A epidemia do vírus Ebola na África Ocidental já deixou pelo menos 90 mortos e no último domingo, 6, chegou a Gana e ao Mali.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), já foram confirmados 127 casos da doença, sendo que 90 resultaram em mortes. A cepa do vírus causador do surto tem uma taxa de letalidade de 90%.
O surto está espalhando o pânico entre moradores de regiões afetadas. Na Guiné, segundo informações da Reuters, uma multidão atacou um centro de tratamento de infectados. O local é suspeito de espalhar o vírus. Em algumas cidades do país, as pessoas evitam apertar as mãos.
O principal motivo do temor é o fato do ebola não ter cura, nem tratamentos eficazes. O atendimento aos infectados é focado no tratamento dos sintomas. Os pacientes devem permanecer em quarentena, e a morte pela doença ocorre após sofrimentos terríveis. Para evitar a contaminação, os familiares não podem ter contato com o infectado, ou com corpo do mesmo após a morte.
O padrão migratório da doença tem espantado agentes de saúde. Antes, os casos se concentravam em regiões remotas da Guiné, mas se espalharam rapidamente e chegaram à capital do país, Conacri.
A escassez de médicos na Guiné torna o cenário ainda pior. Segundo um relatório feito pela OMS e publicado pelo Banco Mundial, no país existe apenas um profissional para cada mil habitantes. A taxa é uma das menores do mundo, mais baixa que a do Afeganistão.
Fonte - Opinião e Notícia