Os grandes asteroides são uma ameaça cada vez maior para a Terra, por isso será preciso investir mais no estudo destes corpos celestes, que até agora não estavam no centro das investigações espaciais, afirmou o cientista Yuri Zaitsev, da Academia de Engenharia da Rússia, em uma entrevista à agência Interfax.
"Os asteroides nunca ocuparam um lugar central na astronomia nem nas investigações espaciais", disse Zaitsev. O cientista russo explicou que ocorre este baixo investimento pois se pensava que a probabilidade de um asteroide se chocar com a Terra era ínfima, portanto não fazia sentido gastar um volume muito grande de recursos para neutralizar uma ameaça tão improvável.
"Acho que, após o que ocorreu em Tchelyabinsk [Rússia], este enfoque será revisado. Se o corpo celeste tivesse explodido mais próximo da cidade, o desastre na usina nuclear de Chernobyl não nos pareceria tão grave", alertou Zaitsev.
O acadêmico se referia ao meteoro que, no último dia 15 de fevereiro, se desintegrou na atmosfera e provocou uma onda de choque nas imediações desta cidade russa, o que deixou mais de mil pessoas feridas, a maioria pela quebra de vidros e janelas.
Záitsev acrescentou que o perigo que representam os asteroides começou a ser considerado após a descoberta do Apophis, que, de acordo com os cálculos dos cientistas, passará a cerca de 40.000 quilômetros da Terra em 2029.
É nesta distância que se localizam as órbitas da maioria dos satélites de telecomunicações. "Não se descarta que a gravidade terrestre afete a trajetória do Apophis, por isso pode-se esperar que ele passe mais próximo da Terra em 2036 - e, inclusive, se choque com nosso planeta", acrescentou.
O cientista disse que as consequências da colisão serão muito mais graves que as do meteorito de Tunguska, que caiu na Sibéria em 1908 e destruiu milhões de árvores em uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados. No entanto, afirmou que o impacto "seguramente não teria caráter global".
Em sua opinião, para que o choque de um asteroide contra a Terra seja uma catástrofe mundial, o corpo celeste teria que ter em sua parte mais larga mais de um quilômetro. O Aponhis mede cerca de 325 metros.
O cientista lembrou que a superfície da Lua, Marte e Mercúrio está coberta de crateras deixadas por meteoros. Zaitsev acrescentou que Júpiter, por sua grande massa, recebe um grande número de asteroides, e que a atmosfera terrestre é uma boa defesa, mas só contra corpos relativamente pequenos.
"A Terra teve sorte com as rochas celestiais", disse Zaitsev. "Mas não há garantias de segurança", sustentou o cientista, para quem a Terra entrou em uma espécie de rastro de grandes corpos celestes.
O cientista explicou que na última década foram descobertos mais asteroides do que nos dois séculos anteriores, e que anualmente se detectam mais de mil novos corpos. "Os choques são inevitáveis. A pergunta é: quando ocorrerão?", concluiu.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Resgatando nossos valores
Comecemos a viver na Terra o estilo de vida do Céu
Vivemos em tempos difíceis! Isso já foi antecipado pela Bíblia (2Tm 3:1), mas é confirmado cada dia pelas notícias. Tenho observado essa realidade com preocupação e oração, analisando sua influência sobre a igreja e o que podemos fazer para minimizar ou eliminar seu efeito. Algumas perguntas surgem naturalmente: Fomos chamados para mudar o mundo ou para adaptar-nos a ele? Vamos permanecer leais à nossa missão como remanescentes ou devemos nos tornar mais condescendentes? Nos últimos dias, seremos mais semelhantes ao mundo ou diferentes dele?
Conhecemos as profecias e sabemos que nestes tempos, mais do que nunca, a Igreja precisa ser a voz de Deus e não o eco da cultura. Entendemos nosso papel como povo remanescente, com um estilo de vida distintivo nos dias finais da história. Mas por que alguns acabam cedendo à pressão para ser mais genéricos e menos adventistas? Por que fecham os olhos para a realidade e escolhem a zona de conforto? Dwight Moody costumava dizer que “a Bíblia não foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida”.
Para dispersar essas tensões, preocupações e até desatenções, a Igreja Adventista na América do Sul orou muito antes de elaborar, discutir, aprofundar e aprovar um documento que reforça a visão de nosso estilo de vida. Ele resgata a visão de um povo peculiar, escolhido diretamente por Deus e com uma missão especial para este momento da história. Seu conteúdo é fundamentado na Bíblia, com o apoio dos escritos inspirados de Ellen G. White, e segue a visão oficial da Igreja, publicada no Manual da Igreja e no livro Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia.
A proposta central é apresentar conceitos e princípios fundamentais, sem necessariamente tocar em detalhes de cada uma das questões envolvidas. Não é fácil elaborar um conteúdo tão profundo e ao mesmo tempo fazê-lo de forma compacta. Mas, depois de um longo período de oração, avaliação e discussão em diferentes fóruns da Igreja, o documento foi votado oficialmente pela Comissão Diretiva da Divisão Sul-Americana, em novembro de 2012. A aprovação envolveu a liderança da Igreja, pastores distritais e membros representando todas as nossas regiões administrativas (Uniões).
Ao apresentar esse tema à igreja, não temos como objetivo incentivar uma visão legalista, nem alimentar excessos ou mesmo criar um ambiente de acusações, mas promover reflexão e aprofundar o processo de santificação e discipulado, envolvendo cada membro. A pessoa que realmente entregou a vida a Jesus, anda em “novidade de vida” (Rm 6:1-11), é “nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Na verdade, “a conversão tira o cristão do mundo, mas a santificação precisa tirar o mundo do cristão” (John Wesley).
Não tenho a ilusão de que um documento, um voto ou um simples pedaço de papel tenha poder para transformar o comportamento das pessoas. Mas acredito que pode ser um grande ponto de partida para resgatar valores que venham do interior para o exterior.
Sem dúvida, tudo começa com a ação do Espírito Santo, mas ela não pode ficar restrita ao coração. Afinal, “cristianismo não tem que ver com o que você faz, mas com quem você conhece. Mas quem você conhece muda o que você faz” (Lee Venden). A conversão ocorre no interior, mas a confirmação precisa aparecer no exterior. Ellen White viu aqueles que “estavam no caminho largo, e, no entanto, professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que estavam em redor deles diziam: ‘Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos semelhantemente’” (Mensagens aos Jovens, p. 127).
Estamos preparando um povo para a vinda de Jesus, assim como fez João Batista. Isaías 40 e Malaquias 4 têm profecias específicas sobre essa missão. Portanto, João Batista é um modelo profético da Igreja Adventista. Observe como é grande a ênfase dada ao seu estilo de vida, especialmente em relação à comida, bebida e vestimenta (Mt 3:4; Mc 1:6; Lc 1:15). Isso mostra que o estilo de vida específico e ordenado por Deus é um aspecto importante no cumprimento da missão profética de quem prepara o caminho para a vinda do Senhor.
Temos agora uma grande oportunidade diante de nós. Foram impressas cerca de 500 mil cópias desse documento e cada família receberá um exemplar. A igreja está sendo convidada a separar um tempo especial para ler esse documento no dia 9 de março, quando cada congregação participará do movimento “10 Horas de Jejum e Oração”. Um vídeo foi preparado para ajudar na leitura geral e também uma versão resumida do documento foi produzida na linguagem dos adolescentes (Os materiais estão disponíveis na internet, em portaladventista.org e reavivamentoereforma.com ou em cada Associação/Missão). O objetivo de tudo isso é que o tema seja tratado dentro de um clima de consagração e intercessão, buscando conhecer melhor a vontade do Senhor e lembrando que “Deus não despede ninguém vazio, exceto aqueles que estão cheios de si mesmos” (Dwight Moody).
Esteja certo de que “o Céu pagará qualquer prejuízo que possamos sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o prejuízo de perdê-lo” (Richard Baxter). Por isso, “devemos nos desprender constantemente da Terra e apegar-nos ao Céu” (Ellen G. White, Perto do Céu [MM 2013], p. 16). Isso envolve começar a viver ainda na Terra o estilo de vida do Céu. Vamos resgatar juntos nossos valores!
ERTON KÖHLER é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a América do Sul.
Vivemos em tempos difíceis! Isso já foi antecipado pela Bíblia (2Tm 3:1), mas é confirmado cada dia pelas notícias. Tenho observado essa realidade com preocupação e oração, analisando sua influência sobre a igreja e o que podemos fazer para minimizar ou eliminar seu efeito. Algumas perguntas surgem naturalmente: Fomos chamados para mudar o mundo ou para adaptar-nos a ele? Vamos permanecer leais à nossa missão como remanescentes ou devemos nos tornar mais condescendentes? Nos últimos dias, seremos mais semelhantes ao mundo ou diferentes dele?
Conhecemos as profecias e sabemos que nestes tempos, mais do que nunca, a Igreja precisa ser a voz de Deus e não o eco da cultura. Entendemos nosso papel como povo remanescente, com um estilo de vida distintivo nos dias finais da história. Mas por que alguns acabam cedendo à pressão para ser mais genéricos e menos adventistas? Por que fecham os olhos para a realidade e escolhem a zona de conforto? Dwight Moody costumava dizer que “a Bíblia não foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida”.
Para dispersar essas tensões, preocupações e até desatenções, a Igreja Adventista na América do Sul orou muito antes de elaborar, discutir, aprofundar e aprovar um documento que reforça a visão de nosso estilo de vida. Ele resgata a visão de um povo peculiar, escolhido diretamente por Deus e com uma missão especial para este momento da história. Seu conteúdo é fundamentado na Bíblia, com o apoio dos escritos inspirados de Ellen G. White, e segue a visão oficial da Igreja, publicada no Manual da Igreja e no livro Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia.
A proposta central é apresentar conceitos e princípios fundamentais, sem necessariamente tocar em detalhes de cada uma das questões envolvidas. Não é fácil elaborar um conteúdo tão profundo e ao mesmo tempo fazê-lo de forma compacta. Mas, depois de um longo período de oração, avaliação e discussão em diferentes fóruns da Igreja, o documento foi votado oficialmente pela Comissão Diretiva da Divisão Sul-Americana, em novembro de 2012. A aprovação envolveu a liderança da Igreja, pastores distritais e membros representando todas as nossas regiões administrativas (Uniões).
Ao apresentar esse tema à igreja, não temos como objetivo incentivar uma visão legalista, nem alimentar excessos ou mesmo criar um ambiente de acusações, mas promover reflexão e aprofundar o processo de santificação e discipulado, envolvendo cada membro. A pessoa que realmente entregou a vida a Jesus, anda em “novidade de vida” (Rm 6:1-11), é “nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). Na verdade, “a conversão tira o cristão do mundo, mas a santificação precisa tirar o mundo do cristão” (John Wesley).
Não tenho a ilusão de que um documento, um voto ou um simples pedaço de papel tenha poder para transformar o comportamento das pessoas. Mas acredito que pode ser um grande ponto de partida para resgatar valores que venham do interior para o exterior.
Sem dúvida, tudo começa com a ação do Espírito Santo, mas ela não pode ficar restrita ao coração. Afinal, “cristianismo não tem que ver com o que você faz, mas com quem você conhece. Mas quem você conhece muda o que você faz” (Lee Venden). A conversão ocorre no interior, mas a confirmação precisa aparecer no exterior. Ellen White viu aqueles que “estavam no caminho largo, e, no entanto, professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que estavam em redor deles diziam: ‘Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos semelhantemente’” (Mensagens aos Jovens, p. 127).
Estamos preparando um povo para a vinda de Jesus, assim como fez João Batista. Isaías 40 e Malaquias 4 têm profecias específicas sobre essa missão. Portanto, João Batista é um modelo profético da Igreja Adventista. Observe como é grande a ênfase dada ao seu estilo de vida, especialmente em relação à comida, bebida e vestimenta (Mt 3:4; Mc 1:6; Lc 1:15). Isso mostra que o estilo de vida específico e ordenado por Deus é um aspecto importante no cumprimento da missão profética de quem prepara o caminho para a vinda do Senhor.
Temos agora uma grande oportunidade diante de nós. Foram impressas cerca de 500 mil cópias desse documento e cada família receberá um exemplar. A igreja está sendo convidada a separar um tempo especial para ler esse documento no dia 9 de março, quando cada congregação participará do movimento “10 Horas de Jejum e Oração”. Um vídeo foi preparado para ajudar na leitura geral e também uma versão resumida do documento foi produzida na linguagem dos adolescentes (Os materiais estão disponíveis na internet, em portaladventista.org e reavivamentoereforma.com ou em cada Associação/Missão). O objetivo de tudo isso é que o tema seja tratado dentro de um clima de consagração e intercessão, buscando conhecer melhor a vontade do Senhor e lembrando que “Deus não despede ninguém vazio, exceto aqueles que estão cheios de si mesmos” (Dwight Moody).
Esteja certo de que “o Céu pagará qualquer prejuízo que possamos sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o prejuízo de perdê-lo” (Richard Baxter). Por isso, “devemos nos desprender constantemente da Terra e apegar-nos ao Céu” (Ellen G. White, Perto do Céu [MM 2013], p. 16). Isso envolve começar a viver ainda na Terra o estilo de vida do Céu. Vamos resgatar juntos nossos valores!
ERTON KÖHLER é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para a América do Sul.
Terremoto de magnitude 6,9 sacode litoral de península russa
Rússia - Um terremoto de magnitude 6,9 na escala Richter sacudiu nesta quinta-feira a costa da península de Kamchakta, na Rússia, informou o serviço geodésico da Academia de Ciências do país. O terremoto foi sentido às 14h05 GMT (11h05 de Brasília), com epicentro a 259 quilômetros a sudoeste da capital da região, Petropavlovsk-Kamtchatka, disse a fonte à agência oficial "RIA Novosti".
A estação sismológica Petropavloskaya informou à agência russa "Interfax" sobre um terremoto de magnitude 6,4 a uma profundidade de 60 quilômetros perto do arquipélago das Curilas, no norte do Japão. Segundo essa fonte, na capital de Kamtchatka foi registrado um tremor de magnitude 5 que fez com que as portas batessem e caíssem alguns objetos das estantes, mas que não provocou grandes danos pessoais.
Além disso, a estação descartou a possibilidade de tsunami. Os serviços geológicos americanos também informaram sobre um movimento telúrico de magnitude 6,9 nas mesmas coordenadas a cerca de 52 quilômetros de profundidade. Por enquanto, não há informação oficial sobre possíveis vítimas ou danos.
A estação sismológica Petropavloskaya informou à agência russa "Interfax" sobre um terremoto de magnitude 6,4 a uma profundidade de 60 quilômetros perto do arquipélago das Curilas, no norte do Japão. Segundo essa fonte, na capital de Kamtchatka foi registrado um tremor de magnitude 5 que fez com que as portas batessem e caíssem alguns objetos das estantes, mas que não provocou grandes danos pessoais.
Além disso, a estação descartou a possibilidade de tsunami. Os serviços geológicos americanos também informaram sobre um movimento telúrico de magnitude 6,9 nas mesmas coordenadas a cerca de 52 quilômetros de profundidade. Por enquanto, não há informação oficial sobre possíveis vítimas ou danos.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Forte terremoto de 6.1 atinge Santiago del Estero, Argentina
De acordo com dados recebidos da Rede Sismográfica Global (Iris-GSN), um terremoto de 6.1 graus de magnitude foi registrado em Santiago del Estero, na Argentina, as 09h01, pelo horário brasileiro (22/02/2013). O forte tremor ocorreu a 585 quilômetros de profundidade, abaixo das coordenadas 27.99S e 63.19W, indicadas pelo mapa abaixo. Ainda não há informações sobre vítimas.
Apesar da forte magnitude, a grande profundidade em que ocorreu a ruptura favorece a dissipação da energia antes de chegar à superfície.
Um terremoto de 6.1 graus de magnitude libera a mesma energia que a detonação de 1 bomba atômica similar a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 21180 toneladas de TNT.
Fonte - Apollo 11
Apesar da forte magnitude, a grande profundidade em que ocorreu a ruptura favorece a dissipação da energia antes de chegar à superfície.
Um terremoto de 6.1 graus de magnitude libera a mesma energia que a detonação de 1 bomba atômica similar a que destruiu Hiroshima em 1945, ou a explosão de 21180 toneladas de TNT.
Fonte - Apollo 11
A grande renúncia - I
Estão todos a perguntar: que razões há que levaram Bento XVI a renunciar?
Este é o quarto papa que renuncia. Seiscentos anos se passaram desde a renúncia anterior. É um fato raro. O motivo tem que ser forte, e não seria a saúde e a idade do papa a única razão. Há causas que talvez nunca se saiba, mas elas existem. Algumas delas já estão vindo à tona, outras ainda são meras especulações, mas são possibilidades. Do Vaticano, com uma história de quase dois mil anos, muitos segredos e também muitos embates pelo poder, pode-se esperar fatos e articulações espantosas. Então não se pode condenar quem tente, especulando, entender as decisões que ocorrem nesse lugar misterioso. Afinal, do que se faz lá há forte influência sobre os habitantes do planeta. Logo, o assunto interessa, a todos.
Trataremos em uma série de pequenos comentários algo sobre os porquês da renúncia de Bento XVI. Também aqui não seremos completos no assunto. Mas à luz do contexto profético, podemos olhar mais longe que os jornalistas e outros críticos.
Em primeiro lugar, temos que avaliar o contexto político e econômico global. Entram em cena alguns países com seus interesses de poder e influência sobre o planeta.
Os Estados Unidos, desde seu descobrimento, se entendem tendo uma missão divinamente determinada sobre os países do mundo. Eles hoje se julgam como uma espécie de povo de DEUS para estes últimos tempos. São os responsáveis pela Nova Ordem Mundial, uma ordem favorável ao sistema de negócios americano. Cabe-lhes ser a nação reorganizadora do planeta. Seus líderes, e também o povo em geral, acreditam que DEUS os tenha escolhido para tornar este planeta um lugar de paz e segurança, de negócios segundo os princípios protestantes de liberdade e livre iniciativa. Para tanto, precisam ser a maior nação do mundo, a nação abençoada, e nenhuma outra poderá ameaçar sua liderança. Quem o fizer será combatido em nome de sua missão. Assim foi que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi combatida nos tempos da Guerra Fria, até ser desmantelada com a ajuda da Igreja Católica. Assim combateram no Vietnã, onde perderam a guerra. Assim combateram contra Saddam Hussein. Assim combatem ainda no Iraque, no Afeganistão. E ameaçam a Correia do Norte, o Irã, a Síria e outros países que discordam de sua política. Pois os americanos precisam ser a maior nação, para cumprir sua missão, que imaginam ter. Precisam de alianças estratégicas poderosas. Uma dessas alianças é a Igreja Católica, outra sedenta por retornar ao poder político.
Mas, os Estados Unidos enfrentam o crescimento de um gigante. É a China, que vem engolindo o poderio de nação após nação, tornando-se ano passado na segunda maior potência econômica. Isso assusta os americanos. E a China vem crescendo a uma velocidade que o mundo desenvolvido há tempos desconhece. Aliás, que nunca havia experimentado. E há outras nações assumindo a liderança no mundo. Entre outras estão a Índia, e o Brasil.
Por outro lado, a Igreja Católica, que deseja retornar ao poder, enfrenta o assustador crescimento do Islã, que já tem 100 milhões mais membros que os católicos, e o crescimento assustador dos evangélicos. Para piorar, as catedrais católicas, principalmente no Velho Mundo estão esvaziando. Padres é cada vez mais difícil encontrar quem deseja ser. Membros também. Muitos saem, poucos entram. Na Alemanha, país do papa, no máximo 20% dos fiéis assistem as missas.
Esses dois poderes gigantescos querem unir-se, para uma aliança de poder global. Há tremendos desafios que devem ser liderados pelo presidente americano e pelo papa. Os desafios são exatamente como esta palavra quer dizer: vem de países desejosos de assumir a liderança global, países em forte crescimento, países não simpáticos aos Estados Unidos, e de igrejas que estão crescendo fortemente, e que não são tão simpáticos à Igreja Católica. A China tem restrições aos Estados Unidos e a Igreja Católica. É por aí que inicia a questão do sofrimento do papa. Até aqui, em nossas análises, a pergunta é: o papa atual teria condições de participar de uma coalizão com os Estados Unidos para enfrentar esses desafios? E há outros, muitos outros.
Este é o quarto papa que renuncia. Seiscentos anos se passaram desde a renúncia anterior. É um fato raro. O motivo tem que ser forte, e não seria a saúde e a idade do papa a única razão. Há causas que talvez nunca se saiba, mas elas existem. Algumas delas já estão vindo à tona, outras ainda são meras especulações, mas são possibilidades. Do Vaticano, com uma história de quase dois mil anos, muitos segredos e também muitos embates pelo poder, pode-se esperar fatos e articulações espantosas. Então não se pode condenar quem tente, especulando, entender as decisões que ocorrem nesse lugar misterioso. Afinal, do que se faz lá há forte influência sobre os habitantes do planeta. Logo, o assunto interessa, a todos.
Trataremos em uma série de pequenos comentários algo sobre os porquês da renúncia de Bento XVI. Também aqui não seremos completos no assunto. Mas à luz do contexto profético, podemos olhar mais longe que os jornalistas e outros críticos.
Em primeiro lugar, temos que avaliar o contexto político e econômico global. Entram em cena alguns países com seus interesses de poder e influência sobre o planeta.
Os Estados Unidos, desde seu descobrimento, se entendem tendo uma missão divinamente determinada sobre os países do mundo. Eles hoje se julgam como uma espécie de povo de DEUS para estes últimos tempos. São os responsáveis pela Nova Ordem Mundial, uma ordem favorável ao sistema de negócios americano. Cabe-lhes ser a nação reorganizadora do planeta. Seus líderes, e também o povo em geral, acreditam que DEUS os tenha escolhido para tornar este planeta um lugar de paz e segurança, de negócios segundo os princípios protestantes de liberdade e livre iniciativa. Para tanto, precisam ser a maior nação do mundo, a nação abençoada, e nenhuma outra poderá ameaçar sua liderança. Quem o fizer será combatido em nome de sua missão. Assim foi que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi combatida nos tempos da Guerra Fria, até ser desmantelada com a ajuda da Igreja Católica. Assim combateram no Vietnã, onde perderam a guerra. Assim combateram contra Saddam Hussein. Assim combatem ainda no Iraque, no Afeganistão. E ameaçam a Correia do Norte, o Irã, a Síria e outros países que discordam de sua política. Pois os americanos precisam ser a maior nação, para cumprir sua missão, que imaginam ter. Precisam de alianças estratégicas poderosas. Uma dessas alianças é a Igreja Católica, outra sedenta por retornar ao poder político.
Mas, os Estados Unidos enfrentam o crescimento de um gigante. É a China, que vem engolindo o poderio de nação após nação, tornando-se ano passado na segunda maior potência econômica. Isso assusta os americanos. E a China vem crescendo a uma velocidade que o mundo desenvolvido há tempos desconhece. Aliás, que nunca havia experimentado. E há outras nações assumindo a liderança no mundo. Entre outras estão a Índia, e o Brasil.
Por outro lado, a Igreja Católica, que deseja retornar ao poder, enfrenta o assustador crescimento do Islã, que já tem 100 milhões mais membros que os católicos, e o crescimento assustador dos evangélicos. Para piorar, as catedrais católicas, principalmente no Velho Mundo estão esvaziando. Padres é cada vez mais difícil encontrar quem deseja ser. Membros também. Muitos saem, poucos entram. Na Alemanha, país do papa, no máximo 20% dos fiéis assistem as missas.
Esses dois poderes gigantescos querem unir-se, para uma aliança de poder global. Há tremendos desafios que devem ser liderados pelo presidente americano e pelo papa. Os desafios são exatamente como esta palavra quer dizer: vem de países desejosos de assumir a liderança global, países em forte crescimento, países não simpáticos aos Estados Unidos, e de igrejas que estão crescendo fortemente, e que não são tão simpáticos à Igreja Católica. A China tem restrições aos Estados Unidos e a Igreja Católica. É por aí que inicia a questão do sofrimento do papa. Até aqui, em nossas análises, a pergunta é: o papa atual teria condições de participar de uma coalizão com os Estados Unidos para enfrentar esses desafios? E há outros, muitos outros.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Físico comenta passagem de suposto meteoro por cidades do RJ
Segundo Marcelo de Oliveira, meteoro pode ter caído em Campos.
Pesquisadores já haviam feito alerta da possibilidade de meteoros no Brasil.
Após relatos de moradores de várias cidades do interior do Rio, o Clube da Astronomia de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, comentou a passagem de um meteoro pelo céu da cidade na manhã desta quarta-feira (20). Segundo o professor e astrônomo Marcelo de Oliveira, do Clube da Astronomia de Campos, as chances de fragmentos do meteoro terem caído em Campos seriam grandes. O fenômeno também foi visto no estado do Espírito Santo.
“Nós temos registros de 11h e 11h40, mas como o sol estava muito forte as imagens não são boas. Ainda estou checando para saber o que temos, mas o certo é que é, sim, um rastro de meteoro no céu da nossa cidade. Ele ficou visível por alguns segundos”, disse o professor.
Ainda segundo Marcelo de Oliveira, um grupo de pesquisadores internacionais, do qual ele é integrante, já havia feito um alerta sobre a possibilidade de rastros no céu após a queda de um meteorito na Rússia. Segundo ele, o mesmo grupo registrou imagens de objetos nos céus de outros países. Agora, o objetivo é identificar e localizar o meteoro.
“Nós ainda não sabemos se foi o mesmo meteoro que passou no Espírito Santo e na Região dos Lagos. Pode ser um grande meteoro ou mais de um com pequenas dimensões.Vamos começar a investigar e ouvir relatos de pessoas para identificar o local exato. Isso é algo muito raro de acontecer, sabemos que alguma coisa de incomum está acontecendo mas ainda não sabemos o que é", disse o astrônomo.
Por causa do alarde do fenômeno visto hoje, o Clube de Astronomia divulgou as imagens da passagem de um outro meteoro, registrado pelos equipamentos do clube, no último dia 15 de fevereiro. As imagens do meteoro desta quarta-feira (20) ainda estão sob análise.
Fonte - G1
Nota DDP: Correm na internet outros relatos semelhantes. É de se observar apenas as palavras do astrônomo: "alguma coisa de incomum está acontecendo, mas ainda não sabemos o que é". Nós também não. Aguardemos.
Pesquisadores já haviam feito alerta da possibilidade de meteoros no Brasil.
Após relatos de moradores de várias cidades do interior do Rio, o Clube da Astronomia de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, comentou a passagem de um meteoro pelo céu da cidade na manhã desta quarta-feira (20). Segundo o professor e astrônomo Marcelo de Oliveira, do Clube da Astronomia de Campos, as chances de fragmentos do meteoro terem caído em Campos seriam grandes. O fenômeno também foi visto no estado do Espírito Santo.
“Nós temos registros de 11h e 11h40, mas como o sol estava muito forte as imagens não são boas. Ainda estou checando para saber o que temos, mas o certo é que é, sim, um rastro de meteoro no céu da nossa cidade. Ele ficou visível por alguns segundos”, disse o professor.
Ainda segundo Marcelo de Oliveira, um grupo de pesquisadores internacionais, do qual ele é integrante, já havia feito um alerta sobre a possibilidade de rastros no céu após a queda de um meteorito na Rússia. Segundo ele, o mesmo grupo registrou imagens de objetos nos céus de outros países. Agora, o objetivo é identificar e localizar o meteoro.
“Nós ainda não sabemos se foi o mesmo meteoro que passou no Espírito Santo e na Região dos Lagos. Pode ser um grande meteoro ou mais de um com pequenas dimensões.Vamos começar a investigar e ouvir relatos de pessoas para identificar o local exato. Isso é algo muito raro de acontecer, sabemos que alguma coisa de incomum está acontecendo mas ainda não sabemos o que é", disse o astrônomo.
Por causa do alarde do fenômeno visto hoje, o Clube de Astronomia divulgou as imagens da passagem de um outro meteoro, registrado pelos equipamentos do clube, no último dia 15 de fevereiro. As imagens do meteoro desta quarta-feira (20) ainda estão sob análise.
Fonte - G1
Nota DDP: Correm na internet outros relatos semelhantes. É de se observar apenas as palavras do astrônomo: "alguma coisa de incomum está acontecendo, mas ainda não sabemos o que é". Nós também não. Aguardemos.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Forte terremoto atinge a região da Nova Zelândia
Um forte terremoto de magnitude 6,1 atingiu a região da Nova Zelândia nesta segunda-feira (18), segundo o Centro de Pesquisas Geológicas dos EUA.
O tremor ocorreu a uma profundidade de 34,1 quilômetros e a 111 quilômetros a nordeste de Esperance Rock, na Nova Zelândia.
Não há relatos sobre danos ou vítimas nem alerta de tsunami.
O tremor ocorreu a uma profundidade de 34,1 quilômetros e a 111 quilômetros a nordeste de Esperance Rock, na Nova Zelândia.
Não há relatos sobre danos ou vítimas nem alerta de tsunami.
Fonte - G1
Nota DDP: Ver também "Terremoto de magnitude 4,8 sacode centro da Itália e assusta moradores de Roma".
Nota DDP: Ver também "Terremoto de magnitude 4,8 sacode centro da Itália e assusta moradores de Roma".
Coreia do Norte ameaça 'destruição final' da Coreia do Sul
A Coreia do Norte fez uma nova ameaça contra a Coreia do Sul durante um debate na Conferência de Desarmamento da ONU, nesta terça-feira, alertando que pode tomar "segundo e terceiro passos" após ter realizado um teste nuclear na semana passada. "O comportamento errático da Coreia do Sul vai apenas anunciar a sua destruição final", disse o diplomata norte-coreano Jon Yong Ryong durante o encontro.
Na segunda-feira, a União Europeia concordou em intensificar as sanções contra a Coreia do Norte, a fim de restringir a capacidade do país para o comércio, após o teste nuclear da semana passada. "Esta é a resposta a um programa nuclear que coloca em risco não só a região, mas todo o sistema de segurança do mundo", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle.
Na segunda-feira, a União Europeia concordou em intensificar as sanções contra a Coreia do Norte, a fim de restringir a capacidade do país para o comércio, após o teste nuclear da semana passada. "Esta é a resposta a um programa nuclear que coloca em risco não só a região, mas todo o sistema de segurança do mundo", disse o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle.
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Obama adota táticas antiterror de Bush
WASHINGTON - Se o presidente Obama tiver assistido ao recente debate no Capitólio sobre terrorismo, Poder Executivo, sigilo e processo legal, talvez ele tenha reconhecido os argumentos apresentados por seus críticos -afinal, ele próprio apresentou alguns deles no passado.
Quatro anos depois do início de sua Presidência, o antigo crítico de George W. Bush está sendo descrito como um novo Bush, justificando o uso da força bruta em defesa da nação, enquanto seus detratores alegam que ele sacrificou os valores fundamentais do país em nome da segurança.
Quatro anos depois do início de sua Presidência, o antigo crítico de George W. Bush está sendo descrito como um novo Bush, justificando o uso da força bruta em defesa da nação, enquanto seus detratores alegam que ele sacrificou os valores fundamentais do país em nome da segurança.
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Novo vírus letal está adaptado para infectar humanos
Um novo vírus que surgiu em 2012 no Oriente Médio e já matou cinco pessoas está bem adaptado para infectar os humanos, mas possivelmente poderá ser tratado com medicações que reforçam o sistema imunológico, disseram cientistas nesta terça-feira (29).
O novo vírus, chamado novo coronavírus, ou NcoV, é da mesma família do resfriado comum e da Sars (síndrome respiratória aguda grave). Já houve 12 casos confirmados no mundo --incluindo na Arábia Saudita, Jordânia e Barein--, e cinco pacientes morreram.
Em um dos primeiros estudos publicados sobre o NcoV, que era desconhecido dos humanos até setembro passado, pesquisadores disseram que ele consegue, com a mesma facilidade do resfriado comum, entrar no revestimento pulmonar e escapar ao ataque do sistema imunológico.
Ele então "cresce muito eficientemente" nas células humanas, e isso sugere que o vírus está bem equipado para contaminar humanos, segundo Volker Thiel, do Instituto de Imunobiologia do Hospital Cantonal, da Suíça, que comandou o estudo.
Os coronavírus são uma família de vírus que inclui o resfriado comum e a Sars -- doença que surgiu em 2002 na China e que matou cerca de um décimo das 8.000 pessoas contaminadas no mundo todo.
Os sintomas do NcoV e da Sars incluem doença respiratória severa, febre, tosse e dificuldades respiratórias. Dos 12 casos confirmados até agora, quatro foram na Grã-Bretanha, um na Alemanha, dois na Jordânia e cinco na Arábia Saudita.
Os cientistas sugerem que o vírus tenha vindo de animais, e especialistas britânicos disseram que análises científicas preliminares sugerem um parentesco com os coronavírus de morcegos.
Tampouco se sabe a real prevalência do vírus -- é possível que, além dos 12 casos graves que foram diagnosticados, haja pessoas com sintomas mais brandos.
"Não sabemos se os casos (até agora) são a ponta do iceberg, ou se há muito mais gente infectada sem mostrar sintomas severos", disse Thiel, que trabalhou com uma equipe de cientistas da Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca. "Não temos casos suficientes para formarmos um quadro completo da variedade dos sintomas."
Thiel disse que, embora o vírus possa ter saltado de animais para humanos muito recentemente, sua pesquisa mostrou que ele está tão bem adaptado quanto os vírus de resfriados e da Sars para infectar o trato respiratório humano.
O estudo, publicado na mBio, periódico digital da Sociedade Americana de Microbiologia, indicou também que o NcoV está suscetível a tratamento com interferons, remédios que reforçam o sistema imunológico e que também são usados com sucesso para o tratamento de outras doenças virais, como a hepatite C.
Fonte - UOL
O novo vírus, chamado novo coronavírus, ou NcoV, é da mesma família do resfriado comum e da Sars (síndrome respiratória aguda grave). Já houve 12 casos confirmados no mundo --incluindo na Arábia Saudita, Jordânia e Barein--, e cinco pacientes morreram.
Em um dos primeiros estudos publicados sobre o NcoV, que era desconhecido dos humanos até setembro passado, pesquisadores disseram que ele consegue, com a mesma facilidade do resfriado comum, entrar no revestimento pulmonar e escapar ao ataque do sistema imunológico.
Ele então "cresce muito eficientemente" nas células humanas, e isso sugere que o vírus está bem equipado para contaminar humanos, segundo Volker Thiel, do Instituto de Imunobiologia do Hospital Cantonal, da Suíça, que comandou o estudo.
Os coronavírus são uma família de vírus que inclui o resfriado comum e a Sars -- doença que surgiu em 2002 na China e que matou cerca de um décimo das 8.000 pessoas contaminadas no mundo todo.
Os sintomas do NcoV e da Sars incluem doença respiratória severa, febre, tosse e dificuldades respiratórias. Dos 12 casos confirmados até agora, quatro foram na Grã-Bretanha, um na Alemanha, dois na Jordânia e cinco na Arábia Saudita.
Os cientistas sugerem que o vírus tenha vindo de animais, e especialistas britânicos disseram que análises científicas preliminares sugerem um parentesco com os coronavírus de morcegos.
Tampouco se sabe a real prevalência do vírus -- é possível que, além dos 12 casos graves que foram diagnosticados, haja pessoas com sintomas mais brandos.
"Não sabemos se os casos (até agora) são a ponta do iceberg, ou se há muito mais gente infectada sem mostrar sintomas severos", disse Thiel, que trabalhou com uma equipe de cientistas da Holanda, Suíça, Alemanha e Dinamarca. "Não temos casos suficientes para formarmos um quadro completo da variedade dos sintomas."
Thiel disse que, embora o vírus possa ter saltado de animais para humanos muito recentemente, sua pesquisa mostrou que ele está tão bem adaptado quanto os vírus de resfriados e da Sars para infectar o trato respiratório humano.
O estudo, publicado na mBio, periódico digital da Sociedade Americana de Microbiologia, indicou também que o NcoV está suscetível a tratamento com interferons, remédios que reforçam o sistema imunológico e que também são usados com sucesso para o tratamento de outras doenças virais, como a hepatite C.
Fonte - UOL
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Bento XVI resignou; e depois...?
O mundo religioso, e não só, não comentava outra coisa durante a semana passada: a resignação de BentoXVI ao ofício de líder da Igreja Católica Apostólica Romana. O casonão era para menos: a última vez que um Papa foi substituído antes de falecer foi à cerca de sete séculos!
Somos, por isso, privilegiados por assistir ao um importante pedaço de História. E não apenas por esta razão, devemos estar atentos para ver o que daqui surgirá, os dados que vão ser lançados e, em última análise, quem será apontado como novo Papa.
Entre os meios Adventistas há sempre alguma movimentação quando uma notícia mais relevante surge a partir do Vaticano – e não serão muitas as mais relevantes do que esta! Fruto da nossa essência profética retirada da Sagrada Escritura, no âmbito do qual o catolicismo romano desempenha papel de extrema importância, é natural que assim seja (aliás, o que me espanta é a desconsideração, leviandade e alguma transigência com que alguns de nós assistem aos movimentos de Roma…).
Alguns, exageradamente, logo buscam e rebuscam nas Escrituras alguma indicação específica que surja como oportuna para explicar e provar aquilo que por vezes não passa de um ato isolado. Outros, tristemente, nem fazem ideia do impacto que a liderança romana tem e terá nas cenas finais da História terrestre.
Assim, logo surgiram comentários e análises à resignação de Bento XVI, das que pude lermuitas a propósito, outras sem nexo algum e remexendo em argumentos já batidos e rebatidos até à exaustão.
Como (ainda) estamos numa sociedade (razoavelmente) livre, onde podemos expressar a nossa opinião sem (demasiadas) represálias, quero acrescentar a minha achega ao assunto, que representa, apenas e só, a minha visão pessoal: Bento XVI resignou; e depois…?
Dirão alguns que agora é que surgirá o Papa que, finalmente, dirigirá o romanismo àrecuperação definitiva da ferida mortal, e o restaurará à dominação mundial que durante tanto tempo teve.
Pode até ser. Mas, penso que o mais importante é estar totalmente seguro de que isso se irá concretizar, sem dúvida, seja com o sucessor de Bento XVI ou com qualquer um dos outros que (eventualmente) vier a seguir.
Seja quem for a mão humana, o relevante é estar certo daquilo que sucederá – e a Bíblia Sagrada não deixa margem para qualquer dúvida: Roma assumirá o controlo da governação mundial, usando de outra força política para impor as suas “leis”. E isto tanto poderá ser com o sucessor de Bento XVI ou com que (possivelmente) vier depois…
Depois de sabermos quem será o novo Papa, e ao perceber-lhe as intenções e linha orientadora, poderemos definir melhor o que poderá acontecer. Porque, na iminência, isso há muito que já está definido…
Somos, por isso, privilegiados por assistir ao um importante pedaço de História. E não apenas por esta razão, devemos estar atentos para ver o que daqui surgirá, os dados que vão ser lançados e, em última análise, quem será apontado como novo Papa.
Entre os meios Adventistas há sempre alguma movimentação quando uma notícia mais relevante surge a partir do Vaticano – e não serão muitas as mais relevantes do que esta! Fruto da nossa essência profética retirada da Sagrada Escritura, no âmbito do qual o catolicismo romano desempenha papel de extrema importância, é natural que assim seja (aliás, o que me espanta é a desconsideração, leviandade e alguma transigência com que alguns de nós assistem aos movimentos de Roma…).
Alguns, exageradamente, logo buscam e rebuscam nas Escrituras alguma indicação específica que surja como oportuna para explicar e provar aquilo que por vezes não passa de um ato isolado. Outros, tristemente, nem fazem ideia do impacto que a liderança romana tem e terá nas cenas finais da História terrestre.
Assim, logo surgiram comentários e análises à resignação de Bento XVI, das que pude lermuitas a propósito, outras sem nexo algum e remexendo em argumentos já batidos e rebatidos até à exaustão.
Como (ainda) estamos numa sociedade (razoavelmente) livre, onde podemos expressar a nossa opinião sem (demasiadas) represálias, quero acrescentar a minha achega ao assunto, que representa, apenas e só, a minha visão pessoal: Bento XVI resignou; e depois…?
Dirão alguns que agora é que surgirá o Papa que, finalmente, dirigirá o romanismo àrecuperação definitiva da ferida mortal, e o restaurará à dominação mundial que durante tanto tempo teve.
Pode até ser. Mas, penso que o mais importante é estar totalmente seguro de que isso se irá concretizar, sem dúvida, seja com o sucessor de Bento XVI ou com qualquer um dos outros que (eventualmente) vier a seguir.
Seja quem for a mão humana, o relevante é estar certo daquilo que sucederá – e a Bíblia Sagrada não deixa margem para qualquer dúvida: Roma assumirá o controlo da governação mundial, usando de outra força política para impor as suas “leis”. E isto tanto poderá ser com o sucessor de Bento XVI ou com que (possivelmente) vier depois…
Depois de sabermos quem será o novo Papa, e ao perceber-lhe as intenções e linha orientadora, poderemos definir melhor o que poderá acontecer. Porque, na iminência, isso há muito que já está definido…
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Terremotos de magnitude 6,2 e 6,3 atingem Filipinas e Nova Zelândia ao mesmo tempo
Um terremoto de 6,2 graus na escala Richter sacudiu neste sábado (16) a ilha de Mindanao, no sul das Filipinas. Praticamente ao mesmo tempo, um terremoto de 6,3 graus atingia o norte da Nova Zelândia, a cerca de 8.000 km da ilha asiática. Em ambos os casos, as autoridades não informaram sobre vítimas ou a possibilidade de formação de um tsunami.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que registra a atividade sísmica no mundo todo, localizou o hipocentro do sismo filipino a 99,2 quilômetros de profundidade e a 83 quilômetros da cidade de General Santos.
Já o serviço geológico neozelandês localizou o hipocentro do tremor a 294 quilômetros de profundidade no Oceano Pacífico e 195 quilômetros ao norte da cidade de Te Araroa, na Ilha do Norte neozelandesa e a 500 km da maior cidade do país, Auckland. No último terremoto de grandes proporções no país, em fevereiro de 2011, 185 pessoas morreram depois que um sismo de 6,3 graus sacudiu a cidade de Christchurch, no sul, e danificou 30 mil construções.
Círculo de Fogo
Filipinas e Nova Zelândia fazem parte do círculo de fogo do Pacífico, uma extensa linha nas bordas do oceano Pacífico formada por zonas de encontro de placas tectônicas muito ativas, que registram constantemente atividade sísmica. Na Nova Zelândia acontecem cerca de 14 mil terremotos a cada ano, dos quais entre 100 e 150 têm intensidade suficiente para serem percebidos.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos, que registra a atividade sísmica no mundo todo, localizou o hipocentro do sismo filipino a 99,2 quilômetros de profundidade e a 83 quilômetros da cidade de General Santos.
Já o serviço geológico neozelandês localizou o hipocentro do tremor a 294 quilômetros de profundidade no Oceano Pacífico e 195 quilômetros ao norte da cidade de Te Araroa, na Ilha do Norte neozelandesa e a 500 km da maior cidade do país, Auckland. No último terremoto de grandes proporções no país, em fevereiro de 2011, 185 pessoas morreram depois que um sismo de 6,3 graus sacudiu a cidade de Christchurch, no sul, e danificou 30 mil construções.
Círculo de Fogo
Filipinas e Nova Zelândia fazem parte do círculo de fogo do Pacífico, uma extensa linha nas bordas do oceano Pacífico formada por zonas de encontro de placas tectônicas muito ativas, que registram constantemente atividade sísmica. Na Nova Zelândia acontecem cerca de 14 mil terremotos a cada ano, dos quais entre 100 e 150 têm intensidade suficiente para serem percebidos.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Papa sublinha importância de manter diálogo entre religiões
Cidade do Vaticano, 14 fev 2013 (Ecclesia) – Bento XVI defendeu hoje a importância do diálogo inter-religioso num dos últimos encontros do pontificado, com padres da Diocese de Roma.
“É necessário e possível entrar em diálogo e assim abrir todos à paz de Deus”, disse o Papa, que esta segunda-feira apresentou a renúncia ao pontificado.
A intervenção deixou claro que para os católicos “seria impossível pensar que as religiões são todas variações de um tema”.
“Há uma realidade do Deus vivo que falou, que é um Deus incarnado, uma Palavra de Deus que é realmente Palavra de Deus”, mas “há experiência religiosa, com uma certa luz humana da criação”, precisou o Papa alemão.
Bento XVI evocou a sua experiência no Concílio Vaticano II (1962-1965), no qual participou como consultor do arcebispo de Colónia (Alemanha), cardeal Josef Frings, antes de ser nomeado perito teológico, em particular no que disse respeito à redação do documento Nostra Aetate”, sobre as religiões não-cristãs.
Bento XVI revelou que a declaração era “inicialmente pensada” apenas para o judaísmo, mas viria a resultar num “texto sobre o diálogo inter-religioso”.
A intervenção improvisada viria a passar em revista os principais temas e documentos conciliares, com destaque para a relação da Igreja com a sociedade contemporânea, chamando os católicos à “responsabilidade pela construção deste mundo”.
O Papa falou em particular da tríade “liberdade religiosa, progresso e relação com as outras religiões” e elogiou a “experiência da universalidade da Igreja” que foi promovida pelos trabalhos da última reunião mundial de bispos.
O discurso abordou ainda as questões ligadas à Liturgia, que era uma realidade quase “fechada” e passou a promover a “participação ativa” dos fiéis, embora esta tenha disso “mal entendida” nalguns casos.
“Quem pode dizer que percebe imediatamente apenas porque [os textos] estão na sua própria língua?”, questionou, ao exemplificar a convicção de que “inteligibilidade não quer dizer banalidade”, exigindo uma “formação permanente” dos católicos.
Bento XVI lamentou que o domingo se tenha “transformado em fim de semana”, em vez de ser visto como “o início, o primeiro dia”.
O Papa falou também sobre a reflexão efetuada em relação à Bíblia, sublinhando a “necessidade” da Igreja para que esta palavra seja “viva”, antes de observar que “a exegese tende a ler a Escritura fora da Igreja”.
“A Bíblia é a Palavra de Deus e a Igreja está sob a Escritura, obedece-lhe, não está acima dela”, sustentou.
O Papa alemão, eleito em abril de 2005, vai concluir o seu pontificado a 28 de fevereiro, abrindo caminho à eleição de um sucessor.
“É necessário e possível entrar em diálogo e assim abrir todos à paz de Deus”, disse o Papa, que esta segunda-feira apresentou a renúncia ao pontificado.
A intervenção deixou claro que para os católicos “seria impossível pensar que as religiões são todas variações de um tema”.
“Há uma realidade do Deus vivo que falou, que é um Deus incarnado, uma Palavra de Deus que é realmente Palavra de Deus”, mas “há experiência religiosa, com uma certa luz humana da criação”, precisou o Papa alemão.
Bento XVI evocou a sua experiência no Concílio Vaticano II (1962-1965), no qual participou como consultor do arcebispo de Colónia (Alemanha), cardeal Josef Frings, antes de ser nomeado perito teológico, em particular no que disse respeito à redação do documento Nostra Aetate”, sobre as religiões não-cristãs.
Bento XVI revelou que a declaração era “inicialmente pensada” apenas para o judaísmo, mas viria a resultar num “texto sobre o diálogo inter-religioso”.
A intervenção improvisada viria a passar em revista os principais temas e documentos conciliares, com destaque para a relação da Igreja com a sociedade contemporânea, chamando os católicos à “responsabilidade pela construção deste mundo”.
O Papa falou em particular da tríade “liberdade religiosa, progresso e relação com as outras religiões” e elogiou a “experiência da universalidade da Igreja” que foi promovida pelos trabalhos da última reunião mundial de bispos.
O discurso abordou ainda as questões ligadas à Liturgia, que era uma realidade quase “fechada” e passou a promover a “participação ativa” dos fiéis, embora esta tenha disso “mal entendida” nalguns casos.
“Quem pode dizer que percebe imediatamente apenas porque [os textos] estão na sua própria língua?”, questionou, ao exemplificar a convicção de que “inteligibilidade não quer dizer banalidade”, exigindo uma “formação permanente” dos católicos.
Bento XVI lamentou que o domingo se tenha “transformado em fim de semana”, em vez de ser visto como “o início, o primeiro dia”.
O Papa falou também sobre a reflexão efetuada em relação à Bíblia, sublinhando a “necessidade” da Igreja para que esta palavra seja “viva”, antes de observar que “a exegese tende a ler a Escritura fora da Igreja”.
“A Bíblia é a Palavra de Deus e a Igreja está sob a Escritura, obedece-lhe, não está acima dela”, sustentou.
O Papa alemão, eleito em abril de 2005, vai concluir o seu pontificado a 28 de fevereiro, abrindo caminho à eleição de um sucessor.
Nota DDP: Eram estas as prioridades de BXVI quando assumiu, diálogo/ecumenismo e santificação do domingo. É de se notar que ambos os temas avançaram no período.
Ver também "Bento XVI deixa um pontificado de «diálogo»". Destaque:
“É um pontificado marcado por uma tentativa de reconciliação com todos, que avançou muito no diálogo ecuménico. Creio, sobretudo, que é um pontificado que marcou muito no diálogo com o mundo”, declarou o prelado, para quem o atual Papa “aproximou muito a Igreja e razão, o mundo da cultura”.
Ver também "Bento XVI deixa um pontificado de «diálogo»". Destaque:
“É um pontificado marcado por uma tentativa de reconciliação com todos, que avançou muito no diálogo ecuménico. Creio, sobretudo, que é um pontificado que marcou muito no diálogo com o mundo”, declarou o prelado, para quem o atual Papa “aproximou muito a Igreja e razão, o mundo da cultura”.
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A guerra robótica de Barack Obama
A administração Obama vem procurando uma justificativa legal para matar cidadãos americanos considerados terroristas fora do país. Sem julgamento ou qualquer envolvimento legal. Se não puderem ser capturados, serão executados. A coisa toda era para ficar fora das vistas da imprensa, mas depois que um documento de 16 páginas acabou por ser divulgado pela NBC, o New York Times (6/2) decidiu tornar público que os Estados Unidos têm, desde 2011, uma pista para pouso e decolagens de drones, aviões-robô sem pilotos e armados com foguetes e bombas de alta precisão, na Arábia Saudita. O Público(6/2) divulgou um parágrafo importante do jornal nova-iorquino:
“O primeiro ataque, segundo o jornal, aconteceu a 30 de setembro de 2011 e teve como alvo Anwar al-Awlaki, um norte-americano nascido no Novo México, formado nas universidades do Colorado e de George Washington, e tido pelos serviços secretos dos EUA como um importante membro da organização terrorista al-Qaida. O seu filho de 16 anos de idade e outros dois norte-americanos foram também mortos em ataques distintos, mas as autoridades dos EUA classificam-nos como ‘baixas resultantes de ataques contra operacionais da al-Qaida’.”
O emprego dos drones no Oriente Médio está sob a responsabilidade da CIA. A revista quinzenal Exame(8/2) descreveu bem o que é um drone, que é bem mais do que um simples avião-robô. Usados para reconhecimento desde 1994, os drones são da família “Predator” e fabricados pela General Atomics. O modelo original da série chamava-se MQ-1 e foi usado no Iêmen, Paquistão, Iraque, Líbia e Afeganistão. No início, servia apenas para reconhecimento, mas depois de 2001 foi armado com mísseis Hellfire (de médio alcance) e bombas guiadas a laser. Possuem sistema de navegação robótico e um sistema avançado de aquisição de alvos, mas não podem operar sozinhos: são “pilotados” à distância e cada ataque é conduzido por um operador que pode estar a milhares de quilômetros de distância. Ele controla o aparelho com um joystick, escolhe o armamento próprio para a ocasião e inicia o ataque: “O comando é feito à distância, de uma base em terra que pode estar no outro lado do planeta, já que a comunicação é feita via satélite. Nessa base secreta, um piloto vê, num conjunto de monitores, imagens captadas pelas câmeras do drone e dados registrados por sensores a bordo”, informou a revista.
...
O assassinato de um cidadão nacional sem o devido processo e fora de cenários de batalha é um ato que vai contra os princípios básicos da Constituição americana. Mesmo que a vítima seja um dos líderes operacionais da al-Qaida, ele ainda é um cidadão americano. Segundo o Público, somente norte-americanos membros do alto-escalão da al-Qaida envolvidos em ataques contra os Estados Unidos são alvos potenciais do “programa”. Outro problema relacionado é a preferência do presidente pelo mentor do “Projeto drones”, John O. Brennan, diretor da CIA, a organização responsável pelo emprego das letais aeronaves não-tripuladas no Oriente Médio.
“O primeiro ataque, segundo o jornal, aconteceu a 30 de setembro de 2011 e teve como alvo Anwar al-Awlaki, um norte-americano nascido no Novo México, formado nas universidades do Colorado e de George Washington, e tido pelos serviços secretos dos EUA como um importante membro da organização terrorista al-Qaida. O seu filho de 16 anos de idade e outros dois norte-americanos foram também mortos em ataques distintos, mas as autoridades dos EUA classificam-nos como ‘baixas resultantes de ataques contra operacionais da al-Qaida’.”
O emprego dos drones no Oriente Médio está sob a responsabilidade da CIA. A revista quinzenal Exame(8/2) descreveu bem o que é um drone, que é bem mais do que um simples avião-robô. Usados para reconhecimento desde 1994, os drones são da família “Predator” e fabricados pela General Atomics. O modelo original da série chamava-se MQ-1 e foi usado no Iêmen, Paquistão, Iraque, Líbia e Afeganistão. No início, servia apenas para reconhecimento, mas depois de 2001 foi armado com mísseis Hellfire (de médio alcance) e bombas guiadas a laser. Possuem sistema de navegação robótico e um sistema avançado de aquisição de alvos, mas não podem operar sozinhos: são “pilotados” à distância e cada ataque é conduzido por um operador que pode estar a milhares de quilômetros de distância. Ele controla o aparelho com um joystick, escolhe o armamento próprio para a ocasião e inicia o ataque: “O comando é feito à distância, de uma base em terra que pode estar no outro lado do planeta, já que a comunicação é feita via satélite. Nessa base secreta, um piloto vê, num conjunto de monitores, imagens captadas pelas câmeras do drone e dados registrados por sensores a bordo”, informou a revista.
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O assassinato de um cidadão nacional sem o devido processo e fora de cenários de batalha é um ato que vai contra os princípios básicos da Constituição americana. Mesmo que a vítima seja um dos líderes operacionais da al-Qaida, ele ainda é um cidadão americano. Segundo o Público, somente norte-americanos membros do alto-escalão da al-Qaida envolvidos em ataques contra os Estados Unidos são alvos potenciais do “programa”. Outro problema relacionado é a preferência do presidente pelo mentor do “Projeto drones”, John O. Brennan, diretor da CIA, a organização responsável pelo emprego das letais aeronaves não-tripuladas no Oriente Médio.
Meteorito atinge região central da Rússia e deixa mais de 500 feridos
YEKATERINBURGO - Mais de 500 pessoas ficaram feridas em consequência de um meteorito que atravessou o céu e explodiu sobre a região central da Rússia nesta sexta-feira, lançando bolas de fogo na direção da Terra, quebrando janelas e danificando prédios.
Em entrevista à 'Rádio Estadão', integrante da comunicação social Embaixada Brasileira na Rússia, Alexandra Rudakova, relata que não há brasileiros entre os feridos, mas que o clima é de pânico.
Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.
O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta-feira recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram notificados sobre os acontecimentos.
Uma autoridade ministerial local disse que a chuva de meteoros pode ter ligação com um asteróide do tamanho de uma piscina olímpica que vai passar a uma distância de 27.520 quilômetros da Terra nesta sexta-feira, mas isso não pôde ser confirmado.
A agência espacial russa, Roscosmos, disse que o meteorito viajava a uma velocidade de 30 quilômetros por segundo e que eventos desse tipo são difíceis de serem previstos.
O Ministério de Emergências da Rússia disse que 514 pessoas procuraram ajuda médica, a maioria por pequenos ferimentos causados por estilhaços de vidro, e que 112 precisaram ser hospitalizadas. Equipes de busca estavam atrás dos destroços do meteorito.
Apesar de incidentes do tipo serem raros, acredita-se que um meteorito tenha devastado uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados na Sibéria em 1908.
O Ministério de Emergência da Rússia descreveu o acontecimento desta sexta como uma "chuva de meteoro na forma de bolas de fogo", e pediu aos moradores para manter a calma.
A agência espacial norte-americana, a Nasa, informou que um asteroide conhecido como 2012 DA14, com cerca de 45 metros de diâmetro, passaria nesta sexta-feira o mais perto da Terra desde que os cientistas passaram a monitorá-los rotineiramente, há 15 anos.
Satélites de televisão, meteorologia e comunicação voam cerca de 800 quilômetros acima da distância estimada para a passagem do asteroide. A lua está 14 vezes mais longe.
Em entrevista à 'Rádio Estadão', integrante da comunicação social Embaixada Brasileira na Rússia, Alexandra Rudakova, relata que não há brasileiros entre os feridos, mas que o clima é de pânico.
Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.
O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta-feira recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram notificados sobre os acontecimentos.
Uma autoridade ministerial local disse que a chuva de meteoros pode ter ligação com um asteróide do tamanho de uma piscina olímpica que vai passar a uma distância de 27.520 quilômetros da Terra nesta sexta-feira, mas isso não pôde ser confirmado.
A agência espacial russa, Roscosmos, disse que o meteorito viajava a uma velocidade de 30 quilômetros por segundo e que eventos desse tipo são difíceis de serem previstos.
O Ministério de Emergências da Rússia disse que 514 pessoas procuraram ajuda médica, a maioria por pequenos ferimentos causados por estilhaços de vidro, e que 112 precisaram ser hospitalizadas. Equipes de busca estavam atrás dos destroços do meteorito.
Apesar de incidentes do tipo serem raros, acredita-se que um meteorito tenha devastado uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados na Sibéria em 1908.
O Ministério de Emergência da Rússia descreveu o acontecimento desta sexta como uma "chuva de meteoro na forma de bolas de fogo", e pediu aos moradores para manter a calma.
A agência espacial norte-americana, a Nasa, informou que um asteroide conhecido como 2012 DA14, com cerca de 45 metros de diâmetro, passaria nesta sexta-feira o mais perto da Terra desde que os cientistas passaram a monitorá-los rotineiramente, há 15 anos.
Satélites de televisão, meteorologia e comunicação voam cerca de 800 quilômetros acima da distância estimada para a passagem do asteroide. A lua está 14 vezes mais longe.
Lideranças muçulmanas egípcias esperam diálogo com novo Papa
"A retomada das relações com o Vaticano depende da nova atmosfera criada pelo futuro Papa", declarou Mahmoud Azab, conselheiro do imã de Al-Azhar
Cairo - Líderes muçulmanos do Egito acreditam que a renúncia de Bento XVI poderá reabrir o caminho do diálogo com a Igreja Católica, interrompido após declarações polêmicas do Papa feitas em 2006.
No entanto, para que haja uma melhora na relação entre a Igreja e Al-Azhar, a mais alta autoridade do Islã sunita no Cairo, dependerá da postura do futuro Papa sobre o mundo muçulmano, afirmam.
"A retomada das relações com o Vaticano depende da nova atmosfera criada pelo futuro Papa", declarou Mahmoud Azab, conselheiro do imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayeb, para as questões inter-religiosas.
"A iniciativa está agora nas mãos do Vaticano", ressaltou.
Em 2006, Bento XVI provocou mal-estar ao citar um imperador bizantino que descrevia o profeta Maomé como alguém que propagava ideias "más e desumanas" por meio da violência.
(...)
Fonte - Exame
Cairo - Líderes muçulmanos do Egito acreditam que a renúncia de Bento XVI poderá reabrir o caminho do diálogo com a Igreja Católica, interrompido após declarações polêmicas do Papa feitas em 2006.
No entanto, para que haja uma melhora na relação entre a Igreja e Al-Azhar, a mais alta autoridade do Islã sunita no Cairo, dependerá da postura do futuro Papa sobre o mundo muçulmano, afirmam.
"A retomada das relações com o Vaticano depende da nova atmosfera criada pelo futuro Papa", declarou Mahmoud Azab, conselheiro do imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayeb, para as questões inter-religiosas.
"A iniciativa está agora nas mãos do Vaticano", ressaltou.
Em 2006, Bento XVI provocou mal-estar ao citar um imperador bizantino que descrevia o profeta Maomé como alguém que propagava ideias "más e desumanas" por meio da violência.
(...)
Fonte - Exame
Forte terremoto atinge a Sibéria
Um forte terremoto atingiu a região russa da Sibéria na madrugada desta sexta-feira (15), pelo horário legal, segundo o Serviço Geológico dos EUA.
O tremor de magnitude 6,6 ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, e a 132 quilômetros da cidade de Druzhina.
Não há relatos imediatos sobre vítimas ou danos.
Fonte - G1
O tremor de magnitude 6,6 ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, e a 132 quilômetros da cidade de Druzhina.
Não há relatos imediatos sobre vítimas ou danos.
Fonte - G1
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Novo vírus fatal de gripe pode ser transmitido por contato humano
As autoridades sanitárias do Reino Unido disseram nesta quarta-feira ter evidências de que uma doença respiratória aguda parecida com a Sars - que foi objeto de um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2003 - seja capaz de se alastrar por contato humano.
A doença é transmitida através do contato com animais, mas, se houver possibilidade de transmissão através do contato humano, o risco para a população é maior, explicaram as autoridades.
No mais recente caso, o terceiro no país, uma pessoa que está internada na UTI de um hospital de Birmingham pode ter contraído a doença de um parente próximo, acreditam os médicos.
Entretanto, o risco para a população britânica continua sendo considerado baixo.
A mais recente pneumonia atípica é causada por um vírus da família coronavírus. No mundo, foram diagnosticados onze casos da doença desde os primeiros diagnósticos, no fim do ano passado. Cinco pacientes morreram.
Na Grã-Bretanha, onde três casos foram registrados, duas pessoas que contraíram o vírus haviam viajado do Oriente Médio para a Europa.
"A confirmação de uma nova infecção pelo coronavírus em uma pessoa sem histórico de viagem para o Oriente Médio sugere que ocorreram transmissões pelo contato pessoal", disse o chefe do departamento de doenças respiratórios da agência sanitária britânica, John Watson. Ele acrescentou que este tipo de transmissão também se deu na Grã-Bretanha.
Os médicos possuem evidências de que já houve contaminação pelo contato humano no Oriente Médio, mas esta informação não havia sido confirmada.
"Embora este caso nos dê forte evidências de transmissão por contato pessoal, o risco de infecção na maior parte das circunstâncias ainda é considerado muito baixo", disse a autoridade britânica.
Segundo os médicos, o terceiro paciente a contrair a doença no país possui problemas de saúde que podem ter aumentado a sua vulnerabilidade.
Logo após os primeiros diagnósticos da nova gripe, a OMS ressaltou, através de seu Twitter e sua página na internet, que o vírus é semelhante mas não igual ao da Sars, e considerou "prematura" a sugestão de que a doença seja "a próxima crise de saúde global".
A doença é transmitida através do contato com animais, mas, se houver possibilidade de transmissão através do contato humano, o risco para a população é maior, explicaram as autoridades.
No mais recente caso, o terceiro no país, uma pessoa que está internada na UTI de um hospital de Birmingham pode ter contraído a doença de um parente próximo, acreditam os médicos.
Entretanto, o risco para a população britânica continua sendo considerado baixo.
A mais recente pneumonia atípica é causada por um vírus da família coronavírus. No mundo, foram diagnosticados onze casos da doença desde os primeiros diagnósticos, no fim do ano passado. Cinco pacientes morreram.
Na Grã-Bretanha, onde três casos foram registrados, duas pessoas que contraíram o vírus haviam viajado do Oriente Médio para a Europa.
"A confirmação de uma nova infecção pelo coronavírus em uma pessoa sem histórico de viagem para o Oriente Médio sugere que ocorreram transmissões pelo contato pessoal", disse o chefe do departamento de doenças respiratórios da agência sanitária britânica, John Watson. Ele acrescentou que este tipo de transmissão também se deu na Grã-Bretanha.
Os médicos possuem evidências de que já houve contaminação pelo contato humano no Oriente Médio, mas esta informação não havia sido confirmada.
"Embora este caso nos dê forte evidências de transmissão por contato pessoal, o risco de infecção na maior parte das circunstâncias ainda é considerado muito baixo", disse a autoridade britânica.
Segundo os médicos, o terceiro paciente a contrair a doença no país possui problemas de saúde que podem ter aumentado a sua vulnerabilidade.
Logo após os primeiros diagnósticos da nova gripe, a OMS ressaltou, através de seu Twitter e sua página na internet, que o vírus é semelhante mas não igual ao da Sars, e considerou "prematura" a sugestão de que a doença seja "a próxima crise de saúde global".
O papado e a profecia de Apocalipse 17
Como entender a profecia de Apocalipse 17:9-11?
Vem sendo apresentada em nossas igrejas uma abordagem profética de Apocalipse 17:9-11 distinta da linha tradicional historicista de interpretação que, por anos, sustentamos. O texto contém a explicação dada pelo anjo a João, das sete cabeças da besta escarlate: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” A abordagem tenta identificar os sete reis aí referidos, e é de fato uma interpretação da interpretação feita pelo anjo, esta, sem dúvida, com o aval divino, o que não se pode garantir quanto àquela.
A mulher é identificada, no verso 18, como a cidade que domina sobre a Terra. Por implicação, temos que admitir que Roma está sendo referida. Esse fato é confirmado na interpretação do anjo, quando ele afirma que as sete cabeças da besta “são sete montes, nos quais a mulher está assentada”. Que Roma é a cidade das sete colinas não é novidade para ninguém. Mas, e quanto aos sete reis, também representados pelas sete cabeças?
Segundo essa abordagem, os sete reis são os sete papas que governam a Igreja Católica a partir de 11 de fevereiro de 1929, quando o Cardeal Gasparri e Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão, estabelecendo o Estado do Vaticano e assegurando à Santa Sé independência absoluta e soberania de caráter civil e político. A abordagem se fundamenta em três premissas básicas:
1. A cura da ferida mortal requer a volta ao papa da soberania religiosa e secular, tal como ele detinha antes de receber a ferida. Assim a ferida começou a ser curada em 1929.
2. O contexto de tempo de Apocalipse 17 é este final de milênio, pois desde 1929 passaram cinco papas. A Igreja hoje é conduzida por João Paulo II, o “sexto rei” da profecia. [Este artigo foi escrito em 1999; portanto, segundo essa compreensão da profecia, Bento XVI seria o sétimo rei.]
3. O sucessor de João Paulo II deverá “reinar” por “pouco tempo”, não porque morrerá logo, mas porque convidará o “oitavo rei” a que ocupe o trono do Vaticano. O “oitavo rei” é o diabo, personificando Jesus. Obviamente, o papa não continuará conduzindo a Igreja se aquele que ele pensa tratar-se de Jesus, o fundador dela, está presente pessoalmente e visivelmente no mundo. Esse oitavo papa naturalmente contará com a admiração e sujeição do mundo todo, e o levará finalmente a combater a igreja remanescente na intenção de destruí-la na batalha do Armagedon.
O assunto é explorado pelo Dr. Robert N. Smith Jr., adventista leigo do Texas, em seu livro The Sixth King – “666” and The New World Order, obra publicada em 1993. Outros autores norte-americanos, todavia, se anteciparam ao Dr. Smith Jr., entre eles o Dr. Robert Hauser, da Califórnia, autor de Give Glory to Him – The Sanctuary in the Book of Revelation, publicado dez anos antes. Os referidos autores participam de ministérios independentes na América, alguns dos quais operam à revelia da organização adventista, e livros dessa natureza, em geral, não contam com o apoio oficial da Igreja, havendo razões para isso.
Algumas inquietudes
Podemos, por exemplo, imaginar a reação imediata a essa interpretação: muito interesse, excitação, e até mesmo alvoroço. Afinal, não podemos esperar outra coisa, considerando que: (1) o atual papa [João Paulo II], com quase 80 anos, está com a saúde muito debilitada e poderá morrer a qualquer momento; (2) segundo a interpretação, o próximo papa vai durar pouco [o que ocorreu de fato], e será o último antes de o diabo contrafazer a volta de Jesus; e (3) quando tal contrafação acontecer, a porta da graça seguramente já terá sido fechada. Fascinante!!!
Mas há questões que precisam ser encaradas: É de excitação que necessitamos, ou de um reavivamento que nos leve a uma completa consagração a Deus? Considerando que os proponentes dessas “novas luzes” acabam reinterpretando períodos proféticos (tais como os 1.260, 1.290 e 1.335 dias de Daniel 12), com uma aplicação futurista (portanto, contrariando o critério historicista adotado pela Igreja), aplicação que os leva automaticamente a tentativas de cálculo do tempo para a volta de Jesus, seria correto que os líderes da Igreja aplaudissem essas interpretações e escancarassem as portas para acolhê-las? Não é verdade também que esses proponentes geralmente criticam a organização e nossos pastores, afirmando que são negligentes por ocultar ao povo as “verdades”?
E no que respeita à interpretação propriamente dita, conta ela com um claro “assim diz o Senhor”? Se sim, onde se encontra? Se não, é um risco a Igreja acatar como verdade a interpretação meramente humana de uma profecia ainda por cumprir. E depois, se os fatos tomam outra direção, como fica a Igreja? Que desculpa dará ao mundo e aos próprios membros, pelos equívocos da mensagem anunciada?
E as interpretações alternativas? Não deveriam igualmente ser consideradas? São os proponentes da “nova interpretação” os donos da verdade? É toda ela coerente com o sentido geral das profecias bíblicas?
A trajetória papal desde 1798
Um breve levantamento de fatos que marcaram a trajetória do papado, desde que a ferida mortal de Apocalipse 13:3 foi aplicada, ajuda-nos a notar a evolução da cura. Entendemos que a ferida se deu em 20 de fevereiro de 1798, quando Bertier, a mando de Napoleão Bonaparte, aprisionou Pio VI e o desterrou. Pio VI morreu no exílio no ano seguinte. A Igreja Católica ficou sem um chefe supremo até 14 de março de 1800, quando o conclave de Veneza apontou um novo papa, Pio VII, que governou até 20 de agosto de 1823.
Embora o primado de Pio VII tenha sido marcado por altos e baixos, é possível entrever na posse do novo papa o começo da recuperação do poder antes desfrutado pelo mandatário da Igreja, recuperação profeticamente conhecida como a cura da ferida mortal.
Em 15 de agosto de 1801, Pio VII assinou a concordata com Napoleão, garantindo o restabelecimento da Igreja na França, embora submissa ao Estado. Em 2 de dezembro de 1804, o papa esteve presente em Paris para a proclamação de Napoleão como imperador da França. Foi aprisionado em Roma, em 1809, e retido em Savona e Fontainebleau. Retornou, porém, para Roma em 1814, exatamente quando Napoleão era obrigado a renunciar à coroa. No ano seguinte, no congresso de Viena, foram recuperados os Estados pontificais, antes anexados à França por Napoleão. O papa, assim, voltava a exercer igualmente o poder temporal de que estava investido desde 756, quando Pepino o Breve, rei dos Francos, doou à Igreja o conhecido patrimônio de São Pedro, mais tarde também reconhecido por Carlos Magno. Esse patrimônio reunia dois Exarcados: o de Ravena e o de Pentápole.
De 28 de agosto de 1823 a 10 de fevereiro de 1829, Leão XII assumiu o governo da Igreja, e estabeleceu concordatas com vários países, entre eles a Alemanha, a Suíça e a Holanda, todos protestantes. Os dois papas seguintes, Pio VIII e Gregório XVI, combateram determinadas pressões anticlericais, como a maçonaria e o liberalismo. Pio IX acabou perdendo os estados pontificais em 1870 com a derrota das tropas papais para os piemonteses que lutavam pela unificação da Itália. A partir desse ano, o poder temporal do papa esteve restringido ao palácio do Vaticano. Pio IX, e os quatro papas seguintes, Leão XIII, Pio X, Benedito XV e Pio XI, passaram então a ser considerados virtualmente prisioneiros do Vaticano, até que em 11 de fevereiro de 1929, através do Tratado de Latrão, ficava estabelecido o Estado do Vaticano, e concedia-se à Igreja, através da concordata italiana, plenos direitos de cooperação e participação na vida militar, social e na educação.
Devemos notar que mesmo os papas que foram considerados prisioneiros do Vaticano exerceram decidida influência não só na Igreja mas também no mundo. Leão XIII empenhou-se na restauração do prestígio da Igreja por uma tomada de posição em favor da classe operária e da abolição da escravatura. Buscou também a plena reconciliação com a França. Benedito XV, com seu denodado esforço de intermediar com as nações em conflito na I Grande Guerra, promoveu a troca de prisioneiros e incentivou, com a encíclica Pacem Dei, de 23 de maio de 1920, a reconciliação entre beligerantes. Isso pode significar que a ferida mortal não passou a ser curada apenas a partir de 1929. Nesse ano foi dado um importantíssimo passo no processo de cura, que, entretanto, foi iniciada antes.
Após o Tratado de Latrão, a Igreja se envolveu mais e mais em assuntos sociais. Em 1931 e 1937, Pio XI emitiu as encíclicas Non abbiamo bisogno e Mit brennender Sorge, em que condenou os abusos do fascismo e do nazismo, embora tivesse abençoado as tropas italianas que partiam para a guerra em apoio à Alemanha. Também em 1937 foi lançada a encíclica Divini Redemptoris, em que o comunismo foi condenado.
Pio XII revelou-se um profundo conhecedor dos problemas internacionais, pronunciando vários discursos sobre questões de natureza social. João XXIII se destacou pela convocação do Concílio Vaticano II, em que a união da cristandade foi um ponto de referência. A partir especialmente de João XXIII, a Igreja adquiriu uma feição renovada e moderna, em que o antigo radicalismo cedeu lugar a um sentimento de tolerância e abertura a grupos não católicos, inclusive os de fora da cristandade.
Paulo VI deu continuidade ao plano de expansão da atuação católica no mundo, e a abertura proposta pelo referido Concílio, enquanto que o papa seguinte, João Paulo I, não teve tempo de atuar, pois permaneceu no poder de 21 de junho a 6 de agosto de 1978, apenas.
Finalmente, o papa atual [em 1999], João Paulo II, desde 16 de outubro de 1978, tem-se tornado o Estadista dos Estadistas. Polonês de nascimento, seu primado, sem sombra de dúvida, contribuiu substancialmente para o fim do império soviético. Cada vez mais reconhecido em todo o mundo pelas famosas “peregrinações”, suas viagens a diversos países, incluindo a nação mais protestante do mundo, os Estados Unidos, ele, com seu carisma, tem-se imposto como um elemento de impacto, movendo a opinião pública, e incentivando profundas reformas de caráter político, social e religioso, que [priorizaram] o homem, seus valores e direitos. Não é por mero acaso que, mesmo governantes não cristãos, como Saddam Hussein, do Iraque, busca[ra]m o apoio e a intermediação papal em assuntos internacionais.
[Era] visto como o líder mundial por excelência, que encarna[va] os anseios e direitos dos oprimidos, e [tinha] possíveis respostas para as inquietações de uma sociedade cada vez menos segura de seu destino. E tudo sem o mínimo afastamento das prerrogativas que a Igreja tradicionalmente advoga e sustenta, e que exigem uma unidade de pensamento e ensino teológico, e também o reconhecimento. A Igreja apenas se adapta a uma nova realidade, mas continua sendo o que sempre foi: a única, da qual membros de outras agremiações são apenas irmãos separados, que devem ser reconduzidos à liderança do único pastor.
Daí o empenho pela união da cristandade, tão claramente definida na encíclica Ut unun sint, para cuja efetivação a guarda do domingo seria um fator primordial e imprescindível, como se observa nas entrelinhas de sua Carta Apostólica Dies Domini. E da união cristã, partir então para a união fraterna do mundo, para o que João Paulo II [propôs], no grande jubileu que [marcou] a abertura do terceiro milênio, uma coalizão de forças.
“Nova interpretação”
A interpretação que aponta o papa [João Paulo II] como o sexto rei de Apocalipse 17:9 e 10 exige, para ser correta, que o processo de cura da ferida mortal comece em 1929. É crido que isso aconteceu, considerando-se que o Tratado de Latrão proveu a formação do Estado do Vaticano, e consequentemente a volta do poder temporal ao papa, e que isso é um passo decisivo inicial para conduzir o papado ao domínio do mundo.
Mas essa ideia esbarra no fato de que a cura restaura uma supremacia que não implica necessariamente a posse do poder temporal, já que a mesma, anteriormente exercida por 1.260 anos, de 538 a 1798, nem sempre contou com esse tipo de poder. De fato, o papado obteve o poder temporal, como já se viu, só em 756. Em outras palavras, por quase 220 anos, exatamente de 538 a 756, o papado exerceu a supremacia sem contar com o poder temporal. Por que, então, seria necessário agora, para se iniciar o processo de recuperação da supremacia perdida, que o poder temporal fosse reassumido? Assim, é questionável que o processo tenha se iniciado em 1929. Seria mais natural admitir que isso tenha acontecido com a ascensão de Pio VII, em 1800.
Ademais, Pio VII retomou os estados pontificais em 1815. Por que então não adotar esse ano em lugar de 1929? Seria porque em 1870 o papado tornou a perder o poder temporal? Nesse caso, de quantas feridas mortais nos fala a profecia? Uma, duas, quantas? E teria ocorrido o começo de um segundo processo em 1929?
Além disso, parece que Ellen G. White via em andamento, já em seus dias, o processo da cura. Ela escreveu em 1888: “A influência de Roma [...] está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder: [Apocalipse 13:3 é citado]. A inflição da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. Depois disto, diz o profeta: [a segunda parte de Apocalipse 13:3 é citada]. Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até ao segundo advento (2Ts 2:8). Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua obra de engano. E diz o escritor do Apocalipse, referindo-se também ao papado: ‘Adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida’ (Ap 13:8). Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma. [...]
“Nos acontecimentos que ora estão a ocorrer, percebe-se rápido progresso no sentido do cumprimento da profecia. Com os ensinadores protestantes há a mesma pretensão de autoridade divina para a guarda do domingo, e a mesma falta de provas bíblicas, que há com os chefes papais. [...] A asserção de que os juízos divinos caem sobre os homens por motivos de violarem o repouso dominical será repetida. Já se ouvem vozes nesse sentido. E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno.
“A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes. Ela sabe ler o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e se preparam para impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos passados” (O Grande Conflito, p. 578, 579). Os meios que ela empregou no passado são a força do poder civil.
Os tempos são solenes
O decreto dominical culminará na cura da ferida. Algumas das organizações protestantes que já propuseram ou estão hoje propondo uma legislação dominical de caráter civil nos Estados Unidos, são: National Reform Association (Associação Nacional de Reforma), International Reform Bureau (Associação Internacional de Reforma), e Lord’s Day Alliance of Christ in America (Aliança Cristã do Dia do Senhor na América).
Certas entidades de direita, como Christian Coalition (Coalizão Cristã) e Focus on the Family (Focalizando a Família), cada vez mais se empenham junto ao governo pelo apoio a projetos de natureza sócio-religiosa. Para alguns, o ideal seria uma vinculação Igreja/Estado, para que as demandas fossem efetivamente atendidas e cumpridas. Se isso acontecer, não há dúvida, o cumprimento, por força de lei, de deveres religiosos, incluindo a observância do domingo, se tornará logo uma realidade. Os dias atuais, no que respeita às previsões proféticas, são de solene importância. Estejamos atentos.
Como, então, encarar essa nova linha de interpretação dos sete reis? Não com incredulidade. Mas também não com entusiasmo tal que a consideremos uma verdade infalível. O próprio Dr. Smith Jr. recomenda cautela: “A inspiração tem estado silente quanto à identificação das sete cabeças. Absolutamente não existe indicação alguma de que essas cabeças representam nações ou indivíduos dentro de um sistema organizado de forças antideus. É imperativo, portanto, que procedamos com cautela em qualquer tempo em que venhamos predizer uma profecia não cumprida. Ninguém pode fazer uma declaração dogmática sobre o que está para vir” (The Sixth King, p. 120).
Não nos esqueçamos de que essa nova interpretação é, para todos os efeitos, uma simples hipótese e nada mais que isso; só o tempo a comprovará como verdade ou equívoco. Se lhe fecharmos o coração e ela finalmente for comprovada, poderemos nos prejudicar. Mas se a anunciarmos aos quatro ventos como verdade e então se comprovar que ela foi um grande equívoco, será uma pedra de tropeço.
A Igreja e o mundo não precisam nem de alarmismo nem de sensacionalismo. Afinal, temos tantas verdades que contam com um claro “assim diz o Senhor”, e que devem ser estudadas e proclamadas, que qualquer empenho com simples hipóteses é simplesmente irrelevante. E vivamos de tal forma que, se Cristo vier amanhã, ou ainda hoje, louvado seja o Seu nome. Estejamos prontos para saudá-Lo e para nos reunir com Ele.
O tempo para o qual a visão se aplica
Há claros indícios de que a profecia de Apocalipse 17 se cumpre nos dias finais:
1. É um dos sete anjos que portam as sete pragas que se comunica com João (v. 1).
2. A visão alude a um evento escatológico, o “julgamento” da meretriz (v. 1). Devemos notar que a palavra grega para julgamento aqui é kríma, que significa “sentença, veredito”, em contraste com krísis, “juízo”, em Apocalipse 18:10, que se aplica mais à execução do julgamento.
Naturalmente, a sentença vem antes da execução. A primeira é dado algum tempo antes da volta de Jesus, através do juízo investigativo iniciado em 1844. Entendemos que nesse ano começou o julgamento do povo de Deus e não dos poderes iníquos, mas não devemos esquecer que a absolvição dos santos resulta em simultânea condenação de seus opressores. Apocalipse 18:24 diz que em Babilônia “se achou sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram mortos sobre a terra”. A expressão “se achou” evoca a ideia de um juízo investigativo, a exemplo de Daniel 12:1 e Apocalipse 20:12 (ver O Grande Conflito, p. 480-482).
A execução da sentença contra a mulher, no contexto desse capítulo, é dada imediatamente antes da volta de Jesus (v. 16). Talvez devêssemos considerá-la uma execução preliminar, já que é no fim do milênio que o mundo ímpio será definitivamente destruído (Ap 20:9).
3. O pleno domínio das nações da Terra, por parte da besta, no capítulo 13 (o que corresponde, no capítulo 17, à mulher assentada “sobre muitas águas”, ou cavalgando a besta escarlate, veja o tópico seguinte) ocorre com a cura da ferida mortal (v. 3, 7, 8), tornada possível com o auxílio da segunda besta (v. 12-17). Esta representa a maior nação protestante do mundo, os Estados Unidos.
A ferida mortal foi aplicada no papado em 1798, ao Bertier, sob Napoleão Bonaparte, aprisionar Pio VI, como vimos. Considerando que o romanismo ainda não tem o domínio total das nações, temos que convir que a cura completa aguarda pelo futuro próximo. Apocalipse 17:8 afirma que a besta “era” (indica o papado como elemento perseguidor antes de 1798), “não é” (indica o papado impossibilitado de exercer um domínio opressor durante o tempo em que a ferida mortal não está totalmente curada), “mas aparecerá” (indica o governo papal plenamente restaurado, de posse agora do domínio mundial e exercendo novamente o poder de perseguição).
4. É-nos dito também que a besta “está para emergir do abismo” (v. 8). Há dois modos de interpretarmos essa afirmação: o primeiro é considerá-la na perspectiva da cura da ferida mortal, o que estabeleceria o ponto focal de tempo do cumprimento profético como aquele que antecede imediatamente a restauração papal. O segundo será referido adiante.
5. A mulher é identificada como “a mãe das meretrizes” (v. 5). Se a mulher representa o poder religioso romano, suas “filhas”, também mulheres, devem representar outros sistemas religiosos que, no contexto desta profecia, se lhe submetem e a apoiam.
Na verdade, várias dessas “filhas” nem sempre foram filhas, pois houve uma época em que o protestantismo era fiel ao seu legado. É a partir do verão de 1844, quando a segunda mensagem angélica (“caiu, caiu Babilônia”) começou a ser pregada (ver O Grande Conflito, p. 602), que as igrejas evangélicas nominais passam a se desviar da verdade, apostatam e acabam finalmente se submetendo ao domínio maternal de Babilônia. Sabemos que uma combinação de espiritismo, protestantismo apostatado e catolicismo (com a provável adesão de outras forças religiosas da Terra, como o judaísmo, o islã e religiões do extremo oriente) em apoio ao papado concorrerá para a culminação da cura da ferida mortal. Isso resultará na supremacia romana com força total, isto é, de forma muito mais ampla que aquela que ocorreu antes que a ferida mortal fosse aplicada.
6. Finalmente, a besta de Apocalipse 17, representando as nações da Terra sobre as quais o poder romano religioso efetivará seu poder político, não se assemelha apenas à primeira besta do capítulo 13, mas também ao dragão do capítulo 12. Enquanto a besta semelhante ao cordeiro, a segunda do capítulo 13, seduz o mundo todo a que façam “uma imagem à [primeira] besta” (v. 14), identificada como imagem da besta no verso 15 e em Apocalipse 14:9, 15:2, 16:2, 19:20 e 20:4, é evidente que as nações do mundo só serão semelhantes ao dragão quando a porta da graça se fechar, pois só aí a humanidade estará dividida em dois grupos: os salvos, que refletirão plenamente a imagem de Jesus, e os perdidos, que refletirão plenamente a imagem de satanás. Isso será assim, mesmo porque a imagem da besta é na realidade a imagem do dragão. Formar a imagem de um é, na verdade, formar a imagem do outro.
Portanto, a visão do capítulo 17 aponta especificamente para o tempo do fim como ocasião do seu cumprimento, com ênfase no momento em que o poder representado pela primeira besta de Apocalipse 13, plenamente restabelecido de sua ferida mortal, domina sobre os reinos da Terra, agora desfigurados na imagem do dragão e comportando seu caráter.
Não deveríamos, entretanto, radicalizar o aspecto de tempo da profecia, julgando que nada do que é dito em Apocalipse 17 se aplique à época do escritor. Talvez a melhor atitude seria considerar o tempo com duas aplicações, uma ligada à transmissão da profecia, e outra ao seu cumprimento. Parece impróprio, por exemplo, que a declaração do verso 18 não deva ser entendida na perspectiva da época do profeta.
Identificação da besta e da mulher
A descrição dessa besta é praticamente idêntica à do dragão do capítulo 12 e da besta semelhante ao leopardo do capítulo 13, com apenas uma aparente diferença: os chifres da besta do capítulo 13 estão ornados com coroas, o que não é dito da besta do capítulo 17. Todavia, o anjo, neste capítulo, interpreta esses chifres como sendo “dez reis” que exercerão autoridade com a besta por um tempo bastante curto (v. 12).
Embora a não menção de coroas no capítulo 17 possa comportar algum significado profético específico (alguns acham que isso seria um indício de que o regime político que caracterizará o maior número de nações no final da História será a democracia), seria normal considerar o detalhe das “coroas”, em 13, como estando em paralelo com o detalhe dos “reis”, em 17. Quanto ao dragão do capítulo 12, as coroas aparecem sobre as cabeças e não sobre os chifres, como em 13. Mas devemos notar que o anjo do capítulo 17 igualmente interpreta as cabeças como “reis” (v. 9), o que estabeleceria o mesmo paralelo. Além do mais, “vermelho”, a cor do dragão em 12:3, estaria em paralelo com “escarlate”, a cor da besta em 17:4.
A identificação do dragão é dada pelo próprio Apocalipse. Ele é “a antiga serpente, que se chama diabo e satanás” (12:9). Tradicionalmente, temos interpretado a primeira besta do capítulo 13 como uma figuração profética do sistema romano de governo eclesiástico, especificamente o papado. A besta do capítulo 17, a nosso ver, aponta basicamente para o próprio Satanás em distintas manifestações que vão desde a forma mais usual, através de indivíduos, regimes religiosos e políticos, e nações, que se consagram ao seu serviço, até o clímax da manifestação pessoal e direta. Na verdade, a manifestação de Satanás quando velada em seu verdadeiro caráter, aparece na forma de bestas, e quando declaradamente demoníaca, na forma de dragão. Por exemplo, no fim do milênio, apenas o dragão estará de volta. Nenhuma besta marcará presença porque a volta de Jesus, ocorrida mil anos antes, terá desmascarado toda a pretensão e forma velada de engano utilizadas por Satanás em seus seis mil anos de domínio na Terra. É por isso que é declarado que “a besta e o falso profeta” (o mesmo poder representado pela segunda besta do capítulo 13) são lançados no lago de fogo por ocasião da segunda vinda, e não no fim do milênio (Ap 19:21).
Inicialmente, a besta do capítulo 17 representa as diferentes nações que compõem o imenso mar da humanidade, e que, num futuro não muito distante, estarão sendo conduzidas pelo poder religioso representado pela mulher cavalgando a besta. Essa conclusão naturalmente emerge quando alguns pontos desse capítulo são considerados:
1. É dito que a mulher se assenta “sobre muitas águas” (v. 1).
2. Somos informados de que essas águas representam “povos, multidões, nações e línguas” (v. 15).
3. Ao João ser transportado em visão “a um deserto” para ver o que o anjo disse que veria, isto é, uma mulher assentada “sobre muitas águas”, ele vê, sim, uma mulher, mas assentada sobre uma “besta escarlate” (v. 3). Logo, a besta desse verso está em paralelo com “muitas águas”, dos versos 1 e 15. Vista por esse ângulo, a besta significa o que águas significam, a humanidade dividida em “povos, multidões, nações e línguas”, unidos sob um poder maligno. E nesse tempo, como já vimos, as nações serão o reflexo de satanás.
4. Na visão, a mulher aparece conduzindo a besta, pois a está cavalgando (o que corresponde à mulher assentada sobre muitas águas). Na interpretação o anjo diz que a mulher é “a grande cidade que domina sobre os reis [reinos] da terra” (v. 18). Observe que o verbo “dominar” aparece no presente do indicativo, “domina”. Se perguntarmos qual era a cidade que reinava sobre as nações da Terra quando o Apocalipse foi escrito, uma só resposta é possível: Roma. E se Roma é representada pela primeira besta do capítulo 13, temos que convir que essa besta equivale, em sua dimensão religiosa, à mulher do capítulo 17, e, em sua dimensão política, à besta desse capítulo. Em outras palavras, interpretando a mulher, o Apocalipse nos sugere igualmente esse aspecto da identidade da besta, os reinos da Terra onde a mulher efetiva o seu domínio.
Mas a besta aponta, particularmente no que respeita às suas cabeças, também a poderes na História que se colocaram nas mãos do diabo para o cumprimento de seus propósitos. Ao falar que a besta é o oitavo rei, quando de fato a profecia menciona sete reis e não oito, ficamos com a impressão de que a besta é a própria corporificação deles, e que ao final o maligno estará de volta para dominar com força total.
Assim, tanto a mulher como a besta representam a dominação romana, correspondendo a primeira, como diz o Comentário Bíblico Adventista, ao poder religioso, e a segunda ao poder político ou civil (CBA, v. 7, p. 851), tornado efetivo, naturalmente, em seu domínio das nações. A figura do oitavo rei também é sugestiva da restauração desse domínio.
Finalmente, essa besta representa Satanás em sua manifestação direta e pessoal no mundo, para executar sua derradeira obra de engano. O anjo afirma que ela emergirá do abismo e caminhará para a perdição (v. 8). A segunda maneira de interpretar essa afirmação é considerar a besta como o próprio dragão que, durante o milênio, estará retido no “abismo” e de lá será solto ao final para novamente exercer o domínio das nações, enganá-las, e então caminhar com elas para a destruição (Ap 20:1-3, 7-10).
A identidade dos sete reis
Tradicionalmente, sustentamos duas maneiras de interpretar os sete reis de Apocalipse 17:9 e 10. A primeira considera esses reis como representativos de sete diferentes formas de governo empregadas pelos romanos no transcurso de sua história: realeza, consulado, decenvirato, ditadura, triunvirato, império e papado. A segunda considera as sete cabeças como representações de poderes terrestres que historicamente exerceram domínio no mundo e oprimiram o povo de Deus: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma Imperial e Roma Papal.
As duas formas de interpretação coincidem no significado do verso 10. O tempo aí referido deve ser considerado do ponto de vista da comunicação profética e não do seu cumprimento. Seria, então, o tempo do próprio profeta, quando cinco formas do governo romano ou cinco reinos que oprimiram o povo de Deus eram coisa do passado, um existia, Roma Imperial, e a seguinte, Roma Papal, ainda viria. O oitavo rei seria o papado plenamente curado de sua ferida mortal, o que conforma com a declaração de que ele “procede dos sete” (v. 11).
A afirmação de que o sétimo rei, “quando chegar, tem de durar pouco” (v. 10) aparentemente contraria as duas formas de interpretação acima, pois 1.260 anos, o tempo da supremacia papal de 538 a 1798, seria considerado um tempo longo, principalmente se comparado com a duração do domínio dos seis poderes precedentes. Mas devemos lembrar que muitas das declarações do Apocalipse transcendem a mera literalidade dos termos empregados, e comportam um significado essencialmente teológico ou espiritual.
Assim, o Apocalipse se harmoniza com o restante do Novo Testamento ao afirmar que o tempo que transcorre entre a cruz e a volta de Jesus, é, na realidade, pequeno, não importa a extensão dele, pois a salvação agora já está consumada e a extinção do pecado inevitavelmente ocorrerá. O escritor sagrado, por exemplo, registrou em Hebreus 10:37 que “ainda dentro de pouco tempo aquele que vem virá e não tardará”. Esse “pouco tempo”, entretanto, já alcança quase dois mil anos. Da mesma forma, o Apocalipse fala das coisas “que em breve hão de acontecer” (algumas das quais não se cumpriram ainda), “que o tempo está próximo”, e que, a partir da cruz, o dragão está irado, “sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 1:1; 22:10; 12:12).
Conclusão
Como afirmado anteriormente, a teoria do sexto rei não é mais que isso: uma teoria. Como tal, ela ainda será testada no laboratório da História. Nem devemos fechar o coração a ela, nem aceitá-la como revelação de Deus.
É verdade que a interpretação tradicional que sustentamos, a exemplo da teoria do sexto rei, não conta com um claro “assim diz o Senhor” através do Espírito de Profecia (pelo menos até agora o presente escritor não conseguiu localizar qualquer referência a respeito, nos escritos de Ellen White). Mas a grande diferença é que o que oficialmente ensinamos está em consonância com o historicismo como linha de interpretação por nós adotada, o que significa que é uma verdade com respeito ao passado e ao presente; e o ponto que toca o futuro, o oitavo rei, respalda-se na afirmação do Espírito de Profecia de que o poder papal será restaurado. Mas a teoria do sexto rei cheira a futurismo, e incorre nos riscos que ele representa.
Em matéria de interpretação profética não podemos esquecer que o intérprete não é alguém que, no estrito senso, pré-vê o futuro, mas um aprendiz. A compreensão e a interpretação da profecia se desenvolvem e se aperfeiçoam com a passagem do tempo. Talvez Lutero tenha tido isso em mente quando declarou: “As profecias só podem ser entendidas perfeitamente depois de se cumprirem.” Certamente o grande reformador não percebeu que nesses termos ele acabou definindo uma das premissas básicas do historicismo como recurso de interpretação: o conceito da verdade se amplia conforme os séculos escoam e eventos, há muito profetizados, alcançam um legítimo cumprimento. De fato, a prudência nos ordena respeitar os limites do historicismo.
Devemos, então, atentar para dois pontos importantes: (1) cuidado, muito cuidado em como interpretamos profecias ainda por se cumprir. Enquanto não contamos com um seguro “assim diz o Senhor” confirmando como correta a interpretação, não podemos incondicionalmente aceitá-la como verdade, e muito menos comunicá-la como tal a terceiros; interpretação profética é um terreno muito fértil para a especulação; (2) a profecia não nos deixa em dúvida sobre de onde viemos, quem somos e para onde vamos como Igreja. O cumprimento de Daniel 8:14 marca a nossa origem como o remanescente; a profecia de Mateus 24:14 e Apocalipse 14:6-12 configura nossa missão no mundo hoje; e nosso destino se chama novos Céus e nova Terra nos quais habita a justiça (2Pd 3:13). Somos, portanto, o povo da profecia.
Acordemos de nossa letargia, sacudamos o torpor que nos envolve e disponhamo-nos para o que vem por aí. Em sua trajetória por este mundo a Igreja deparou momentos críticos. Mas ninguém se engane: o pior ainda virá. Por outro lado, Deus já operou coisas grandiosas em favor de Seu povo, mas o melhor e as coisas mais grandiosas igualmente ainda estão por acontecer. Quanto mais negras as trevas, mais fulgurante será a luz de Deus; quanto mais severa a prova mais poderoso o Seu braço para prover libertação; quanto mais ameaçador o inimigo mais retumbante a nossa vitória. Pelo poder da graça.
(Dr. José Carlos Ramos, ex-professor de Teologia no Unasp, campus Engenheiro Coelho; texto originalmente publicado na Revista Adventista de julho de 1999)
Vem sendo apresentada em nossas igrejas uma abordagem profética de Apocalipse 17:9-11 distinta da linha tradicional historicista de interpretação que, por anos, sustentamos. O texto contém a explicação dada pelo anjo a João, das sete cabeças da besta escarlate: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta, que era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.” A abordagem tenta identificar os sete reis aí referidos, e é de fato uma interpretação da interpretação feita pelo anjo, esta, sem dúvida, com o aval divino, o que não se pode garantir quanto àquela.
A mulher é identificada, no verso 18, como a cidade que domina sobre a Terra. Por implicação, temos que admitir que Roma está sendo referida. Esse fato é confirmado na interpretação do anjo, quando ele afirma que as sete cabeças da besta “são sete montes, nos quais a mulher está assentada”. Que Roma é a cidade das sete colinas não é novidade para ninguém. Mas, e quanto aos sete reis, também representados pelas sete cabeças?
Segundo essa abordagem, os sete reis são os sete papas que governam a Igreja Católica a partir de 11 de fevereiro de 1929, quando o Cardeal Gasparri e Benito Mussolini assinaram o Tratado de Latrão, estabelecendo o Estado do Vaticano e assegurando à Santa Sé independência absoluta e soberania de caráter civil e político. A abordagem se fundamenta em três premissas básicas:
1. A cura da ferida mortal requer a volta ao papa da soberania religiosa e secular, tal como ele detinha antes de receber a ferida. Assim a ferida começou a ser curada em 1929.
2. O contexto de tempo de Apocalipse 17 é este final de milênio, pois desde 1929 passaram cinco papas. A Igreja hoje é conduzida por João Paulo II, o “sexto rei” da profecia. [Este artigo foi escrito em 1999; portanto, segundo essa compreensão da profecia, Bento XVI seria o sétimo rei.]
3. O sucessor de João Paulo II deverá “reinar” por “pouco tempo”, não porque morrerá logo, mas porque convidará o “oitavo rei” a que ocupe o trono do Vaticano. O “oitavo rei” é o diabo, personificando Jesus. Obviamente, o papa não continuará conduzindo a Igreja se aquele que ele pensa tratar-se de Jesus, o fundador dela, está presente pessoalmente e visivelmente no mundo. Esse oitavo papa naturalmente contará com a admiração e sujeição do mundo todo, e o levará finalmente a combater a igreja remanescente na intenção de destruí-la na batalha do Armagedon.
O assunto é explorado pelo Dr. Robert N. Smith Jr., adventista leigo do Texas, em seu livro The Sixth King – “666” and The New World Order, obra publicada em 1993. Outros autores norte-americanos, todavia, se anteciparam ao Dr. Smith Jr., entre eles o Dr. Robert Hauser, da Califórnia, autor de Give Glory to Him – The Sanctuary in the Book of Revelation, publicado dez anos antes. Os referidos autores participam de ministérios independentes na América, alguns dos quais operam à revelia da organização adventista, e livros dessa natureza, em geral, não contam com o apoio oficial da Igreja, havendo razões para isso.
Algumas inquietudes
Podemos, por exemplo, imaginar a reação imediata a essa interpretação: muito interesse, excitação, e até mesmo alvoroço. Afinal, não podemos esperar outra coisa, considerando que: (1) o atual papa [João Paulo II], com quase 80 anos, está com a saúde muito debilitada e poderá morrer a qualquer momento; (2) segundo a interpretação, o próximo papa vai durar pouco [o que ocorreu de fato], e será o último antes de o diabo contrafazer a volta de Jesus; e (3) quando tal contrafação acontecer, a porta da graça seguramente já terá sido fechada. Fascinante!!!
Mas há questões que precisam ser encaradas: É de excitação que necessitamos, ou de um reavivamento que nos leve a uma completa consagração a Deus? Considerando que os proponentes dessas “novas luzes” acabam reinterpretando períodos proféticos (tais como os 1.260, 1.290 e 1.335 dias de Daniel 12), com uma aplicação futurista (portanto, contrariando o critério historicista adotado pela Igreja), aplicação que os leva automaticamente a tentativas de cálculo do tempo para a volta de Jesus, seria correto que os líderes da Igreja aplaudissem essas interpretações e escancarassem as portas para acolhê-las? Não é verdade também que esses proponentes geralmente criticam a organização e nossos pastores, afirmando que são negligentes por ocultar ao povo as “verdades”?
E no que respeita à interpretação propriamente dita, conta ela com um claro “assim diz o Senhor”? Se sim, onde se encontra? Se não, é um risco a Igreja acatar como verdade a interpretação meramente humana de uma profecia ainda por cumprir. E depois, se os fatos tomam outra direção, como fica a Igreja? Que desculpa dará ao mundo e aos próprios membros, pelos equívocos da mensagem anunciada?
E as interpretações alternativas? Não deveriam igualmente ser consideradas? São os proponentes da “nova interpretação” os donos da verdade? É toda ela coerente com o sentido geral das profecias bíblicas?
A trajetória papal desde 1798
Um breve levantamento de fatos que marcaram a trajetória do papado, desde que a ferida mortal de Apocalipse 13:3 foi aplicada, ajuda-nos a notar a evolução da cura. Entendemos que a ferida se deu em 20 de fevereiro de 1798, quando Bertier, a mando de Napoleão Bonaparte, aprisionou Pio VI e o desterrou. Pio VI morreu no exílio no ano seguinte. A Igreja Católica ficou sem um chefe supremo até 14 de março de 1800, quando o conclave de Veneza apontou um novo papa, Pio VII, que governou até 20 de agosto de 1823.
Embora o primado de Pio VII tenha sido marcado por altos e baixos, é possível entrever na posse do novo papa o começo da recuperação do poder antes desfrutado pelo mandatário da Igreja, recuperação profeticamente conhecida como a cura da ferida mortal.
Em 15 de agosto de 1801, Pio VII assinou a concordata com Napoleão, garantindo o restabelecimento da Igreja na França, embora submissa ao Estado. Em 2 de dezembro de 1804, o papa esteve presente em Paris para a proclamação de Napoleão como imperador da França. Foi aprisionado em Roma, em 1809, e retido em Savona e Fontainebleau. Retornou, porém, para Roma em 1814, exatamente quando Napoleão era obrigado a renunciar à coroa. No ano seguinte, no congresso de Viena, foram recuperados os Estados pontificais, antes anexados à França por Napoleão. O papa, assim, voltava a exercer igualmente o poder temporal de que estava investido desde 756, quando Pepino o Breve, rei dos Francos, doou à Igreja o conhecido patrimônio de São Pedro, mais tarde também reconhecido por Carlos Magno. Esse patrimônio reunia dois Exarcados: o de Ravena e o de Pentápole.
De 28 de agosto de 1823 a 10 de fevereiro de 1829, Leão XII assumiu o governo da Igreja, e estabeleceu concordatas com vários países, entre eles a Alemanha, a Suíça e a Holanda, todos protestantes. Os dois papas seguintes, Pio VIII e Gregório XVI, combateram determinadas pressões anticlericais, como a maçonaria e o liberalismo. Pio IX acabou perdendo os estados pontificais em 1870 com a derrota das tropas papais para os piemonteses que lutavam pela unificação da Itália. A partir desse ano, o poder temporal do papa esteve restringido ao palácio do Vaticano. Pio IX, e os quatro papas seguintes, Leão XIII, Pio X, Benedito XV e Pio XI, passaram então a ser considerados virtualmente prisioneiros do Vaticano, até que em 11 de fevereiro de 1929, através do Tratado de Latrão, ficava estabelecido o Estado do Vaticano, e concedia-se à Igreja, através da concordata italiana, plenos direitos de cooperação e participação na vida militar, social e na educação.
Devemos notar que mesmo os papas que foram considerados prisioneiros do Vaticano exerceram decidida influência não só na Igreja mas também no mundo. Leão XIII empenhou-se na restauração do prestígio da Igreja por uma tomada de posição em favor da classe operária e da abolição da escravatura. Buscou também a plena reconciliação com a França. Benedito XV, com seu denodado esforço de intermediar com as nações em conflito na I Grande Guerra, promoveu a troca de prisioneiros e incentivou, com a encíclica Pacem Dei, de 23 de maio de 1920, a reconciliação entre beligerantes. Isso pode significar que a ferida mortal não passou a ser curada apenas a partir de 1929. Nesse ano foi dado um importantíssimo passo no processo de cura, que, entretanto, foi iniciada antes.
Após o Tratado de Latrão, a Igreja se envolveu mais e mais em assuntos sociais. Em 1931 e 1937, Pio XI emitiu as encíclicas Non abbiamo bisogno e Mit brennender Sorge, em que condenou os abusos do fascismo e do nazismo, embora tivesse abençoado as tropas italianas que partiam para a guerra em apoio à Alemanha. Também em 1937 foi lançada a encíclica Divini Redemptoris, em que o comunismo foi condenado.
Pio XII revelou-se um profundo conhecedor dos problemas internacionais, pronunciando vários discursos sobre questões de natureza social. João XXIII se destacou pela convocação do Concílio Vaticano II, em que a união da cristandade foi um ponto de referência. A partir especialmente de João XXIII, a Igreja adquiriu uma feição renovada e moderna, em que o antigo radicalismo cedeu lugar a um sentimento de tolerância e abertura a grupos não católicos, inclusive os de fora da cristandade.
Paulo VI deu continuidade ao plano de expansão da atuação católica no mundo, e a abertura proposta pelo referido Concílio, enquanto que o papa seguinte, João Paulo I, não teve tempo de atuar, pois permaneceu no poder de 21 de junho a 6 de agosto de 1978, apenas.
Finalmente, o papa atual [em 1999], João Paulo II, desde 16 de outubro de 1978, tem-se tornado o Estadista dos Estadistas. Polonês de nascimento, seu primado, sem sombra de dúvida, contribuiu substancialmente para o fim do império soviético. Cada vez mais reconhecido em todo o mundo pelas famosas “peregrinações”, suas viagens a diversos países, incluindo a nação mais protestante do mundo, os Estados Unidos, ele, com seu carisma, tem-se imposto como um elemento de impacto, movendo a opinião pública, e incentivando profundas reformas de caráter político, social e religioso, que [priorizaram] o homem, seus valores e direitos. Não é por mero acaso que, mesmo governantes não cristãos, como Saddam Hussein, do Iraque, busca[ra]m o apoio e a intermediação papal em assuntos internacionais.
[Era] visto como o líder mundial por excelência, que encarna[va] os anseios e direitos dos oprimidos, e [tinha] possíveis respostas para as inquietações de uma sociedade cada vez menos segura de seu destino. E tudo sem o mínimo afastamento das prerrogativas que a Igreja tradicionalmente advoga e sustenta, e que exigem uma unidade de pensamento e ensino teológico, e também o reconhecimento. A Igreja apenas se adapta a uma nova realidade, mas continua sendo o que sempre foi: a única, da qual membros de outras agremiações são apenas irmãos separados, que devem ser reconduzidos à liderança do único pastor.
Daí o empenho pela união da cristandade, tão claramente definida na encíclica Ut unun sint, para cuja efetivação a guarda do domingo seria um fator primordial e imprescindível, como se observa nas entrelinhas de sua Carta Apostólica Dies Domini. E da união cristã, partir então para a união fraterna do mundo, para o que João Paulo II [propôs], no grande jubileu que [marcou] a abertura do terceiro milênio, uma coalizão de forças.
“Nova interpretação”
A interpretação que aponta o papa [João Paulo II] como o sexto rei de Apocalipse 17:9 e 10 exige, para ser correta, que o processo de cura da ferida mortal comece em 1929. É crido que isso aconteceu, considerando-se que o Tratado de Latrão proveu a formação do Estado do Vaticano, e consequentemente a volta do poder temporal ao papa, e que isso é um passo decisivo inicial para conduzir o papado ao domínio do mundo.
Mas essa ideia esbarra no fato de que a cura restaura uma supremacia que não implica necessariamente a posse do poder temporal, já que a mesma, anteriormente exercida por 1.260 anos, de 538 a 1798, nem sempre contou com esse tipo de poder. De fato, o papado obteve o poder temporal, como já se viu, só em 756. Em outras palavras, por quase 220 anos, exatamente de 538 a 756, o papado exerceu a supremacia sem contar com o poder temporal. Por que, então, seria necessário agora, para se iniciar o processo de recuperação da supremacia perdida, que o poder temporal fosse reassumido? Assim, é questionável que o processo tenha se iniciado em 1929. Seria mais natural admitir que isso tenha acontecido com a ascensão de Pio VII, em 1800.
Ademais, Pio VII retomou os estados pontificais em 1815. Por que então não adotar esse ano em lugar de 1929? Seria porque em 1870 o papado tornou a perder o poder temporal? Nesse caso, de quantas feridas mortais nos fala a profecia? Uma, duas, quantas? E teria ocorrido o começo de um segundo processo em 1929?
Além disso, parece que Ellen G. White via em andamento, já em seus dias, o processo da cura. Ela escreveu em 1888: “A influência de Roma [...] está ainda longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração de seu poder: [Apocalipse 13:3 é citado]. A inflição da chaga mortal indica a queda do papado em 1798. Depois disto, diz o profeta: [a segunda parte de Apocalipse 13:3 é citada]. Paulo declara expressamente que o homem do pecado perdurará até ao segundo advento (2Ts 2:8). Até mesmo ao final do tempo prosseguirá com a sua obra de engano. E diz o escritor do Apocalipse, referindo-se também ao papado: ‘Adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida’ (Ap 13:8). Tanto no Velho como no Novo Mundo o papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição do domingo, que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma. [...]
“Nos acontecimentos que ora estão a ocorrer, percebe-se rápido progresso no sentido do cumprimento da profecia. Com os ensinadores protestantes há a mesma pretensão de autoridade divina para a guarda do domingo, e a mesma falta de provas bíblicas, que há com os chefes papais. [...] A asserção de que os juízos divinos caem sobre os homens por motivos de violarem o repouso dominical será repetida. Já se ouvem vozes nesse sentido. E o movimento para impor a observância do domingo está rapidamente ganhando terreno.
“A sagacidade e astúcia da Igreja de Roma são surpreendentes. Ela sabe ler o futuro. Aguarda o seu tempo, vendo que as igrejas protestantes lhe estão prestando homenagem com o aceitar do falso sábado, e se preparam para impô-lo pelos mesmos meios que ela própria empregou em tempos passados” (O Grande Conflito, p. 578, 579). Os meios que ela empregou no passado são a força do poder civil.
Os tempos são solenes
O decreto dominical culminará na cura da ferida. Algumas das organizações protestantes que já propuseram ou estão hoje propondo uma legislação dominical de caráter civil nos Estados Unidos, são: National Reform Association (Associação Nacional de Reforma), International Reform Bureau (Associação Internacional de Reforma), e Lord’s Day Alliance of Christ in America (Aliança Cristã do Dia do Senhor na América).
Certas entidades de direita, como Christian Coalition (Coalizão Cristã) e Focus on the Family (Focalizando a Família), cada vez mais se empenham junto ao governo pelo apoio a projetos de natureza sócio-religiosa. Para alguns, o ideal seria uma vinculação Igreja/Estado, para que as demandas fossem efetivamente atendidas e cumpridas. Se isso acontecer, não há dúvida, o cumprimento, por força de lei, de deveres religiosos, incluindo a observância do domingo, se tornará logo uma realidade. Os dias atuais, no que respeita às previsões proféticas, são de solene importância. Estejamos atentos.
Como, então, encarar essa nova linha de interpretação dos sete reis? Não com incredulidade. Mas também não com entusiasmo tal que a consideremos uma verdade infalível. O próprio Dr. Smith Jr. recomenda cautela: “A inspiração tem estado silente quanto à identificação das sete cabeças. Absolutamente não existe indicação alguma de que essas cabeças representam nações ou indivíduos dentro de um sistema organizado de forças antideus. É imperativo, portanto, que procedamos com cautela em qualquer tempo em que venhamos predizer uma profecia não cumprida. Ninguém pode fazer uma declaração dogmática sobre o que está para vir” (The Sixth King, p. 120).
Não nos esqueçamos de que essa nova interpretação é, para todos os efeitos, uma simples hipótese e nada mais que isso; só o tempo a comprovará como verdade ou equívoco. Se lhe fecharmos o coração e ela finalmente for comprovada, poderemos nos prejudicar. Mas se a anunciarmos aos quatro ventos como verdade e então se comprovar que ela foi um grande equívoco, será uma pedra de tropeço.
A Igreja e o mundo não precisam nem de alarmismo nem de sensacionalismo. Afinal, temos tantas verdades que contam com um claro “assim diz o Senhor”, e que devem ser estudadas e proclamadas, que qualquer empenho com simples hipóteses é simplesmente irrelevante. E vivamos de tal forma que, se Cristo vier amanhã, ou ainda hoje, louvado seja o Seu nome. Estejamos prontos para saudá-Lo e para nos reunir com Ele.
O tempo para o qual a visão se aplica
Há claros indícios de que a profecia de Apocalipse 17 se cumpre nos dias finais:
1. É um dos sete anjos que portam as sete pragas que se comunica com João (v. 1).
2. A visão alude a um evento escatológico, o “julgamento” da meretriz (v. 1). Devemos notar que a palavra grega para julgamento aqui é kríma, que significa “sentença, veredito”, em contraste com krísis, “juízo”, em Apocalipse 18:10, que se aplica mais à execução do julgamento.
Naturalmente, a sentença vem antes da execução. A primeira é dado algum tempo antes da volta de Jesus, através do juízo investigativo iniciado em 1844. Entendemos que nesse ano começou o julgamento do povo de Deus e não dos poderes iníquos, mas não devemos esquecer que a absolvição dos santos resulta em simultânea condenação de seus opressores. Apocalipse 18:24 diz que em Babilônia “se achou sangue de profetas, de santos, e de todos os que foram mortos sobre a terra”. A expressão “se achou” evoca a ideia de um juízo investigativo, a exemplo de Daniel 12:1 e Apocalipse 20:12 (ver O Grande Conflito, p. 480-482).
A execução da sentença contra a mulher, no contexto desse capítulo, é dada imediatamente antes da volta de Jesus (v. 16). Talvez devêssemos considerá-la uma execução preliminar, já que é no fim do milênio que o mundo ímpio será definitivamente destruído (Ap 20:9).
3. O pleno domínio das nações da Terra, por parte da besta, no capítulo 13 (o que corresponde, no capítulo 17, à mulher assentada “sobre muitas águas”, ou cavalgando a besta escarlate, veja o tópico seguinte) ocorre com a cura da ferida mortal (v. 3, 7, 8), tornada possível com o auxílio da segunda besta (v. 12-17). Esta representa a maior nação protestante do mundo, os Estados Unidos.
A ferida mortal foi aplicada no papado em 1798, ao Bertier, sob Napoleão Bonaparte, aprisionar Pio VI, como vimos. Considerando que o romanismo ainda não tem o domínio total das nações, temos que convir que a cura completa aguarda pelo futuro próximo. Apocalipse 17:8 afirma que a besta “era” (indica o papado como elemento perseguidor antes de 1798), “não é” (indica o papado impossibilitado de exercer um domínio opressor durante o tempo em que a ferida mortal não está totalmente curada), “mas aparecerá” (indica o governo papal plenamente restaurado, de posse agora do domínio mundial e exercendo novamente o poder de perseguição).
4. É-nos dito também que a besta “está para emergir do abismo” (v. 8). Há dois modos de interpretarmos essa afirmação: o primeiro é considerá-la na perspectiva da cura da ferida mortal, o que estabeleceria o ponto focal de tempo do cumprimento profético como aquele que antecede imediatamente a restauração papal. O segundo será referido adiante.
5. A mulher é identificada como “a mãe das meretrizes” (v. 5). Se a mulher representa o poder religioso romano, suas “filhas”, também mulheres, devem representar outros sistemas religiosos que, no contexto desta profecia, se lhe submetem e a apoiam.
Na verdade, várias dessas “filhas” nem sempre foram filhas, pois houve uma época em que o protestantismo era fiel ao seu legado. É a partir do verão de 1844, quando a segunda mensagem angélica (“caiu, caiu Babilônia”) começou a ser pregada (ver O Grande Conflito, p. 602), que as igrejas evangélicas nominais passam a se desviar da verdade, apostatam e acabam finalmente se submetendo ao domínio maternal de Babilônia. Sabemos que uma combinação de espiritismo, protestantismo apostatado e catolicismo (com a provável adesão de outras forças religiosas da Terra, como o judaísmo, o islã e religiões do extremo oriente) em apoio ao papado concorrerá para a culminação da cura da ferida mortal. Isso resultará na supremacia romana com força total, isto é, de forma muito mais ampla que aquela que ocorreu antes que a ferida mortal fosse aplicada.
6. Finalmente, a besta de Apocalipse 17, representando as nações da Terra sobre as quais o poder romano religioso efetivará seu poder político, não se assemelha apenas à primeira besta do capítulo 13, mas também ao dragão do capítulo 12. Enquanto a besta semelhante ao cordeiro, a segunda do capítulo 13, seduz o mundo todo a que façam “uma imagem à [primeira] besta” (v. 14), identificada como imagem da besta no verso 15 e em Apocalipse 14:9, 15:2, 16:2, 19:20 e 20:4, é evidente que as nações do mundo só serão semelhantes ao dragão quando a porta da graça se fechar, pois só aí a humanidade estará dividida em dois grupos: os salvos, que refletirão plenamente a imagem de Jesus, e os perdidos, que refletirão plenamente a imagem de satanás. Isso será assim, mesmo porque a imagem da besta é na realidade a imagem do dragão. Formar a imagem de um é, na verdade, formar a imagem do outro.
Portanto, a visão do capítulo 17 aponta especificamente para o tempo do fim como ocasião do seu cumprimento, com ênfase no momento em que o poder representado pela primeira besta de Apocalipse 13, plenamente restabelecido de sua ferida mortal, domina sobre os reinos da Terra, agora desfigurados na imagem do dragão e comportando seu caráter.
Não deveríamos, entretanto, radicalizar o aspecto de tempo da profecia, julgando que nada do que é dito em Apocalipse 17 se aplique à época do escritor. Talvez a melhor atitude seria considerar o tempo com duas aplicações, uma ligada à transmissão da profecia, e outra ao seu cumprimento. Parece impróprio, por exemplo, que a declaração do verso 18 não deva ser entendida na perspectiva da época do profeta.
Identificação da besta e da mulher
A descrição dessa besta é praticamente idêntica à do dragão do capítulo 12 e da besta semelhante ao leopardo do capítulo 13, com apenas uma aparente diferença: os chifres da besta do capítulo 13 estão ornados com coroas, o que não é dito da besta do capítulo 17. Todavia, o anjo, neste capítulo, interpreta esses chifres como sendo “dez reis” que exercerão autoridade com a besta por um tempo bastante curto (v. 12).
Embora a não menção de coroas no capítulo 17 possa comportar algum significado profético específico (alguns acham que isso seria um indício de que o regime político que caracterizará o maior número de nações no final da História será a democracia), seria normal considerar o detalhe das “coroas”, em 13, como estando em paralelo com o detalhe dos “reis”, em 17. Quanto ao dragão do capítulo 12, as coroas aparecem sobre as cabeças e não sobre os chifres, como em 13. Mas devemos notar que o anjo do capítulo 17 igualmente interpreta as cabeças como “reis” (v. 9), o que estabeleceria o mesmo paralelo. Além do mais, “vermelho”, a cor do dragão em 12:3, estaria em paralelo com “escarlate”, a cor da besta em 17:4.
A identificação do dragão é dada pelo próprio Apocalipse. Ele é “a antiga serpente, que se chama diabo e satanás” (12:9). Tradicionalmente, temos interpretado a primeira besta do capítulo 13 como uma figuração profética do sistema romano de governo eclesiástico, especificamente o papado. A besta do capítulo 17, a nosso ver, aponta basicamente para o próprio Satanás em distintas manifestações que vão desde a forma mais usual, através de indivíduos, regimes religiosos e políticos, e nações, que se consagram ao seu serviço, até o clímax da manifestação pessoal e direta. Na verdade, a manifestação de Satanás quando velada em seu verdadeiro caráter, aparece na forma de bestas, e quando declaradamente demoníaca, na forma de dragão. Por exemplo, no fim do milênio, apenas o dragão estará de volta. Nenhuma besta marcará presença porque a volta de Jesus, ocorrida mil anos antes, terá desmascarado toda a pretensão e forma velada de engano utilizadas por Satanás em seus seis mil anos de domínio na Terra. É por isso que é declarado que “a besta e o falso profeta” (o mesmo poder representado pela segunda besta do capítulo 13) são lançados no lago de fogo por ocasião da segunda vinda, e não no fim do milênio (Ap 19:21).
Inicialmente, a besta do capítulo 17 representa as diferentes nações que compõem o imenso mar da humanidade, e que, num futuro não muito distante, estarão sendo conduzidas pelo poder religioso representado pela mulher cavalgando a besta. Essa conclusão naturalmente emerge quando alguns pontos desse capítulo são considerados:
1. É dito que a mulher se assenta “sobre muitas águas” (v. 1).
2. Somos informados de que essas águas representam “povos, multidões, nações e línguas” (v. 15).
3. Ao João ser transportado em visão “a um deserto” para ver o que o anjo disse que veria, isto é, uma mulher assentada “sobre muitas águas”, ele vê, sim, uma mulher, mas assentada sobre uma “besta escarlate” (v. 3). Logo, a besta desse verso está em paralelo com “muitas águas”, dos versos 1 e 15. Vista por esse ângulo, a besta significa o que águas significam, a humanidade dividida em “povos, multidões, nações e línguas”, unidos sob um poder maligno. E nesse tempo, como já vimos, as nações serão o reflexo de satanás.
4. Na visão, a mulher aparece conduzindo a besta, pois a está cavalgando (o que corresponde à mulher assentada sobre muitas águas). Na interpretação o anjo diz que a mulher é “a grande cidade que domina sobre os reis [reinos] da terra” (v. 18). Observe que o verbo “dominar” aparece no presente do indicativo, “domina”. Se perguntarmos qual era a cidade que reinava sobre as nações da Terra quando o Apocalipse foi escrito, uma só resposta é possível: Roma. E se Roma é representada pela primeira besta do capítulo 13, temos que convir que essa besta equivale, em sua dimensão religiosa, à mulher do capítulo 17, e, em sua dimensão política, à besta desse capítulo. Em outras palavras, interpretando a mulher, o Apocalipse nos sugere igualmente esse aspecto da identidade da besta, os reinos da Terra onde a mulher efetiva o seu domínio.
Mas a besta aponta, particularmente no que respeita às suas cabeças, também a poderes na História que se colocaram nas mãos do diabo para o cumprimento de seus propósitos. Ao falar que a besta é o oitavo rei, quando de fato a profecia menciona sete reis e não oito, ficamos com a impressão de que a besta é a própria corporificação deles, e que ao final o maligno estará de volta para dominar com força total.
Assim, tanto a mulher como a besta representam a dominação romana, correspondendo a primeira, como diz o Comentário Bíblico Adventista, ao poder religioso, e a segunda ao poder político ou civil (CBA, v. 7, p. 851), tornado efetivo, naturalmente, em seu domínio das nações. A figura do oitavo rei também é sugestiva da restauração desse domínio.
Finalmente, essa besta representa Satanás em sua manifestação direta e pessoal no mundo, para executar sua derradeira obra de engano. O anjo afirma que ela emergirá do abismo e caminhará para a perdição (v. 8). A segunda maneira de interpretar essa afirmação é considerar a besta como o próprio dragão que, durante o milênio, estará retido no “abismo” e de lá será solto ao final para novamente exercer o domínio das nações, enganá-las, e então caminhar com elas para a destruição (Ap 20:1-3, 7-10).
A identidade dos sete reis
Tradicionalmente, sustentamos duas maneiras de interpretar os sete reis de Apocalipse 17:9 e 10. A primeira considera esses reis como representativos de sete diferentes formas de governo empregadas pelos romanos no transcurso de sua história: realeza, consulado, decenvirato, ditadura, triunvirato, império e papado. A segunda considera as sete cabeças como representações de poderes terrestres que historicamente exerceram domínio no mundo e oprimiram o povo de Deus: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Pérsia, Grécia, Roma Imperial e Roma Papal.
As duas formas de interpretação coincidem no significado do verso 10. O tempo aí referido deve ser considerado do ponto de vista da comunicação profética e não do seu cumprimento. Seria, então, o tempo do próprio profeta, quando cinco formas do governo romano ou cinco reinos que oprimiram o povo de Deus eram coisa do passado, um existia, Roma Imperial, e a seguinte, Roma Papal, ainda viria. O oitavo rei seria o papado plenamente curado de sua ferida mortal, o que conforma com a declaração de que ele “procede dos sete” (v. 11).
A afirmação de que o sétimo rei, “quando chegar, tem de durar pouco” (v. 10) aparentemente contraria as duas formas de interpretação acima, pois 1.260 anos, o tempo da supremacia papal de 538 a 1798, seria considerado um tempo longo, principalmente se comparado com a duração do domínio dos seis poderes precedentes. Mas devemos lembrar que muitas das declarações do Apocalipse transcendem a mera literalidade dos termos empregados, e comportam um significado essencialmente teológico ou espiritual.
Assim, o Apocalipse se harmoniza com o restante do Novo Testamento ao afirmar que o tempo que transcorre entre a cruz e a volta de Jesus, é, na realidade, pequeno, não importa a extensão dele, pois a salvação agora já está consumada e a extinção do pecado inevitavelmente ocorrerá. O escritor sagrado, por exemplo, registrou em Hebreus 10:37 que “ainda dentro de pouco tempo aquele que vem virá e não tardará”. Esse “pouco tempo”, entretanto, já alcança quase dois mil anos. Da mesma forma, o Apocalipse fala das coisas “que em breve hão de acontecer” (algumas das quais não se cumpriram ainda), “que o tempo está próximo”, e que, a partir da cruz, o dragão está irado, “sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 1:1; 22:10; 12:12).
Conclusão
Como afirmado anteriormente, a teoria do sexto rei não é mais que isso: uma teoria. Como tal, ela ainda será testada no laboratório da História. Nem devemos fechar o coração a ela, nem aceitá-la como revelação de Deus.
É verdade que a interpretação tradicional que sustentamos, a exemplo da teoria do sexto rei, não conta com um claro “assim diz o Senhor” através do Espírito de Profecia (pelo menos até agora o presente escritor não conseguiu localizar qualquer referência a respeito, nos escritos de Ellen White). Mas a grande diferença é que o que oficialmente ensinamos está em consonância com o historicismo como linha de interpretação por nós adotada, o que significa que é uma verdade com respeito ao passado e ao presente; e o ponto que toca o futuro, o oitavo rei, respalda-se na afirmação do Espírito de Profecia de que o poder papal será restaurado. Mas a teoria do sexto rei cheira a futurismo, e incorre nos riscos que ele representa.
Em matéria de interpretação profética não podemos esquecer que o intérprete não é alguém que, no estrito senso, pré-vê o futuro, mas um aprendiz. A compreensão e a interpretação da profecia se desenvolvem e se aperfeiçoam com a passagem do tempo. Talvez Lutero tenha tido isso em mente quando declarou: “As profecias só podem ser entendidas perfeitamente depois de se cumprirem.” Certamente o grande reformador não percebeu que nesses termos ele acabou definindo uma das premissas básicas do historicismo como recurso de interpretação: o conceito da verdade se amplia conforme os séculos escoam e eventos, há muito profetizados, alcançam um legítimo cumprimento. De fato, a prudência nos ordena respeitar os limites do historicismo.
Devemos, então, atentar para dois pontos importantes: (1) cuidado, muito cuidado em como interpretamos profecias ainda por se cumprir. Enquanto não contamos com um seguro “assim diz o Senhor” confirmando como correta a interpretação, não podemos incondicionalmente aceitá-la como verdade, e muito menos comunicá-la como tal a terceiros; interpretação profética é um terreno muito fértil para a especulação; (2) a profecia não nos deixa em dúvida sobre de onde viemos, quem somos e para onde vamos como Igreja. O cumprimento de Daniel 8:14 marca a nossa origem como o remanescente; a profecia de Mateus 24:14 e Apocalipse 14:6-12 configura nossa missão no mundo hoje; e nosso destino se chama novos Céus e nova Terra nos quais habita a justiça (2Pd 3:13). Somos, portanto, o povo da profecia.
Acordemos de nossa letargia, sacudamos o torpor que nos envolve e disponhamo-nos para o que vem por aí. Em sua trajetória por este mundo a Igreja deparou momentos críticos. Mas ninguém se engane: o pior ainda virá. Por outro lado, Deus já operou coisas grandiosas em favor de Seu povo, mas o melhor e as coisas mais grandiosas igualmente ainda estão por acontecer. Quanto mais negras as trevas, mais fulgurante será a luz de Deus; quanto mais severa a prova mais poderoso o Seu braço para prover libertação; quanto mais ameaçador o inimigo mais retumbante a nossa vitória. Pelo poder da graça.
(Dr. José Carlos Ramos, ex-professor de Teologia no Unasp, campus Engenheiro Coelho; texto originalmente publicado na Revista Adventista de julho de 1999)
(Via @Criacionismo)
Barack Obama destaca "trabalho conjunto" com Bento XVI
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ressaltou nesta segunda-feira o "trabalho conjunto" de seu Governo com o papa Bento XVI, nos últimos quatro anos, ao comentar o anúncio da renúncia do pontífice para o dia 28 de fevereiro.
"Em nome de todos os americanos, em todas as partes, Michelle e eu desejamos estender nosso agradecimento e nossas orações a Sua Santidade, o papa Bento XVI. Lembramos com afeto da nossa reunião com o Santo Padre em 2009", comentou o presidente, em comunicado emitido pela Casa Branca.
"A Igreja tem um papel crítico nos Estados Unidos e no mundo, e eu desejo o melhor para aqueles que, em breve, se reunirão para escolher o sucessor de Sua Santidade, o Papa Bento XVI", explicou Obama.
Bento XVI, que tinha 78 anos quando foi eleito papa, em 2005, anunciou oficialmente nesta segunda-feira que renunciará ao Pontificado, a partir do dia 28 de fevereiro deste ano, devido a sua "idade avançada".
O papa visitou Washington e Nova York em 2008, em uma viagem que incluiu uma visita à Casa Branca, e encontros com a comunidade católica do país, incluindo encontro no Yankee Stadium, um dos maiores dos Estados Unidos.
Fonte - Exame'
Nota DDP: Aguardemos a continuidade do "trabalho conjunto". Chama atenção também o reconhecimento da supremacia espiritual de um líder católico ("sua santidade") em um país que era protestante...
"Em nome de todos os americanos, em todas as partes, Michelle e eu desejamos estender nosso agradecimento e nossas orações a Sua Santidade, o papa Bento XVI. Lembramos com afeto da nossa reunião com o Santo Padre em 2009", comentou o presidente, em comunicado emitido pela Casa Branca.
"A Igreja tem um papel crítico nos Estados Unidos e no mundo, e eu desejo o melhor para aqueles que, em breve, se reunirão para escolher o sucessor de Sua Santidade, o Papa Bento XVI", explicou Obama.
Bento XVI, que tinha 78 anos quando foi eleito papa, em 2005, anunciou oficialmente nesta segunda-feira que renunciará ao Pontificado, a partir do dia 28 de fevereiro deste ano, devido a sua "idade avançada".
O papa visitou Washington e Nova York em 2008, em uma viagem que incluiu uma visita à Casa Branca, e encontros com a comunidade católica do país, incluindo encontro no Yankee Stadium, um dos maiores dos Estados Unidos.
Fonte - Exame'
Nota DDP: Aguardemos a continuidade do "trabalho conjunto". Chama atenção também o reconhecimento da supremacia espiritual de um líder católico ("sua santidade") em um país que era protestante...
Autoridades internacionais comentam a renúncia do papa
Diversas autoridades ao redor do mundo se manifestaram após o papa Bento XVI, de 85 anos, ter anunciado, nesta segunda-feira, que renunciará ao pontificado em 28 de fevereiro deste ano. O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou, durante um congresso em Milão, que está "muito alterado" pelo anúncio e que não estava ciente sobre a decisão do papa. "Soube dessa notícia há um minuto", disse. Segundo o primeiro-ministro, ele não tem o poder de comentar se essa renúncia pode ou não alterar a relação entre o governo da Itália e o Vaticano. O presidente italiano, Giorgio Napolitano, considerou que trata-se de um ato "de grande coragem e generosidade" e que merece ser respeitado.
O presidente americano, Barack Obama, afirmou na tarde desta segunda que seu "apreço e orações" estão com o papa. "A Igreja tem um papel crítico nos Estados Unidos e no mundo, e eu desejo o melhor àqueles que em breve vão se reunir para escolher o sucessor de Sua Santidade", escreveu em comunicado.
A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que Bento XVI, que nasceu na Alemanha, tomou uma "decisão difícil" e que deve ser respeitada. "Muitos vão entender que até o papa tem que lidar com o peso da idade", disse. Merkel ainda elogiou o papel do papa em favor do diálogo entre as religiões Católica, Judaica e Mulçumana.
Mais cedo, um porta-voz do governo alemão afirmou que as autoridades políticas do país têm "o mais alto respeito pelo Santo Padre, pelo que ele realizou e por suas contribuições ao longo de sua vida à Igreja Católica. Ele tem sido o líder da Igreja Católica por quase oito anos. Ele deixou uma marca muito pessoal como pensador e líder da Igreja, e também como pastor. Quaisquer que tenham sido as razões para essa decisão, ela precisa ser respeitada."
O presidente francês, François Hollande, declarou apenas que a decisão do papa "tem de ser respeitada". David Cameron, primeiro-ministro britânico, destacou que Bento XVI trabalhou "incansavelmente para fortalecer as relações entre Grã-Bretanha e Santa Sé" e afirmou que a visita do papa à Inglaterra em 2010 é lembrada com muito respeito e afeto. "Ele fará falta como um líder espiritual de milhões de pessoas."
Apesar das várias críticas proferidas ao Vaticano nos últimos anos em razão de sua resposta aos escândalos sexuais envolvendo padres na Irlanda, o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, afirmou que Bento XVI foi uma "liderança forte". "A renúncia é claramente uma decisão tomada após profunda reflexão e oração. Ela reflete o profundo senso de dever do papa com a igreja", disse.
...
Líderes religosos — O líder da Igreja Católica na Inglaterra e no País de Gales, o arcebispo Vincent Nichols, declarou que o anúncio do papa foi “chocante e surpreendeu a todos”, mas ressaltou a coragem do pontífice em tomar tal decisão. “O santo padre reconhece os desafios enfrentados pela Igreja e que a força da mente e do corpo é necessária para governar e anunciar o Evangelho. Peço às pessoas de fé para manter o papa Bento XVI em suas orações”, afirmou. Justin Welby, nomeado no fim do ano passado arcebispo de Canterbury, chefe da Igreja Anglicana, afirmou ter recebido a notícia com “o coração pesado, mas totalmente com total compreensão”.
...
Judaísmo — O rabino-chefe israelense, Yona Metzger, elogiou Bento XVI, disse que a relação entre Israel e o Vaticano nunca havia sido tão boa e lhe desejou uma boa saúde. "Eu acredito que ele merece muito crédito para o avanço das relações inter-religiosas em todo o mundo e entre o judaísmo, o cristianismo e o islamismo”, disse um porta-voz de Metger.
Fonte - Veja
O presidente americano, Barack Obama, afirmou na tarde desta segunda que seu "apreço e orações" estão com o papa. "A Igreja tem um papel crítico nos Estados Unidos e no mundo, e eu desejo o melhor àqueles que em breve vão se reunir para escolher o sucessor de Sua Santidade", escreveu em comunicado.
A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou que Bento XVI, que nasceu na Alemanha, tomou uma "decisão difícil" e que deve ser respeitada. "Muitos vão entender que até o papa tem que lidar com o peso da idade", disse. Merkel ainda elogiou o papel do papa em favor do diálogo entre as religiões Católica, Judaica e Mulçumana.
Mais cedo, um porta-voz do governo alemão afirmou que as autoridades políticas do país têm "o mais alto respeito pelo Santo Padre, pelo que ele realizou e por suas contribuições ao longo de sua vida à Igreja Católica. Ele tem sido o líder da Igreja Católica por quase oito anos. Ele deixou uma marca muito pessoal como pensador e líder da Igreja, e também como pastor. Quaisquer que tenham sido as razões para essa decisão, ela precisa ser respeitada."
O presidente francês, François Hollande, declarou apenas que a decisão do papa "tem de ser respeitada". David Cameron, primeiro-ministro britânico, destacou que Bento XVI trabalhou "incansavelmente para fortalecer as relações entre Grã-Bretanha e Santa Sé" e afirmou que a visita do papa à Inglaterra em 2010 é lembrada com muito respeito e afeto. "Ele fará falta como um líder espiritual de milhões de pessoas."
Apesar das várias críticas proferidas ao Vaticano nos últimos anos em razão de sua resposta aos escândalos sexuais envolvendo padres na Irlanda, o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, afirmou que Bento XVI foi uma "liderança forte". "A renúncia é claramente uma decisão tomada após profunda reflexão e oração. Ela reflete o profundo senso de dever do papa com a igreja", disse.
...
Líderes religosos — O líder da Igreja Católica na Inglaterra e no País de Gales, o arcebispo Vincent Nichols, declarou que o anúncio do papa foi “chocante e surpreendeu a todos”, mas ressaltou a coragem do pontífice em tomar tal decisão. “O santo padre reconhece os desafios enfrentados pela Igreja e que a força da mente e do corpo é necessária para governar e anunciar o Evangelho. Peço às pessoas de fé para manter o papa Bento XVI em suas orações”, afirmou. Justin Welby, nomeado no fim do ano passado arcebispo de Canterbury, chefe da Igreja Anglicana, afirmou ter recebido a notícia com “o coração pesado, mas totalmente com total compreensão”.
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Judaísmo — O rabino-chefe israelense, Yona Metzger, elogiou Bento XVI, disse que a relação entre Israel e o Vaticano nunca havia sido tão boa e lhe desejou uma boa saúde. "Eu acredito que ele merece muito crédito para o avanço das relações inter-religiosas em todo o mundo e entre o judaísmo, o cristianismo e o islamismo”, disse um porta-voz de Metger.
Fonte - Veja
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Repercussão da renúncia papal
EUA
BRASIL
ALEMANHA
ESPANHA
INGLATERRA
FRANÇA
ITÁLIA
PORTUGAL
ORIENTE MÉDIO
NOTA DDP: Resta alguma dúvida sobre o relevo político/religioso do Vaticano no mundo, ainda em nossos dias?
BRASIL
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ITÁLIA
PORTUGAL
ORIENTE MÉDIO
NOTA DDP: Resta alguma dúvida sobre o relevo político/religioso do Vaticano no mundo, ainda em nossos dias?
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