Assim como o corpo humano precisa de energia para sobreviver, assim também a sociedade (corpo social) necessita de energia para manter seu crescimento. Os principais recursos energéticos para a sociedade moderna são o petróleo e o gás natural. E os maiores depósitos desses recursos estão localizados na Ásia, no Oriente Médio e norte da África. Logo, as potências mundiais (EUA, Rússia, China...) e demais Estados armam um verdadeiro jogo de xadrez geopolítico para garantir o acesso a esses recursos - não descartando até mesmo a guerra como última estratégia.
No entanto, há um fato que tem despertado a atenção de qualquer observador atento ao cenário mundial. Nos últimos anos, a Rússia e a China têm adotado estratégias geopolíticas mais agressivas, tentando diminuir sua dependência econômica dos EUA, e buscando aumentar seu poder no cenário mundial através de ações nas áreas mais importantes da geopolítica: recursos naturais, econômica, diplomática, militar e de comunicação. Em muitos casos, a Rússia e a China tem até mesmo trabalhado em conjunto (exercícios navais; parceria estratégica para defesa nacional).
Dentro da área econômica uma das estratégias fundamentais é o controle das rotas comerciais. Há dois projetos que podem influenciar a balança do poder no cenário mundial. O primeiro é a revitalização do Canal de Suez. O Egito, inaugurou recentemente o Novo Canal de Suez, obra que estava prevista para durar três anos e foi executada em apenas um ano. E em parceria com a China o Egito pretende construir novos portos e até uma cidade industrial.
O segundo projeto é a construção do Canal da Nicarágua, patrocinado por um empresário chinês e apoiado pelo governo russo que tem interesse em instalar ali uma futura base naval. As obras começaram em dezembro de 2014 e tem previsão de durar cinco anos. O propósito deste novo Canal é rivalizar com o Canal do Panamá que faz parte da geopolítica dos EUA.
Mas é na área militar que as estratégicas geopolíticas da China e da Rússia podem provocar maior impacto nas disputas pelo poder no cenário mundial. A China decidiu construir ilhas artificiais para instalação de bases militares no mar do sul da China, por onde passam diversas rotas comerciais, o que trouxe preocupação aos EUA. Além disso, a China convenceu o governo do pequeno mas estrategicamente importante país africano Djibouti, a romper o acordo com os EUA que possuem ali uma base militar, em troca de uma base militar chinesa.
No último dia 3 de setembro, a China promoveu um desfile comemorativo dos 70 anos da vitória da resistência chinesa à invasão japonesa na 2ª Guerra Mundial. Foi uma ocasião para demonstrar sua força militar. O presidente russo Vladimir Putin assistiu ao desfile ao lado do presidente chinês. No mês de maio, a Rússia também ostentou seu poder promovendo um desfile militar comemorativo dos 70 anos da vitória contra o nazismo.
Todos esses exemplos demonstram o objetivo atual da geopolítica da Rússia e da China. Segundo o Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, "a era do domínio político e econômico do Ocidente está chegando ao fim".
Como o apocalipse 13 revela os dois grandes poderes protagonistas no tempo do fim, a besta do mar (Vaticano) e a besta da terra (EUA), e depois deles não haverá mais nenhum império humano a dominar o mundo, pode-se concluir que algo muito grande deve acontecer em breve. Algo tão grande a ponto de unir todos os poderes que disputam o poder no mundo, ou a ponto de isolá-los para que a profecia se cumpra, ou ambas as coisas.
E algo grande, pode ser até mesmo a profecia de Daniel 11:40-45...
Quem viver verá...