terça-feira, 5 de novembro de 2013

Grécia vai passar a ter comércio aberto ao domingo

Desde ontem, as lojas passaram a poder abrir ao domingo na Grécia, o que segundo o Governo irá estimular o consumo e a economia. Mas são muitos os que contestam a medida exigida pela troika de credores internacionais (FMI, Comissão Europeia e BCE).

Os comerciantes apenas são obrigados a manter os estabelecimentos abertos sete domingos por ano. Mas mesmo assim muitos opõem-se à medida, que consideram beneficiar apenas os grandes grupos econômicos.

“Isto acontece numa altura em que o comércio está em declínio. O governo está a forçar os empresários a abrir as lojas mais tempo e a gastar mais dinheiro. Favorecer as multinacionais é, para isso, que a medida serve”, afirma Thanos Vasilopoulos, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, OIYE, citado pelo Euronews.

Por sua vez os pequenos empresários queixam-se que não têm dinheiro para pagar por horas extraordinárias aos trabalhadores.

Mas os consumidores, apesar de solidários com os trabalhadores, reconhecem que a abertura do comércio ao domingo lhes facilita a vida.

“Pessoalmente agrada-me, mas para os trabalhadores é uma vergonha. Eu não gostava de estar atrás de um balcão num domingo. No entanto, para mim é conveniente porque trabalho durante a semana”, afirmou um dos inquiridos.

Fonte - Dinheiro Vivo

Nota DDP: A notícia parece um contra senso com a expectativa de uma futura lei de fechamento obrigatório do comércio, mas duas condições pelo menos chamam a atenção no evento: uma no sentido de que a controvérsia em torno do uso do domingo como uso de descanso parece instalada e crescente a cada dia, outra na direção da certeza do envolvimento dos vetores econômicos nesta questão.

Outro interessante ângulo deste evento em particular na Grécia é a participação dos sindicatos, como pode ser visto em "Domingo deixa de ser dia de descanso na Grécia". Destacamos:

As estruturas sindicais consideram que a medida beneficia os grandes grupos económicos.

“Isto acontece numa altura em que o comércio está em declínio. O governo está a forçar os empresários a abrir as lojas mais tempo e a gastar mais dinheiro. Favorecer as multinacionais é, para isso, que a medida serve”, afirma Thanos Vasilopoulos, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, OIYE.

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