Segundo o jornal chileno "El Mercurio", o sismo foi seguido de ao menos seis réplicas com intensidade de magnitude de até 5.3.
Segundo a Marinha chilena, o terremoto provocou um tsunami com ondas de até dois metros que atingiu algumas áreas no norte do país. Há alerta para mais ondas gigantes para toda a costa da América Latina no Pacífico. Segundo o ministério do Interior, o fenômeno não provocou vítimas ou danos significativos.
O sismo foi registrado às 20h46 (19h46 de Brasília) e teve seu epicentro no mar, a 85 km ao sudoeste de Cuya, próximo à cidade de Iquique, onde já foram registradas ao menos duas ondas com mais de dois metros e o aeroporto foi fechado. Esta é a cidade mais afetada pelo sismo no Chile.
O tremor também afetou as regiões chilenas de Arica e Antofagasta, fazendo soar as sirenes de alerta em diversas cidades do litoral norte.
Mas a ordem das autoridades é de evacuação de toda costa chilena. A informação é do CSN (Centro Sismológico Nacional) e também foi confirmada pelo Serviço Geológico dos EUA.
"Um terremoto deste tamanho tem potencial para gerar um tsunami destrutivo e que pode atingir o litoral mais próximo do epicentro em questão de minutos e as costas mais distantes em algumas horas", informou o Serviço Geológico americano.
Além do Chile, o Peru emitiu alerta de tsunami. Pelo Twitter, o presidente equatoriano, Rafael Correa, fez um alerta à população: "Todos na costa devem ficar atentos e preparados".
Cidades ficam às escuras; energia e comunicações são cortadas
Além de forte, o terremoto foi muito superficial, apenas 10 quilômetros abaixo do solo oceânico, o que teria feito com que fosse sentido com mais força. O sismo foi sentido também no Peru e na Bolívia. Em ambos os países edifícios chegaram a balançar por alguns segundos.
No Chile, sabe-se que várias das cidades estão às escuras, enquanto os analistas esperam "o trem de ondas" que costuma acontecer após um forte tremor como o desta noite com características de terremoto. Imagens da TV chilena mostraram a população abandonando as regiões costeiras, de forma ordenada, formando longas filas de automóveis.
No Peru, o terremoto abalou as regiões de Tacna, Arequipa e Moquegua, e com menor intensidade, a zona de Puno, segundo o Instituto Geofísica.
Nas regiões de Tacna, Arequipa e Moquegua o abalo interrompeu o fornecimento de energia e as comunicações, segundo a Defesa Civil, que não registrou vítimas ou danos materiais significativos.
Também foram cortadas as transmissões de rádio na área e algumas empresas telefônicas já trabalham para retomar o serviço.
Em 2010, um terremoto de magnitude 8,8 provocou um tsunami que causou grandes danos em várias cidades costeiras no centro-sul do Chile e matou centenas de pessoas.