Enquanto conversavam sobre perguntas comuns como “quem somos?”, “para onde vamos?” e “de onde viemos?”, Francisco afirmou crer “em Deus. Não em um Deus católico, pois não há Deus católico, só há um Deus. Creio em Jesus Cristo e em sua encarnação. Jesus é meu professor e meu pastor, mas a Deus, o Pai, Abba, é a luz e o Criador”, disse ele.
O Papa ainda criticou severamente a cúria romana, que são os principais e mais influentes cardiais do Vaticano, classificando-a como “a lepra do papado”. Francisco falou que “vai mudar esta visão do Vaticano centrado em si enquanto negligencia o mundo à sua volta”, essa deve ser a maior reforma interna das últimas décadas. Recentemente o papa Francisco recebeu um relatório de 500 páginas elaborado por uma comissão de oito cardeais com estudos e ideias oferecidas por teólogos e leigos de todos os continentes para mudar na Igreja Católica. O relatório foi pedido pelo próprio Papa.
No Vaticano, especula-se que essa seja uma reforma similar à vivida nos anos 1960, quando a Igreja realizou o Concílio Vaticano II, estudado e elaborado pelo papa João XXIII.
Apelidado de G8, o grupo de cardeais que auxiliam o papa Francisco se reunirão com ele entre esta terça-feira, 01 de outubro, e a próxima quinta, 03 de outubro, para explicar o conteúdo do extenso relatório.
Entre os itens abordados estão a sugestão de ordenação de homens casados para a celebração da eucaristia em comunidades que não possuem padres; a maior participação da mulher na igreja e liturgia; abertura de diálogo com outras religiões; ecumenismo; entre outros.
“A reaproximação com os ortodoxos está mais que madura para se chegar à unidade dos cristãos”, afirmou dom Demétrio, bispo de Jales, no interior de São Paulo, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Dom Demétrio teve acesso a informações sobre o teor do relatório através do cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, que é coordenador da comissão apelidada de G-8. Segundo o bispo, houve grandes passos na discussão teológica no que diz respeito à aproximação com os cristãos ortodoxos, e também em relação aos protestantes, em especial os luteranos e anglicanos.
A ideia de renovação da Igreja Católica é uma constante nos discursos do papa Francisco, que no tempo em que era cardeal na Argentina, era conhecido pela proximidade com os evangélicos locais e a favor de uma aproximação entre as diferentes correntes cristãs.
Fonte - Gospel Mais
Nota DDP: Depois de um pontificado tido como extremamente 'duro', é de ser observada a amplitude do discurso do novo papa e, mas do que isso, das reações de apreço da massa não católica. A profecia explica com absoluta clareza onde isso termina.
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