e 26). Nem tendo a pretensão de perdoar pecados (At 8:20-23).


Finalmente, João ainda viu outro poder protagonista antes da Volta de Cristo - a Besta da terra...
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