“É transcendental para a comunidade judaica e para o mundo inteiro: 70 anos depois do assassinato dos judeus europeus nas câmaras de gás, hoje almoçamos comida casher com o papa”, exultou Julio Schlosser, presidente da DAIA - Delegación de Asociaciones Israelitas Argentinas, entidade política que congrega a comunidade judaica argentina.
Durante a audiência, não foram abordados temas da política argentina, mas o diálogo inter-religioso e a viagem do papa a Israel, em maio próximo.
Ao final, todos cantaram, em hebraico, o salmo 133: "Hine mah tov uMah-Nayim shevet achim gam yachad" ["Como é bom e agradável viverem irmãos juntos em harmonia"].
“Francisco é uma pessoa surpreendente, maravilhosa e com critérios abertos. Ele está muito entusiasmado com sua viagem a Israel”, afirmou Schlosser à Agencia Judía de Noticias. O presidente da DAIA agradeceu ao Congresso Judaico Latino-Americano e a seu diretor-executivo, Claudio Epelman, que organizaram o encontro, juntamente com o rabino Abraham Skorka, reitor do Seminário Rabínico da América Latina e amigo de longa data de Jorge Bergoglio.
A delegação incluiu, além de Skorka, Epelman e Schlosser, o subsecretário de Direitos Humanos do governo portenho e presidente do Museu do Holocausto de Buenos Aires, Claudio Avruj; o 1º vice-presidente da DAIA, Waldo Wolff; o tesoureiro do CJL, Javier Mutal; o vice-presidente da Associação Internacional de Juristas Judeus, Marcos Grabivker; o presidente da Confraternidad Judeo Cristiana, Boris Kalnicki; o presidente da FACCMA- Federación Argentina de Centros Comunitarios Macabeos, Javier Veinberg; o presidente de la Asamblea Rabínica, Marcelo Polakoff; os rabinos Isaac Sacca, Ariel Stofenmacher, Raúl Feler e Raúl Bergman, que trabalham pelo diálogo inter-religioso na Argentina, e os jovens Ariel Isaak e Ariel Seidler, que ocupam cargos no CJL.