São Paulo - Em meio à poluição atmosférica que assola a China, o país enfrenta outra crise ambiental silenciosa e, muitas vezes, invisível: a contaminação das águas subterrâneas. Quase 60% delas estão poluídas, segundo estudo estatal divulgado pela agência Xinhua.
O levantamento, feito pelo Ministério da Terra e Recursos da China, monitorou 4778 pontos de 203 cidades. A qualidade da água subterrânea foi classificada como "relativamente pobre" em 43,9% deles e "muito ruim" em outros 15,7%.
De acordo com as normas da China, água de qualidade relativamente pobre só pode ser usada para beber após o tratamento adequado. Já água de muito má qualidade não pode ser usada para consumo.
O nível de poluição das águas subterrâneas é particularmente preocupante na região norte, responsável por 30% da produção agrícola do país.
Um estudo encomendado pelo governo, em 2013, revelou que 70% da água subterrânea dessa região era imprópria até mesmo ao contato humano.
As origens dessa poluição são velhas conhecidas, com raízes em práticas que afetam tanto o campo como as cidades.
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que, apesar de ajudarem no crescimento rápido do cultivo, aumentando a oferta de alimentos, também deterioram o solo e poluem lençóis freáticos.
Um estudo publicado pela revista Nature mostrou que a poluição por nitrogênio aumentou 60% em 30 anos no país, uma ameaça para os ecossistemas e a saúde humana.
A indústria têxtil chinesa, com seus resíduos da produção (metais pesadas, tóxicos e substâncias cancerígenas) também é uma fonte significativa de poluição no país.
De acordo com o Relatório Estatístico Anual de 2010 sobre o Meio Ambiente na China, publicado pelo Ministério da Proteção Ambiental, a indústria têxtil do país gerou quase 2,5 bilhões de metros cúbicos de esgoto em 2010.
O problema é que nem todo esse esgoto vai parar no lugar certo.
Uma análise feita pela Ong Greenpeace nas cidades de Xintang e Gurao, que concentram boa parte das fábricas de jeans e roupa íntima, revelou altos níveis de metais na água, como cobre, cádmio e chumbo, em níveis até 128 vezes maiores dos limites considerados saudáveis.
Fonte - Exame
O levantamento, feito pelo Ministério da Terra e Recursos da China, monitorou 4778 pontos de 203 cidades. A qualidade da água subterrânea foi classificada como "relativamente pobre" em 43,9% deles e "muito ruim" em outros 15,7%.
De acordo com as normas da China, água de qualidade relativamente pobre só pode ser usada para beber após o tratamento adequado. Já água de muito má qualidade não pode ser usada para consumo.
O nível de poluição das águas subterrâneas é particularmente preocupante na região norte, responsável por 30% da produção agrícola do país.
Um estudo encomendado pelo governo, em 2013, revelou que 70% da água subterrânea dessa região era imprópria até mesmo ao contato humano.
As origens dessa poluição são velhas conhecidas, com raízes em práticas que afetam tanto o campo como as cidades.
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que, apesar de ajudarem no crescimento rápido do cultivo, aumentando a oferta de alimentos, também deterioram o solo e poluem lençóis freáticos.
Um estudo publicado pela revista Nature mostrou que a poluição por nitrogênio aumentou 60% em 30 anos no país, uma ameaça para os ecossistemas e a saúde humana.
A indústria têxtil chinesa, com seus resíduos da produção (metais pesadas, tóxicos e substâncias cancerígenas) também é uma fonte significativa de poluição no país.
De acordo com o Relatório Estatístico Anual de 2010 sobre o Meio Ambiente na China, publicado pelo Ministério da Proteção Ambiental, a indústria têxtil do país gerou quase 2,5 bilhões de metros cúbicos de esgoto em 2010.
O problema é que nem todo esse esgoto vai parar no lugar certo.
Uma análise feita pela Ong Greenpeace nas cidades de Xintang e Gurao, que concentram boa parte das fábricas de jeans e roupa íntima, revelou altos níveis de metais na água, como cobre, cádmio e chumbo, em níveis até 128 vezes maiores dos limites considerados saudáveis.
Fonte - Exame