O tema para esta assembleia era “Deus da vida, guia-nos à justiça e à paz”. Como sempre acontece, além das questões administrativas são tratados assuntos tidos como essenciais para o avanço e desenvolvimento da ação do CMI e dos seus membros.
No final do encontro foi elaborado um documento comum, intitulado “Mensagem”, que resume as conclusões da Assembleia. Este documento foi aprovado por todos, com apenas duas observações de discordância pelo uso de duas expressões no texto, sendo que o essencial mantém-se.
Não posso deixar de destacar três excertos deste documento que demonstram o sentimento de união e consenso existente entre as muitas denominações presentes.
“No amor de Jesus Cristo e pela misericórdia do Espírito santos nós, como uma comunhão dos filhos de Deus, avançamos juntos para o cumprimento do Reino.”
“Nós pretendemos avançar juntos.”
“Esta Assembleia chama-o para se juntar a nós nesta peregrinação.”
O CMI representa cerca de 500 milhões de membros, o maior corpo cristão fora da Igreja Católica, que são motivados nesta iniciativa ecuménica de junção, união e partilha de interesses comuns.
Por aqui vemos que, ao mais alto nível oficial, todo o cristianismo está com uma disposição clara para remover o que (ainda) os separa e concentrar-se no que os pode unir.
Quanto à Igreja Católica Romana, convém dizer que não é membro do CMI, mas o sítio oficial desta entidade faz questão de destacar que a igreja de Roma “participa ativamente no movimento ecuménico”. Acrescento eu que não apenas participa ativamente como é o seu principal interessado.
Posto isto, e sendo este caminho aprofundado, qual a dificuldade em, finalmente, todos os cristãos se juntarem a Roma ao abrigo das mesmas premissas de justiça, paz, união…? Fica óbvio que nenhuma.