O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou nesta sexta-feira (29) que "as pessoas estão brincando com fogo" ao manter o impasse sobre a elevação do limite da dívida do governo dos Estados Unidos.
"Se nós tivermos um default da dívida (moratória), isso não será somente uma calamidade financeira, mas um constrangimento para cada americano", afirmou Zoellick no Congresso Mundial da Sociedade Internacional para o Desenvolvimento (SID).
Segundo ele, o banco está preparando planos de contingência para os potenciais efeitos que poderiam se propagar ao redor do mundo como resultado do default, mas mão deu mais detalhes sobre quais seriam as medidas.
O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador.
Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote - que seria o primeiro da história americana.
A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios.
A quatro dias do fim do prazo a partir do qual o país ficará sem dinheiro para honrar dívidas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, voltou a cobrar nesta sexta que republicanos e democratas cheguem a um acordo para resolver o impasse em torno da crise da dívida norte-americana.
Em pronunciamento que durou menos de dez minutos, Obama pediu que a população mantenha a "pressão sobre Washington" e disse que qualquer solução para o tema precisa ser conseguida pelos dois partidos.
Fonte - G1