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(Folha.com)
Nota Michelson Borges: A revista Exame deste mês traz uma entrevista com um dos maiores investidores do mundo, Mohamed El-Erian. Segundo ele, Estados Unidos e Europa acumularam dívidas gigantescas e perderam a capacidade de estimular o crescimento interno. Ele diz também que há o risco de uma recessão global, caso a crise financeira europeia e o endividamento norte-americano se agravem, o que parece ser o caso. A entrevista termina com uma predição nada otimista do especialista em mundo financeiro: “Nada sinaliza que o cenário mudará tão cedo. Teremos anos difíceis pela frente.” “Anos difíceis” representam instabilidades políticas e agitação social, agravamento do desemprego e da fome, medo e insegurança com relação ao futuro, depressão e insatisfação popular com a incompetência gestora de seus líderes, muitos dos quais só se preocupam com interesses pessoais. Cadê o século 21 cheio de glórias previsto por certas pessoas no fim do século passado? A verdade é que o cenário atual – com tantas e tão intensas tragédias “naturais”, instabilidade social, fome e doenças – está mais de acordo com as tristes previsões bíblicas para os dias que antecedem a volta de Jesus. Até mesmo a desagregação europeia estava prevista mais de 700 anos antes de a Europa despontar na história (confira lá em Daniel capítulo 2). Uma coisa está ficando mais do que clara: o ser humano teve tempo para provar que é incapaz de administrar este mundo e precisa desesperadamente de ajuda externa, uma ajuda do Alto.