quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Crise na Europa é de “gravidade excepcional”

O presidente francês, François Hollande, declarou [na] sexta-feira que seu dever é dizer a verdade e que a crise atual tem uma gravidade excepcional. “Meu dever é dizer a verdade aos franceses. Estamos diante de uma crise de uma gravidade excepcional, uma crise longa que dura mais de quatro anos e nenhuma potência econômica, nem as emergentes, está a salvo”, disse Hollande em um discurso em Chalons-en-Champagne. “O crescimento desacelera em todas as partes e os preços das matérias-primas, dos cereais, por razões tanto climáticas como especulativas, mas também o petróleo, aumentam.” [...] As declarações do presidente francês acontecem no mesmo dia em que o Escritório de Estatísticas da Europa divulgou que houve aumento do desemprego [que já chegou a 11,3%] e da inflação na zona do euro. [...] Em números absolutos, são 18 milhões de pessoas que ficaram desempregadas nos países que usam a moeda única. [...]

(Folha.com)

Nota Michelson Borges:
A revista Exame deste mês traz uma entrevista com um dos maiores investidores do mundo, Mohamed El-Erian. Segundo ele, Estados Unidos e Europa acumularam dívidas gigantescas e perderam a capacidade de estimular o crescimento interno. Ele diz também que há o risco de uma recessão global, caso a crise financeira europeia e o endividamento norte-americano se agravem, o que parece ser o caso. A entrevista termina com uma predição nada otimista do especialista em mundo financeiro: “Nada sinaliza que o cenário mudará tão cedo. Teremos anos difíceis pela frente.” “Anos difíceis” representam instabilidades políticas e agitação social, agravamento do desemprego e da fome, medo e insegurança com relação ao futuro, depressão e insatisfação popular com a incompetência gestora de seus líderes, muitos dos quais só se preocupam com interesses pessoais. Cadê o século 21 cheio de glórias previsto por certas pessoas no fim do século passado? A verdade é que o cenário atual – com tantas e tão intensas tragédias “naturais”, instabilidade social, fome e doenças – está mais de acordo com as tristes previsões bíblicas para os dias que antecedem a volta de Jesus. Até mesmo a desagregação europeia estava prevista mais de 700 anos antes de a Europa despontar na história (confira lá em Daniel capítulo 2). Uma coisa está ficando mais do que clara: o ser humano teve tempo para provar que é incapaz de administrar este mundo e precisa desesperadamente de ajuda externa, uma ajuda do Alto.
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