sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que há por trás da conferência sobre lei dominical

Na segunda-feira, dia 20 de junho, a European Sunday Alliance (Aliança Europeia para o domingo - ESA) promoveu em Bruxelas, Bélgica, uma conferência sobre a proteção do domingo como jornada não laborável, sob o título “O valor agregado da sincronização do tempo livre”. A ESA é uma rede de alianças nacionais formadas por sindicatos, organizações da sociedade civil e comunidades religiosas, entre as quais também se encontram a Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) e a Conferência das Igrejas Europeias (KEK).

Entre os temas tratados estão a segurança dos trabalhadores, o equilíbrio entre trabalho e vida profissional com a vida familiar, e a importância do fim de semana para a vida comunitária. Os organizadores assinalam que “o encontro procura informar os responsáveis políticos europeus sobre a importância de um tempo de qualidade sincronizado não só no aspecto cultural dentro do patrimônio europeu, mas também como um importante fator de construção da Europa social: uma UE consciente das exigências de seus cidadãos”.

Notícia original em http://www.europeansundayalliance.eu/site/home

Nota Realidade em Foco:
Essa conferência, noticiada em alguns sites religiosos, faz parte de um conjunto de ações que já têm sido desenvolvidas no sentido de fortalecer o domingo como um dia especial em que o trabalho regular deve ser cessado. Não é a primeira e nem será a última movimentação nessa direção. Não apenas o Vaticano, mas entidades, inclusive sindicatos, possuem interesse em que o domingo seja visto como uma dia para o trabalhador estar com sua família. Mas, como se lê na reportagem traduzida e publicada no próprio site da Aliança Europeia do Domingo, o encontro teve, também, o objetivo de consolidar a construção de uma Europa social. É nítido que a União Europeia tem sofrido golpes fortes contra sua unidade nos últimos anos: economia, religião e organização política.

O próprio Vaticano, desde a época do papa João Paulo II, já demonstrava preocupação com o crescente secularismo e desinteresse religioso europeu. Essa ação vai justamente em oposição a essa tendência e tenta convocar várias representações da sociedade civil organizada para fortalecer o domingo em relação a questões comunitárias e familiares.

Por trás disso, falando biblicamente, vejo claramente um esforço conjunto, organizado e sistemático para substituir o domingo pelo sábado como dia de especial dedicação e adoração a Deus. Afinal de contas, valores familiares e comunitários são importantes para qualquer sociedade e são aprovados por Deus. E ao relacionar esses assuntos com o domingo, sutilmente esse grupo trata de pisar o sábado e elevar o papel do domingo.

No livro de Apocalipse, capítulo 13, o profeta João viu que um poder político e religioso, descrito como uma besta, seria responsável por impedir que os verdadeiros seguidores dos princípios divinos comprassem e vendessem em um boicote comercial. E essa proibição tem a ver com a questão do dia de guarda bíblica se associarmos ao capítulo 12 de Apocalipse onde está claro que o dragão, símbolo de Satanás, empreende uma luta contra aqueles que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus. E os mandamentos divinos, conforme Êxodo 20:8-11, envolvem a guarda do sábado e não do domingo. O dragão (Satanás) e as bestas de Apocalipse 13 (segundo o contexto histórico-profético, a primeira besta é o poder papal e a segunda os Estados Unidos) atuarão em conjunto de maneira harmoniosa para promover o domingo como um dia especial em substituição ao sábado bíblico.
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