terça-feira, 11 de agosto de 2015

Mundo precisa investir na nova agenda de desenvolvimento sustentável, defende Amina Mohammed

É essencial que os países façam os investimentos necessários para a realização da nova agenda de desenvolvimento sustentável. A opinião é de Amina Mohammed, conselheira especial do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre o planejamento da agenda de desenvolvimento pós-2015.

Para Amina, pela "primeira vez", não se está "colocando um paliativo no problema", mas sim olhando para suas "raízes".

Segundo a especialista, a não ser que sejam feitos os investimentos a fim de olhar para essas causas, continuará a haver escalada de conflitos, danos ao meio ambiente e mais pessoas serão excluídas.

Em entrevista ao serviço de notícias da ONU, Amina destacou que os recursos necessários para o investimento nesta nova agenda já existem e que seria só uma questão de desbloqueá-los.

17 Objetivos

No dia 2 de agosto, os 193 Estados-membros da ONU concordaram em uma agenda ambiciosa que contém 17 novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Seu objetivo é acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar das pessoas e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente até 2030. O acordo conclui um processo de negociação que durou mais de dois anos e teve participação inédita da sociedade civil.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável serão formalmente adotados por líderes mundiais em uma cúpula especial em Nova York entre 25 e 27 de setembro. Eles sucedem os oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), que se encerram no fim de 2015.

Estilo de vida

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e as 169 metas contidas na nova agenda buscam enfrentam barreiras sistêmicas fundamentais ao desenvolvimento sustentável como desigualdade, padrões de consumo e produção insustentáveis, infraestrutura inadequada e falta de empregos decentes.

Para Amina Mohammed, a questão é sobre "comportamento, meios de subsistência e estilos de vida". Segundo a especialista, é ainda sobre como as pessoas consomem e produzem porque "claramente não se pode continuar a testar o planeta" da maneira que é feito.

A conselheira especial do secretário-geral sobre o planejamento da agenda de desenvolvimento pós-2015 afirmou ainda "haver uma coisa sobre este planeta maravilhoso", que chamou de "casa": ele pode existir sem as pessoas, mas as pessoas não podem existir sem ele.

Fonte - EcoD

Nota DDP: É de se notar que a linguagem é a mesma utilizada pelo Vaticano.
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